O DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO DA CARNE BOVINA NO BRASIL NO PERÍODO MILENE LOPES DE CARVALHO; IVIS BENTO DE LIMA; FABRÍCIO OLIVEIRA CRUZ.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO DA CARNE BOVINA NO BRASIL NO PERÍODO 1994-2006 MILENE LOPES DE CARVALHO; IVIS BENTO DE LIMA; FABRÍCIO OLIVEIRA CRUZ."

Transcrição

1 O DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO DA CARNE BOVINA NO BRASIL NO PERÍODO MILENE LOPES DE CARVALHO; IVIS BENTO DE LIMA; FABRÍCIO OLIVEIRA CRUZ. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI - UFSJ, SÃO JOÃO DEL REI, MG, BRASIL. mileneufsj@yahoo.com.br POSTER SISTEMAS AGROALIMENTARES E CADEIAS AGROINDUSTRIAIS O DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO DA CARNE BOVINA NO BRASIL NO PERÍODO Grupo de Pesquisa: Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Resumo Este trabalho buscou demonstrar o desempenho do agronegócio da carne bovina no Brasil no período , através da análise das principais inovações e dos principais obstáculos. Foram identificadas quatro principais inovações: melhoramento genético e inseminação artificial, rastreabilidade bovina, intensificação da engorda bovina e melhorias no abate e processamento da carne, e entre os obstáculos foram analisados os relacionados à logística e barreiras comerciais. A apresentação de indicadores nacionais como rebanho, produção, consumo e comércio externo permitiu a correlação com as transformações supracitadas e, assim, uma análise sobre o desempenho do setor no período. Observou-se que o agronegócio da carne bovina respondeu positivamente às inovações, tendo o Brasil consolidado sua posição frente ao mercado mundial de carne bovina. Contudo, os obstáculos interferiram, direta ou indiretamente, nos resultados, limitando o crescimento do setor. Palavras-chaves: agronegócio, carne bovina, Brasil, inovações, obstáculos. Abstract This work looked for to demonstrate the acting of the bovine meat agribusiness in Brazil in the period , through the analysis of the main innovations and of the principal obstacles. They were identified four main innovations: genetic improvement and artificial insemination, bovine identification system, intensification of the bovine fattening and improvements in the discount and processing of the meat, and enter the obstacles they were analyzed the related to the logistics and commercial barriers. The presentation of national indicators as flock, production, consumption and external trade allowed the correlation with above-mentioned transformations and, like this, an analysis about the acting of the section in the period. It was observed that the bovine meat agribusiness answered positively to the 1

2 innovations, tends consolidated Brazil your position front to the world bovine meat market. However, the obstacles interfered, direct or indirectly, in the results, limiting the growth of the section. Key Words: agribusiness, bovine meat, Brazil, innovations, obstacles. 1. Introdução O setor agropecuário ou primário sempre foi de grande importância para a economia brasileira, em virtude da vasta extensão territorial do país, clima adequado à produção de várias culturas e à criação animal, dentre outros. Com o desenvolvimento da agropecuária ao longo do tempo, visando atender às crescentes exigências dos consumidores, seu caráter estritamente rural foi se esgotando, e o setor passou a ser cada vez mais dependente dos demais setores, secundário e terciário, formando todo um complexo que foi denominado agribusiness ou agronegócio. O agronegócio foi pioneiramente definido por Davis e Goldberg como o conjunto de atividades agropecuárias, industriais e de serviços que mantêm sinergias de caráter tecnológico e econômico, cuja matéria-prima principal venha do setor agropecuário ou, cujo produto final tenha naquele setor o seu mercado. (citado por SAMPAIO, VITAL & COSTA, 2006, p. 277). Um dos segmentos que compõem o agronegócio de grande importância para a economia do Brasil é o da carne bovina. O início da pecuária bovina no Brasil coincide com o período da colonização. Nesta época, a pecuária era praticada apenas como uma atividade de subsistência, sendo caracterizada por um elevado grau de auto-suficiência. À medida que as necessidades foram crescendo e se diversificando, e a atividade foi se mostrando lucrativa, a pecuária foi se desenvolvendo gradativamente. A partir da década de 1970 iniciou-se o processo de modernização da atividade pecuária no Brasil, através da incorporação de avanços técnicos e tecnológicos ao processo produtivo. A globalização econômica mundial, ao conduzir à integração entre os países e enfatizar a importância da competitividade, trouxe estímulos à continuidade do processo de modernização iniciado nos anos Contudo, foi a partir da segunda metade da década de 1990 que a possibilidade de incorporação de tecnologia pelos produtores foi ampliada, em decorrência da política de estabilização de preços e de valorização cambial adotadas a partir da implantação do Plano Real. A partir de então, a pecuária bovina nacional passou a apresentar um significativo e contínuo avanço em termos de modernização, conduzindo à progressiva consolidação da posição do país frente ao mercado mundial. Em 2005, segundo dados do MDIC (2006), a carne bovina representou 7,02% do total exportado pelo agronegócio no país, fortalecendo, assim a posição do Brasil como maior exportador, responsável por 31,6% do comércio mundial de carne bovina. Além disso, o Brasil respondeu pelo maior rebanho comercial do mundo, com 205,13 milhões de cabeças de gado (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, 2006) e pela segunda maior produção de carne, em torno de mil toneladas de equivalente-carcaça t.e.c. 1 (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA, 2006), aproximadamente 15% do total mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. São vários os desenvolvimentos que propiciaram ao país atingir essa posição de destaque em termos mundiais, os quais, somados a fatores como clima favorável, disponibilidade de terras e de mão-de-obra relativamente barata, além de consolidarem a 1 t.e.c. toneladas de equivalente-carcaça. Equivalente-carcaça: carne com osso + couro + derivados (sebo, bucho, carne industrial, fígado, pulmão, rabo, língua, coração, baço, rins, testículos, miolo, óleo de mocotó, tendão, medula, cascos e chifres, intestino, mucosa de abomaso, garganta, pêlos e crinas, bile, cálculo biliar e graxaria). Representa o faturamento do frigorífico de mercado interno que não comercializa carne desossada. (ALENCAR, ROSA & TORRES, jun. 2006, p. 16). 2

3 posição brasileira no mercado mundial, trouxeram grande contribuição ao promoverem a imagem do produto brasileiro no exterior. Contudo, apesar de todas as inovações introduzidas à bovinocultura de corte no Brasil, sobretudo a partir da década de 1990, muitos são os obstáculos e entraves ao seu desenvolvimento. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é analisar o desenvolvimento do agronegócio da carne bovina no Brasil com ênfase no período de 1994 a 2006, em termos das inovações técnicas e tecnológicas 2 mais relevantes pelas quais o setor vem passando, dos principais obstáculos e entraves ao seu desenvolvimento e também dos indicadores que demonstrem os impactos dessas inovações e obstáculos no segmento da carne bovina no país. Além disso, objetiva-se verificar, a partir dos dados, a importância deste segmento do agronegócio para a economia nacional. Pretende-se obter uma análise do agronegócio da carne bovina no Brasil que permita conhecer o perfil do setor e quais os fatores de maior importância para o seu desenvolvimento. Espera-se que as transformações ocorridas, em termos de modernização, tenham gerado resultados positivos para a produção e comercialização da carne bovina, mas que estes tenham sido amortecidos pelos entraves existentes. 2. Caracterização do agronegócio da carne bovina no Brasil Segundo Silva & Batalha (2000, p. 22), a cadeia agroindustrial da carne bovina possui a estrutura apresentada na figura 1. O segmento dos insumos, ou segmento a montante da produção ou antes da porteira, subdividido em indústria de defensivos, alimentação animal e genética animal, constitui o topo da cadeia; sendo assim, é de fundamental importância para que a produção se processe com baixos custos e maior qualidade, visto que a utilização desses insumos possibilitam o encurtamento do período de abate e uma conseqüente elevação da taxa de produtividade do rebanho. Figura 1 Definição e delimitação da cadeia agroindustrial da carne bovina ATIVIDADES DE APOIO Sistemas Financeiros Políticas Governamentais Embalagens Aditivos Sistemas de inspeção sanitária Transportes Sistema de P & D Associações de classes Políticas de Comércio Exterior INSUMOS PRODUÇÃO ANIMAL FRIGORÍFICOS ENTREPOSTOS REVENDEDORES ATACADISTAS Indústria de defensivos Alimentação animal Genética animal Subprodutos comestíveis Subprodutos nãocomestíveis 2 A Políticas técnica de é renda um conjunto de procedimentos e de métodos práticos próprios a uma atividade, e tecnologia é o uso do conhecimento para obter algo prático. A técnica começa a melhorar com o conhecimento, e isso é denominado tecnologia. (SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR DE MINAS GERAIS, 2006). 3

4 VAREJO MERCADO INTERNO E EXTERNO Food Services CONSUMIDOR FINAL (MERCADO INTERNO) Supermercados Açougues Boutiques Fonte: SILVA & BATALHA, 2000, p. 22. O segmento da produção, ou dentro da porteira, por sua vez, representa o processo de criação dos animais, e pode ser dividida em cria (produção de bezerros), recria (cria de bezerros e novilhas) e engorda (terminação dos animais para abate). No Brasil, a idade média para abate dos animais é de 3,5 anos, segundo dados apresentados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA (2006). Os demais segmentos (frigoríficos, entrepostos, revendedores, atacadistas, varejo e consumidores) constituem os segmentos a jusante da produção ou depois da porteira ; estes são responsáveis pelo armazenamento, processamento e distribuição da carne nos mercados interno e externo, seja sob a forma industrializada, seja in natura. Diante de um complexo sistema, o setor da carne bovina necessita de coordenação entre seus diversos segmentos para que possa competir nos mercados interno e externo de carnes. Assim, as atividades de apoio apresentadas na figura 1 desempenham papel fundamental na cadeia agroindustrial da carne bovina, ao coordenar e orientar os segmentos e as relações internas da cadeia. A produção do rebanho bovino de corte no Brasil é baseada predominantemente na criação e engorda de animais em sistema extensivo, ou seja, a criação a pasto. Isto é possível em virtude da disponibilidade de terras no território nacional, sendo que 18% deste, ou 150 milhões de hectares de terras, são utilizados para a criação de gado. Segundo dados do IBGE e do MAPA, em 2004 cerca de 97% do rebanho bovino brasileiro foram terminados em pastagens naturais. Devido a isto, o bovino brasileiro passou, em período recente, a ser conhecido internacionalmente como Boi Verde. O fato de se utilizar matérias-primas de origem vegetal na alimentação dos bovinos, além de reduzir os custos de produção, reduz também o risco de transmissão de doenças aos animais, como por exemplo, a encefalopatia espongiforme bovina ou doença da vaca louca, e a febre aftosa. Quanto à carne bovina, é comercializada no Brasil tanto sob a forma industrializada como in natura, dando origem a diversos tipos de produtos, como carne fresca, carne congelada, carne cozida em conserva, miudezas de bovino, e outros. Outras formas de beneficiamento da carne são a desossa, o enlatamento e a utilização de embalagens e etiquetas de certificação do produto. Para garantir a qualidade da carne, existem mecanismos de regulamentação, como o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina SISBOV, que faz o rastreamento dos animais desde o nascimento até o abate, e órgãos de fiscalização federais, estaduais e municipais. 4

