5 Setor externo. 5.1 Comércio de bens

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1 5 Setor externo O balanço de pagamentos continua a refletir a adequação do setor externo da economia brasileira aos condicionantes restritivos representados pela escassez de fontes de financiamento. Esses ajustes têm proporcionado acentuada melhora no resultado em transações correntes, em razão não somente do superávit da balança comercial, mas também da retração dos gastos com serviços e rendas. Assinalese que a definição de novo nível para a taxa de câmbio tem contribuído para a consecução desses ajustes. O acordo do país com o FMI, no âmbito do Programa de Assistência Financeira (PAF), mostrou-se como outra importante medida complementar aos ajustes, especialmente para compensar o recuo nos ingressos de investimento direto e de empréstimos. Para 2003, espera-se a consolidação do processo de adequação do setor externo, em cenário de recuperação gradual dos fluxos de capitais estrangeiros para o país. 5.1 Comércio de bens Incorporado o significativo crescimento registrado no segundo semestre de 2002, as exportações acumularam, até novembro, US$55,1 bilhões, valor 2,3% superior ao registrado em igual período de 2001, superando largamente as expectativas do início do ano. As importações, por outro lado, mantiveram-se relativamente estáveis e em patamar reduzido, perfazendo US$43,8 bilhões, o que representou contração de 15,9%, considerada a mesma base de comparação. O superávit comercial alcançou US$11,3 bilhões, de 95

2 janeiro a novembro, comparativamente a US$1,8 bilhão, no período correspondente em Balança comercial - FOB US$ milhões Período Exportação Importação Saldo Corrente de comércio Jan-nov Jan-nov Var. % 2,3-15,9-6,6 Exportação por fator agregado - FOB Média diária - janeiro-novembro US$ milhões Discriminação Acumulado Var. % Total 234,2 237,6 1,4 Básicos 62,2 67,6 8,6 Industrializados 164,7 164,1-0,4 Semimanufaturados 32,9 35,2 7,2 Manufaturados 131,8 128,9-2,2 Operações especiais 7,3 5,9-19,5 Nota: Em 2001, 230 dias úteis; em 2002, 232. Exportações por setores - FOB - janeiro-novembro/2002 Variação percentual sobre igual período do ano anterior Material de transporte Metalúrgicos Petróleo e derivados Eletroeletrônicos Equipamentos mecânicos Calçados e couro Açúcar Papel e celulose Madeiras Café Têxteis Fumo e sucedâneos Suco de laranja Soja Químicos Minérios Carnes O expressivo desempenho das exportações, inclusive as de produtos básicos, em seu período sazonalmente menos favorável, não apresentou paralelo na história do comércio exterior brasileiro. Nesse sentido, no primeiro semestre de 2002 a média diária das exportações situouse em US$203,7 milhões, elevando-se 35,4%, para US$275,8 milhões, no semestre seguinte, até novembro. No que se refere à média diária das importações, cresceram 7,3% no mesmo período, de US$182,5 milhões, no primeiro semestre, para US$195,8 milhões, no segundo. O crescimento das exportações, no ano, esteve associado, fundamentalmente, ao desempenho das vendas de produtos básicos e semimanufaturados, cujas médias diárias elevaram-se 8,6% e 7,2%, respectivamente, em relação às registradas de janeiro a novembro de 2001, enquanto as exportações de produtos manufaturados experimentaram retração de 2,2%. Assinale-se a recuperação das exportações ao longo do ano, em todas as categorias de produtos, conforme indica a variação das médias diárias das vendas externas no segundo semestre, até novembro, relativamente às do primeiro semestre, de 70,2% para básicos, de 56,5% para semi-manufaturados, e de 19,6% para os manufaturados. O crescimento no segundo semestre foi estimulado, em parte, pela depreciação do real no período, evidenciada pela elevação de 24,7% da taxa efetiva de câmbio, se considerada a média do segundo semestre, até outubro, relativamente à do primeiro semestre. Contudo, outros fatores sinalizam que o novo patamar das exportações 96

