A nova súmula 471 do STJ.

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1 A nova súmula 471 do STJ. Prof. Gabriel Habib (*) 1. A nova súmula. 2. Os crimes hediondos e equiparados. 3. O regime integralmente fechado nos crimes hediondos e equiparados. 4. A declaração de inconstitucionalidade do regime integralmente fechado pelo STF. 5. O regime inicialmente fechado. 6. O marco inicial da possibilidade de progressão de regimes. 7. A progressão de regimes antes da lei de 28 de março de A progressão de regimes depois da lei de 28 de março de A progressão de regimes e princípio da irretroatividade da lei penal mais severa. 10. Conclusão. 1. A nova súmula. O STJ acaba de editar a nova súmula número 471, que trata do prazo para a progressão de regime nos crimes hediondos e equiparados, que possui a seguinte redação: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n /2007 sujeitam-se ao disposto no artigo 112 da Lei n /1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional. Para a perfeita compreensão do tema, faz-se necessário retornar ao contexto histórico do tratamento dos crimes hediondos e equiparados na legislação brasileira. 1

2 2. Os crimes hediondos e equiparados. A primeira referência feita ao delitos hediondos e equiparados foi no art. 5, XLIII da CRFB/88, que dispõe: a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. O legislador brasileiro da década de 1990, influenciado por toda uma idéia de Direito Penal Máximo, Movimento de Lei e Ordem (Law and Order), bem como pela Teoria das Janelas Quebradas (Broken Windows Theory) implantou um movimento de política criminal bastante severo como forma de tentar diminuir a criminalidade. Para isso, criou tipos penais, aumentou penas de tipos penais já existentes, recrudesceu o regramento do regime de cumprimento de penas para alguns crimes etc. O Direito Penal Máximo constitui justamente o oposto do Direito Penal Mínimo, e traz em si a idéia de que o Direito Penal é a solução para todos os problemas existentes na sociedade. Por tal movimento, o Direito Penal é o meio de controle social mais eficaz por restringir o direito de liberdade do ser humano, devendo, portanto, ser a solução adotada sempre em primeiro lugar. O Movimento de Lei e Ordem (Law and Order) foi um movimento idealizado por Ralf Dahrendorf, que surgiu como uma reação ao crescimento dos índices de criminalidade. Tal movimento baseia-se na idéia da repressão, para o qual a pena se justifica por meio das idéias de retribuição e castigo. Os adeptos desse movimento pregam que somente as leis severas, que imponham longas penas privativas de liberdade ou até mesmo a pena de morte, têm o condão de controlar e inibir a prática de delitos. 2

3 Dessa forma, os crimes de maior gravidade devem ser punidos com penas longas e severas, a serem cumpridas em estabelecimentos prisionais de segurança máxima. Foi, portanto, nesse contexto que surgiu a lei de crimes hediondos. Como consequência do Direito Penal Máximo e do Movimento de Lei e Ordem, surgiu a Teoria das Janelas Quebradas, conhecida como The Broken Windows Theory. Em 1982, o cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling, ambos norte americanos, criaram a The Broken Windows Theory, Teoria das Janelas Quebradas. Essa teoria ganhou esse nome, em razão de seus autores utilizarem a imagem de janelas quebradas para explicá-la, estabelecendo uma relação de causalidade entre desordem e criminalidade. Segundo tais autores, se apenas uma janela de um prédio fosse quebrada e não fosse imediatamente consertada, as pessoas que passassem pelo local e vissem que a janela não havia sido consertada concluiriam que ninguém se importava com isso, e que em um curto espaço de tempo todas as demais janelas também estariam quebradas, pois as pessoas começariam a jogar mais pedras para quebrar as demais janelas. Em pouco tempo, aquela comunidade seria levada à decadência. Abandonado, o local seria ocupado por pessoas viciadas, imprudentes e com tendências criminosas. A comunidade seria abandonada e tomada por desordeiros. Aquela comunidade estaria, assim, entregue à desordem, e, mais tarde, à criminalidade. Com toda essa representação, James Wilson e George Kelling buscaram demonstrar que o Estado deve se preocupar com a prática de pequenos e leves delitos, promovendo a respectiva punição. Por mais leve que o delito seja, ele merece a devida punição, para que demonstrar que o Estado se faz presente e se importa com a prática de qualquer delito. Assim, seria 3

