José Orlando Lima de Morais. Atividade de Portfólio caderno 06
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- Maria Fernanda Tuschinski Arruda
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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ. PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO José Orlando Lima de Morais Atividade de Portfólio caderno 06 AVALIAÇÃO NO ENSINO MÉDIO A avaliação no contexto do ensino médio remonta uma série de desafios para constituir-se com um parâmetro de reflexão-ação por ser recheada por uma diversidade de áreas e vivências das experiências de vida dos professores e alunos, sejam elas do trabalho, ética, político, epistemológico que se completam para validar as ações do processo ensino/aprendizagem. Na minha compreensão a avaliação serve como instrumento de acompanhamento da promoção da aprendizagem nos diversos processos e etapas do ensino na escola. Para tanto precisa como diz Cipriano Luckesi seguir os rigores científicos para dar uma parametrização que possibilite balizar o que se pede e o que se espera do aluno. Isso requer do professor um compromisso ético para emitir um juízo de valor acerca do que esta sendo cobrado, esse compromisso ético também requer que o mesmo domínio as dimensões do conteúdo exigido, das técnicas de acordo com o ensinado. As competências exigidas no ato de avaliar é sempre um problema emblemático pela fineza que requer o processo, no e para o domínio das estratégias necessárias e corretas para equilibrar o que se ensinou e o que o aluno aprendeu, por isso é um momento tenso que me deixa apreensivo em meio a dúvidas, se as medidas adotadas justificam a justiça necessária que deve ter este ato de avaliar. Costumo basear minhas avaliações de acordo com feedback dos alunos, vivenciados nos diversos momentos do movimento do processo ensino aprendizagem. A percepção revelada no nível de segurança que os alunos manifestam vão me dando noções do que cobrar e como cobrar os conteúdos em questão. Isso possibilita fazer uma verificação as vezes na escrita daquilo que os alunos já verbalizam com veemência nos espaços de aprendizagem. O verbalizado ou manifestado por representações corporais colaboram na nota do aluno que nem sempre consegue transcrever para o papel. Gosto de compreender a avaliação de forma holística para não cometer pecados que
2 não respeitem este movimento, assim pode-se variar os mecanismos com provas, simulados, análise de falas, escritas e comportamentos. Cipriano Luckesi, destaca no vídeo diversos elementos basilares que precisam ser considerados como estratégia cientifica para validar o ato de avaliar com a coerência exigida para fazer avançar o aluno o trabalho do professor assim como o sistema de educação. Estas variáveis como rigor metodológico científico, sistematicidade, mapeamento da aprendizagem, compatibilidade entre o ensinado e o aprendido, precisão nas perguntas, são ainda grandes desafios para a maioria dos professores brasileiros, exigem diversas competências técnicas e humanas para emissão do juízo de valor nos processos avaliativos nas escolas. A avaliação é um conteúdo na escola que precisa ser aprimorada sempre pela inconstância nas práticas sociais refletida no comportamento e forma de ser de cada aluno. O vídeo retrata o rigor científico que deve ter o processo avaliativo e dimensiona como deve ser pensada a prática de avaliação na escola. Confronta nossos anseios e práticas de modelar nossa forma de organizar as avaliações dos alunos a tal ponto que permita que estas sejam o reflexo daquilo que se deve esperar de um professor certificado de habilidades e competências para dar vazão ao ato de ensinar e verificar os desdobramentos na aprendizagem dos alunos. Os fundamentos destacados pelo autor Luckesi, remonta um cenário que requer muitas reflexões para nós como docentes assim como possibilita pensar que os sistemas de avaliação adotados em nossas escolas não respondem esse rigor e depõem contra um juízo de valor com a coerência precisa que valorize todas as dimensões, pedagógicas, humanas, políticas e éticas. As avaliações no ensino médio, como vivenciada nas práticas hoje existentes, refletem o modelo de escola e de currículo que temos, uma avaliação mecânica para cumprir tabela sem o menor rigor científico e distanciada das demandas contemporâneas. Pois o que percebe é a exacerbação de seminários, trabalhos sem as devidas orientações, sem falar que a média 5.0 não projeta nossos alunos a terem possibilidades de progredirem academicamente, já que os alunos são trabalhados para serem no máximo medianos o que os eliminam na competitividade que infelizmente acaba sendo o único malfeito sentido da avaliação no ensino médio. As avaliações externas refletem bem o descompasso dessas realidades com os indicadores que nos colocam no cenário nacional nos últimos lugares. Essas avaliações tem sido importante instrumentos para orientação do planejamento e de práticas pedagógicas a serem adotadas nos sistemas de ensino em especial nas escolas. Aponta a proficiência dos alunos revelando os
3 níveis que nossos alunos se encontram com baixíssima qualidade em leitura e resolução de problemas. O gráfico abaixo reflete bem a dinâmica do movimento existente em nossas 22 escolas da 4ª Unidade Regional de Ensino. Por trabalhar nesta unidade resolvir trabalhar com os indicadores desta. Esse demonstrativo revela que uma grande parcela dos alunos que conseguem acessar o ensino médio não tem sucesso na escolar. Para os que conseguem finalizar saem destas escolas com as habilidades mínimas para atuarem frente ao mundo trabalho e ou progredir na vida acadêmica. Se observarmos os indicadores de aprendizagem da 4ª Unidade regional revelam uma profunda crise no trabalho da escola e da rede estadual. Destaco o demonstrativo com os indicadores de língua portuguesa do 3ª ano e matemática do 1º ano para ilustrar que os índices de aprovação presente no gráfico acima contrastam com os indicadores das avaliações do sistema Paraense de avaliação educacional conforme gráfico abaixo.
