Rodada #1 Direito Administrativo

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1 Rodada #1 Direito Administrativo Professor Fabiano Pereira Assuntos da Rodada DIREITO ADMINISTRATIVO: 1. Teoria Geral do Direito Administrativo. 2. Princípios da Administração Pública. 3. Poderes da Administração Pública Excesso de Poder e Desvio de Finalidade. 3. Administração Pública Direta e Indireta Terceiro Setor. 4. Ato administrativo. 5. Agentes Públicos Lei nº 8.112/1990 e suas alterações. 6. Processo administrativo: Lei Lei nº 8.429/1992 e suas alterações. 7. Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo. Responsabilidade civil da administração: evolução doutrinária e reparação do dano. Licitação e Contratos Administrativos. Lei e Lei Bens Públicos.

2 a. Teoria em Tópico 1. Os princípios contêm mandamentos com um maior grau de abstração, já que não especificam ou detalham as condutas que devem ser seguidas pelos agentes públicos, pois isso fica sob a responsabilidade da lei. Entretanto, no momento de criação da lei, o legislador deverá observar as diretrizes traçadas nos princípios, sob pena de sua invalidação Princípios expressos e implícitos - A responder às questões de prova, lembre-se sempre de que os princípios administrativos se dividem em expressos e implícitos Princípios expressos são aqueles taxativamente previstos em uma norma jurídica de caráter geral, obrigatória para todas as entidades políticas (União, Estados, Municípios, Distrito Federal e seus respectivos órgãos públicos), bem como para as entidades administrativas (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) Por outro lado, princípios implícitos são aqueles que não estão previstos expressamente em uma norma jurídica de caráter geral, pois são consequência dos estudos doutrinários e jurisprudenciais, a exemplo do princípio da razoabilidade. São princípios cujos nomes não irão constar claramente no texto constitucional ou legal, mas que, de qualquer forma, vinculam as condutas e atos praticados pela Administração Pública Colisão entre princípios - não há hierarquia entre os princípios administrativos, apesar de vários autores afirmarem que o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é o princípio fundamental do Direito Administrativo. 2. Princípios constitucionais expressos 2.1. Princípio da legalidade - atualmente, o princípio da legalidade pode ser estudado sob dois enfoques distintos: em relação aos particulares e em relação à Administração Pública. 2

3 Em relação aos particulares, o princípio da legalidade está consagrado no inciso II, artigo 5º, da Constituição Federal de 1988, segundo o qual "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei". Isso significa que, em regra, somente uma lei (ato emanado do Poder Legislativo) pode impor obrigações aos particulares. Segundo o saudoso professor Hely Lopes Meirelles, enquanto os indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza Em relação à Administração, o princípio da legalidade assume um enfoque diferente. Nesse caso, está previsto expressamente no caput, do artigo 37, da Constituição Federal de 1988, significando que a Administração Pública somente pode agir se existir uma norma legal autorizando. Segundo o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da legalidade implica subordinação completa do administrador à lei. Todos os agentes públicos, desde o que ocupe a cúspide até o mais modesto deles, devem ser instrumentos de fiel e dócil realização das finalidades normativas O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que o princípio da legalidade pode sofrer constrições (restrições) em função de circunstâncias excepcionais, mencionadas expressamente no texto constitucional, como no caso da edição de medidas provisórias, decretação de estado de defesa e, ainda, a decretação de estado de sítio pelo Presidente da República Princípio da impessoalidade - o princípio da impessoalidade pode ser analisado sob vários aspectos distintos, a saber: 1º) dever de tratamento isonômico a todos os administrados; 2º) imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às pessoas jurídicas em que atuam; 3º) dever de sempre agir com o intuito de satisfazer o interesse público Sob o primeiro aspecto, o princípio da impessoalidade impõe à Administração Pública a obrigação de conceder tratamento isonômico a todos os administrados que se encontrarem em idêntica situação jurídica. Assim, fica vedado o tratamento privilegiado a um ou alguns indivíduos em função de 3

4 amizade, parentesco ou troca de favores. Da mesma forma, o princípio também veda aos administradores que pratiquem atos prejudiciais ao particular em razão de inimizade ou perseguição política, por exemplo Em relação ao segundo aspecto, o princípio da impessoalidade afirma que os atos praticados pela Administração Pública não podem ser utilizados para a promoção pessoal de agente público, mandamento expresso na segunda parte, do 1º, artigo 37, da Constituição Federal de 1988: 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos Sob um terceiro aspecto, o princípio da impessoalidade pode ser estudado como uma aplicação do princípio da finalidade, pois o objetivo maior da Administração deve ser sempre a satisfação do interesse público. A finalidade deve ser observada tanto em sentido amplo quanto em sentido estrito. Em sentido amplo, a finalidade dos atos editados pela Administração Pública sempre será a satisfação imediata do interesse público. Em sentido estrito, é necessário que se observe também a finalidade específica de todo ato praticado pela Administração, sempre prevista em lei Princípio da moralidade - o princípio da moralidade, também previsto expressamente no artigo 37, caput, da Constituição Federal de 1988, determina que os atos e atividades da Administração devem obedecer não só à lei, mas também à própria moral, pois nem tudo que é legal é honesto. Como consequência do princípio da moralidade, os agentes públicos devem agir com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a isonomia e demais preceitos éticos É válido destacar que a moral administrativa é diferente da moral comum, pois, conforme Hauriou, a moral comum é imposta ao homem para a sua conduta externa, enquanto a moral administrativa é imposta ao agente 4