4 punindo com severidade os pequenos delitos que se conseguiria impedir a prática de delitos mais graves. Sustentavam que se não se punisse um pequeno delito, de pouca gravidade, em pouco tempo, aquela sociedade estaria tomada por delitos graves. No estudo realizado pelos professores norte americanos, tentou-se demonstrar uma relação direta de causalidade entre a criminalidade violenta e a não repressão a pequenos e leves delitos. A tolerância com os pequenos delitos promoveria uma sensação de impunidade e isso faria com que, mais tarde, a comunidade estivesse tomada por delitos graves. Uma das manifestações de todo esse movimento foi a edição de lei de crimes hediondos, lei 8.072/90, etiquetando alguns crimes de hediondos, dando-lhes um tratamento penal e processual penal bastante severo, muitas vezes violando diversos princípios do Direito Penal, bem como equiparando a hediondo os crimes de tortura, tráfico de drogas e terrorismo. Os crimes reputados hediondos estão no rol taxativo do art.1º da lei 8.072/90. Note-se que a lei de crimes hediondos não criou novos tipos penais, mas apenas pinçou alguns tipos penais já existentes no Código Penal e os denominou de hediondos, dando-lhes um tratamento diferenciado, mais severo em relação aos demais delitos. 3. O regime integralmente fechado nos crimes hediondos e equiparados. Na redação originária da lei de crimes hediondos, o legislador estabeleceu o regime integralmente fechado para os condenados por crimes hediondos ou equiparados, impossibilitando, dessa forma, a progressão de regimes. 4

5 Tal regime sempre teve sua constitucionalidade contestada por parte da doutrina e jurisprudência, à luz do princípio constitucional da individualização da pena, previsto no art. 5, XLVI da CRFB/88. O princípio da individualização da pena preconiza, como o seu próprio nome está a sugerir, que a pena criminal deve ser individualizada de acordo com as condições pessoais de cada delinquente. Ao aplicar a pena criminal, o juiz deve sempre encontrar a pena justa, que seja a pena necessária e suficiente para a reprovação e prevenção do delito praticado. E é por meio de mencionado princípio que o julgador vai encontrar a pena justa. Esse princípio possui três fases. A 1ª fase é a fase legislativa, que é feita pelo legislador, ao cominar abstratamente a pena para determinado delito, movido por política criminal. É o legislador que fixa o mínimo e o máximo, assim como a espécie de pena, se detenção ou reclusão. Por exemplo: para quem cometer o crime de homicídio simples, o legislador cominou a pena reclusão de 6 a 20 anos; para o crime de furto, reclusão de 1 a 4 anos; no roubo, cominou pena maior, em razão do emprego da violência ou grave ameaça exercidas contra a vítima. Já para o delito de estelionato, a pena será de reclusão de 1 a 5 anos. A 2ª fase é a fase judicial que é feita pelo juízo da condenação, ao aplicar a pena em concreto na sentença condenatória. O juiz, ao seguir os três passos do art. 68 do Código Penal, estabelece a pena-base (art. 59), atenuantes e agravantes, causa de aumento ou diminuição. Por força do mandamento contido no art. 59, III do Código Penal, o juiz deve fixar o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade. A 3ª fase é a fase executória, que é elaborada pelo juízo da execução penal. Nesta fase, o condenado já está cumprindo a pena imposta na sentença condenatória. Em regra, quando o juiz da vara criminal profere a sentença condenatória, ali encerra o seu ofício judicante. A partir daquele 5

6 momento, o juízo da execução penal vai fiscalizar e acompanhar o cumprimento da pena privativa de liberdade a ser cumprida pelo condenado. Dessa forma, é o juízo da execução penal que terá competência para conceder a progressão de regimes, na forma do art. 66, III, alínea b da lei 7.210/84, lei de execução penal. Assim, parte da doutrina afirmava a inconstitucionalidade do regime integralmente fechado trazido pela lei de crimes hediondos por violar o princípio da individualização da pena, uma vez que impedia o juízo da condenação de estabelecer o regime de cumprimento de pena que achasse necessário e adequado para o réu. Ademais, impedia o juízo da execução penal de conceder a progressão de regimes. Em outras palavras, o regime integralmente fechado, ao invés de permitir a individualização da pena, trazia exatamente o oposto, a generalização do regime para todos os condenados por crimes hediondos e equiparados. 4. A declaração de inconstitucionalidade do regime integralmente fechado pelo STF. Em 23/02/2006, na ordem de habeas corpus n /SP, o STF declarou a inconstitucionalidade do regime integralmente fechado, previsto no 1, do art. 2 da lei de crimes hediondos, pelos fundamentos acima expostos. Eis a ementa: PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO - PROGRESSÃO - RAZÃO DE SER. A progressão no regime de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semiaberto e aberto, tem como razão maior a ressocialização do preso que, mais dia ou menos dia, voltará ao convívio social. PENA - CRIMES HEDIONDOS - REGIME DE CUMPRIMENTO - PROGRESSÃO - ÓBICE - ARTIGO 2º, 1º, DA LEI Nº 8.072/90-6