5 3. Resultados e Discussões Muitas são as inovações científico-tecnológicas pelas quais o agronegócio da carne bovina vem passando nos últimos anos. Contudo, algumas merecem destaque, diante da importância que assumiram para o desempenho do setor nos últimos anos, assim como para seu reconhecimento internacional. Dentre estas, foram diagnosticadas e analisadas o melhoramento genético e a inseminação artificial, a rastreabilidade, a intensificação da engorda bovina e as inovações no setor de abate e processamento da carne. Coexistem com essas inovações técnicas e tecnológicas diversos entraves, os quais interferem direta ou indiretamente sobre o bom desenvolvimento do agronegócio da carne bovina no Brasil. Diante da significância que assumem no cenário atual, foram analisados os problemas relacionados à logística de transportes e infra-estrutura, as barreiras comerciais impostas às exportações da carne e as doenças que impactam diretamente sobre os resultados do setor ao serem motivos de embargos à produção brasileira, como a febre aftosa e a vaca louca Inovações técnicas e tecnológicas O melhoramento genético, que pode ser definido como a ciência utilizada em animais para a obtenção de indivíduos com características superiores e desejáveis, a partir do controle genético destas características e de sua variabilidade, é uma das principais ferramentas de competitividade no cenário mundial. Proporciona ao produtor um melhor rebanho e, com isso, uma melhor produção, ou seja, eleva a eficiência do processo produtivo, ao reduzir custos e aumentar a produtividade do rebanho. A inseminação artificial é uma importante ferramenta do melhoramento genético do rebanho de corte bovino. Dentre as vantagens que proporciona ao rebanho e ao produtor, pode-se citar a introdução de material genético melhorador do rebanho, maior conhecimento da qualidade dos animais, redução da estação de monta com conseqüente elevação da uniformidade dos bezerros, redução de despesas com a categoria de touros, elevação da qualidade da carcaça, melhoramento sanitário do rebanho, dentre outras vantagens (BEHEREGARAY NETO, 2004). Apesar de todas as vantagens citadas e do tempo que já está disponível no mercado (desde a década de 1950), a inseminação artificial apresenta baixa taxa de utilização em relação ao número de fêmeas em reprodução no Brasil, em torno de 7% (ALENCAR & POTT, 2003). Além disso, sua utilização exige algumas condições que, se não atendidas, se transformam em limitações, dentre as quais podem ser citadas: condições de manejo nutricional e estrutural adequadas, observação de aspectos sanitários, organização e identificação dos animais, mão-de-obra qualificada e boas condições de aplicação da técnica (CHILITTI, 2006). No gráfico 1 pode ser observada a evolução do uso da inseminação artificial no rebanho bovino brasileiro no período Como se observa, a utilização de inseminação artificial no Brasil cresceu consideravelmente. Um aspecto interessante é que essa elevação contou com o fornecimento de produto nacional, sobretudo a partir de 1999, quando a importação começou a apresentar queda. Gráfico 1 Evolução das vendas de inseminação artificial no Brasil

6 N de doses vendidas Ano Nacional Importado Total geral Fonte: Associação Brasileira de Inseminação Artificial ASBIA. Nota: Os dados referem-se à inseminação artificial total, ou seja, inclui inseminação em gado de corte e em gado leiteiro. O gráfico 1 apresenta a evolução da inseminação artificial em bovinos de corte e leite. Entretanto, segundo dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial ASBIA, ao passo que em 1995 a utilização de inseminação em gado de corte representava apenas 42,6% do total, em 2004 essa foi de 65,5%, revelando que a bovinocultura de corte passou a utilizar uma maior parcela do total da inseminação comercializada no país. Os dados apresentados acima revelam uma crescente preocupação do produtor nacional para com o melhoramento genético do rebanho de corte, com vistas a obter maior produtividade e qualidade da carne produzida e, com isso, elevar sua lucratividade. A rastreabilidade ou rastreamento bovino, que representa o controle, identificação e certificação de origem dos animais, foi uma das mais importantes inovações ocorridas no agronegócio da carne bovina no Brasil nos últimos anos. Segundo Dulley & Toledo (citado por SARTO, 2002, p. 9) o sistema de rastreabilidade são medidas de controle e monitoramento das entradas e saídas das unidades produtivas, processadoras ou distribuidoras, com o objetivo de garantir a origem e qualidade do produto final. Assim, a rastreabilidade é uma garantia de segurança alimentar, visto que o bovino é rastreado desde o seu nascimento até a oferta do produto ao consumidor final, com rotulagem específica. A rastreabilidade e demais exigências técnicas e sanitárias se tornaram fatores de competitividade internacional sobretudo após os problemas vivenciados pela Europa em 1996, como a crise da vaca louca e a febre aftosa. A partir de então, os países europeus passaram a exigir controles de qualidade mais rígidos aos produtos por eles importados. Assim, os países exportadores, dentre eles o Brasil, se viram obrigados a se adequarem gradativamente a estas crescentes exigências. O rastreamento do bovino brasileiro foi iniciado através do SISBOV Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina, instituído pelo MAPA, em O SISBOV estabeleceu as diretrizes básicas do processo de rastreabilidade no Brasil, tendo como finalidade identificar, registrar e monitorar todos os bovinos e bubalinos individualmente. Em 2006, o Brasil possuía cerca de 79 mil propriedades e mais de 34 milhões de animais cadastrados no SISBOV, de acordo com dados divulgados na nota O que diz a nova instrução do SISBOV, divulgada pela revista Agroanalysis (ago. 2006, p. 35), e 69 6

7 certificadoras credenciadas, segundo tabela de entidades certificadoras divulgada pelo MAPA (2006). Apesar de as exportações de carnes serem o principal motivo para a utilização da rastreabilidade bovina no Brasil, existem muitas outras questões de grande importância para a implantação desse sistema, como a saúde pública e a proteção do consumidor, o auxílio na epidemiologia (estudo das causas e fatores que influenciam as doenças) e a eficiência na gestão da produção da carne, dentre outras. Assim sendo, a rastreabilidade não deve ser apenas um dispositivo para se conseguir um diferencial de preços ou atender exigências do mercado, mas representar, além da segurança alimentar, novas formas de ganhos e facilidades no gerenciamento e controle de informações (ROCHA & LOPES, 2002, p. 145). Além do SISBOV, existem no Brasil diversos sistemas de certificação e inspeção, dentre os quais podem ser citados os sistemas de inspeção a nível municipal (SIM), estadual (SIE) e federal (SIF), a International Standartization Organization (ISO), o Instituto Brasileiro de Normas Técnicas (INMETRO) e o Sistema de Informação da Carne (SIC), dentre outros, responsáveis pela garantia de fornecimento da carne dentro de padrões estabelecidos e em conformidade com a legislação sanitária e de segurança alimentar. Um aspecto de grande importância na produção pecuária brasileira é sua produção predominantemente extensiva. Contudo, apesar de ser um processo que possibilita a redução de custos, a dependência de pastagens sujeita o setor a problemas relacionados ao clima, visto que as pastagens tornam-se menos abundantes nos períodos de seca, trazendo como conseqüência um menor desenvolvimento dos animais, provocando perda de produtividade, sazonalidade da produção e queda na qualidade da carne. Para evitar essa queda de produtividade, muitos especialistas têm apontado a utilização de sistemas intensivos como ferramenta estratégica de terminação dos animais 3, sendo aplicados para animais em fase de acabamento, que permanecem confinados ou semi-confinados pelo menor tempo possível. Nesse sistema de engorda intensiva, as fases de cria e recria são praticadas em pastagens naturais, e a fase de engorda, em regime de confinamento ou semi-confinamento, com vistas à redução da idade de abate e à produção de carne de melhor qualidade ao longo de todo o ano. Conforme se observa através da tabela 1, ocorreu uma evolução considerável na engorda intensiva, apesar de algumas oscilações ao longo do período em análise. Merece destaque, com relação ao sistema de engorda intensiva, o semi-confinamento, que apresentou a maior taxa de crescimento (mais que quadruplicou comparando-se 1994 a 2004). Tabela 1 Rebanho bovino brasileiro por sistema de engorda (em mil cabeças) Ano Engorda Extensiva Engorda Intensiva Confinamento Semi-confinamento Sobre a dicotomia entre a necessidade de intensificação do processo produtivo e a de se ofertar um produto que atenda às exigências do consumidor, ver CEZAR & EUCLIDES FILHO (2000). 7