5 público para sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação, que é a satisfação do interesse público Vedação ao nepotismo (Súmula vinculante nº 13 do STF) - com o intuito de impedir a prática do nepotismo no âmbito da Administração Pública Brasileira, o Supremo Tribunal Federal, em 29/08/2008, publicou a Súmula Vinculante nº 13, que assim dispõe: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Analisando-se o texto da citada súmula vinculante, constata-se que estão impedidos de exercer cargos ou funções de confiança na Administração Pública os seguintes parentes de autoridades administrativas com poder de nomeação, além do cônjuge e companheiro: Parentes em linha reta GRAU DE PARENTESCO Consanguinidade Afinidade 1º Pais e filhos Sogro e sogra; genro e nora; madrasta e padrasto; enteado e enteada. 2º Avós e netos Avós e netos do cônjuge ou companheiro 3º Bisavós e bisnetos Bisavós e bisnetos do cônjuge ou companheiro. Parentes em linha colateral 5

6 GRAU DE PARENTESCO Consanguinidade Afinidade 1º Não há Não há 2º Irmãos Cunhado e cunhada 3º Tios e sobrinhos Tios e sobrinhos do cônjuge ou companheiro Exceção ao nepotismo: cargos políticos - ao proferir o seu voto no julgamento do recurso extraordinário nº /RN, o Ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal, afirmou que devem ser excluídos da abrangência da súmula vinculante nº 13 os denominados cargos políticos, a exemplo dos Ministros, Secretários Estaduais e Secretários municipais. Sendo assim, não há qualquer ilegitimidade se o Prefeito nomear a sua irmã como Secretária Municipal de Saúde, desde que atenda aos requisitos exigidos pelo cargo. No mesmo sentido, é lícita a nomeação do pai do Governador para o cargo político de Secretário Estadual de Obras Princípio da publicidade - impõe que a Administração Pública conceda aos seus atos a mais ampla divulgação possível entre os administrados, pois só assim estes poderão fiscalizar e controlar a legitimidade das condutas praticadas pelos agentes públicos. Ademais, a publicidade de atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social Nem toda informação de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral serão disponibilizadas aos interessados, pois foram ressalvadas aquelas que coloquem em risco a segurança da sociedade e do Estado É importante destacar também que a divulgação oficial dos atos praticados pela Administração ocorre, em regra, mediante publicação no Diário Oficial, isso em relação à União, aos Estados e ao Distrito Federal. Em relação aos Municípios, pode ser que algum não possua órgão oficial de publicação de seus atos (Diário Oficial). Nesse caso, a divulgação poderá ocorrer mediante afixação do ato na sede do órgão ou entidade que os tenha produzido. 6

7 Para as questões de concursos públicos, é importante destacar ainda que a publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é condição de sua validade ou forma, mas sim condição de eficácia e moralidade Princípio da eficiência - somente foi introduzido no texto constitucional em 1998, com a promulgação da Emenda Constitucional nº. 19. Antes disso, ele era considerado um princípio implícito. O professor Diógenes Gasparini informa que esse princípio é conhecido entre os italianos como dever de boa administração e impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento A administração gerencial, consequência do princípio da eficiência, relaciona-se com os conceitos de boa administração, flexibilização, controle finalístico, contrato de gestão, qualidade e cidadão-cliente, voltando-se para as necessidades da sociedade, enfatizando mais os resultados que os próprios meios para alcançá-los. 3. Princípios implícitos 3.1. Princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado - apesar de não estar previsto de forma expressa no texto constitucional, o princípio da supremacia do interesse público perante o interesse privado pode ser encontrado no artigo 2º da Lei 9.784/99. Assim, como a citada lei é federal, esse princípio somente pode ser considerado expresso para a Administração Pública Federal Respaldada pelo princípio da supremacia do interesse público, a Administração Pública irá atuar com superioridade em relação aos demais interesses existentes na sociedade. Isso significa que será estabelecida uma relação jurídica vertical entre o particular e a Administração, já que esta se encontra em situação de superioridade. Apesar de tal supremacia, o interesse público não se sobrepõe de forma absoluta ao interesse privado, pois o próprio texto constitucional assegura a necessidade de obediência ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada (artigo 5º, XXXVI). 7