3 poderá se perpetuar, haja vista a abertura de novos mercados, o sucesso de políticas de estímulo às exportações implementadas no passado e de missões comerciais a países como a China e a Rússia, e os desdobramentos do acordo bilateral com o México. Exportação para a Argentina e demais países - FOB Variação absoluta - jan-nov/2002 sobre jan-nov/2001 US$ milhões Discriminação Argentina Demais Total Total Manufaturados 1/ / Inclui reexportações de manufaturados. Exportações - índices de preços e quantum Jan-out/2002 Variação sobre o igual período de 2001 % Total Básicos Semimanufatur. Manufaturados Fonte: Funcex Preços Quantum Importação por categoria de uso final - FOB Média diária - janeiro-novembro US$ milhões Discriminação Acumulado Var. % Total 226,4 188,8-16,6 Bens de capital 59,7 46,8-21,6 Matérias-primas 112,1 93,7-16,4 Naftas 5,5 2,5-54,7 Bens de consumo 29,1 23,6-18,9 Duráveis 14,5 10,0-30,6 Automóveis de passageiros 5,8 3,0-48,9 Não-duráveis 14,6 13,5-7,3 Combustíveis e lubrificantes 25,6 24,7-3,5 Petróleo 12,9 12,8-0,9 Nota: Em 2001, 230 dias úteis; em 2002, 232. O desempenho modesto das exportações de produtos manufaturados deveu-se, principalmente, à redução das exportações para a Argentina, um dos principais mercados para esses produtos. Nesse sentido, registre-se que as exportações para aquele país reduziram-se em US$2,6 bilhões, no período de janeiro a novembro de 2002, dos quais 94% relativos a produtos manufaturados. Em sentido inverso, do acréscimo de US$3,9 bilhões das exportações destinadas aos demais países, 53,1% decorreram de vendas de manufaturados. O crescimento das exportações, no período de janeiro a novembro de 2002, esteve associado ao aumento da quantidade exportada, registrado em todas as categorias de fator agregado. Os preços, principalmente dos produtos básicos e dos semimanufaturados, apresentaram-se em níveis historicamente reduzidos, não devendo exercer pressão negativa adicional sobre as receitas de exportação nos próximos meses. As importações apresentaram retração em todas as categorias de uso final, quando considerado o total acumulado nos primeiros onze meses do ano, em relação ao registrado no período correspondente de 2001, desempenho consistente com o nível de atividade econômica e a depreciação da taxa de câmbio. A maior retração atingiu as compras de bens de consumo duráveis, cuja média diária declinou 30,6%, sobretudo pelo recuo de 48,9% nas importações médias diárias de automóveis, principal item da categoria, com 97

4 Importações - índices de preço e quantum Jan-out/2002 Variação sobre igual período de 2001 % Fonte: Funcex Total B.capital B.intermed. Duráveis Não-duráveis Comb.e lubrif. Preço Quantum Importação de matérias-primas x produção industrial Índices dessazonalizados - média móvel de 3 meses Importação Fev = 100 Jun Out Fev 2000 Jun Out Fev 2001 Importação de matérias-primas Fonte: IBGE e Funcex Jun Out Fev 2002 Produção industrial 115 Jun Prod.industrial Importações por setores - janeiro-novembro/2002 Variação percentual sobre igual período do ano anterior Instrumentos de ótica/precisão Produtos diversos indústrias químicas Extratos tanantes/corantes Equipamentos mecânicos Eletroeletrônicos Combustíveis Químicos Automóveis/peças Plásticos e obras Farmacêuticos Adubos/fertilizantes Cereais/moagem Siderúrgicos Borracha Aeronaves e peças Filamentos e fibras Papel e obras Alumínio e suas obras Leite e derivados Cobre e suas obras Peixes e crustáceos Bebidas e álcool Algodão Out participação de 29,6% no total. As importações de bens de capital apresentaram retração de 21,6%, as de matérias-primas e produtos intermediários, de 16,4%, as de bens de consumo não-duráveis, de 7,3%, e as de combustíveis e lubrificantes, de 3,5%. As importações apresentaram sinais de recuperação no segundo semestre, comportamento vinculado, fundamentalmente, à elevação do preço do petróleo e das quantidades importadas, exceto para os combustíveis e lubrificantes. Nesse contexto, a média diária das compras externas no período de julho a novembro superou em 7,3% a referente ao primeiro semestre, registrando-se expansão em todas as categorias de uso. Assim, as importações de combustíveis e lubrificantes elevaram-se 26,1%, as de bens de consumo duráveis, excluídos automóveis, 16,9%, as de matérias-primas e produtos intermediários, 6,7%, as de bens de capital, 1,5%, e as de bens de consumo não-duráveis, 0,4%. No que se refere às importações de matériasprimas e produtos intermediários, embora tenham sido detectados alguns sinais de reativação, não vêm acompanhando a evolução experimentada pela produção industrial, como no passado. A assimetria entre as variáveis sugere a intensificação do processo de substituição de produtos importados por domésticos, em razão das mudanças estruturais ocorridas nos últimos anos, sobretudo as relacionadas ao mercado de câmbio. O intercâmbio com os principais parceiros comerciais apresentou saldo mais favorável no período de janeiro a novembro de 2002, 98