8 Fontes: Indicadores da Agropecuária CONAB; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE; Serviço de Informação da Carne. A engorda extensiva também foi crescente ao longo do período, porém a taxas menores, visto que cresceu cerca de 28% na comparação de 1994 a Contudo, seu crescimento, apesar de menos significativo, foi mais estável, não apresentando oscilações bruscas ao longo do período, mostrando que este é, dentre os sistemas de criação citados, o que representa maior segurança aos produtores. Assim, a engorda extensiva ainda continua sendo o sistema de maior importância para o pecuarista brasileiro, englobando cerca de 97% da produção total em Daí advém o título de boi verde ao bovino produzido no Brasil, caracterizando a criação extensiva dos animais, com alimentação baseada em pastagens naturais. Por fim, após analisar algumas inovações ocorridas nos segmentos a montante e da produção propriamente dita, cabe mencionar o setor de abate e processamento da carne bovina, um dos que apresentaram maior grau de modernização no segmento a jusante do agronegócio da carne bovina no Brasil nos últimos anos. O setor vem apresentando significativas inovações no que diz respeito ao processamento e beneficiamento da carne, dentre as quais destacam-se as mudanças nas características fundamentais do produto, através da agregação de valor (desossa, adição de temperos, pré-cozimento da carne, enlatamento e outros) e a melhoria na apresentação do produto para comercialização, através da melhoria das embalagens (tamanhos, informações e outras) e da diversificação dos cortes em tamanhos menores e mais adequados às necessidades dos consumidores. Além do processamento e beneficiamento dos produtos, as mudanças tecnológicas do setor também são observadas na implantação de máquinas e equipamentos pelas empresas, com vistas à elevação da produtividade, como a desossa mecanizada, fluxo contínuo de produção, equipamentos para congelamento da carne, máquinas a laser para cortes específicos e em tamanhos iguais, sistema de embalagem a vácuo, dentre outros. Contudo, apesar de ser um segmento passível de incorporação de tecnologia, e de grande parte dessa tecnologia estar disponível internamente (SILVA & BATALHA, 2000, p. 142), o setor de abate e processamento de carnes no Brasil se caracteriza por um elevado grau de heterogeneidade em relação ao porte das empresas e ao nível tecnológico. Essa heterogeneidade de processos produtivos, as diferenças de custos advindas desta e a baixa exigência do consumidor interno por produtos de qualidade e certificados limitam a adoção de tecnologias modernas ao processo produtivo, visto que processos tradicionais envolvem menores custos. Em termos gerais, apesar da caracterizada heterogeneidade, o setor de abate e processamento brasileiro é relativamente bem posicionado quanto a tecnologia (SILVA & BATALHA, 2002, p. 143) Principais entraves e fatores limitadores Segundo o presidente da Associação Brasileira de Logística ASLOG, Altamiro Borges, um dos maiores entraves ao desenvolvimento e competitividade do agronegócio brasileiro é a logística; um indicador que confirma esta afirmação é o resultado de uma pesquisa recente do Centro de Estudos em Logística do Instituto COPPEAD da Universidade Federal do Rio de Janeiro CEL/COPPEAD/UFRJ (2006), que mostrou que os custos logísticos representaram, em 2004, 12,8% do PIB nacional. Segundo Alves (1997, p. 141), a logística é uma área que cuida especialmente da movimentação de produtos em toda a cadeia produtiva, enfrentando os problemas decorrentes da distância que separa os clientes e os fornecedores. No caso específico do agronegócio da 8

9 carne bovina, a logística envolve o conjunto de fluxos de produtos em todas as atividades a montante, durante o processo produtivo e a jusante. No Brasil, em função de sua extensão territorial e da ocupação de áreas de fronteira pela atividade pecuária, as distâncias entre os diversos segmentos do agronegócio da carne são consideráveis. Nesse sentido, a área da gestão logística de maior relevo é a da distribuição física, mais especificamente o item transporte. De acordo com dados apresentados em pesquisa anteriormente referenciada do CEL/COPPEAD/UFRJ (2006), dos 12,8% do PIB em custos logísticos, 7,7% são referentes a transportes, e os restantes 5,1% se referem aos custos logísticos administrativos, de armazenagem e estoques. O transporte da carne bovina requer a observação de critérios rigorosos não apenas na escolha do transporte, como também nas condições de movimentação, visto que interferem diretamente na qualidade do produto final. Assim, dentre os problemas relacionados à logística de transportes que mais se destacam na cadeia produtiva da carne bovina podem ser citados as precárias condições das vias de transporte e a deficiência ou indisponibilidade de estrutura e equipamentos necessários ao transporte eficiente da carga. As rodovias, que são o principal meio de escoamento da produção brasileira cerca de 61% do transporte de carga nacional (Confederação Nacional dos Transportes-CNT, 2006), apresentam predominantemente um mau estado de conservação; de acordo com dados apresentados pela CNT (2006), em 2005, 72% da malha rodoviária brasileira estavam em péssimo, ruim e deficiente estado de conservação, contra apenas 28% em bom e ótimo estado. A predominância do transporte rodoviário é um aspecto negativo para o desempenho do agronegócio, visto que, além da precariedade das vias, este modal de transporte apresenta maiores custos que os transportes ferroviários e hidroviários por tonelada transportada (FERREIRA, 2006, p. 7) Com relação às outras vias de transporte, como o transporte ferroviário e o hidroviário, apresentam uma participação relativamente reduzida, em virtude, em muitos casos, da escassez ou inexistência de ferrovias e hidrovias que liguem os mercados e se localizem próximas aos pontos de embarque e desembarque. Outros problemas ainda podem ser apontados; no caso do transporte ferroviário, o maquinário está obsoleto, o que faz com que o tempo gasto no transporte da carga seja muito elevado e, portanto, inviável; além disso, outro problema enfrentado por essa modalidade de transporte é a reduzida oferta e baixa qualidade de peças de manutenção da via férrea. No caso do transporte hidroviário, modal mais utilizado para escoamento do produto ao mercado externo, a escassez de navios e a inexistência de escalas regulares dificultam a sua utilização; ademais, a estrutura de apoio nos terminais é insuficiente, apresentando equipamentos com baixa capacidade de armazenamento e pessoal pouco qualificado, o que torna o transporte ainda mais ineficiente e custoso. No que tange à infra-estrutura de apoio ao transporte dos produtos, como questões de armazenagem e manuseio da produção, o Brasil apresenta sérias deficiências, sobretudo com relação ao transporte hidroviário, que envolve maior período de tempo entre o embarque e a entrega do produto ao cliente, além de estar sujeito às condições naturais; portanto, esse modal de transporte necessita de instalações adequadas à conservação do produto (ALVES, 1997, p. 205). Portanto, condições internas e externas à empresa transportadora influem diretamente sobre a competitividade do agronegócio, visto que, devido à ineficiência e inadequação do serviço fornecido, o produto sai do campo com preços baixos e competitivos, mas chega ao seu destino com custos altos. Um dos principais entraves ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro no mercado internacional é o protecionismo praticado pelos países ricos à sua produção agropecuária. Os principais objetos de proteção ao mercado interno são: subsídios, tributação 9

10 e barreiras tarifárias, econômicas, técnicas, sanitárias e ambientais (ARAÚJO, 2005, p ). De acordo com Pitelli (2004, p. 21), a partir da criação do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), em 1947, as barreiras tarifárias sofreram progressiva redução; no entanto, paralelamente a essa redução, as barreiras não-tarifárias ganharam importância como nova forma de proteção aos mercados nacionais, podendo ser legítimas exigências de segurança e proteção à saúde ou formas de protecionismo disfarçado. Segundo a Associação Brasileira de Agribusiness-ABAG (2006), ao passo que as barreiras tarifárias podem ser regulamentadas por organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC), as barreiras não-tarifárias se caracterizam por elevado grau de subjetivismo, não se baseando em fundamentos científicos amplamente aceitos para sua imposição. A carne bovina, por sua própria natureza, é um produto cujo comércio está bastante sujeito à imposição de normas técnicas e sanitárias, sobretudo quando se trata da comercialização do produto sob a forma in natura. Assim, esse é o tipo de barreira que atualmente implica em maiores restrições às exportações da carne bovina brasileira. Algumas doenças, como a febre aftosa e a encefalopatia espongiforme bovina (ou mal da vaca louca ) são motivos para a aplicação de barreiras sanitárias à carne bovina. Os recentes casos de ocorrência da febre aftosa no Brasil, iniciados em outubro de 2005, no Mato Grosso do Sul, ocasionaram restrições por parte de mais de 50 países às importações da carne bovina brasileira. Várias são as causas apontadas para o surgimento da doença no país em 2005, dentre as quais se destacam o não-cumprimento do calendário de vacinação pelos produtores e a falta de controle e deficiência na inspeção das fronteiras do país com a Bolívia e o Paraguai, onde a aftosa ainda não foi controlada. Os prejuízos causados pela febre aftosa aparecem sob a forma de queda de produtividade, perda de mercados diante das barreiras sanitárias impostas, custos públicos de prevenção, controle, erradicação e indenização quando é necessário o sacrifício de animais, perda de confiança do importador e custos de retomada do status de área livre da doença (LIMA, MIRANDA & GALLI, 2005, p. 6). Contudo, mesmo com a crise, o quantum das exportações ainda apresentou crescimento. Algumas razões foram apontadas para a referida contradição, como, por exemplo, o fato de que a maioria dos países não fechou integralmente o mercado, mas apenas suspendeu as compras dos produtos oriundos das regiões afetadas 4, e, além disso, os frigoríficos exportadores têm plantas habilitadas em outras regiões do país, o que permitiu a transferência do abate para as áreas não afetadas pela doença (ABAG, 2006). Além da febre aftosa, outro grande problema sanitário é a encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como o mal da vaca-louca. Em 1996, em decorrência da descoberta de casos da doença na Europa e da associação desta a uma grave doença humana, a pecuária de corte mundial passou por um período de crise. Após esse acontecimento, vários países, com destaque para a União Européia, que foi a região mais afetada, passaram a implantar sistemas mais rigorosos de controle sanitário, além de exigir maior rigor dos países exportadores do produto para seus mercados. Em 2001, sob a alegação de risco dessa doença no Brasil, o Canadá embargou a carne bovina brasileira, o que, além dos prejuízos financeiros diretos, deteriorou a imagem comercial do país e prejudicou diversos contratos comerciais já em vigência, como com os Estados Unidos e México, que proibiram as importações da carne brasileira. Algumas organizações mundiais têm se ocupado da discussão e do levantamento de soluções para problemas relacionados a barreiras sanitárias, como o Comitê do Acordo 4 Daí a importância do princípio da regionalização, previsto no Acordo SPS e no âmbito do OIE, de que a existência de áreas contaminadas não deverá servir como fundamento para barreiras ao comércio de todo o país (ver LIMA, MIRANDA & GALLI, 2005). 10