8 É possível concluir que o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado consiste, basicamente, no exercício de prerrogativas públicas (vantagens) que afastam ou prevalecem sobre os interesses particulares, em regra Princípio da indisponibilidade do interesse público - pode ser estudado sob vários aspectos, mas todos eles estabelecendo restrições e limitações à disponibilidade do interesse público. São as denominadas sujeições administrativas. Como os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem aos seus agentes, mas sim à coletividade, criam-se instrumentos (sujeições) que tenham por fim resguardá-los, permitindo-se que tais bens e interesses sejam apenas gerenciados e conservados pelo Poder Público A obrigatoriedade de realização de licitação e concursos públicos são exemplos de instrumentos criados com o objetivo de evitar que os agentes públicos, cujas condutas são imputadas ao Estado, disponham do interesse público. Com tais sujeições o administrador público fica impedido, por exemplo, de contratar os colegas e indicados para exercer funções inerentes a titulares de cargos de provimento efetivo, sem a realização de concurso público. A obrigatoriedade de realização de concurso público é uma sujeição, uma restrição que se impõe à Administração Pública Princípios da razoabilidade e da proporcionalidade - grande parte da doutrina afirma que os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são sinônimos. Outra parte afirma que tais princípios são autônomos, apesar do fato de a proporcionalidade ser um dos elementos da razoabilidade O princípio da razoabilidade está diretamente relacionado ao senso comum do homem médio, do aceitável, do justo, do mediano. Em respeito a tal princípio, as condutas administrativas devem pautar-se no bom senso, na sensatez que guia a atuação do homem mediano, pois, caso contrário, serão invalidadas. Violará o princípio da razoabilidade, por exemplo, a edição de um 8

9 decreto, por Prefeito de um determinado município, que proíba as servidoras de trabalharem de vestido O princípio da razoabilidade, assim como o da proporcionalidade, é considerado implícito, já que não está previsto em uma norma jurídica de caráter geral. Entretanto, é válido destacar que ambos os princípios estão previstos no artigo 2º da Lei 9.784/99, sendo considerados expressos para a Administração Pública Federal A professora Lúcia Valle Figueiredo, na tentativa de distinguir a proporcionalidade da razoabilidade, informa que a proporcionalidade pressupõe a adequação entre os atos e as necessidades, ou seja, só se sacrificam interesses individuais em função dos interesses coletivos, de interesses primários, na medida da estrita necessidade, não se desbordando que seja realmente indispensável para a implementação da necessidade pública O princípio da proporcionalidade também pode ser entendido como princípio da proibição de excesso, já que o fim a que se destina é justamente limitar as ações administrativas que ultrapassem os limites adequados. Em outras palavras, significa dizer que tal princípio impõe à Administração Pública a necessidade de adequação entre meios e fins, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (inciso VI, artigo 2º, da Lei 9.784/99) Princípio da autotutela - a Administração Pública, no exercício de suas atividades, frequentemente pratica atos contrários à lei e lesivos aos particulares (o que não é desejável, claro!). Entretanto, na maioria das vezes, a ilegalidade somente é detectada pela Administração depois que o ato administrativo já iniciou a produção de seus efeitos, mediante provocação do particular. 1 FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros,

10 Apesar de ser comum o fato de o particular provocar a Administração para informá-la sobre a prática de um ato ilegal, exigindo a decretação de sua nulidade, tal revisão também pode ser efetuada de ofício, pela própria Administração, independentemente de provocação A possibilidade de a Administração controlar a legalidade de seus próprios atos não afasta a atuação do Poder Judiciário. Caso a Administração se depare com uma situação de ilegalidade e não adote as providências cabíveis, poderá o particular ingressar com uma ação judicial para pleitear a anulação da situação de ilegalidade, se for de seu interesse Não são somente os atos ilegais que podem ser revistos pela Administração, mas também os atos legais, quando forem inoportunos e inconvenientes. Neste último caso, o ato está em perfeita conformidade com a lei, mas a Administração decide revogá-lo, pois a sua manutenção não atende mais ao interesse público Sobre o princípio da autotutela, é imprescindível que você memorize o inteiro teor da súmula 473 do Supremo Tribunal Federal, pois é muito cobrada em provas: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogálos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial Princípio da tutela ou controle - também conhecido como princípio do controle, permite à Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) controlar a legalidade dos atos praticados pelas entidades integrantes da Administração Pública Indireta (autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas). 10

11 PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA A autotutela, uma decorrência do princípio constitucional da legalidade, é o controle que a administração exerce sobre os seus próprios atos, o que lhe confere a prerrogativa de anulá-los ou revogá-los, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. Permite o controle (revogação anulação) da Administração Pública sobre todos os atos editados, sejam eles discricionários ou vinculados. PRINCÍPIO DA TUTELA Também conhecido como princípio do controle, permite à Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) controlar a legalidade dos atos praticados pelas entidades integrantes da Administração Pública Indireta (autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas). Não possui fundamento hierárquico, já que não há subordinação entre a entidade controladora (Administração Direta) e a controlada (Administração Indireta) Princípio da segurança jurídica - conforme nos informa a professora Maria Sylvia Zanella di Pietro, é muito comum, na esfera administrativa, haver mudança de interpretação de determinadas normas legais, com a consequente mudança de orientação, em caráter normativo, afetando situações já reconhecidas e consolidadas na vigência de orientação anterior. Essa possibilidade de mudança de orientação é inevitável, porém, gera uma grande insegurança jurídica, pois os interessados nunca sabem quando a sua situação será passível de contestação pela própria Administração Pública. Daí a regra que proíbe a aplicação retroativa de nova interpretação, prevista no artigo 2º, XIII, da Lei 9.784/99: Art. 2º, parágrafo único: Nos processos administrativos, serão observados, entre outros, os critérios de: XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Desse modo, a nova interpretação somente poderá ser aplicada a casos futuros, não prejudicando situações que já estavam consolidadas com base na interpretação anterior. 11