4 A título de informação por compreender que esta produção não se trata de um artigo científico mais de um material para uso no processo de formação. Para tanto destaquei da revista SISPAE 2013 a concepção das diversas manifestações que embasam as orientações possíveis dos dados extraídos das avaliações externas promovidas pelo SEDUC Pará nas redes, Estadual e Municipais são elas: Avaliação somativa a avaliação somativa apresenta um caráter pontual, ocorrendo, normalmente, no fim de um processo educacional (um bimestre, um semestre, um ciclo etc). Seu objetivo é mensurar o alcance dos objetivos predefinidos, realizando uma análise somatória do processo de ensino e aprendizagem, e dos efeitos de uma política educacional, por exemplo. A avaliação somativa permite analisar os efeitos de uma sequência de ações, tendo em vista a produção de resultados esperados. Trata-se de uma avaliação cujo enfoque recai, na seara educacional, sobre os resultados das
5 aprendizagens ou sobre os efeitos de políticas educacionais. Fazendo um balanço do trabalho de formação, a avaliação somativa tem caráter de síntese, tendo como base critérios gerais. As informações produzidas por esse tipo de avaliação servem para verificar, classificar, certificar e informar sobre o aprendizado dos estudantes e sobre os efeitos de políticas educacionais. Critério subjetivo: este critério é chamado de subjetivo porque está relacionado com os sujeitos que elaboram, aplicam, analisam e produzem os resultados da avaliação. Isso não quer dizer que o critério seja subjetivo em relação aos resultados que oferece. O adjetivo subjetivo diz respeito aos sujeitos que conduzem o processo avaliativo. Podemos avaliar diversos aspectos da educação: aquela realizada dentro da sala de aula, através da qual o professor avalia o aprendizado de seu estudante; a avaliação de currículos; a avaliação de materiais pedagógicos; a avaliação de professores; a avaliação de escolas; a avaliação de inovações e reformas educacionais; a meta-avaliação; e a avaliação de sistemas de ensino. Essas avaliações podem ser realizadas na escola, internamente, pelos indivíduos que trabalham na própria instituição de ensino ou, externamente, por alguém que não vive o cotidiano da instituição. Avaliação interna - Podemos encontrar, comumente, uma definição equivalente entre os termos avaliação da aprendizagem e avaliação interna. O que caracteriza esse tipo de avaliação é o objetivo de diagnosticar, acompanhar e certificar a aprendizagem de cada estudante, permitindo o acompanhamento da aprendizagem, carência e necessidade de ajuda de cada estudante em sua formação. O agente que elabora, aplica, analisa, corrige e comanda o processo avaliativo pertence à mesma realidade na qual o processo de ensino e aprendizagem tem lugar. Avaliação externa - O mesmo acontece com a definição sobre avaliação dos sistemas de ensino, que é denominada, por alguns pesquisadores, por avaliação externa. Este modelo de avaliação consiste na aplicação de testes e questionários padronizados para um maior número de pessoas, com tecnologias e metodologias bem definidas e específicas para cada situação. Esta avaliação permite retratar como uma população está no que se refere à qualidade do ensino e a efetividade de seu modelo educacional. Avaliação em pequena escala - As avaliações educacionais, sejam elas internas ou externas, podem ser realizadas com uma parte limitada dos estudantes que compõem o sistema educacional (por exemplo, com uma classe), o que denominamos de avaliação em pequena escala. A amplitude, ou abrangência, dos resultados, nesses casos, é pequena. Os resultados não podem ser generalizados, comparados com realidades educacionais diferentes
6 daquela onde a avaliação foi realizada. As avaliações feitas pelos professores, em sala de aula, são exemplos de avaliações internas. Avaliação em larga escala As avaliações realizadas com os estudantes de toda uma rede de ensino, por sua vez, são avaliações em larga escala. Em muitas publicações da área, podemos encontrar uma definição equivalente para os termos avaliação dos sistemas de ensino, avaliação externa e avaliação em larga escala denotando um grande conjunto de processos avaliativos, com diferentes objetivos, formas e propostas. Este modelo de avaliação permite uma reflexão sobre a realidade e pode ser usada para definição de políticas públicas para a educação. A avaliação do SISPAE é exemplo de avaliação em larga escala. Critério metodológico - As avaliações também podem ser diferenciadas por seu caráter amostral ou censitário. Quando propomos um trabalho estatístico, uma população deve ser selecionada de acordo com suas características comuns, para que possa ser medida e sirva de base para o processo investigativo. Avaliação censitária - Em uma avaliação censitária, toda a população que se enquadra nos critérios selecionados participa do processo e é avaliada pelos instrumentos