7 INCONSTITUCIONALIDADE - EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. Conflita com a garantia da individualização da pena - artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal - a imposição, mediante norma, do cumprimento da pena em regime integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da individualização da pena, em evolução jurisprudencial, assentada a inconstitucionalidade do artigo 2º, 1º, da Lei nº 8.072/90. (HC 82959/SP. Rel. Min. Marco Aurélio. Julgamento em 23/02/2006. DJ ). Ao declarar a inconstitucionalidade do regime integralmente fechado, o STF acabou por permitir a progressão de regime de cumprimento de pena privativa de liberdade nos crimes hediondos e equiparados. Tal controle de constitucionalidade foi feito no método difuso, com eficácia inter partes. Entretanto, para serem coerentes com o STF, o STJ e os demais tribunais brasileiros começaram também a conceder a progressão de regimes aos condenados por crimes hediondos ou equiparados. A título de exemplo, abaixo, alguns julgados do STJ: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC n.º /SP, declarou inconstitucional o óbice contido na Lei n.º 8.072/90, que veda a progressão de regime prisional aos condenados pela prática dos crimes hediondos ou equiparados, tendo em vista os princípios constitucionais da individualização, da isonomia e da humanidade das penas, sendo que, com a publicação da Lei n.º /07, restou afastado do ordenamento jurídico o regime integralmente fechado antes imposto aos condenados por crimes hediondos, assegurandolhes a progressividade do regime prisional de cumprimento de pena. 6. Ordem parcialmente concedida tão-somente para afastar da condenação dos Pacientes a imposição do regime integral fechado, ficando a aferição dos requisitos objetivos e subjetivos da 7

8 progressão e demais benefícios a cargo do Juiz da Execução Penal. (HC 62175/SP. Rel. Min. Laurita Vaz. DJe 28/10/2008). HABEAS CORPUS. PENAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. PENA-BASE FIXADA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. PROPORCIONALIDADE E FUNDAMENTAÇÃO. PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL. POSSIBILIDADE. 3. Diante da declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal do 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, e após a publicação da Lei n.º /07, resta afastado do ordenamento jurídico o regime integralmente fechado antes imposto aos condenados por crimes hediondos, assegurando-lhes a progressividade do regime prisional de cumprimento de pena. 4. Ordem parcialmente concedida para afastar da condenação do Paciente a imposição do regime integral fechado, com a ressalva de que seja adotado o critério objetivo para a progressão de regime prisional previsto no art. 112 da Lei de Execução Penal, ficando a aferição dos demais requisitos a cargo do Juiz da Execução Penal. (HC 63391/RJ. Min. Laurita Vaz. DJe 15/09/2008). HABEAS CORPUS. CRIME HEDIONDO. REGIME INTEGRALMENTE FECHADO. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE TODO O 1º DO ART. 2º DA LEI 8.072/90 PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, na sessão de 23/2/06 (HC /SP), ao declarar a inconstitucionalidade incidental do art. 2º, 1º, da Lei 8.072/90, afastou o óbice à execução progressiva da pena aplicada aos condenados pela prática de crimes hediondos ou a eles equiparados, cujos requisitos devem ser analisados pelo Juízo da Execução segundo o critério definido no art. 112 da Lei de Execuções Penais. 8