12 3.7. Princípio da continuidade dos serviços públicos o princípio em estudo declara que o serviço público deve ser prestado de maneira contínua, o que significa dizer que, em regra, não é passível de interrupção, em virtude de sua alta relevância para toda a coletividade. Podemos citar como exemplo de serviços públicos que não podem ser interrompidos a segurança pública, os serviços de saúde, transporte, abastecimento de água, entre outros Apesar da obrigatoriedade de prestação contínua, é válido ressaltar que os serviços públicos podem sofrer paralisações ou suspensões, conforme previsto no 3º, artigo 6º, da Lei 8.987/1995, em situações excepcionais: Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade Princípio da motivação - impõe à Administração Pública a obrigação de apresentar as razões de fato (o acontecimento, a circunstância real) e as razões de direito (o dispositivo legal) que a levaram a praticar determinado ato Para que o administrado ou mesmo os agentes públicos (nos casos em que estiverem respondendo a um processo administrativo, por exemplo) possam contestar ou defender-se dos atos administrativos praticados pela Administração, é necessário que tenham pleno conhecimento de seu conteúdo. Sendo assim, no momento de motivar o ato, o administrador não pode limitar-se a indicar o dispositivo legal que serviu de base para a sua edição. É essencial ainda que o administrador apresente, detalhadamente, todo o caminho que percorreu para chegar a tal conclusão, bem como o objetivo que deseja alcançar com a prática do ato. Agindo dessa maneira, o administrador estará permitindo que os interessados possam exercer um controle efetivo sobre o ato praticado, que deve respeitar as diretrizes do Estado Democrático de Direito, o princípio da 12

13 legalidade, da razoabilidade, proporcionalidade, do devido processo legal, entre outros Embora renomados professores como Diógenes Gasparini e Maria Sylvia Zanella Di Pietro, por exemplo, entendam que todos os atos administrativos devam ser motivados, sejam eles vinculados ou discricionários, é válido destacar que existe uma exceção muito cobrada em concursos públicos: a nomeação e exoneração de servidores ocupantes de cargos em comissão (cargos de confiança) Princípio da especialidade - ao criar ou autorizar a criação de uma entidade administrativa, a lei estabelece previamente a sua área de atuação (a sua finalidade), isto é, a sua especialidade. Sendo assim, como a capacidade específica da entidade administrativa foi determinada por lei, somente esta pode alterá-la. Caso os administradores decidam alterar, por conta própria, a especialidade da entidade administrativa na qual atuam, poderão ser responsabilizados nos termos da lei. 4. Pelo critério da Administração Pública, o Direito Administrativo pode ser definido como um conjunto de princípios e regras que regulam a Administração Pública A função de governo (Governo) é exercida pelos poderes Executivo e Legislativo, que, conjuntamente, são responsáveis por elaborar as políticas públicas e diretrizes que devem embasar a atuação da Administração Pública. De outro lado, a função administrativa (administração pública) é exercida pelos órgãos de execução da Administração Pública, que colocam em prática as decisões de Governo Com o objetivo de fiscalizar e corrigir os atos ilegítimos ou ilegais praticados pela Administração Pública, foram desenvolvidos dois grandes sistemas de controle que podem ser adotados pelos Estados, em todos os níveis de governo (esfera federal, estadual, distrital e municipal): o do contencioso administrativo (também chamado de sistema francês) e o sistema judiciário ou de jurisdição 13

14 única (também conhecido como sistema inglês). No Brasil, adota-se o sistema de jurisdição única. 14

15 b. Revisão 1 (questões) QUESTÃO 1 - CESPE AUXILIAR TÉCNICO TCE PA O princípio da publicidade viabiliza o controle social da conduta dos agentes administrativos. QUESTÃO 2 - CESPE AUDITOR TCE PA A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, embora consista em um princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a mesma força dos princípios que estão explícitos no referido texto, como o princípio da moralidade e o princípio da legalidade. QUESTÃO 3 - CESPE TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL INSS 2016 Em decorrência do princípio da impessoalidade, as realizações administrativogovernamentais são imputadas ao ente público e não ao agente político. QUESTÃO 4 - CESPE AUDITOR - FUB 2015 A proteção da confiança, desdobramento do princípio da segurança jurídica, impede a administração de adotar posturas manifestadamente contraditórias, ou seja, externando posicionamento em determinado sentido, para, em seguida, ignorá-lo, frustrando a expectativa dos cidadãos de boa-fé. QUESTÃO 5 - CESPE AUDITOR FUB O princípio da segurança jurídica não se sobrepõe ao da legalidade, devendo os atos administrativos praticados em violação à lei, em todo caso, ser anulados, a qualquer tempo. 15