5 Exportação e importação por área geográfica - FOB Janeiro-novembro US$ milhões Discri- Exportação Importação Saldo minação Var Var % % Total , Aladi Mercosul Argentina Demais , México , Demais , EUA 1/ , UE , Europa Or. 2/ , Ásia , Japão , Coréia (Sul) China , , Outros , , Demais , / Inclui Porto Rico. 2/ Albânia, Bulgária, Hungria, Polônia, República Eslovaca, República Tcheca, Romênia e países da ex-união Soviética. Nota: Quarenta dias úteis nos dois períodos. relativamente ao mesmo período de 2001, excetuando-se o comércio com a Argentina. Adicionalmente, registrem-se o aumento das exportações para novos mercados, principalmente países africanos, asiáticos e do oriente médio, e o estreitamento das relações comerciais com outros países, por meio de acordos bilaterais, a exemplo do celebrado com o México. O comércio externo com os países da Ásia proporcionou superávit de US$593 milhões, ante déficit de US$2 bilhões, em 2001, resultado determinado por aumento de 25,1% nas exportações e retração de 11,3% nas importações. Ressalte-se o aumento de 29,1% das exportações para a China, reflexo, em parte, das vendas de soja em grão e óleo de soja, que já figura como o terceiro principal destino das exportações brasileiras, superado apenas pelos Estados Unidos da América (EUA) e Países Baixos, e o declínio de US$784 milhões no déficit comercial com o Japão. Quanto aos países da Associação Latino-americana de Integração (Aladi), o intercâmbio com o México apresentou expansão de US$548 milhões no superávit, resultado da elevação de 25,2% nas exportações e retração de 18,3% nas importações. Em sentido inverso o comércio bilateral com a Argentina produziu aumento de US$1,2 bilhão no déficit, para US$2,3 bilhões, refletindo as reduções de 55,7% nas exportações brasileiras e de 24,8%, nas importações. O comércio com os Estados Unidos apresentou o maior aumento absoluto no saldo, US$3,5 bilhões, resultante do crescimento de 7,9% nas exportações brasileiras, principalmente de motores e peças para automóveis e produtos siderúrgicos semimanufaturados, e declínio de 19,8% nas importações. Em relação aos países da União Européia, registrou-se aumento de US$1,7 bilhão no saldo comercial, como reflexo de relativa 99