9 4. Ordem parcialmente concedida para afastar a proibição da progressão de regime de cumprimento da pena. (HC 74724/SP. Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima. DJe 20/10/2008). 5. O regime inicialmente fechado. A lei , de 28 de março de 2007, deu nova redação ao 1 o da lei de crimes hediondos, para inserir o regime inicialmente fechado, positivando a jurisprudência do STF. Tal modificação reforçou a jurisprudência do STF, no sentido de não mais se exigir que o apenado cumpra todo o período de pena privativa de liberdade em regime fechado, possibilitando, dessa forma, a progressão de regimes. 6. O marco inicial da possibilidade de progressão de regimes. Em termos práticos, a progressão de regimes pelos condenados por crimes hediondos e equiparados passou a ser possível a partir do julgamento da ordem de habeas corpus n /SP, e, não, da edição da lei , de 28 de março de A progressão de regimes antes da lei de 28 de março de A progressão de regimes de cumprimento de pena sempre foi prevista no art. 112 da lei 7.210/84 lei de execução penal, que a partir da sua alteração pela lei /2003 passou a exigir apenas dois requisitos, quais sejam: um requisito objetivo, consistente no cumprimento de 1/6 de pena privativa de liberdade no regime anterior, e um requisito subjetivo, que é o de o apenado ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. 9

10 8. A progressão de regimes depois da lei de 28 de março de A lei de 28 de março de 2007 trouxe novos prazos para a progressão de regimes para os condenados por crimes hediondos ou equiparados, quais sejam: 2/5, se o apenado for primário, e 3/5, se reincidente, que só serão aplicados aos condenados por crimes hediondos ou equiparados. Note-se que a mencionada lei apenas fez menção aos novos prazos, nada dispondo sobre o requisito da ostentação de bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento. Embora a novel lei tenha sido incompleta, os novos prazos por ela trazidos devem ser combinados com o requisito subjetivo do bom comportamento carcerário previsto no art. 112 da lei de execução penal. Dessa forma, atualmente a legislação brasileira apresenta três prazos para a progressão de regimes: 1/6 para o apenado por qualquer delito (art. 112 da lei de execução penal) e 2/5 ou 3/5 para o apenado por crime hediondo ou equiparado, se primário ou reincidente, respectivamente (art. 2, 2 da lei 8.072/90, com a redação que lhe deu a lei de 28 de março de 2007). 9. A progressão de regimes e princípio da irretroatividade da lei penal mais severa. A lei de 28 de março de 2007 é evidentemente lei posterior mais severa denominada lex gravior ou novatio legis in pejus, por ter aumentado os prazos para a progressão de regimes aos condenados por delitos hediondos ou equiparados. Por tratar-se de lei posterior mais severa, deve-se trabalhar com o princípio da irretroatividade da lei penal mais severa, previsto no art. 5, XL CRFB/88. 10

11 Dessa forma, a novel legislação deve ter irretroatividade absoluta não alcançando os crimes praticados antes do seu início de vigência. Tendo em conta que a publicação de mencionada lei se deu em 29 de março de 2007, o agente que cometeu um delito hediondo ou equiparado até o dia 28 de março de 2007 terá direito a progressão de regime, desde que cumprido 1/6 da pena no regime anterior. Por outro lado, quem cometeu um delito hediondo ou equiparado, do dia 29 de março de 2007 em diante, terá que cumprir 2/5, se primário, ou 3/5, se reincidente, da pena no regime anterior para obter a progressão. Eis alguns julgados do STF e do STJ nesse sentido: STJ. INFORMATIVO n 354 REGIME. PROGRESSÃO. LEI MAIS BENÉFICA. Ao paciente foi deferida a progressão de regime pelo juiz da vara de execução penal. Contra essa decisão, o Ministério Público interpôs agravo em execução e o Tribunal a quo cassou aquela decisão ao argumento de que a progressão deveria ser analisada sob os critérios da Lei n /2007. Nesse contexto, o Min. Relator advertiu que este Superior Tribunal vem entendendo que a inovação trazida pela referida lei, por ser evidentemente mais gravosa, não deve retroagir para prejudicar o réu, considerando correta a decisão do juiz que aplicou ao caso o art. 112 da Lei de Execuções Penais (com a redação dada pela Lei n /2003). Diante disso, a Turma negou provimento ao agravo. AgRg no HC SP, Rel. Min. Nilson Naves, julgado em 29/4/2008. STJ. INFORMATIVO n 348 HC. PROGRESSÃO. REGIME. LEI MAIS GRAVOSA. 11