16 QUESTÃO 6 - CESPE AUDITOR FUB Se for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, será permitido o sigilo dos atos administrativos. QUESTÃO 7 - CESPE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO FUB 2015 A pretexto de atuar eficientemente, é possível que a administração pratique atos não previstos na legislação. QUESTÃO 8 - CESPE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO FUB 2015 O princípio da legalidade limita a atuação do Estado à legislação existente. QUESTÃO 9 - CESPE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO FUB 2015 De acordo com o princípio da moralidade, os agentes públicos devem atuar de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela promoção pessoal. QUESTÃO 10 - CESPE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO FUB 2015 Apesar de o princípio da moralidade exigir que os atos da administração pública sejam de ampla divulgação, veda-se a publicidade de atos que violem a vida privada do cidadão. QUESTÃO 11 - CESPE TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE GO 2015 Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição legal. 16

17 QUESTÃO 12 - CESPE TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE GO 2015 Em decorrência do princípio da impessoalidade, previsto expressamente na Constituição Federal, a administração pública deve agir sem discriminações, de modo a atender a todos os administrados e não a certos membros em detrimento de outros. QUESTÃO 13 - CESPE TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE GO 2015 O princípio da eficiência está previsto no texto constitucional de forma explícita. QUESTÃO 14 - CESPE TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE GO 2015 O regime jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado em dois princípios dos quais todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público. QUESTÃO 15 - CESPE AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 De acordo com entendimento dominante, é legítima a publicação em sítio eletrônico da administração pública dos nomes de seus servidores e do valor dos vencimentos e das vantagens pecuniárias a que eles fazem jus. QUESTÃO 16 - CESPE AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 O princípio da eficiência, considerado um dos princípios inerentes à administração pública, não consta expressamente na CF. 17

18 QUESTÃO 17 - CESPE AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação administrativa que contrariar, além da lei, a moral, os bons costumes, a honestidade ou os deveres de boa administração. QUESTÃO 18 - CESPE TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 Se for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, será permitido o sigilo dos atos administrativos. QUESTÃO 19 - CESPE TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo vincula-se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto, nulo o ato administrativo cujo motivo estiver dissociado da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou a sua realização. QUESTÃO 20 - CESPE JUIZ DE DIREITO TJDF 2014 Estando o administrador diante de ato administrativo viciado, o princípio da segurança jurídica lhe confere a opção, observado o critério de conveniência e oportunidade, de convalidar o ato se o vício for sanável, reconhecer a sua estabilização pelo decurso do tempo, modular os efeitos da anulação ou, ainda, invalidar o ato, com efeitos ex tunc. 18

19 c. Revisão 2 (questões) QUESTÃO 21 - CESPE JUIZ DE DIREITO TJDF 2014 O princípio da supremacia do interesse público vem sendo questionado pela doutrina, em especial, após a CF, que estabeleceu o Estado democrático de direito e assegurou direitos e garantias individuais acima dos interesses do Estado, não existindo, por outro lado, norma constitucional que respalde a permanência de tal princípio no ordenamento jurídico. QUESTÃO 22 - CESPE JUIZ DE DIREITO TJDF 2014 O princípio da eficiência funciona como diretriz a ser seguida pelo administrador, mas não pode ser utilizado como parâmetro de controle externo pelo tribunal de contas para fins de verificação de regularidade dos atos e contratos celebrados pelos administradores públicos. QUESTÃO 23 - CESPE TÉCNICO ANTAQ 2014 O princípio da publicidade está relacionado à exigência de ampla divulgação dos atos administrativos e de transparência da administração pública, condições asseguradas, sem exceção, ao cidadão. QUESTÃO 24 - CESPE ANALISTA ADMINISTRATIVO ANATEL 2014 Atualmente, no âmbito federal, todo ato administrativo restritivo de direitos deve ser expressamente motivado. QUESTÃO 25 - CESPE TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS TJ SE 2014 O princípio da proteção à confiança legitima a possibilidade de manutenção de atos administrativos inválidos. 19

20 QUESTÃO 26 - CESPE TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS TJ SE 2014 Consoante o critério da administração pública, o direito administrativo é o ramo do direito que tem por objeto as atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, excluídas a legislação e a jurisdição. QUESTÃO 27 - CESPE ANALISTA JUDICIÁRIO TJ SE 2014 Em consonância com os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade, o STF, por meio da Súmula Vinculante n.º 13, considerou proibida a prática de nepotismo na administração pública, inclusive a efetuada mediante designações recíprocas nepotismo cruzado. QUESTÃO 28 - CESPE ANALISTA JUDICIÁRIO TJ SE 2014 A publicidade marca o início da produção dos efeitos do ato administrativo e, em determinados casos, obriga ao administrado seu cumprimento. QUESTÃO 29 - CESPE ANALISTA JUDICIÁRIO TJ SE 2014 Pelo princípio da autotutela, a administração pode, a qualquer tempo, anular os atos eivados de vício de ilegalidade. QUESTÃO 30 - CESPE ANALISTA JUDICIÁRIO TJ SE 2014 O regime jurídico-administrativo compreende o conjunto de regras e princípios que norteia a atuação do poder público e o coloca numa posição privilegiada. 20