11 sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da OMC (Acordo SPS) e o Escritório Internacional de Epizootias, ou Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em 1998 foi assinado um acordo de cooperação entre essas duas organizações, e figuram como objetivos principais a proteção à vida e à saúde animal e humana, a garantia da segurança para o comércio internacional e o desenvolvimento de padrões sanitários. Entretanto, mesmo com a existência das organizações supracitadas, as barreiras técnicas e sanitárias são utilizadas como forma de proteção a interesses políticos e comerciais, sob a alegação de segurança alimentar. E isso faz com que países como o Brasil, que sofrem os impactos da imposição destas a vários produtos, busquem freqüentemente se adequar às exigências impostas. E o Brasil, para firmar sua posição de maior exportador mundial de carne bovina, necessita de grandes investimentos em seu sistema de defesa sanitária, para evitar que problemas como o ocorrido em 2005, com relação à febre aftosa, se transformem em obstáculo constante ao produto nacional Evolução dos indicadores do agronegócio da carne bovina no Brasil Após a análise das principais inovações incorporadas ao setor e de alguns dos entraves ao seu desenvolvimento, será apresentada a evolução do agronegócio da carne bovina através de indicadores como tamanho do rebanho, quantidade abatida, produção, consumo interno e comércio exterior. A partir da análise da evolução desses dados 5 será possível estabelecer um paralelo com os aspectos abordados no capítulo anterior e, assim, observar se os indicadores refletem as transformações ocorridas direta ou indiretamente no agronegócio da carne bovina. Em 2005, o Brasil registrou o maior rebanho bovino comercial do mundo, com mil cabeças, representando, segundo Camardelli (2006, p. 14), cerca de 19% do rebanho mundial. O rebanho bovino da Índia foi superior ao do Brasil ( mil cabeças), mas não possui aptidão comercial, visto que o animal é, na concepção dos indianos, algo sagrado, o que leva a população de modo geral a não consumir carne bovina. Conforme se observa na tabela 2, o rebanho bovino brasileiro apresentou crescimento ao longo de todo o período, com uma pequena queda apenas em 1996, resultado do elevado abate de fêmeas devido aos casos de encefalopatia espongiforme bovina ou doença da vaca louca na Europa, conforme mencionado anteriormente. Tabela 2 Rebanho bovino brasileiro e participação de cada região no total nacional (em mil cabeças) Ano Brasil Participação por região (%) Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul ,76 14,42 11,35 23,76 16, ,15 14,37 11,90 23,05 16, ,73 15,09 11,36 23,13 16, ,84 14,76 11,96 22,91 16, ,57 13,47 12,93 22,72 16, ,76 13,29 13,63 22,41 15, ,11 13,28 14,43 21,69 15, ,03 13,27 15,47 21,04 15, ,38 12,89 16,42 20,46 14, ,74 12,78 17,35 19,80 14,33 5 Cabe ressaltar que as informações estatísticas disponíveis apresentam algumas disparidades entre as diversas fontes, o que dificulta uma análise mais aprofundada. Assim, os dados serão apresentados com vistas a analisar a evolução do agronegócio da carne bovina no Brasil no período de forma mais generalizada. 11

12 ,80 12,70 19,45 19,26 13, * ND ND ND ND ND 2006** ND ND ND ND ND Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA. * Estimativa. ** Previsão. ND = não disponível. De 1994 a 2005, o crescimento total foi de cerca de 29,63%, com média anual de 2,41%. É importante notar que o crescimento do rebanho passou a ser mais intenso a partir do ano 2000, com uma taxa média de 3,75% ao ano, contra um crescimento médio de cerca de 0,80% ao ano no período A região Centro-Oeste é a de maior representação no rebanho bovino brasileiro, concentrando cerca de 34,80% do total em No período analisado, o índice de participação desta região apresentou pequenas oscilações, com um ligeiro incremento de 1,04 pontos percentuais se se compara o ano de 2004 com É interessante observar que a região Sudeste, que até 2003 ocupava o segundo lugar em termos de concentração do rebanho bovino, passou a ocupar o terceiro lugar a partir de 2004, visto que sua participação caiu de 23,76% em 1994 para 19,26% em A região Norte passou a ocupar a posição de segunda maior concentradora do rebanho bovino brasileiro, com 19,45% do total; esta região também foi a que apresentou a maior taxa média de crescimento dentre todas as regiões, cerca de 8,43% ao ano. A região Sul possui o quarto maior rebanho, tendo representado 13,79% do total brasileiro em 2004 e, por fim a região Nordeste, com o menor rebanho nacional (cerca de 12,70%). Apesar de o Brasil possuir um rebanho tão expressivo mundialmente, a taxa de desfrute 6 ou abate é relativamente baixa, tendo sido de 20,73% em 2005, conforme se observa na tabela 3. Para comparação, a taxa de desfrute da Nova Zelândia foi de 43% e a da Austrália, de 32%, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne ABIEC (2006). Ao longo do período de 1997 a , a taxa de desfrute total se manteve praticamente constante, apresentando uma pequena elevação. Tabela 3 Quantidade de animais abatidos e taxa de desfrute Brasil Ano Abate (mil cabeças) Taxa de desfrute (%) Fiscalizado Sem fiscalização Total Fiscalizado Total ,22 18, ,14 18, ,20 19, ,06 19, ,45 18, ,75 18, ,07 18, ,68 19, ,66 20,73 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Scot Consultoria (citado por TORRES JR., ROSA & TONINI, jun. 2005, p. 40). É interessante observar a evolução da quantidade do rebanho abatida de forma fiscalizada comparativamente ao abate sem fiscalização, ambos apresentados na tabela 3. Em 1997, cerca de 49,16% do abate era feito clandestinamente, sem qualquer forma de 6 A taxa de desfrute é o quociente entre o número de animais abatidos e o número total de animais. 7 Os dados oficiais do abate no Brasil só estão disponíveis a partir do ano de

13 fiscalização. Em 2005, esse índice caiu para 34,09%, o que demonstra que, apesar da tendência de queda do abate clandestino, este ainda é muito representativo no Brasil. Considerando somente os abates inspecionados, de janeiro a junho de 2006, totalizaram mil cabeças, segundo dados do IBGE (2006); desse total, cerca de 44,86% dos animais abatidos são bois (machos com mais de 4 anos), 39,86% são vacas (fêmeas acima de 4 anos), 15,20% são novilhos (machos e fêmeas com menos de 4 anos) e 0,08% são vitelos (animais com menos de 12 meses). Chama a atenção nesses dados o elevado nível de abate de fêmeas, visto que era de 29,22% em 1997, o que provoca queda na quantidade de cabeças disponíveis no mercado e, conseqüentemente, pode vir a refletir no nível de produção da carne bovina no país. Conforme se observou através dos dados apresentados, o Brasil se situa em uma posição favorável quanto ao tamanho de seu rebanho em relação aos outros países. Contudo, o nível de crescimento deste tem sido baixo se considerado que o país possui grande disponibilidade de terras e outras condições favoráveis para uma maior evolução. Quanto à taxa de abate, apesar de haver apresentado crescimento, ainda se situa em um nível muito baixo, o que reflete negativamente no nível de produção interna de carne bovina e, conseqüentemente, na produtividade nacional. Quanto à produção brasileira de carne bovina em 2005, segundo dados do MAPA (2006), foi da ordem de mil t.e.c., o que possibilitou ao país a posição de segundo maior produtor mundial, detendo 15% da produção total, atrás apenas dos Estados Unidos (ROSA, TORRES JR. & TONINI, jan. 2006, p. 30). A evolução da produção de carne bovina ao longo do período pode ser visualizada no gráfico 2. Conforme se observa, o nível de produção de carne bovina apresentou um crescimento considerável no período analisado, sendo este de aproximadamente 81,83% no comparativo entre 1994 e O crescimento médio anual da produção se situou em torno de 5,75% no período. A produção de carne bovina oscilou consideravelmente no período analisado. Gráfico 2 Evolução da produção e do consumo interno de carne bovina no Brasil Mil t.e.c Produção Consumo interno Ano Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA. O consumo interno de carne bovina, por sua vez, apresentou um crescimento considerável no início do período analisado, possivelmente em decorrência da estabilização 13

14 econômica gerada a partir da introdução do Plano Real. Contudo, a partir de 1997, esse passou a oscilar bastante, ora apresentando crescimento, ora queda. Comparando o consumo interno brasileiro de 1994 com o de 2005, verifica-se que houve um incremento de aproximadamente 51,14%, o que resultou em crescimento médio anual da ordem de 4,01% no período de 1994 a Esse elevado nível de consumo interno conferiu ao Brasil o título de terceiro consumidor mundial, representando 11,2% do total consumido, atrás da União Européia e dos Estados Unidos (ROSA, TORRES JR. & TONINI, jan. 2006, p. 30). O gráfico destaca o crescimento da distância entre produção e consumo ao longo dos últimos anos. No início do período, os dois indicadores eram basicamente iguais, ou seja, a produção era quase totalmente destinada ao abastecimento do mercado interno (em 1994, cerca de 98,4%); contudo, a partir de 1995 se inicia o processo de distanciamento, e em 2005, 80,2% da produção foi destinada a consumidores internos, sendo uma maior parcela destinada ao comércio exterior. O mercado externo é fator de grande importância para o desenvolvimento do agronegócio da carne bovina no Brasil, pois, apesar de exportar apenas uma pequena parcela de sua produção (cerca de 19,8% em 2005), o país foi responsável, em 2005, por 31,6% do comércio mundial, figurando como o maior exportador (ROSA, TORRES JR. & TONINI, jan. 2006, p. 30). Segundo dados apresentados pela ABIEC (2006), em 2005 o Brasil exportou carne bovina para mais de 150 países, com destaque para a Rússia, que importou mais de 21% de toda a carne bovina brasileira exportada. A tabela 4 permite visualizar o crescimento do setor no período Conforme se observa, no início do período analisado o saldo da comercialização de carne bovina no mercado externo foi decrescente, reflexo da política de câmbio fixo adotada no Brasil até 1999, com o Real valorizado frente ao Dólar, que estimulou as importações e desestimulou as exportações. Contudo, a partir de 1998 essa tendência é alterada, e as exportações passam a crescer significativamente. As importações apresentaram uma queda de aproximadamente 47% em 1999 em relação a 1998, mas passaram a alternar períodos de crescimento e de queda ao longo do restante do período. Tabela 4 Exportação, importação e saldo comercial de carne bovina (em US$ milhões) Ano Exportação Importação Saldo ,46 128,88 465, ,44 189,12 332, ,07 196,30 269, ,05 217,44 244, ,70 177,12 438, ,23 83,81 731, ,56 112,80 700, ,72 61,39 987, ,83 73, , ,68 66, , ,40 79, , ,91 87, ,21 Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior MDIC. *Dados até setembro/2006. Fazendo a comparação entre 1994 e 2005, a receita gerada pelas exportações cresceu cerca de 414,74%, ao passo que os gastos com importações tiveram queda de 31,95%. 14