12 A exigência do cumprimento de 2/5 ou de 3/5 da pena imposta como requisito objetivo para a progressão de regime dos condenados por crimes hediondos, prevista na Lei n /2007, por ser essa mais gravosa, não pode retroagir para prejudicar o réu. O requisito objetivo necessário para a progressão do regime prisional de tais crimes, quando praticados antes da vigência da referida lei, é o previsto no art. 112 da Lei de Execuções Penais. Ressalte-se que, nesse caso, o crime ocorreu em data anterior à vigência da mencionada Lei n /2007. Assim, a Turma concedeu a ordem. Precedentes citados: HC MS, DJ 17/9/2007, e HC SP, DJ 24/9/2007. HC SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 11/3/2008. STJ. INFORMATIVO n 347 CRIME HEDIONDO. PROGRESSÃO. Discute-se se ao paciente condenado por crime hediondo cometido antes da Lei n /2007 deve ser aplicada a progressão de regime de acordo com o art. 112 da Lei de Execução Penal (1/6 do cumprimento da pena). Observou a Min. Relatora que, antes mesmo da edição da Lei n /2007, o STF entendeu ser possível a progressão de regime nos crimes hediondos porque sua impossibilidade feriria o princípio da individualização das penas, o qual compreende os regimes de seu cumprimento. A decisão do STF não só alcançou o caso examinado, mas todas as penas ainda em execução. Explica, ainda, que a Lei n /2007 adaptou a Lei dos Crimes Hediondos à decisão do STF, mas também criou novos parâmetros à progressão de regime. Entretanto esses novos limites não alcançam os crimes cometidos anteriormente à citada lei, que estão sob a regência dos limites determinados na lei antiga; de outra forma, seria ferir o preceito constitucional que determina a irretroatividade da norma mais gravosa aos delitos cometidos anteriormente à sua vigência. Com 12

13 esses esclarecimentos, a Turma concedeu a ordem. Precedente citado: HC MS, DJ 17/12/2007. HC MS, Rel. Min. Jane Silva (Desembargadora convocada do TJ-MG), julgado em 4/3/2008. STJ. INFORMATIVO n 333 CRIMES HEDIONDOS. PROGRESSÃO. REGIME. LAPSOS TEMPORAIS. LEI N /2007. Trata-se de habeas corpus substitutivo impetrado contra ato do Tribunal a quo por ocasião do julgamento do anterior writ em favor do paciente que afastou o óbice à progressão de regime imposto na sentença condenatória de 4 anos e 8 meses de reclusão por tráfico de entorpecentes, mas impondo a observância do lapso temporal previsto na Lei n /2007. Explica a Min. Relatora que essa lei baniu expressamente a vedação à progressão de regime prisional em casos de condenados por crimes hediondos, contudo estabeleceu lapsos temporais mais gravosos para os condenados desses crimes, constituindo-se nesse ponto verdadeira novatio legis in pejus, cuja aplicação retroativa é vedada pelo art. 5º, XL, da CF/1988 e art. 2º, do CP. Assim a novel legislação deve incidir apenas nos crimes hediondos e assemelhados praticados após 29 de março de Ressalta que este Superior Tribunal adotou o mesmo posicionamento quando do advento da Lei n /1990, ficando sua aplicação restrita aos crimes cometidos após sua vigência por também se tratar de norma mais prejudicial ao condenado. Com esse entendimento, a Turma concedeu a ordem para afastar a incidência dos lapsos temporais previstos na Lei n /2007, para que o juízo das execuções criminais analise os requisitos objetivos e subjetivos do paciente para a obtenção da progressão de regime de acordo com o regramento do art. 112 da Lei de Execuções Penais. HC MS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 25/9/

14 STF. INFORMATIVO n 484 Progressão de Regime: Lei /2007 e Lei Penal mais Gravosa 1. Considerada a garantia da irretroatividade da norma penal mais gravosa (CF, art. 5º, XL e CP, art. 2º), os critérios de progressão de regime estabelecidos pela Lei /2007 somente se aplicam aos fatos ocorridos a partir de Com base nesse entendimento, a Turma deferiu, de ofício, habeas corpus para que o juízo das execuções criminais aprecie novamente o pleito de progressão de regime formulado pelo paciente, como entender de direito, mas observando os critérios de progressão estabelecidos no Código Penal e na Lei de Execução Penal - LEP, vigentes à época da prática criminosa. Preliminarmente, tendo em conta a deficiência na instrução, a Turma não conheceu de writ impetrado contra acórdão do STJ que julgara prejudicada, ante a perda de objeto, idêntica medida ao fundamento de que o tribunal de origem afastara o óbice à progressão de regime prisional imposto ao paciente, condenado pela prática do crime de tráfico ilícito de entorpecentes (Lei 6.368/76, art. 12). HC 91631/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, Progressão de Regime: Lei /2007 e Lei Penal mais Gravosa 2. No mérito, enfatizou-se que a defesa objetivava, também, a não submissão do paciente às regras estabelecidas pela Lei /2007, que deu nova redação ao art. 2º da Lei de Crimes Hediondos, e não a mera superação do empecilho à progressão. Asseverouse que o reconhecimento da inconstitucionalidade do óbice à progressão de regime contido na redação original do 1º, do art. 2º, da Lei 8.072/90 impediria que esse dispositivo legal fosse utilizado como parâmetro de comparação para o exame da norma penal aplicável ao caso. Assim, afirmou-se que essa verificação deveria ocorrer a partir da apreciação das demais normas 14

