O PROJETO DE LEI Nº 4.330/04 COMO SISTEMA DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZADO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O PROJETO DE LEI Nº 4.330/04 COMO SISTEMA DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZADO"

Transcrição

1 O PROJETO DE LEI Nº 4.330/04 COMO SISTEMA DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZADO Camila Pinheiro da Silva 1 Tatiana Bhering Roxo 2 Banca Examinadora 5 RESUMO: O presente artigo tem como objetivo analisar determinados aspectos do Projeto de Lei nº 4.330/04, o qual visa regulamentar a prestação de serviço terceirizado no Brasil. O enfoque da análise volta-se para a aplicabilidade desse marco regulatório da terceirização no âmbito, especificamente, da iniciativa privada. Pretende-se verificar se as mudanças propostas pelo projeto de lei acarretam a precarização da relação de emprego constituída pela terceirização. Os principais aspectos apontados dizem respeito à flexibilização das atividades cuja terceirização é possível e a limitação da responsabilidade do contratante. PALAVRAS-CHAVE: Terceirização; regulamentação; precarização do trabalho. SUMÁRIO: 1 Introdução; 2 Terceirização; 2.1 Terceirização Lícita; 2.2 Terceirização Ilícita; 3 As mudanças propostas pelo projeto de lei nº 4.330/04; 3.1 Flexibilização da terceirização; 3.2 A limitação da responsabilidade do tomador de serviço; 4 Considerações Finais; Referências. 1 INTRODUÇÃO A terceirização é um dos temas do direito do trabalho que enseja grande debate na atualidade. No tocante a compreensão deste instituto, se parte da ideia de que uma empresa transfere uma atividade meio, a qual não agrega valor ao negócio, para outras empresas especializadas na atividade terceirizante. Sob o aspecto da visão empresarial, tem-se que a terceirização beneficia o empresário na medida em que a contratação de outra empresa para execução de atividades secundárias ao seu negócio implica, dentre outros fatores, na redução de custos trabalhistas. Por outro lado, sob a ótica jurídica, verifica-se que a contratação de serviço terceirizado se constitui como um mecanismo utilizado pelos tomadores de serviço para se esquivarem da responsabilidade que lhes é devida relativamente aos trabalhadores contratados. Neste sentido, impõe-se que um dos principais fatores que contribuem com o aumento da prática da terceirização precária diz respeito à ausência de um marco legislativo regulamentador desse tipo de contratação de mão de obra. Essa ausência legislativa completa e específica sobre o tema levou a elaboração do Projeto de Lei nº /2004, o qual dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros. No entanto, o referido projeto de lei é alvo de muitas críticas em razão da fragilidade de determinados dispositivos, os quais serão analisados oportunamente. Diante deste novo marco regulatório e levando-se em consideração às garantias dos direitos trabalhistas já alcançados até então, este trabalho tem como objetivo analisar o projeto de lei e verificar se o mesmo precariza ou não a relação de trabalho terceirizado. No que tange ao método de análise, será abordado o instituto da terceirização, suas espécies e em seguida serão analisadas as principais mudanças propostas pelo Projeto de Lei 4.330/04, tais como, a flexibilização do rol de atividades passíveis de terceirização e a redução da responsabilidade do tomador, bem como suas consequências. 2 TERCEIRIZAÇÃO No Direito do Trabalho, a terceirização constitui uma espécie de contratação de mão de obra que, segundo Alice Monteiro de Barros (2013, p. 357): [...] consiste em transferir para outrem atividades consideradas secundárias, ou seja, de suporte, atendo-se a empresa à sua atividade principal. Assim, a empresa se concentra na sua atividade-fim, transferindo as atividades-meio. Nos últimos anos foram criadas muitas empresas de terceirização de serviços, tornando-se um instituto de ampla utilização tanto no setor privado como no público. No entanto, como já salientado, ainda não há no Brasil lei que traga soluções específicas para todo o contexto da terceirização. As leis outrora criadas não compreendem todas as situações relativas a tal instituto, pelo contrário, regulamentam particularidades aplicáveis a um determinado segmento. Assim assera Maurício Godinho Delgado (2013, p. 437 e 438): A partir da década de 1970 a legislação heterônoma incorporou um diploma normativo que tratava especificamente da terceirização, estendendo-a ao campo privado da economia: A Lei do Trabalho Temporário (Lei n. 6019/74). Tempos depois, pela Lei n /83, autorizava-se também a terceirização do trabalho de vigilância bancária, a ser efetuada em caráter permanente (ao contrário da terceirização pela Lei n /74, que era temporária). A falta de uma regulamentação específica para o instituto e sua crescente prática, levou o Tribunal Superior do Trabalho (TST) a firmar jurisprudência sobre o tema a fim de resolver a diversidade de interpretações consubstanciadas nas decisões justrabalhistas. Neste sentido, em 1993, de acordo com a orientação do órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho, editou-se a súmula de nº , a qual se constitui até hoje como a principal norma sobre a terceirização. Ressalta-se, porém, que a súmula 331(TST) não especifica todas as nuances relativas à prestação de serviços terceirizados, especialmente, no que tange à responsabilidade dos envolvidos. Quando um empresário terceiriza uma determinada atividade ele tem por objetivo a execução de seu empreendimento, delegando à outra empresa as atividades periféricas a seu objeto social. De acordo com a súmula 331 (TST), na medida em que essa contratação acontece, o empresário que firmou contrato com a pres- 26