15 Em termos médios, as exportações cresceram aproximadamente 18,06% ao ano entre 1994 e 2005, e as importações cresceram 1,72%. Para fins de análise, é interessante que se observe o setor de carne bovina de forma desagregada. Segundo dados do MDIC, o item de exportação de maior relevo para o agronegócio da carne bovina no Brasil é a carne in natura, que respondeu por 80,09% das exportações em 2005; contudo, é importante ressaltar que esta elevação das exportações de carne in natura não implica necessariamente em comercialização de produtos sem nenhum valor agregado, visto que neste item se incluem subprodutos que passam por processos de beneficiamento como a desossa e cortes especiais. Após a carne in natura, o item de maior participação nas exportações brasileiras são as carnes industrializadas, que responderam em 2005 por 13,18% do total de carne bovina exportada. Por fim, as miudezas comestíveis de bovino possuem a menor participação no total exportado, tendo respondido por apenas 6,73% em Quanto às importações de carne bovina pelo Brasil, a carne in natura responde pela maior parcela, tendo sido da ordem de 77,07% sua participação em A segunda maior participação nas importações de carne bovina cabe às miudezas, responsáveis por 22,26% do total importado em Por sua vez, o nível de importação de carne industrializada, que foi da ordem de 0,67% em Um interessante ponto a ser observado é quanto a estas participações em termos de valores monetários. Segundo dados do MDIC, a tendência é a mesma que a dos percentuais das quantidades, com ganho de participação para a carne industrializada, que em 2005 respondeu por 17,15% da receita gerada pelas exportações de carne bovina, e queda para as carnes in natura (79,06%) e miudezas (3,79%). Isto mostra que o setor deve buscar agregar mais valor aos seus produtos, e elevar sua participação no item de carnes industrializadas, com vistas a auferir maiores receitas de exportação. 4. Conclusão Este trabalho buscou analisar o desenvolvimento do agronegócio da carne bovina no Brasil no período , em termos de inovações inseridas e obstáculos enfrentados pelo setor, e também dos indicadores que demonstrem os impactos dessas inovações e obstáculos no segmento da carne bovina no país. Entre as inovações e entraves analisados, não podem ser tiradas conclusões acerca de quais os mais relevantes para o desempenho do setor; contudo, a partir da análise realizada e dos dados apresentados, observou-se que esses fatores, de forma direta ou indireta, exercem influência sobre a cadeia produtiva da carne bovina, dando suporte para um melhor desempenho ou atuando como uma barreira ao desenvolvimento desta. Dentre as inovações analisadas, observou-se que grandes foram os avanços em termos de novas técnicas e tecnologias utilizadas na produção de carne bovina, em todos os segmentos da cadeia; essas transformações evidenciam que o agronegócio da carne bovina passa por um processo constante de modernização e adequação às exigências de competitividade no mercado, fator indispensável para que continue figurando como um setor de considerável importância para a economia nacional. Contudo, apesar dos avanços, algumas dessas inovações ainda apresentam limitações que precisam ser transpostas, de modo a permitir uma maior eficiência no desempenho do setor. Quanto aos entraves ao agronegócio da carne bovina analisados, observou-se que são fatores de difícil solução no curto e médio prazo, visto que necessitam de atuação efetiva do Estado no sentido de promover mudanças estruturais no país. Os indicadores nacionais representativos do desempenho econômico do agronegócio da carne bovina refletiram, se certa forma, as inovações e obstáculos estudados. 15

16 Observou-se através dos dados que o agronegócio da carne bovina vem apresentando bons resultados nos últimos anos, tendo se caracterizado por crescimento constante em quase todos os anos. Dividindo o período analisado em subperíodos, observou-se que a maioria dos indicadores foram desfavoráveis de , possível resultado da política econômica adotada no início do Plano Real, de valorização do Real frente ao Dólar; além disso, o ano de 1996 representou um período de crise para o setor, decorrência da descoberta de focos de encefalopatia espongiforme bovina, ou mal da vaca louca na Europa. O período compreendido entre representou a retomada do setor, que trouxe estímulo à produção interna, ao favorecer as exportações e desfavorecer as importações. O período , por sua vez, representou o período de maior crescimento para o setor, resultado da política econômica relativamente favorável, com câmbio desvalorizado, e da maior preocupação com a sanidade do rebanho, trazendo maior segurança aos consumidores e maior confiabilidade quanto ao produto brasileiro. Apesar do maior crescimento ao longo dos últimos anos, algumas das previsões apresentadas para o ano de 2006 são bem menos otimistas que o efetivo de 2005 em relação a 2004, o que pode ser reflexo da crise vivenciada atualmente pelo setor, decorrente da descoberta de focos de aftosa no território nacional. De modo geral, o setor apresentou um crescimento considerável ao longo do período analisado, resultado em grande parte da incorporação de novas tecnologias e de processos cada vez mais modernos e que impliquem em redução dos custos e conseqüente elevação da produtividade. Além da redução de custos, a crescente utilização de tecnologias modernas pelos produtores do setor tem por objetivo a oferta de um produto de maior qualidade, competitivo em níveis nacional e internacional, visto serem as inovações fator crucial para que o produtor se mantenha no mercado. Entretanto, para que esses bons resultados sejam potencializados e se mantenham há necessidade que o país busque solução rápida e efetiva para os maiores problemas e gargalos que impactam direta ou indiretamente sobre o agronegócio da carne bovina, e busque intensificar ainda mais a utilização de novas tecnologias e métodos com vistas a elevar a credibilidade dos consumidores, sobretudo os externos, e a continuar fomentando seu desenvolvimento e conferindo ao país recordes mundiais. Um outro problema inerente ao agronegócio da carne bovina foi constatado ao longo do trabalho, qual seja, a elevada heterogeneidade que caracteriza o setor produtor da carne, sobretudo o segmento da produção ou dentro da porteira, onde existem desde aqueles mais mecanizados, que utilizam técnicas modernas e complexas de produção e apresentam baixos custos e elevada competitividade, àqueles que fazem uso de técnicas rudimentares de produção, não tendo noção exata de seus custos e, portanto, sendo ineficientes e pouco competitivos. Essa heterogeneidade é fator preocupante, pois esses pequenos e ineficientes produtores se constituem em grande parcela do total, e se não buscarem pela modernização de seus processos, tendem a abandonar o setor. Diante dessa fragilidade inerente ao agronegócio da carne bovina, e de outros fatores como sua relevância para a economia nacional e sua importância na geração de superávits comerciais ao Brasil, dentre outros, o Estado intervém constantemente no setor, seja de forma direta ou indireta. Contudo, é necessária uma presença mais ativa desse agente como impulsionador de um maior desenvolvimento do agronegócio da carne, através de estímulos à sua modernização e da busca por soluções imediatas a problemas que lhe são atribuídos, como o caso da logística. É de grande importância o conhecimento e interpretação das mudanças ocorridas no setor por parte de todos os envolvidos no processo fornecedores de insumos, produtores rurais, indústrias de processamento e distribuição, instituições de pesquisa e tecnologia e governo, para que tenham uma visão ampla da conjuntura atual e possam atuar de forma efetiva na busca por estímulos aos pontos de germinação existentes e no combate aos 16

17 principais gargalos, que esbarram no desenvolvimento do setor. Assim, este trabalho permitiu verificar o desempenho do agronegócio da carne bovina nos últimos anos, tanto em termos de inovações técnicas e tecnológicas incorporadas pelo setor quanto em termos de entraves à efetivação dessas transformações, além dos indicadores representativos da atividade nacional. A partir daí, foi possível verificar quais os problemas mais gerais e de maior necessidade de solução inerentes a este ramo do agronegócio, de grande representatividade para a economia brasileira. 5. Referências bibliográficas ALENCAR, Leonardo; ROSA, Fabiano R. Tito; TORRES, Alcides. Margem de comercialização. Agroanalysis, São Paulo, v. 26, n. 6, p , jun ALENCAR, Maurício Mello de; POTT, Edison Beno. Criação de bovinos de corte na região Sudeste. CNPTIA-EMBRAPA. jul Disponível em: < cnptia.embrapa.br/fonteshtml/bovinocorte/bovinocorteregiaosudeste/>. Acesso em: 18 ago ALVES, Maria Rita Pontes Assumpção. Logística agroindustrial. In: BATALHA, Mário Otávio (Coord.). Gestão agroindustrial, v. 1. São Paulo: Atlas, cap. 4. ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. 2. ed. São Paulo: Atlas, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS EXPORTADORAS DE CARNE ABIEC. Disponível em: < Acesso em: 10 out ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGRIBUSINESS ABAG. Disponível em: < Acesso em: 15 set ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ASBIA. Relatório Disponível em: < Acesso em: 06 set Relatório Disponível em: < _2005.xls>. Acesso em: 06 set ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA ASLOG. Disponível em: < Acesso em: 30 set BEHEREGARAY NETO, Vasco. Vantagens econômicas da I.A. em gado de corte. São Paulo, Disponível em: < Acesso em: 21 ago CAMARDELLI, Antônio. Simpósio Interamericano de saúde pública veterinária febre aftosa. Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, abr Disponível em: < Acesso em: 22 out CENTRO DE ESTUDOS EM LOGÍSTICA DO INSTITUTO COPPEAD DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CEL/COPPEAD/UFRJ. Custos 17

18 logisticos no Brasil. Disponível em: < Acesso em: 30 set CEZAR, Ivo Martins; EUCLIDES FILHO, Kepler. Sistemas de produção de novilho precoce avaliação bioeconômica. Campo Grande: CNPGC, Disponível em: Acesso em: 06 out CHILITTI, Gustavo Monteiro. Vantagens e limitações da I.A. II Semana de Inseminação Artificial ASBIA. Disponível em: < Acesso em: 21 ago COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB. Indicadores da agropecuária, ano XV, n. 10, out Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em: < _pubindicadores.pdf >. Acesso em: 07 nov CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTES CNT. Pesquisa Rodoviária Disponível em: < Acesso em: 05 out EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA. Disponível em: < Acesso em: 19 ago FERREIRA, Marcelo Dias Paes. Solução emergencial para uma crise duradoura. Jornal do Agronegócio, Viçosa, MG, ano III, 12.ed., mar. 2006, p. 7. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. Disponível em < Acesso em: 15 out LIMA, Rodrigo C. A.; MIRANDA, Sílvia Helena Galvão de.; GALLI, Fabrízio. Febre aftosa: impacto sobre as exportações brasileiras de carnes e o contexto mundial das barreiras sanitárias. São Paulo: CEPEA/ICONE, out Disponível em: < Acesso em: 18 ago MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO MAPA. Disponível em: < Acesso em: 25 out MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR MDIC. Disponível em: < Acesso em: 25 out O QUE diz a nova instrução do SISBOV. Agroanalysis. São Paulo, v. 26, n. 8, p. 35, ago PITELLI, Mariusa Momenti. Sistema agroindustrial brasileiro da carne bovina: análise do impacto das mudanças institucionais européias sobre a estrutura de governança. Dissertação (Mestrado em Ciências) Programa de Pós-Graduação em Ciências, Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, São Paulo: dez. 18