21 d. Revisão 3 (mapa mental) 21

22 e. Normas (apenas o que mais cai) CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...): Lei 9.784/99. Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação conforme a lei e o Direito; II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; 22

23 VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; VIII observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. 23

24 f. Gabarito C C C C E C E C E E C C C C C E E C C E E E E C C E C E E C 24

25 g. Breves comentários às questões QUESTÃO 1 - CESPE AUXILIAR TÉCNICO TCE PA O princípio da publicidade viabiliza o controle social da conduta dos agentes administrativos. O princípio da publicidade impõe que a Administração Pública conceda aos seus atos a mais ampla divulgação possível entre os administrados, pois só assim estes poderão fiscalizar e controlar a legitimidade das condutas praticadas pelos agentes públicos (controle social). Ademais, a publicidade dos atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, nos termos do art. 37, 1º, da CF/1988. Assertiva correta. QUESTÃO 2 - CESPE AUDITOR TCE PA A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, embora consista em um princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a mesma força dos princípios que estão explícitos no referido texto, como o princípio da moralidade e o princípio da legalidade. A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, embora consista em um princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a mesma força dos princípios que estão explícitos no referido texto, como o princípio da moralidade e o princípio da legalidade. Apesar de não constar expressamente no texto constitucional, o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é um dos responsáveis pela estruturação do regime jurídico-administrativo, estabelecendo a posição de supremacia da Administração Pública nas relações jurídicas travadas com os particulares (relação vertical). Ademais, o fato de não constar expressamente no texto da CF/1988 não o torna menos importante que os demais, já que não há 25

26 hierarquia entre os princípios que regem a Administração Pública. Assertiva correta. QUESTÃO 3 - CESPE TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL INSS 2016 Em decorrência do princípio da impessoalidade, as realizações administrativogovernamentais são imputadas ao ente público e não ao agente político. Em decorrência do princípio da impessoalidade, as realizações administrativogovernamentais são imputadas ao ente público e não ao agente político. Celso Antônio Bandeira de Mello nos ensina que funcionário de fato é aquele cuja investidura foi irregular, mas cuja situação tem a aparência de legalidade. Se o indivíduo foi regularmente investido em cargo público, respeitando-se todos os trâmites legais, será considerado servidor (ou funcionário) público de direito. Todavia, se ocorreu alguma irregularidade durante o seu provimento, mas, ainda sim, está exercendo função pública, será denominado de servidor público (ou funcionário) de fato. É o que ocorre, por exemplo, quando candidato aprovado em concurso público toma posse em cargo efetivo sem que sua nomeação tenha sido publicada no Diário Oficial ou instrumento equivalente. Nesse caso, não restam dúvidas de que a investidura foi ilegal. Todavia, enquanto estiver no exercício da função pública todos os atos que praticar serão válidos, pois têm aparência de legalidade (teoria da aparência). Já que os atos praticados pelos agentes públicos devem ser imputados à pessoa jurídica a qual estão vinculados (consequência do princípio da impessoalidade), não faz sentido anulá-los, ainda que provenientes de funcionário de fato, pois, juridicamente, quem os praticou foi a própria pessoa jurídica (União, Estados, Municípios, autarquias etc.). Assertiva correta. 26

27 QUESTÃO 4 - CESPE AUDITOR - FUB 2015 A proteção da confiança, desdobramento do princípio da segurança jurídica, impede a administração de adotar posturas manifestadamente contraditórias, ou seja, externando posicionamento em determinado sentido, para, em seguida, ignorá-lo, frustrando a expectativa dos cidadãos de boa-fé. O princípio da proteção à confiança não possui previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro. Para a doutrina majoritária, trata-se de princípio que corresponde ao aspecto subjetivo da segurança jurídica. A atividade administrativa deve ser pautada na estabilidade e previsibilidade, prestigiandose a confiança depositada pelo administrado de boa-fé e que o levou a usufruir dos direitos concedidos pelo respectivo ato. Assim, não deve ser surpreendido e prejudicado futuramente por eventual decisão administrativa de extinção de seus efeitos sob a alegação de equivocada ou má interpretação da legislação vigente. Assertiva correta. QUESTÃO 5 - CESPE AUDITOR FUB O princípio da segurança jurídica não se sobrepõe ao da legalidade, devendo os atos administrativos praticados em violação à lei, em todo caso, ser anulados, a qualquer tempo. Não há hierarquia entre princípios, apesar de ser muito comum em provas de concursos questões afirmando que o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é superior aos demais (assertivas incorretas, obviamente!). Também costumam fazem essa afirmação em relação ao princípio da legalidade e ao da segurança jurídica, o que não é verdade. Ademais, deve ficar claro que nem todo ato administrativo contrário à lei deve ser anulado. Caso o vício de ilegalidade esteja presente nos requisitos forma ou competência, admitir-se-á a convalidação em alguns casos (quando não se tratar de competência exclusiva, por exemplo). Assertiva incorreta. 27