6 estabilidade nas exportações e de contração de 12,9% nas importações originárias do bloco. Transações correntes Discriminação Jan- Ano Jan- Dez Ano 1/ Ano 1/ 5.2 Serviços e rendas Transações correntes -21,4-23,2-7,5-0,9-8,4-6,6 Balança comercial 1,8 2,6 11,3 1,2 12,5 15,0 Exportações 53,9 58,2 55,1 5,0 60,2 65,0 Importações 52,1 55,6 43,8 3,9 47,7 50,0 Serviços -7,1-7,7-4,3-0,6-4,9-5,4 Transportes -2,8-3,0-1,8-0,2-2,0-2,1 Viagens internacionais -1,4-1,5-0,5 0,0-0,4-0,6 Computação e informação -1,0-1,1-1,0-0,1-1,1-1,2 Aluguel de equipamentos -1,8-1,9-1,4-0,3-1,6-1,8 Demais -0,1-0,4 0,3-0,1 0,2 0,3 Rendas -17,6-19,7-16,6-1,7-18,4-18,1 Juros -13,5-14,9-11,9-1,3-13,3-13,1 Lucros e divididendos -4,2-5,0-4,8-0,4-5,2-5,0 Salários e ordenados 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,0 Transferências correntes 1,5 1,6 2,2 0,3 2,4 2,0 1/ Projeção. A melhora acentuada no resultado das transações correntes, cujo déficit declinou 65% nos onze primeiros meses de 2002, em comparação ao mesmo período de 2001, deveuse não somente ao desempenho da balança comercial, mas também a menores despesas com serviços e rendas. Os gastos líquidos com serviços diminuíram 38,9%, para US$4,3 bilhões. As despesas líquidas com transportes somaram US$1,8 bilhão, queda de 36,3%, concentrada na retração de despesas líquidas com fretes, de US$1,2 bilhão para US$565 milhões. Os gastos líquidos com viagens internacionais registraram queda de 66,8%, com destaque para a reversão do fluxo líquido de setembro a novembro, quando as receitas líquidas atingiram US$4 milhões, US$82 milhões e US$61 milhões, respectivamente. Os pagamentos de aluguel de equipamentos implicaram saídas líquidas de US$1,4 bilhão, representando retração de 24,9%, no período. Os gastos líquidos com comunicações e informação mantiveram-se no patamar de US$985 milhões. As remessas líquidas de renda para o exterior totalizaram US$16,6 bilhões, valor 5,5% inferior ao registrado nos onze primeiros meses de Em resposta à trajetória de declínio da dívida externa, os pagamentos líquidos de juros reduziram 12%, para US$11,9 bilhões, enquanto, em sentido inverso, as remessas líquidas de lucros e dividendos expandiram 15,5%, totalizando US$4,8 bilhões. O resultado da balança comercial e a retração dos gastos com serviços e rendas expressam o ajuste do balanço de pagamentos 100

7 O ajuste do balanço de pagamentos em 2002 O balanço de pagamentos em 2002, com dados estimados para dezembro, apresenta perdas em suas principais fontes de financiamentos e saídas de recursos para formação de ativos no exterior, o que deve provocar redução total de US$28 bilhões em 2002, em relação aos fluxos de A maior parte das reduções de financiamento concentrou-se na captação de longo prazo (US$15,9 bilhões), principalmente em empréstimos diretos e na colocação de títulos de dívida no exterior, cujas taxas de rolagem caíram acentuadamente no decorrer do ano. Redução significativa ocorreu também nos fluxos de investimentos estrangeiros diretos (US$6,5 bilhões) e, ainda, nas captações de curto prazo, especialmente em linhas de crédito comercial. Perdas e ajustes do Balanço de Pagamentos Variação das principais contas entre 2001 e Total = 27,8 Total = 27, ,9 Empréstimos de longo prazo 14,9 Transações correntes ,5 4,6 Investimento estrangeiro direto Capitais de curto prazo 1/ 5,1 3,0 4,8 Amortizações Ativos de reservas Emp. FMI 0 0,8 Ativos Perdas Ajustes 1/ Inclui a conta capital, investimentos estrangeiros em ações, títulos de renda fixa de curto prazo negociados no País e negociados no exterior, empréstimos de curto prazo, crédito comercial de curto prazo, derivativos financeiros, depósitos de não-residentes, outros passivos e erros e omissões. 101