19 2004. Disponível em: < Acesso em: 01 set ROCHA, Jorge Luis Penedo; LOPES, Marcos Aurélio. Rastreabilidade e certificação da produção da carne bovina: um comparativo entre alguns sistemas (nota técnica). Revista Brasileira de Agroinformática, v. 4, n. 2, p , Disponível em: < Acesso em: 08 out ROSA, Fabiano R. Tito; TORRES JR., Alcides de Moura; TONINI, Gabriela O. Balanço de Agroanalysis, São Paulo, v. 26, n. 1, p , jan SAMPAIO, Yony; VITAL, Tales; COSTA, Ecio de Farias. Sucesso e insucesso no agronegócio nordestino. Revista Econômica do Nordeste. Fortaleza, v. 37, n. 2, p , abr./jun SARTO, Flávia Maria. Análise dos impactos econômicos e sociais da implementação da rastreabilidade na pecuária bovina nacional. Piracicaba: USP, Disponível em: < Acesso em: 18 ago SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR DE MINAS GERAIS. Governo realiza curso para capacitação de jornalistas em inovação tecnológica. Belo Horizonte: maio Disponível em: asp?id=258. Acesso em: 05 dez SERVIÇO DE INFORMAÇÃO DA CARNE. Produção. Disponível em: < Acesso em: 09 out SILVA, Carlos Arthur B. da; BATALHA, Mário Otávio. Estudo sobre a eficiência econômica e competitividade da cadeia agroindustrial da pecuária de corte no Brasil. Brasília: IEL, Disponível em: < Acesso em: 18 set TORRES JR., Alcides de Moura; ROSA, Fabiano R. Tito; TONINI, Maria Gabriela O. A evolução da pecuária de corte no Brasil. Agroanalysis, São Paulo, v. 25, n. 6, p , jun

Cadeia Produtiva do Leite. Médio Integrado em Agroindústria

Cadeia Produtiva do Leite. Médio Integrado em Agroindústria Médio Integrado em Agroindústria A importância da cadeia do leite A cadeia do leite e de seus derivados desempenha papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda, se igualando

Leia mais

As Interações entre os Agentes da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte no Brasil: implicações para a sustentabilidade Dr. Guilherme Cunha Malafaia

As Interações entre os Agentes da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte no Brasil: implicações para a sustentabilidade Dr. Guilherme Cunha Malafaia As Interações entre os Agentes da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte no Brasil: implicações para a sustentabilidade Dr. Guilherme Cunha Malafaia Embrapa Gado de Corte Estrutura da Apresentação A Estrutura

Leia mais

Rastreabilidade bovina: do campo ao prato - uma ferramenta a serviço da segurança alimentar Taulni Francisco Santos da Rosa (Chico)

Rastreabilidade bovina: do campo ao prato - uma ferramenta a serviço da segurança alimentar Taulni Francisco Santos da Rosa (Chico) Rastreabilidade bovina: do campo ao prato - uma ferramenta a serviço da segurança alimentar Taulni Francisco Santos da Rosa (Chico) Coordenador Agricultural Services SGS do Brasil Ltda. O que é Rastreabilidade?

Leia mais

Desempenho da Agroindústria em 2004. histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os

Desempenho da Agroindústria em 2004. histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os Desempenho da Agroindústria em 2004 Em 2004, a agroindústria obteve crescimento de 5,3%, marca mais elevada da série histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003),

Leia mais

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realiza sistematicamente

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil

Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil Revista Ovinos, Ano 4, N 12, Porto Alegre, Março de 2008. Panorama Geral da Ovinocultura no Mundo e no Brasil João Garibaldi Almeida Viana 1 Os ovinos foram uma das primeiras espécies de animais domesticadas

Leia mais

Mercado do Boi Gordo

Mercado do Boi Gordo Mercado do Boi Gordo Perspectivas para os próximos anos SIC Esteio - RS Agosto 2006 Fabiano R. Tito Rosa Scot Consultoria Índice 1. Brasil: país pecuário 2. Comportamento dos preços internos 3. Perspectivas

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Responsabilidades Secretaria de Defesa Agropecuária

Responsabilidades Secretaria de Defesa Agropecuária Responsabilidades Secretaria de Defesa Agropecuária Prevenção, controle e erradicação de doenças e pragas animais e vegetais de interesse econômico e de importância para a saúde pública. Assegurar a sanidade,

Leia mais

Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação

Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação Desindustrialização e Produtividade na Indústria de Transformação O processo de desindustrialização pelo qual passa o país deve-se a inúmeros motivos, desde os mais comentados, como a sobrevalorização

Leia mais

Índice de Confiança do Agronegócio

Índice de Confiança do Agronegócio Índice de Confiança do Agronegócio Primeiro Trimestre 2015 Principais Resultados:» Índice de Confiança do Agronegócio» Índice da Indústria (antes e depois da porteira)» Índice do Produtor Agropecuário

Leia mais

Moacyr Bernardino Dias-Filho Embrapa Amazônia Oriental www.diasfilho.com.br Importância das pastagens na pecuária brasileira A maioria (> 90%) do rebanho é criado a pasto Pastagem é a forma mais econômica

Leia mais

Margem de comercialização da carne bovina nos diferentes elos da cadeia. Novembro de 2009

Margem de comercialização da carne bovina nos diferentes elos da cadeia. Novembro de 2009 Margem de comercialização da carne bovina nos diferentes elos da cadeia Novembro de 2009 Sumário 1. INTRODUÇÃO... 2 2. METODOLOGIA... 2 2.1. BASE DE DADOS... 2 2.2. MÉTODO DE ANÁLISE... 3 3. EVOLUÇÃO DOS

Leia mais

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO Agropecuária É o termo utilizado para designar as atividades da agricultura e da pecuária A agropecuária é uma das atividades mais antigas econômicas

Leia mais

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Caros alunos, Essa terceira atividade da nossa disciplina de Suprimentos e Logística

Leia mais

DE CRIADOR PARA CRIADOR

DE CRIADOR PARA CRIADOR DE CRIADOR PARA CRIADOR No clima para a máxima produção com qualidade. Altitude e temperatura perfeitas. O resultado são rebanhos com máxima produção de sêmen com qualidade, para você vender sempre mais.

Leia mais

Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil

Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil 1 Comunicado da Presidência nº 5 Principais características da inovação na indústria de transformação no Brasil Realização: Marcio Pochmann, presidente; Marcio Wohlers, diretor de Estudos Setoriais (Diset)

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 Conteúdo 1. O Sistema SEBRAE; 2. Brasil Caracterização da MPE; 3. MPE

Leia mais

Programa Estadual de Controle e Erradicação da Tuberculose e Brucelose Bovídea - PROCETUBE

Programa Estadual de Controle e Erradicação da Tuberculose e Brucelose Bovídea - PROCETUBE Estado do Rio Grande do Sul Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio Departamento de Defesa Agropecuária Divisão de Defesa Sanitária Animal Programa Estadual de Controle e Erradicação da Tuberculose

Leia mais

10º FÓRUM DE ECONOMIA. Política Cambial, Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico: fundamentos teóricos e evidências empíricas para o Brasil

10º FÓRUM DE ECONOMIA. Política Cambial, Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico: fundamentos teóricos e evidências empíricas para o Brasil 10º FÓRUM DE ECONOMIA Política Cambial, Estrutura Produtiva e Crescimento Econômico: fundamentos teóricos e evidências empíricas para o Brasil Eliane Araújo São Paulo, 01 de outubro de2013 Objetivos Geral:

Leia mais

SISTEMA DE PRODUÇÃO DE CARNE ORGÂNICA: A RASTREABILIDADE COMO FERRAMENTA PARA A CERTIFICAÇÃO.

SISTEMA DE PRODUÇÃO DE CARNE ORGÂNICA: A RASTREABILIDADE COMO FERRAMENTA PARA A CERTIFICAÇÃO. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE CARNE ORGÂNICA: A RASTREABILIDADE COMO FERRAMENTA PARA A CERTIFICAÇÃO. Valmir L. Rodrigues Médico Veterinário/Biorastro Hoje, mais que antigamente, o consumidor busca serviços de

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

Agronegócios: conceitos e dimensões. Prof. Paulo Medeiros

Agronegócios: conceitos e dimensões. Prof. Paulo Medeiros Agronegócios: conceitos e dimensões Prof. Paulo Medeiros Agricultura e Agronegócios Durante milhares de anos, as atividades agropecuárias sobreviveram de forma muito extrativista, retirando o que natureza

Leia mais

Considerações sobre Sistemas de Avaliação e

Considerações sobre Sistemas de Avaliação e Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia FMVZ Campus de Botucatu Departamento de Produção Animal Considerações sobre Sistemas de Avaliação e Tipificação de Carcaças André démendes Jorge Zootecnista

Leia mais

Árvore da informação do agronegócio do leite. identificação animal e rastreamento da produção de bovinos de leite

Árvore da informação do agronegócio do leite. identificação animal e rastreamento da produção de bovinos de leite Árvore da informação do agronegócio do leite identificação animal e rastreamento da produção de bovinos de leite 1. Introdução Claudio Nápolis Costa 1 A exposição dos mercados dos diversos países às pressões

Leia mais

Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários

Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários Revisando... Segmentos antes da porteira: Insumos agropecuários Serviços agropecuários Segmentos dentro da porteira: Produção agrícola Produção pecuária Segmentos depois da porteira: Agroindústria Canais

Leia mais

IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA

IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA Rui Cidarta Araújo de Carvalho, Edson Aparecida de Araújo

Leia mais

Boas Praticas Agropecuárias: Buscando a Sustentabilidade na Produção Pecuária

Boas Praticas Agropecuárias: Buscando a Sustentabilidade na Produção Pecuária Boas Praticas Agropecuárias: Buscando a Sustentabilidade na Produção Pecuária Dr. Guilherme Cunha Malafaia Embrapa Gado de Corte Estruturação do Debate A Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte e seus Agentes;