15 validamente existentes no ordenamento jurídico e que tiveram vigência desde a prática do fato pelo qual o paciente fora condenado, a saber: a LEP e a Lei /2007, que entrou em vigor posteriormente, em Aduziu-se, entretanto, que esta última, no ponto em que disciplinou a progressão de regime, estabeleceu lapsos temporais mais gravosos do que os anteriormente fixados na LEP, constituindo-se, pois, verdadeira novatio legis in pejus. Concluiu-se, nesse sentido, que se o fato ocorreu antes de , como na espécie, incidem as regras previstas na LEP, exigindo-se para a progressão, o cumprimento de, ao menos, 1/6 da pena (LEP, art. 112). HC 91631/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, (HC-91631). Como se pode perceber, o entendimento do STJ, agora solidificado na novel súmula nº 471, apenas confirmou o entendimento que já era pacífico nos Tribunais Superiores, constituindo, apenas, uma novidade formal. Não se trata, assim, de um novo entendimento jurisprudencial, mas, apenas, da solidificação do entendimento já pacificado. Na realidade, trata-se de tema que é facilmente resolvido pela teoria da norma, mais especificamente, pelo princípio constitucional da irretroatividade da lei penal mais severa, positivado no art. 5º, XL da CRFB/88. Com efeito, se a lei /2007, aumentou o prazo para a progressão de regimes nos crimes hediondos e equiparados, trata-se de uma novatio legis um pejus, não podendo, portanto, retroagir para alcançar os delitos praticados antes do seu início de vigência. 15

16 10. Conclusão. Dessa forma, atualmente a legislação brasileira apresenta três prazos para a progressão de regimes: 1/6 para o apenado por qualquer delito (art. 112 da lei de execução penal) e 2/5 ou 3/5 para o apenado por crime hediondo ou equiparado, se primário ou reincidente, respectivamente (art. 2, 2 da lei 8.072/90, com a redação que lhe deu a lei de 28 de março de 2007). Aplicando-se o princípio constitucional de irretroatividade da lei penal mais severa (art. 5º, XL da CRFB/88), a lei /2007 deve ter irretroatividade absoluta não alcançando os crimes praticados antes do seu início de vigência. Tendo em vista que a publicação de mencionada lei se deu em 29 de março de 2007, o agente que cometeu um delito hediondo ou equiparado até o dia 28 de março de 2007 terá direito a progressão de regime, desde que cumprido 1/6 da pena no regime anterior. De outro giro, quem cometeu um delito hediondo ou equiparado, do dia 29 de março de 2007 em diante, terá que cumprir 2/5, se primário, ou 3/5, se reincidente, da pena no regime anterior para obter a progressão. Gabriel Habib é Defensor Público Federal no Rio de Janeiro. Pós graduado em Direito Penal Econômico pelo Instituto de Direito Penal Econômico e Europeu da Universidade de Coimbra. Professor e Coordenador do CURSO FORUM/RJ. Professor da EMERJ Escola da Magistratura do Rio de Janeiro. Professor da ESMAFE - Escola da Magistratura Federal do Paraná/PR. Professor de FESUDEPERJ Fundação Escola da Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Professor do Curso Supremo/MG. Professor do Curso CEJUS Centro de Estudos Jurídicos de Salvador/BA. Professor e Coordenador do Curso IDEIA/RJ. 16

17 Professor do Curso CEJUSF/RJ. Professor do Curso Jurídico/PR. Professor do Curso CEJJUF/MG. Professor da pós graduação da Universidade Estácio de Sá. 17

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