8 O ajuste veio, em grande parte, do menor déficit em transações correntes, menos US$14,9 bilhões em relação a 2001, resultado do crescimento do superávit comercial. As importações de serviços foram igualmente ajustadas e também desempenharam papel fundamental na mudança de patamar do déficit em transações correntes. Observa-se, ainda, que o envio de renda para o exterior, particularmente os pagamentos de juros sobre a dívida externa, mostram tendência de queda, em consonância com a redução da dívida externa. Evolução dos componentes do déficit em transações correntes Acumulado em 12 meses Dez 1998 Mar 1999 Jun Set Dez Mar 2000 Jun Set Dez Mar 2001 Jun Set Dez Mar 2002 Saldo comercial (FOB) Déficit de serviços, de rendas e transferências unilaterais Jun Set Dez Outro fenômeno a ser considerado, relativamente aos ajustes, foi o encolhimento das amortizações de dívida de longo prazo, de US$5,1 bilhões. No entanto, se excluídas as amortizações de papéis vinculadas à dívida nacionalizada, a refinanciamentos e a conversões, o patamar de 2002 iguala-se ao de 2001, com redução nos pagamentos de papéis e incremento em empréstimos diretos. É importante ressaltar que a dívida nacionalizada eas conversões efetuadas em 2001 e 2002 representam liquidação antecipada de compromissos com vencimentos que se diluem nos próximos anos, o que reduz a pressão futura sobre o balanço de pagamentos. As captações de bônus soberanos e os desembolsos do FMI ao Brasil proporcionaram recursos suficientes para atender os compromissos do Governo Central e parte dos compromissos do setor privado. As intervenções da Autoridade Monetária no mercado de câmbio foram estimadas em US$9 bilhões. As reservas brutas permaneceram constantes mas, relativamente às reservas líquidas, a redução é estimada em US$13,7 bilhões, consideradas as recompras de títulos da dívida soberana em excesso ao limite fixado no acordo com o FMI (US$1.023 milhões). Em 2003, a redução de reservas líquidas é estimada em US$2 bilhões, considerando-se o serviço da dívida do Governo Central, os desembolsos de organismos internacionais Banco 102

9 Interamericano de Desenvolvimento/Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BID/Bird) e, ainda, o fato de que US$700 milhões referentes a títulos de emissão da república, que se encontram no Banco Central, vencem no próximo ano. O comportamento do balanço de pagamentos em 2002 indica forte probabilidade de descompressão das contas externas brasileiras nos próximos anos. A dívida externa do setor privado está em nítida trajetória de queda, comportamento que deverá persistir em 2003, dada a expectativa de menor necessidade de novo endividamento. A formação de ativos brasileiros no exterior ao longo deste ano deve ser considerada como mais um fator de descompressão futura, uma vez que os recursos destinados à constituição de disponibilidades externas têm origem nos baixos preços da dívida brasileira no mercado secundário, com forte estímulo à sua aquisição no exterior. Esses recursos devem retornar quando da melhora nas cotações dos títulos de dívida, ou reduzirem os vencimentos de principal escalonados para os próximos anos. frente a fontes de financiamento mais reduzidas, que definiu um novo patamar de taxa de câmbio em Esse processo deverá continuar em 2003, mas devendo considerar a perspectiva de melhor desempenho da atividade econômica. Esses resultados favoráveis evidenciam-se se considerada a trajetória declinante da relação entre o déficit em transações correntes e o PIB, haja vista as taxas de crescimento ainda modestas registradas na economia. Assim, o déficit em transações correntes deverá representar cerca de 1,7% do PIB, ao final de 2003, comparativamente a 4,6% no final de Assim, a projeção de continuidade da expansão do superávit comercial, que deverá sobrepor-se aos incrementos nas remessas líquidas de renda e nos gastos líquidos com serviços, contempla crescimento de 4,9% nas importações. Adicionalmente, a projeção de superávit comercial para 2003 baseia-se na expectativa de crescimento de 8% nas exportações, favorecido pela conquista de novos mercados. 103