Leia mais

AVICULTURA DE CORTE. José Euler Valeriano. Avicultor 2015 Belo Horizonte MG 25/06/2015

AVICULTURA DE CORTE. José Euler Valeriano. Avicultor 2015 Belo Horizonte MG 25/06/2015 BEM ESTAR ANIMAL - O FUTURO AVICULTURA DE CORTE José Euler Valeriano Avicultor 2015 Belo Horizonte MG 25/06/2015 BEA BEM ESTAR ANIMAL Como definir BEM ESTAR? O animal precisa encontrar no meio ambiente

Leia mais

Sistemas de produção e Índices zootécnicos. Profª.: Valdirene Zabot

Sistemas de produção e Índices zootécnicos. Profª.: Valdirene Zabot Sistemas de produção e Índices zootécnicos Profª.: Valdirene Zabot O que é uma CADEIA? É um conjunto de elos onde cada um depende dos demais. Na cadeia de produção da carne e do couro, o bovino é ó elo

Leia mais

Palestras Scot Consultoria

Palestras Scot Consultoria Palestras Scot Consultoria índice palestras scot consultoria As melhores e mais fiéis informações de mercado vão até você temas 3 pecuária de corte e seus derivados temas 5 pecuária de leite e derivados

Leia mais

SOCIOECONÔMICOS 10 2 ASPECTOS INTRODUÇÃO PRODUÇÃO E CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO

SOCIOECONÔMICOS 10 2 ASPECTOS INTRODUÇÃO PRODUÇÃO E CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO 10 2 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Loiva Maria Ribeiro de Mello INTRODUÇÃO A maçã é a fruta de clima temperado mais importante comercializada como fruta fresca, tanto no contexto internacional quanto no nacional.

Leia mais

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA Indicadores CNI INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA Momento difícil da indústria se reflete nos investimentos Intenção de investimento para 2015 é a menor da pesquisa Em 2014, 71,8% das empresas investiram 7,9

Leia mais

Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios

Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios João Ricardo Albanez Superintendente de Política e Economia Agrícola, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de

Leia mais

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES A valorização comercial dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios que, ou pela sua origem ou pelos seus modos particulares

Leia mais

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14

Tabela 01 Mundo Soja Área, produção e produtividade Safra 2009/10 a 2013/14 Soja Análise da Conjuntura Agropecuária Novembro de 2013 MUNDO A economia mundial cada vez mais globalizada tem sido o principal propulsor responsável pelo aumento da produção de soja. Com o aumento do

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

INFORMATIVO MENSAL LAPBOV

INFORMATIVO MENSAL LAPBOV Com o mercado aquecido, agosto tem pouca variação O custo da produção na pecuária de corte aumentou no primeiro semestre deste ano, mais que em todo o ano de 2012. Com a alta do dólar, o cenário da exportação

Leia mais

GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL. Modelo da Série NBR ISO 9000

GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL. Modelo da Série NBR ISO 9000 GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL Modelo da Série NBR ISO 9000 Modelo da Série NBR ISO 9000 A Garantia da Qualidade requer uma ação coordenada de todo sistema produtivo da empresa, do fornecedor de insumos de

Leia mais

Índice de Confiança do Agronegócio

Índice de Confiança do Agronegócio Índice de Confiança do Agronegócio Terceiro Trimestre 2014 Principais Resultados:» Índice de Confiança do Agronegócio» Índice da Indústria (antes e depois da porteira)» Índice do Produtor Agropecuário

Leia mais

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria SONDAGEM ESPECIAL INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E EXTRATIVA Ano 3 Número 1 ISSN 2317-7330 outubro de www.cni.org.br FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade

Leia mais

Com característica de transporte de cargas com grandes volumes e conseqüente redução de custos, o transporte marítimo na matriz de transporte

Com característica de transporte de cargas com grandes volumes e conseqüente redução de custos, o transporte marítimo na matriz de transporte 61 6 Conclusão Neste capítulo apresentaremos algumas conclusões sobre o conteúdo deste trabalho, tais conclusões servirão para avaliar a atual situação logística do comércio exterior brasileiro através

Leia mais

Inovação nas Médias Empresas Brasileiras

Inovação nas Médias Empresas Brasileiras Inovação nas Médias Empresas Brasileiras Prof. Fabian Salum 2012 Com o intuito de auxiliar no desenvolvimento estratégico e na compreensão da importância da inovação como um dos possíveis diferenciais

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Indicadores sócio-econômicos. Campos Gerais. Paraná.

PALAVRAS-CHAVE Indicadores sócio-econômicos. Campos Gerais. Paraná. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( x ) TRABALHO

Leia mais

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e

Comentários gerais. consultoria em sistemas e processos em TI, que, com uma receita de R$ 5,6 bilhões, participou com 14,1% do total; e Comentários gerais Pesquisa de Serviços de Tecnologia da Informação - PSTI A investigou, em 2009, 1 799 empresas de TI com 20 ou mais Pessoas Ocupadas constantes do cadastro de empresas do IBGE e os produtos

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Mercado. Cana-de-açúcar: Prospecção para a safra 2013/2014

Mercado. Cana-de-açúcar: Prospecção para a safra 2013/2014 Mercado Cana-de-açúcar: Prospecção para a safra 2013/2014 Por: WELLINGTON SILVA TEIXEIRA As mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global suscitam as discussões em torno da necessidade da adoção

Leia mais

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Revista Brasileira do Comércio Exterior Outubro/Dezembro 2011 MOTIVAÇÕES PARA A

Leia mais

EMATER PARANÁ CONDOMÍNIOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: UMA PROPOSTA DE MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE LEITE NO MUNICÍPIO DE TOLEDO PR.

EMATER PARANÁ CONDOMÍNIOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: UMA PROPOSTA DE MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE LEITE NO MUNICÍPIO DE TOLEDO PR. EMATER PARANÁ CONDOMÍNIOS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: UMA PROPOSTA DE MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE LEITE NO MUNICÍPIO DE TOLEDO PR. Gelson Hein Médico Veterinário Unidade Local de Toledo NOVEMBRO

Leia mais

Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro.

Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro. ASSUNTO em pauta O BRIC em números P o r Sérgio Pio Bernardes Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro. É Smuito

Leia mais

redução dos preços internacionais de algumas commodities agrícolas; aumento dos custos de

redução dos preços internacionais de algumas commodities agrícolas; aumento dos custos de Desempenho da Agroindústria No fechamento do primeiro semestre de 2005, a agroindústria registrou crescimento de 0,3%, taxa bastante inferior à assinalada pela média da indústria brasileira (5,0%) no mesmo

Leia mais

PROGRAMA REFERENCIAL DE QUALIDADE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA PECUÁRIA BOVINA DE MINAS GERAIS. Hélio Machado. Introdução

PROGRAMA REFERENCIAL DE QUALIDADE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA PECUÁRIA BOVINA DE MINAS GERAIS. Hélio Machado. Introdução Capítulo 34 Gestão da pecuária bovina de Minas Gerais PROGRAMA REFERENCIAL DE QUALIDADE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA PECUÁRIA BOVINA DE MINAS GERAIS Hélio Machado Introdução Minas Gerais tem uma área de 58

Leia mais

Instrumentalização. Economia e Mercado. Aula 4 Contextualização. Demanda Agregada. Determinantes DA. Prof. Me. Ciro Burgos

Instrumentalização. Economia e Mercado. Aula 4 Contextualização. Demanda Agregada. Determinantes DA. Prof. Me. Ciro Burgos Economia e Mercado Aula 4 Contextualização Prof. Me. Ciro Burgos Oscilações dos níveis de produção e emprego Oferta e demanda agregadas Intervenção do Estado na economia Decisão de investir Impacto da

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

ANÁLISE MERCADOLÓGICA DE EMBRIÕES ZEBUÍNOS PRODUZIDOS A PARTIR DA TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO - FIV

ANÁLISE MERCADOLÓGICA DE EMBRIÕES ZEBUÍNOS PRODUZIDOS A PARTIR DA TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO - FIV ANÁLISE MERCADOLÓGICA DE EMBRIÕES ZEBUÍNOS PRODUZIDOS A PARTIR DA TÉCNICA DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO - FIV Autor: Jorge Dias da Silva (SILVA, J. D.) E-mail: jorge@simaoedias.com Tel: 34 9202 1195 1 - INTRODUÇÃO

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 3 DE OUTUBRO DE 1975 ABERTURA DO

Leia mais

A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes. Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA

A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes. Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA A Segurança Alimentar num país de 200 milhões de habitantes Moisés Pinto Gomes Presidente do ICNA O uso da terra no Brasil Evolução das Áreas de Produção Milhões de hectares 1960 1975 1985 1995 2006 Var.

Leia mais

A balança comercial do agronegócio brasileiro

A balança comercial do agronegócio brasileiro A balança comercial do agronegócio brasileiro Antonio Carlos Lima Nogueira 1 Qual é a contribuição atual dos produtos do agronegócio para o comércio exterior, tendo em vista o processo atual de deterioração

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura

Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura Desempenho Recente e Perspectivas para a Agricultura A safra de grãos do país totalizou 133,8 milhões de toneladas em 2009, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro,

Leia mais

O Mundo em 2030: Desafios para o Brasil

O Mundo em 2030: Desafios para o Brasil O Mundo em 2030: Desafios para o Brasil Davi Almeida e Rodrigo Ventura Macroplan - Prospectiva, Estratégia & Gestão Artigo Publicado em: Sidney Rezende Notícias - www.srzd.com Junho de 2007 Após duas décadas

Leia mais

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto?

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto? A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E O FUTURO Arnaldo Niskier 1 - Qual a relação existente entre as transformações do mundo educacional e profissional e a educação à distância? A educação à distância pressupõe uma

Leia mais

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região.