selecionados pelo sistema, que permite medir suas habilidades e competências. Avaliação Amostral - Esse mesmo trabalho pode ser limitado para uma amostra/parte dessa população em estudo. Neste caso, procura-se selecionar os indivíduos com características gerais da população da qual foi extraída (a amostra precisa ser representativa), para que o processo possa ser realizado com uma parte dos indivíduos e os resultados possam ser generalizados para toda população investigada. Critério temporal é bem comum distinguir as avaliações entre transversal ou longitudinal, divisão essa que tem como característica principal se a avaliação acontece em um momento do tempo ou se acompanha os indivíduos em mais de um momento no tempo. O critério poderia ser igualmente definido a partir dos indivíduos selecionados para o acompanhamento através das avaliações, visto que os mesmos são avaliados ao longo do tempo, no caso da avaliação longitudinal. Avaliação transversal Esse tipo de avaliação se preocupa com a descrição de características de um conjunto de indivíduos em um determinado momento do tempo. Um bom exemplo de uma avaliação transversal é a Prova Brasil: a cada dois anos, todos os estudantes de 5º e 9º ano do Ensino Fundamental da rede pública são avaliados. Outro exemplo é o Pisa, avaliação organizada pela OECD, que, a cada três anos, avalia uma amostra de jovens que tenham em torno de 15 anos.
7 Avaliação Longitudinal Numa avaliação longitudinal, as variações das características de interesse de um grupo de indivíduos são Rede Estadual e Redes Municipais SISPAE acompanhadas ao longo tempo, com interesse de observar eventuais alterações. Esse tipo de pesquisa é comum em Medicina e Epidemiologia, por exemplo, quando se tem o interesse de estudar o efeito do um tratamento ou a incidência de uma doença e associá-la a uma causa. No Brasil, o projeto Geres é um bom exemplo de avaliação longitudinal no campo da Educação. Trata-se de um estudo com início em 2005, no qual a mesma amostra de escolas e de estudantes foi observada ao longo de quatro anos, sendo avaliados em cinco momentos. A melhoria da qualidade da educação oferecida por nossas escolas, em todo o país, se tornou um compromisso assumido pela União, estados, municípios e por toda a sociedade, acolhendo a responsabilidade conjunta pela aprendizagem de todos os alunos. No centro deste compromisso, a avaliação educacional em larga escala se apresenta como um instrumento fundamental para o acompanhamento deste processo de melhoria. A serviço da consolidação e da garantia de um direito fundamental de todo estudante, o direito de aprender, a organização de sistemas de avaliação das redes de ensino fornece aos gestores informações indispensáveis para que políticas públicas educacionais efetivas sejam planejadas e executadas. Com isso, ações têm lugar a partir de um diagnóstico seguro do desempenho dos alunos em relação a conteúdos essenciais da Educação Básica. Não há educação sem metas. Cada professor, gestor escolar, coordenador pedagógico, estudantes e familiares estabelecem para si uma meta a ser perseguida. A meta brasileira é a elevação dos padrões de qualidade do ensino que oferecemos aos nossos estudantes. Reconhecendo as dificuldades deste processo, cabe à gestão das redes de ensino fazer seu papel: garantir os instrumentos que, concretizando a oferta de um ensino de qualidade, sejam capazes de avaliar as melhorias ao longo do tempo, apontando as lacunas que ainda estão por preencher e os elementos que precisam ser mantidos ou aprimorados. Reunindo informações sobre os problemas enfrentados pelas escolas, como as desigualdades sociais que as perpassam, assim como as deficiências enfrentadas internamente por cada unidade escolar, a avaliação educacional intenta fornecer ao gestor um diagnóstico completo de sua rede, dando-lhe o suporte necessário para que suas decisões estejam ancoradas nas necessidades reais das escolas. Identificando as dificuldades que os afetam, os gestores são capazes de direcionar seus esforços para a resolução daquelas, objetivando, sempre, uma educação equânime e de qualidade.
8 O Sistema Paraense de Avaliação Educacional (SISPAE), ao avaliar o desempenho dos alunos atendidos pela rede pública de ensino, reforça seu compromisso com a melhoria da qualidade da educação do estado, compartilhando os resultados com toda a sociedade Paraense, e convidando-a a fazer parte, junto com todos os professores, diretores, funcionários das escolas, e todos aqueles envolvidos com a educação, deste enorme esforço de mobilização. SISPAE 2013 Revista do Sistema de Avaliação O trecho destacado nos permite visualizar o conjunto de possibilidades adotadas pelas escolas das redes estadual e municipais. Para cada uma um conjunto de instrumentos metodológicos para assegurar a qualidade do processo conforme os critérios destacados por Cipriano Luckesi.
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