10 5.3 Conta financeira Conta financeira Discriminação Jan- Ano Jan- Dez Ano 1/ Ano 1/ Conta financeira 27,0 28,0 6,7 2,3 9,0-5,4 Investimentos diretos 20,3 24,7 12,7 0,9 13,6 14,5 Brasileiros no exterior 1,5 2,3-2,4-0,1-2,4-1,5 Estrangeiros no país 18,8 22,5 15,1 0,9 16,0 16,0 Participação 15,1 18,8 15,5 0,9 16,4 16,0 Intercompanhias 3,7 3,7-0,4 0,0-0,4 0,0 Investimentos em carteira 1,0 0,1-4,6-0,6-5,2-1,2 Ativos -0,8-0,8-0,3 0,0-0,3 0,0 Passivos 1,8 0,9-4,2-0,6-4,8-1,2 Derivativos -0,4-0,5-0,3 0,0-0,3 0,0 Outros investimentos 6,1 3,6-1,1 1,9 0,9-18,7 Ativos -3,1-6,6-3,9 0,3-3,6-6,0 Passivos 9,2 10,2 2,9 1,6 4,5-12,7 1/ Projeção. Fontes de financiamento de médio e longo prazos do BP Itens selecionados Discriminação Jan- Ano Jan- Dez Ano 1/ Ano 1/ Capitais de médio e longo prazos 18,0 19,9 8,2 0,5 8,7 10,4 Bônus 7,0 7,5 4,1 0,0 4,1 4,0 Notes e commercial papers 6,2 7,4 2,0 0,3 2,3 2,4 Empréstimos diretos 4,7 5,0 2,1 0,3 2,3 4,1 Emp. de curto prazo 2/ -2,7-1,9-5,4-0,2-5,5 1,0 Taxas de rolagem 3/ Bônus 114% 118% n.a. n.a. 164% 115% Notes e commercial papers 76% 81% 35% 30% 34% 51% Empréstimos diretos 143% 138% 65% 60% 65% 90% 1/ Projeção. 2/ Inclui empréstimos diretos e linhas de comércio repassadas por bancos. 3/ A taxa de rolagem equivale à razão entre desembolsos e amortizações, exclusive as amortizações de papéis e empréstimos decorrentes de conversão de dívida em investimentos direto. A conta financeira registrou ingresso líquido de US$6,7 bilhões, de janeiro a novembro, resultado associado, em parte, a ingressos líquidos de US$8,5 bilhões referentes a empréstimos de regularização do FMI e de US$15,1 bilhões relativos a investimento estrangeiro direto líquido. Assinale-se entretanto, o impacto desfavorável da baixa taxa de rolagem de títulos privados, notes e commercial papers, a partir do final do primeiro semestre, sobre as fontes de financiamento de médio e longo prazos. Os investimentos estrangeiros em carteira somaram saídas líquidas de US$4,2 bilhões, até novembro. Os investimentos em ações proporcionaram ingressos líquidos de US$1,2 bilhão até novembro, mas registraram saídas líquidas em todos os meses de junho a outubro, o que representou retorno de capital estrangeiro no montante de US$1,3 bilhão nesse período. Já em novembro, houve ingresso líquido de US$241 milhões, o que sugere que as saídas de investimentos estrangeiros em ações serão interrompidas, projetando-se, para o próximo ano, a retomada de ingressos líquidos, atraídos pela expectativa de crescimento e melhor rentabilidade dos ativos de renda variável. Os investimentos em títulos de renda fixa resultaram em amortizações líquidas de US$5,4 bilhões, nos onze primeiros meses do ano, dos quais US$2,4 bilhões somente no trimestre setembro-novembro. Esse resultado explica-se pela baixa taxa média de rolagem de notes e commercial papers, que declinou mais intensamente nesse trimestre, para 15%, resultando em amortizações líquidas de US$1,7 bilhão. Não se observaram, 104