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região. O presente boletim analisa algumas variáveis chaves na atual conjuntura da economia sertanezina, apontando algumas tendências possíveis. Como destacado no boletim anterior, a indústria é o carro chefe

Leia mais

Empresas de Minas diminuem investimento

Empresas de Minas diminuem investimento Ano 5 Nº 1 JANEIRO 2015 Empresas de Minas diminuem investimento No ano de 2014 mais da metade das empresas mineiras realizaram investimentos, no entanto, desde o início da pesquisa em 2010, o percentual

Leia mais

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso Índice 1 - Conceito de Agronegócio e a atuação do Imea 2 - Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso 2.1 Agronegócio Soja 2.2 Agronegócio Milho 2.3 Agronegócio Algodão

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Pesquisa Mensal de Emprego EVOLUÇÃO DO EMPREGO COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2003-2012 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2 Pesquisa Mensal de Emprego - PME I - Introdução A Pesquisa

Leia mais

INDÚSTRIA DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL

INDÚSTRIA DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL INDÚSTRIA DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL Em 2011: Registrou incremento de 5,2% Em 2011, o setor cresceu 5,2%, movimentou R$ 40 bilhões em insumos e produziu 64,5 milhões de toneladas de ração e 2,35milhões de suplementos

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

EXPLORAÇÃO DO CERRADO BRASILEIRO

EXPLORAÇÃO DO CERRADO BRASILEIRO EXPLORAÇÃO DO CERRADO BRASILEIRO CARACTERIZAÇÃO DO CERRADO BRASILEIRO É o maior bioma brasileiro depois da Amazônia, com aproximadamente 2 milhões de km² e está concentrado na região Centro Oeste do Brasil;

Leia mais

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006

A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 A GESTÃO HOSPITALAR E A NOVA REALIDADE DO FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA RENILSON REHEM SALVADOR JULHO DE 2006 No passado, até porque os custos eram muito baixos, o financiamento da assistência hospitalar

Leia mais

Ações Reunião Extraordinária realizada no dia 30 de outubro de 2014

Ações Reunião Extraordinária realizada no dia 30 de outubro de 2014 R E L A Ç Õ E S I N T E R N A C I O N A I S Órgão Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC Representação Efetiva Comitê de Coordenação de Barreiras Técnicas ao Comercio - CBTC

Leia mais

Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária RETROSPECTIVA DE 2012 E PERSPECTIVAS PARA 2013

Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária RETROSPECTIVA DE 2012 E PERSPECTIVAS PARA 2013 Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária RETROSPECTIVA DE 2012 E PERSPECTIVAS PARA 2013 dezembro, 2012 Índice 1. Algodão 2. Soja 3. Milho 4. Boi Gordo 5. Valor Bruto da Produção ALGODÃO Mil toneladas

Leia mais

Figura 01 - Evolução das exportações de suínos de Santa Catarina no período de 2010 a 2014 - US$ Milhões.

Figura 01 - Evolução das exportações de suínos de Santa Catarina no período de 2010 a 2014 - US$ Milhões. Crise na Ucrânia: dificuldades e potencialidades para o setor de carne suína e milho em Santa Catarina Glaucia Padrão, Dr.ª Analista de Economia, Epagri/Cepa Reney Dorow, Msc. Analista de Mercado, Epagri/Cepa

Leia mais

Programa Alta Gestação promove democratização da inseminação artificial em ovinos no Brasil

Programa Alta Gestação promove democratização da inseminação artificial em ovinos no Brasil Programa Alta Gestação promove democratização da inseminação artificial em ovinos no Brasil Parceria entre Alta Genetics, Pfizer e Sérgio Nadal promete acelerar os rebanhos comerciais do país. A carne

Leia mais

Gestão de Pequenas e Medias Empresas

Gestão de Pequenas e Medias Empresas Gestão de Pequenas e Medias Empresas Os pequenos negócios são definidos por critérios variados ao redor do mundo. Para o Sebrae, eles podem ser divididos em quatro segmentos por faixa de faturamento, com

Leia mais

1. (FGV 2014) A questão está relacionada ao gráfico e ao texto apresentados.

1. (FGV 2014) A questão está relacionada ao gráfico e ao texto apresentados. Brasil e Commodities 1. (FGV 2014) A questão está relacionada ao gráfico e ao texto apresentados. Desde 2007, os produtos básicos sinalizam uma estabilização no quantum importado, apresentando pequena

Leia mais

PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS RESUMO

PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS RESUMO PADRÕES TECNOLÓGICOS E DE COMÉRCIO EXTERIOR DAS FIRMAS BRASILEIRAS CLASSIFICAÇÃO JEL: F12 Fernanda De Negri RESUMO Este artigo analisa a relação entre os padrões tecnológicos e o desempenho externo das

Leia mais

Questão 11. Questão 12. Resposta. Resposta. O mapa e os blocos-diagramas ilustram um dos grandes problemas do mundo moderno.

Questão 11. Questão 12. Resposta. Resposta. O mapa e os blocos-diagramas ilustram um dos grandes problemas do mundo moderno. Questão 11 O mapa e os blocos-diagramas ilustram um dos grandes problemas do mundo moderno. b) Porque há diferentes modos de ocupação do solo. Nas áreas onde a cobertura vegetal é mais densa, ocorre uma

Leia mais

14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS. Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo?

14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS. Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo? 14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo? ALAN BOJANIC Ph.D. REPRESENTANTE DA FAO NO BRASIL ALIMENTAR O MUNDO EM 2050 As novas

Leia mais

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 NOTAS CEMEC 01/2015 REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 Carlos A. Rocca Lauro Modesto Santos Jr. Fevereiro de 2015 1 1. Introdução No Estudo Especial CEMEC de novembro

Leia mais

Sistema produtivo e inovativo de software e serviços de TI brasileiro: Dinâmica competitiva e Política pública

Sistema produtivo e inovativo de software e serviços de TI brasileiro: Dinâmica competitiva e Política pública Conferência Internacional LALICS 2013 Sistemas Nacionais de Inovação e Políticas de CTI para um Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável 11 e 12 de Novembro, 2013 - Rio de Janeiro, Brasil Sistema produtivo

Leia mais

O que são normas internacionais?

O que são normas internacionais? APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Jornal Brasileiro de Indústrias da Biomassa Biomassa Florestal no Estado de Goiás

Jornal Brasileiro de Indústrias da Biomassa Biomassa Florestal no Estado de Goiás Jornal Brasileiro de Indústrias da Biomassa Biomassa Florestal no Estado de Goiás O Estado de Goiás está situado na Região Centro-Oeste do Brasil e, segundo dados oficiais, ocupa área territorial de 340.111,783

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Atividade de Aprendizagem 1 Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Tema Conteúdos Usos / objetivos Voltadas para procedimentos e atitudes Competências

Atividade de Aprendizagem 1 Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Tema Conteúdos Usos / objetivos Voltadas para procedimentos e atitudes Competências Aquífero Guarani Eixo(s) temático(s) Vida e ambiente / Terra e universo Tema Água e vida / ciclo hidrológico do planeta Conteúdos Águas subterrâneas Usos / objetivos Aprofundamento do estudo sobre as águas

Leia mais

Informe 05/2011 AS RELAÇÕES COMERCIAIS BRASIL- CHINA NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS E DE REVESTIMENTO: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO

Informe 05/2011 AS RELAÇÕES COMERCIAIS BRASIL- CHINA NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS E DE REVESTIMENTO: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO Informe 05/2011 AS RELAÇÕES COMERCIAIS BRASIL- CHINA NO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS E DE REVESTIMENTO: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais

Leia mais

MATRIZ CURRICULAR CURRÍCULO PLENO

MATRIZ CURRICULAR CURRÍCULO PLENO MATRIZ CURRICULAR Curso: Graduação: Regime: Duração: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE S (ÁREA: GESTÃO) TECNÓLOGO SERIADO ANUAL - NOTURNO 3 (TRÊS) ANOS LETIVOS Integralização:A) TEMPO TOTAL - MÍNIMO

Leia mais

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) NOVEMBRO/2013

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) NOVEMBRO/2013 16 de dezembro de 2013 Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) NOVEMBRO/2013 O ICEC é um indicador da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que visa medir o nível

Leia mais

JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO

JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO JUVENTUDE E TRABALHO: DESAFIOS PARA AS POLITICAS PÚBLICAS NO MARANHÃO JONATHAN ROCHA GUIMARÃES Avaliar a Política de Trabalho e juventude torna-se de extrema importância na medida em que representa um

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

Pesquisa. Os Problemas da Empresa Exportadora Brasileira 2008. Entraves e Prioridades

Pesquisa. Os Problemas da Empresa Exportadora Brasileira 2008. Entraves e Prioridades Pesquisa Os Problemas da Empresa Exportadora Brasileira 2008 Entraves e Prioridades Renato Fonseca Brasília, 1 de outubro de 2008 Apresentação 1. Amostra 2. Entraves à expansão das exportações 3. Tributação

Leia mais

Boletim Ativos do Café - Edição 15 / Dezembro 2013 Preços do café intensificam a descapitalização na cafeicultura brasileira em 2013

Boletim Ativos do Café - Edição 15 / Dezembro 2013 Preços do café intensificam a descapitalização na cafeicultura brasileira em 2013 Boletim Ativos do Café - Edição 15 / Dezembro 2013 Preços do café intensificam a descapitalização na cafeicultura brasileira em 2013 Entre janeiro/13 e novembro/13 o Coffea arabica (Arábica) apresentou

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA Alexandre Nunes de Almeida 1 ; Augusto Hauber Gameiro 2. (1) Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, CEPEA/ESALQ/USP,

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 OTIMIZAÇÃO DA EFETIVIDADE DE HEDGE NA COMPRA DE MILHO POR MEIO DE CONTRATOS FUTUROS PARA PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE RESUMO GUSTAVO DE SOUZA CAMPOS BADARÓ 1, RENATO ELIAS FONTES 2 ; TARCISIO GONÇALVES

Leia mais

Estimativas dos custos de produção da atividade leiteira nos municípios assistidos pelo Programa Mais Leite.

Estimativas dos custos de produção da atividade leiteira nos municípios assistidos pelo Programa Mais Leite. Estimativas dos custos de produção da atividade leiteira nos municípios assistidos pelo Programa Mais Leite. Jéssica Samara Leão SIMÕES¹; André da Mata CARVALHO²; Marlon MARTINS Moraes ²; Joiciane Maria

Leia mais

Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana

Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana Super-safra norte-americana Em seu boletim de oferta e demanda mundial de setembro o Usda reestimou para cima suas projeções para a safra 2007/08.

Leia mais

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé?

Quais estratégias de crédito e cobranças são necessárias para controlar e reduzir a inadimplência dos clientes, na Agroveterinária Santa Fé? 1 INTRODUÇÃO As empresas, inevitavelmente, podem passar por períodos repletos de riscos e oportunidades. Com a complexidade da economia, expansão e competitividade dos negócios, tem-se uma maior necessidade

Leia mais