28 QUESTÃO 6 - CESPE TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO TCU Se for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, será permitido o sigilo dos atos administrativos. O art. 5º, XXXIII, da CF/1988, prevê duas hipóteses de restrição à publicidade dos atos da Administração Pública: a) quando for imprescindível à segurança da sociedade, a exemplo das informações que possam colocar em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; b) se necessário à segurança do Estado, a exemplo das informações sobre a defesa nacional, que podem pôr em risco a defesa e a soberania nacional ou a integridade do território nacional. Assertiva correta. QUESTÃO 7 - CESPE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO FUB 2015 A pretexto de atuar eficientemente, é possível que a administração pratique atos não previstos na legislação. A busca pela eficiência, princípio previsto expressamente no art. 37, caput, da CF, não pode servir de pretexto para que a Administração Pública pratique atos não previstos na legislação. O administrador somente pode agir quando autorizado pela lei ou quando houver determinação legal. Assertiva incorreta. QUESTÃO 8 - CESPE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO FUB 2015 O princípio da legalidade limita a atuação do Estado à legislação existente. Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição legal. 28

29 Todavia, penso que a questão é passível de recurso, pois, pela forma que o enunciado foi apresentado, excluiu-se a necessidade de observância aos princípios administrativos. Assertiva correta. QUESTÃO 9 - CESPE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO FUB 2015 De acordo com o princípio da moralidade, os agentes públicos devem atuar de forma neutra, sendo proibida a atuação pautada pela promoção pessoal. É o princípio da impessoalidade que impõe que o agente público atue de forma neutra, deixando de privilegiar os amigos ou prejudicar os inimigos. Ademais, impõe que os cargos ou atividades administrativas não sejam utilizados para a promoção pessoal do agente. Assertiva incorreta. QUESTÃO 10 - CESPE ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO FUB 2015 Apesar de o princípio da moralidade exigir que os atos da administração pública sejam de ampla divulgação, veda-se a publicidade de atos que violem a vida privada do cidadão. É o princípio da publicidade que impõe que a Administração Pública conceda aos seus atos a mais ampla divulgação possível entre os administrados, pois só assim estes poderão fiscalizar e controlar a legitimidade das condutas praticadas pelos agentes públicos. Assertiva incorreta. QUESTÃO 11 - CESPE TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE GO 2015 Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece a lei, aspecto que o difere do particular, a quem tudo se permite se não houver proibição legal. 29

30 Segundo Hely Lopes Meirelles, enquanto os indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza. Assertiva correta. QUESTÃO 12 - CESPE TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE GO 2015 Em decorrência do princípio da impessoalidade, previsto expressamente na Constituição Federal, a administração pública deve agir sem discriminações, de modo a atender a todos os administrados e não a certos membros em detrimento de outros. O princípio da impessoalidade impõe à Administração Pública a obrigação de conceder tratamento isonômico a todos os administrados que se encontrarem em idêntica situação jurídica. Assim, fica vedado o tratamento privilegiado a um ou alguns indivíduos em função de amizade, parentesco ou troca de favores. Da mesma forma, o princípio também veda aos administradores que pratiquem atos prejudiciais ao particular em razão de inimizade ou perseguição política, por exemplo. Assertiva correta. QUESTÃO 13 - CESPE TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE GO 2015 O princípio da eficiência está previsto no texto constitucional de forma explícita. O princípio da eficiência somente foi introduzido no texto constitucional em 1998, com a promulgação da Emenda Constitucional nº. 19. Antes disso, ele era considerado um princípio implícito, porém, atualmente consta na CF/1988 de forma explícita. Assertiva correta. QUESTÃO 14 - CESPE TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE GO

31 O regime jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado em dois princípios dos quais todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público. O regime jurídico-administrativo pauta-se sobre os princípios da supremacia do interesse público sobre o particular e o da indisponibilidade do interesse público pela administração, ou seja, erige-se sobre o binômio prerrogativas da administração direitos dos administrados. O princípio da indisponibilidade do interesse público impõe para a Administração Pública uma série de limitações ou restrições denominadas sujeições, que realmente têm o objetivo de resguardar o interesse público. Assertiva correta. QUESTÃO 15 - CESPE AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 De acordo com entendimento dominante, é legítima a publicação em sítio eletrônico da administração pública dos nomes de seus servidores e do valor dos vencimentos e das vantagens pecuniárias a que eles fazem jus. No julgamento da Suspensão de Segurança nº 3902/SP, que ocorreu em 09/06/2011, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a divulgação dos vencimentos brutos de servidores, a ser realizada oficialmente, constituiria interesse coletivo, sem implicar violação à intimidade e à segurança deles, uma vez que esses dados diriam respeito a agentes públicos em exercício nessa qualidade. Afirmou-se, ademais, que não seria permitida a divulgação do endereço residencial, CPF e RG de cada um, mas apenas de seu nome e matrícula funcional. Assertiva correta. QUESTÃO 16 - CESPE AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 O princípio da eficiência, considerado um dos princípios inerentes à administração pública, não consta expressamente na CF. 31

