Podem confirmar ou explicar achados nas áreas de bioquímica e microscopia. Volume: não é tão importante na urina tipo I e sim na urina 24 hrs.
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- Gabriel Sequeira Rico
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1 ROTINA TIPO I Exame de rotina de urina tipo I Intruções de coleta: assepsia local; desprezando-se o primeiro jato; coletar em frasco adequdo. Condições preferenciais: utilizar amostra recente; sem adição de qualquer conservante; volume minimo de 12ml; colera após permanecer 2 4 hrs sem urinar. Fatores que podem modificar a urina de rotina: jejum e dieta; atividade fisica; uso de medicamentos. Exame físico: Podem confirmar ou explicar achados nas áreas de bioquímica e microscopia. Volume: não é tão importante na urina tipo I e sim na urina 24 hrs. Cor: normal: depende da hidratação. Variam de amarelo claro a amarelo citrina. Anormal: avermelhado: presença de sangue. Marrom-escura: presença de hemácias, causada por uma hemorragia glomerular (recente) ou desnaturação da hemoglobina (velhas). Vermelha + turva: sangue (hemacias). Vermelha + transparente: hemoglobina (plasma vermelho) / mioglobina (plasma normal). Verde: presença de derivados do fenol (medicamentos). Amarelo escuro ou ambar: bilirrubina (presença de espuma amarela quando agitada). Outras cores: medicamentosa. Aspecto: Normal: aparência límpida (transparente). Turvação: pode ocorrer pela presença de cristais, lipídeos, soro, muco, linfa, leveduras, matéria fecal, talco, contraste radiológico, hamácias, leucócitos, cilindros, bactérias, etc. Ausência de turvação não garante microscopia ou bioquímica normais. Densidade: De 1015 a 1025 ou até 1001 a Resultados abaixo devem ser repetidos com ingestão de fluídos controlada. Contrastes radiológicos sobem a densidade, até completa eliminação. Glicosúria e proteinúria sobem a densidade da urina, mas podem ser detectadas pelo exame químico. O volume, a densidade, o aspecto e a cor devem ser analisados juntos.
2 ph: depende do equilibrio ácido-básico e da dieta alimentar. Normalmente a urina é ácida, mas quando neutra ou alcalina não significa patologia. Bacteriúrias costumam alcalinizar a urina. Exame químico: Utiliza-se as tiras reativas. Técnica: mergulhar a tira na urina homogeneizada, remover o excesso de urina, agurdar o tempo necessário para a leitura (1 a 2 minutos), comparar as cores com o padrão fornecido. Variações de testes por fita: ph, densidade, proteínas, glicose, corpos cetônicos, bilirrubinas, urobilinogênio, nitrito, ácido ascórbico, hemácias ou hemoglobina, leucócitos. Proteínas: Normal < 10 mg/dl. Proteinúria: ocorre em doença renal, muitas vezes incipiente, por isso é a mais importante das provas química da urina tipo I. Aparecem devido a lesões da membrana glomerular, distúrbios que afetam a reabsorção tubular, proteínas produzidas pelos tubulos renais. Exemplo: glomerulonefrites, pielonefrites, doeça renal diabética. Outras causas de proteinúria: excesso de proteínas normais no plasma. IAM, queimaduras, Ca, leucemia. Lise de hemácias, leucócitos, células epiteliais no trato urinário. Exercício físico intenso; frio intenso, febre. Inteferentes: urina extremamente alcalina, devido a alteração no tamponamento da fita. Remoção do tampão por permanecer muito tempo com a fita na urina. Contaminação com amônia e detergentes. Glicose: a urina contem quantidades muito pequenas de glicose, já que o túbulo contornado proximal reabsorve praticamente toda a glicose filtrada. Mas se o paciente tem hiperglicemia que ultrapassa o limiar de reabsorção, haverá glicosúria. Limiar renal 160 a 180 mg/dl no sangue. Principal causa de hiperglicemia: diabete melito, portanto também de glicosúria. Glicosúria renal: paciente com glicemia normal que perdeu ou diminui a capacidade de reabsorçãi renal. Outras causas de glicuosúria sem hiperglicemia: lesão do SNC, hipertiroidismo.