11 Usos e fontes de recursos Discriminação Jan- Ano Jan- Dez Ano 1/ Ano 1/ Usos -52,6-58,4-33,7-4,6-38,4-34,1 Transações correntes -21,4-23,2-7,5-0,9-8,4-6,6 Amortizações de MLP 2/ -31,2-35,2-26,2-3,8-30,0-27,6 Papéis -16,5-19,0-10,5-1,0-11,5-9,4 Pagas -14,4-15,5-8,3-1,0-9,3-9,4 Dívida nacionalizada -3,1-3,3-0,3 - -0,3 - Refinanciamentos -2,2-2,2 0,0-0,0 - Conversões em IED - -1,4-2,3 - -2,3 - Crédito de fornecedores -2,4-2,8-2,0-0,3-2,3-3,1 Empréstimos diretos 3/ -12,2-13,3-13,7-2,5-16,2-15,2 Fontes 52,6 58,4 33,7 4,6 38,4 34,1 Conta capital 0,3 0,0 0,4 0,0 0,4 - Inv. estrangeiros diretos 18,8 22,5 15,1 0,9 16,0 16,0 Papéis domésticos 4/ 2,3 2,2 1,0 0,1 1,1 1,8 Desembolsos de MLP 5/ 31,9 34,6 17,1 1,7 18,7 21,9 Papéis 15,4 17,0 6,1 0,3 6,4 6,4 Crédito de fornecedores 3,1 3,3 1,3 0,2 1,5 2,6 Empréstimos diretos 13,4 14,3 9,7 1,2 10,9 13,0 Ativ. brasileiros no exterior -1,8-4,6-5,9 0,5-5,4-7,0 Empréstimo ao Bacen 6,5 6,5 8,5 2,9 11,4-11,1 Demais 6/ -1,1 0,3-3,5 0,0-3,6 0,5 Ativos de reservas -4,4-3,3 1,1-1,4-0,3 11,9 1/ Projeção. 2/ Registra amortizações de crédito de fornecedores de médio e longo prazos, empréstimos de médio e longo prazos e papéis de médio e longo prazos colocados no exterior deduzidos de refinanciamentos e descontos. Exclui amortizações de empréstimos ao Banco Central e intercompanhias. 3/ Registra amortizações de empréstimos concedidos por bancos estrangeiros, compradores, agências e organismos. 4/ Inclui investimentos estrangeiros em ações e em títulos de dívida negociados no mercado doméstico. 5/ Exclui desembolsos de empréstimos intercompanhias. 6/ Registra valores líquidos de refinanciamentos de bônus, papéis de curto prazo, crédito comercial de curto prazo, derivativos financeiros, depósitos de não-residentes, outros passivos e erros e omissões. tampouco, novas emissões de bônus, ao tempo em que as amortizações somaram US$703 milhões nesse trimestre. Para 2003, projeta-se o aumento gradual da rolagem dos títulos privados, a partir do segundo trimestre do ano, alcançando 51% ao final do ano. As taxas de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos corresponderam a 65%, considerado o período de janeiro a novembro, prevendo-se, igualmente, sua elevação gradual ao longo de 2003, principalmente no terceiro trimestre, a partir do qual deverão ser retomados os desembolsos líquidos de recursos. Os empréstimos de curto prazo, que incluem linhas de comércio repassadas por bancos, também apresentaram retração ao longo do ano. As captações de recursos mantiveram-se negativas e acumularam saídas líquidas de US$5,4 bilhões até novembro, das quais US$3 bilhões nos últimos três meses. Para 2003, espera-se a reversão desse fluxo, com a recuperação de níveis mais elevados de linhas de crédito, o que resultará em desembolsos líquidos de US$1 bilhão. As condições de financiamento do balanço de pagamentos têm registrado melhora em decorrência do ajuste nas contas correntes. Os investimentos estrangeiros diretos têm suprido com folga a necessidade de recursos para financiamento das transações correntes, condição que deverá se manter ao longo de Ao longo de 2002, as colocações de bônus soberanos e os desembolsos do FMI no âmbito do PAF ao País proporcionaram os recursos necessários às intervenções do Banco Central e aos pagamentos do serviço da dívida externa de responsabilidade da Autoridade Monetária. As reservas brutas permaneceram no mesmo 105