32 O princípio da eficiência consta expressamente no caput do art. 37 da CF/1988. Todavia, deve ficar claro que somente foi introduzido no texto constitucional em 1998, com a promulgação da Emenda Constitucional nº. 19. Antes disso, ele era considerado um princípio implícito. Assertiva incorreta. QUESTÃO 17 - CESPE AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação administrativa que contrariar, além da lei, a moral, os bons costumes, a honestidade ou os deveres de boa administração. O princípio da moralidade, também previsto expressamente no artigo 37, caput, da Constituição Federal de 1988, determina que os atos e atividades da Administração devem obedecer não só à lei, mas também à própria moral, pois nem tudo que é legal é honesto. Como consequência do princípio da moralidade (e não da impessoalidade), os agentes públicos devem agir com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a isonomia e demais preceitos éticos. Assertiva incorreta. QUESTÃO 18 - CESPE TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 Se for imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, será permitido o sigilo dos atos administrativos. O art. 5º, XXXIII, da CF/1988, prevê duas hipóteses de restrição à publicidade dos atos da Administração Pública: a) quando for imprescindível à segurança da sociedade, a exemplo das informações que possam colocar em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; b) se necessário à segurança do Estado, a exemplo das informações sobre a defesa nacional, que podem pôr em risco a defesa e a soberania nacional ou a integridade do território nacional. Assertiva correta. 32

33 QUESTÃO 19 - CESPE TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE TCU 2015 Conforme a teoria dos motivos determinantes, a validade do ato administrativo vincula-se aos motivos que o determinaram, sendo, portanto, nulo o ato administrativo cujo motivo estiver dissociado da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou a sua realização. Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que, de acordo com a teoria dos motivos determinantes, os motivos que determinam a vontade do agente, isto é, os fatos que serviram de suporte à sua decisão, integram a validade do ato. Sendo assim, a invocação de motivos de fato falsos, inexistentes ou incorretamente qualificados vicia o ato mesmo quando, conforme já se disse, a lei não haja estabelecido, antecipadamente, os motivos que ensejariam a prática do ato. Uma vez enunciados pelo agente os motivos em que se calçou, ainda quando a lei não haja expressamente imposto a obrigação de enunciá-los, o ato só será válido se estes realmente ocorreram e o justificavam. Assertiva correta. QUESTÃO 20 - CESPE JUIZ DE DIREITO TJDF 2014 Estando o administrador diante de ato administrativo viciado, o princípio da segurança jurídica lhe confere a opção, observado o critério de conveniência e oportunidade, de convalidar o ato se o vício for sanável, reconhecer a sua estabilização pelo decurso do tempo, modular os efeitos da anulação ou, ainda, invalidar o ato, com efeitos ex tunc. O erro do enunciado está no fato de ter afirmado ser possível modular os efeitos da anulação do ato administrativo, o que não é verdade. Quando um ato administrativo é anulado, os efeitos serão sempre ex tunc, não se admitindo a respectiva modulação (anulação com efeitos ex nunc, por exemplo). Assertiva incorreta. QUESTÃO 21 - CESPE JUIZ DE DIREITO TJDF

34 O princípio da supremacia do interesse público vem sendo questionado pela doutrina, em especial, após a CF, que estabeleceu o Estado democrático de direito e assegurou direitos e garantias individuais acima dos interesses do Estado, não existindo, por outro lado, norma constitucional que respalde a permanência de tal princípio no ordenamento jurídico. Podemos considerar correta a afirmação de que o princípio da supremacia do interesse público vem sendo questionado pela doutrina (parte dela, mais precisamente). Todavia, a segunda parte do enunciado afirma que não existe norma constitucional que respalde a permanência de tal princípio no ordenamento jurídico, o que não é verdade. A título de exemplo, podemos citar o art. 5º, XXIV, da CF/1988, que se refere ao procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social. Assertiva incorreta. QUESTÃO 22 - CESPE JUIZ DE DIREITO TJDF 2014 O princípio da eficiência funciona como diretriz a ser seguida pelo administrador, mas não pode ser utilizado como parâmetro de controle externo pelo tribunal de contas para fins de verificação de regularidade dos atos e contratos celebrados pelos administradores públicos. O art. 74, II, da CF/1988, dispõe que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. No mesmo sentido, o princípio da eficiência também pode (e deve) ser utilizado pelo tribunal de contas para fins de verificação de regularidade dos atos e contratos celebrados pelos administradores públicos. Assertiva incorreta. QUESTÃO 23 - CESPE TÉCNICO ANTAQ

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