3 Corpos cetônicos: Quando o uso de carboidratos, como fonte de energia, se esgota, o organismo utiliza as gorduras. Neste caso, pode-se detectar cetonuria. NORMALMENTE não temos cetonuria mensurável pois é tranformada em dióxido de carbono e água. Razões para o aumento no metabolismo das gorduras (anormal): incapacidade de metabolizar carboidratos = diabetes. Perda de carboidratos por vômitos, diarréia. Dietas prolongadas. Cetonuria: desequilíbrio hidroeletrolitico = desidratação = acidose = coma diabético. Importante no acompanhamento do diabetes mellitus. Interferentes: mínimos levodopa. Sangue: pode ser em formas de hemácias integras ou destruídas (Hb). A analise química e a microscopica, em conjunto, demonstram se é hemácias ou Hb. Hemoglobinúria: lise de hemácias no trato urinário. Hemólise intra vascular. Hb livre + haptoglobina formam grandes complexos que é impossível chegar ao filtrado. Na anemia hemolítica, nas reações transfucionias nas queimaduras graves, nas infecções, nos exercícios físicos intensos, nos envenenamentos químicos ou peçonhentos há uma sobra de Hb livre, então temos hemoglobinúria. Interferentes: Falso (-): AC ascórbico, nitrito urinário, proteinuria ph < 5. falsos (+): contaminação menstrual, bacteriuria, dietas com vegetais. Mioglobinuria: destruição muscular. Importante: hemoglobinúria sem hematuria, não deve ser doença renal. Nitrito: algumas bactérias, dentre elas o proteus, transformam nitrato em nitrito, portanto nitrito (+) pode significar bacteriúria. Utilidade da determinação do nitrito: cistites: diagnostico presumível de pielonifrites, avaliação do antibioticoterapia, controle de pacientes de risco a infecções. O teste possui confiabilidade questionável devido a inúmeros interferentes e condições que o falseiam par (+) e para (-), serve apenas como um dado a mais. Falsos (+): urinas não recentes. Falsos (-): falta de nitrato na urina, AC ascórbico, grande quantidade de bactérias devido a transformação de nitrito em nitrogênio, antibioticoterapia.
4 Bilirrubina urobilinogênio: Causas de hiperbilirrubinemia: anemias Hemolíticas = icterícia hemolítica. Pancreatites, cálculos, cálcio = icterícia obstrutiva. Hepatites virais, tóxicos = icterícia hepáticas. Interferentes: diminuição: exposição a luz = biliverdina não detectável. AC. Ascórbico e nitrito reduzem a sensibilidade. Valores normais na urina: bilirrubina = ausente. Urobilinogenio = 1 a 4 mg/ 24 horas. Exame microscópico: Identifica e quantifica materiais insolúveis na urina (elementos figurados). O sangue, os rins, o tato gênito urinário e a contaminação externa compõe o sedimento (hemácia, leucócitos, células epiteliais, cilindros, bctérias, muco, leveduras, cristais, espermatozóides e artefatos). Método: Centrifugar 10 ml de urina em tubo cônico graduado, a 3000 rpm por 7 minutos. Desprezar o sobrenadante (9 ml), ressuspender o sedimento. Pipetar cerca de 20 µl na camara de Neubauer ou K.cell. Hemácias As hemácias não podem entrar no filtrado se o néfron estiver integro, portanto mais de 2 a 3 por campo pode significar patologia. Causas de hematúria: lesão da membrna glomerular, lesão vascular do trato urinário. Exemplos de hematúria: glomerulonefrites, infecções agudas, doenças malignas, calculos renais, reações tóxicas e imunológicas, tuberculose renal. Tipos de hemácias: integras, crenadas, fantasmas, disfórmicas. Leucócitos Os leucócitos migram de forma amebóide, para os locais de inflamação e/ou infecção. Portanto piúria significa: inflamação no trato genito urinário, infecção no trato genito urinário. Também pode surgir devido a lesões da membrana glomerular. Bact (+) e leuc (+): infecção. Bact (-) e leuc (+): inflamação. Bact (+) e leuco (-): contaminação, picos da idade, imunodeprimidos. Exemplos de piuria: pielonefrites, cistites, prostatites, uretrites, glomerulonefrites, lúpus eritematoso sistêmico, tumores. Normal ate 2 ou 3 por campo.