12 Demonstrativo de reservas Discriminação Ano Jan- Dez Ano 3/ Ano 3/ Posição de reservas no periodo anterior 33,0 35,9 35,6 35,9 37,0 Intervenções líquidas do Bacen -7,2-7,8-1,2-9,0 1,5 Spot e Linhas para exportação -8,2-6,9-0,7-7,6 0,0 Linhas com recompra 1,0-0,8-0,5-1,3 1,5 Serviço da dívida (líquido) -7,1-6,7-0,5-7,2-9,1 Juros -3,2-3,6 0,0-3,6-4,5 Receita 1,9 1,4 0,1 1,6 1,4 Despesa -5,1-5,0-0,1-5,2-5,9 Amortização -3,9-3,1-0,5-3,6-4,7 Desembolsos 7,8 5,0 0,2 5,3 6,8 Organismos multilaterais 1,2 1,1 0,2 1,3 2,8 Bônus da República 6,7 3,9 0,0 3,9 4,0 Operações de regularização (FMI) 6,8 8,5 2,9 11,4-11,1 Desembolso 6,8 13,0 3,0 16,0 0,0 Amortização 0,0-4,5-0,1-4,6-11,1 Demais 1/ 2,6 0,6 0,0 0,6 0,0 Variação de haveres 2,9-0,3 1,4 1,2-11,9 Posição de reservas brutas 35,9 35,6 37,0 37,0 25,1 Posição de reservas líquidas - acordo com o FMI 2/ 27,8 15,6 14,2 14,2 13,8 1/ Inclui pré-pagamento da Polônia em novembro de Compreende pagamentos/recebimentos do Convênio de Créditos Recíprocos (CCR), flutuação nos preços dos papéis, variação na paridade das moedas e preço do ouro, de ágio/deságio, pagamento de comissões, liberação de garantias colaterais. 2/ Para efeito de cumprimento do critério de desempenho, no âmbito do acordo com o Fundo Monetário Internacional, devem ser observados os parâmetros de cálculo das reservas líquidas ajustadas estabelecidos pelo Memorando Técnico de Entendimentos (MTE) da 3ª revisão do acordo Stand-by. Nesse caso, as reservas líquidas ajustadas denominadas em dólares consideram as paridades definidas em datas estabelecidas pelo MTE para mensurar os ativos denominados em outras moedas que não o dólar norte-americano, inclusive em DES. O mesmo vale para o preço do ouro. Ainda conforme o MTE, do total das reservas no conceito de liquidez internacional devem ser excluídos as obrigações com o FMI e os depósitos em bancos domiciliados no exterior, mas com sede no País, e os títulos de emissão de residentes que excederem, juntos US$1.023 milhões. O valor excedente até outubro é de US$2.507 milhões. 3/ Projeção. patamar de Para 2003, as reservas deverão declinar, em decorrência dos pagamentos ao FMI, mas com impacto reduzido sobre as reservas líquidas, que estão projetadas para o final do próximo ano em US$13,8 bilhões, US$340 milhões a menos que em 2002, e US$8,8 bilhões acima do piso de US$5 bilhões acordado com o FMI. 5.4 Conclusão A capacidade de ajuste evidenciada pela conta transações correntes pode ser analisada a partir de sua evolução recente como proporção do PIB. Nesse sentido, assinale-se a contração de 4,6%, em 2001, para 1,8%, no ano subseqüente, assim como a expectativa de continuidade dessa tendência em A contribuição mais expressiva para esse desempenho decorreu do resultado favorável da balança comercial, embora as despesas líquidas com serviços, onde a conta viagens internacionais, tradicionalmente deficitária, apresentou resultados positivos no final de 2002, também desempenhassem papel importante. Mesmo o envio de renda para o exterior, variável com rigidez estrutural, encerrou o ano abaixo de US$19 bilhões, confirmando a interrupção da trajetória crescente ocorrida após a flutuação da taxa de câmbio. Essa evolução mostrou-se fundamental, tendo em vista a redução das fontes de financiamento experimentada pelo balanço de pagamentos, em 2002, quando ocorreu contração nos ingressos de investimento estrangeiro direto e de empréstimos, compensada, em parte, por recursos originários do FMI. O ajuste em usos de recursos foi da ordem de US$20 bilhões, entre 2001 e Essa mudança de patamar deverá ser mantida para o próximo ano, consistente com um cenário de recuperação gradual dos fluxos de capitais estrangeiros para o país. 106

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov.

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov. 4 SETOR EXTERNO As contas externas tiveram mais um ano de relativa tranquilidade em 2012. O déficit em conta corrente ficou em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mostrando pequeno aumento em relação

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