5 Células epiteliais São as células de descamação de todo o trato genito urinário, podendo ser encontradas na urina ate 3 a 4 por campo, significando descamação natural do trato. O aumento exagerado significa processo inflamatório. Pode-se distinguir a origem da célula, mas não é recomendável sem corantes supravitais. Cilindros São formados pela proteína de Tamm-horsfall na luz dos túbulos renais, sua forma é a do túbulo que serviu de molde. São de formação exclusivamente renal, portanto significa patologia renal, o seu encontro no sedimento urinário. Podem conter elementos em seu interior significando que estes elementos estavam presentes nos túbulos por ocasião da formação do cilindro. Túbulos contornado proximal, distal, coletor e ALCA de henle. Tipos de cilindro: Cilindro hialino: ate 1 a cada 2 campos, pode ser normal, formado por gel de proteína. Grande quantidade aparece na glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica, ICC. Cilindro hemático: contem hemácias em seu interior, significa sangramento no interior do nefron que ocorre em G.N e lesão de túbulos ou capilares renais. Cilindros leucocitários: contem leucócitos em seu interior, significa infecção e/ou inflamação no interior do nefron. Ex: GN e pielo. Cilindros epiteliais: contem células epiteliais renais. Cilindros granulosos finos e grosseiros: contem grânulos, provenientes de restos leucocitários, bactérias, etc. Cilindros cereos: estagio avançado do cilindro hialino, devido a grande liberação de proteína, inclusive em placas. Refringentes e rígidos. Cilindros adiposos: contem corpos adiposos ovais, provenientes da decomposição dos cilindros celulares de células que contem corpos adiposos, devido a absorção de lipídeos pelos túbulos. Muito refringentes com gotículas de gordura. Cilindro largos: formados nos tubos coletores, são mais largos, significa uma diminuição do fluxo urinário. Mau prognostico cilindro da insuficiência renal. Bactérias A urina não deve conter bactérias, sua presença em urina recém emitidas e colhidas com assepsia,
6 significa infecção. É importante sua relação com os leucócitos e outros elementos da urina tipo I. Leveduras Normalmente é a cândida albicans, comum em diabéticos e moniliase vaginal (por contaminação). Parasitos Aparecem por contaminação fecal (oxiurus) ou vaginal (trichomonas). Muco Material protéico proveniente de glândulas e celulas do trato, aparecem em filamentos de muco. Sem grande importância clinica, em excesso, pode significar processo irritativo. Cristais São formados por precipitações dos sais da urina por alterações na concentração, na temperatura e no ph da urina. Podem formar cálculos renais. A refrigeração da urina precipita a formação de cristais. São divididos em 2 grupos: a) cristais de urina acida e neutra. B) cristais de urina alcalina. Cristais de urina acida: AC úrico = comum, refrigeração, gota. Urato amorfo. Urato de sódio. Oxalato de cálcio (vit C). cistina = cistinuria. Leucina (doença hepática cirrose). Tirosina. Colesterol. Cristais de urina alcalina: fosfato triplo. Fosfato amorfo. Carbonato de cálcio. Biurato de amônio.
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