2 tadora de serviços passa a ter responsabilidade relativamente aos créditos que um empregado terceirizado vier a cobrar. Entretanto, essa responsabilidade fixada pela súmula é subsidiária no contexto das empresas vinculadas à terceirização. Isso significa dizer que, primeiro será cobrada a empresa efetivamente empregadora, ou seja, a prestadora do serviço, e, ocorrendo o inadimplemento da obrigação, será cobrada a empresa tomadora dos serviços, responsável secundária, fazendo-se valer o benefício de ordem. A este respeito, Sérgio Pinto Martins (2005, p. 140) explica que: Se a tomadora é beneficiada da prestação de serviços do autor, deve responder subsidiariamente, conforme a orientação do inciso IV do Enunciado 331 dp TST. Não é possível determinar o retorno do empregado ao status quo ante, porque não pode ser devolvida a energia de trabalho. Assim, ele tem de receber de quem foi beneficiado da prestação de serviços. Além disso, diversos são os problemas que surgem no âmbito da prestação de serviço terceirizado, o que torna a temática um tanto quanto polêmica. Dentre os problemas existentes destacamse dois, quais sejam, o alto índice de acidente de trabalho com os funcionários terceirizados e os salários abaixo da média daqueles que são contratados diretos das empresas. Em muitos casos, as diferenças que existem entre os trabalhadores da contratante e os trabalhadores da terceirizada são tão discrepantes que chegam ao nível de serem suprimidas as garantias de segurança no trabalho. Isso porque, inexiste um padrão seguro e equânime para a execução da atividade laborativa do trabalhador inserido em um campo de trabalho que pertence a um empregador diferente daquele que o contratou. Sabe-se que o empresário tomador do serviço é quem efetivamente aufere o lucro produtivo do trabalho do empregado que executa ativamente uma atividade relacionada ao empreendimento, seja ela de fim ou de meio. Todavia, na prática, observa-se que há uma brutal distinção entre um trabalhador direto e o indireto, vez que, o empregado direto está à vista do empresário que é o principal responsável pelo cumprimento da legislação trabalhista. Já no caso do empregado indireto, a preocupação do empresário é lançada a níveis secundários, já que a responsabilidade por aquele é principalmente do prestador com quem firmou o contrato. Essas distinções impostas aos empregados terceirizados é fruto da situação legal que a terceirização vive atualmente no Brasil. Por este motivo, tem-se intensificado e reforçado a busca por uma legislação que discipline o instituto. Cumpre ressaltar que, o fenômeno da terceirização é trabalhado pelos operadores do direito sob duas vertentes, quais sejam a da terceirização lícita e da terceirização ilícita. Essas vertentes serão analisadas nos tópicos seguintes, para que se compreenda melhor o instituto comentado. 2.1 Terceirização Lícita Por terceirização lícita entende-se como aquela em que haverá a contratação de mão de obra entabulada para a execução de atividades meio, ou distantes do objeto social. Ao definir terceirização lícita, Lívia Miráglia (2008, p. 154) afirma que: [...] a terceirização trabalhista não pode ser utilizada para fins fraudulentos ou com o intuito exclusivo de mascarar a existência de relação empregatícia. Muito menos, permitese que a terceirização seja instrumento de mitigação dos direitos trabalhistas e de aviltamento das condições de trabalho do obreiro terceirizado. Calcando-se pelo texto da súmula 331(TST) e de acordo com Maurício Godinho (2013, p. 450), a licitude da terceirização está assentada, restritivamente, em quatro situações sociojurídicas, as quais serão a seguir definidas. A primeira situação de terceirização lícita está prevista no inciso I da referida súmula e diz respeito à contratação de trabalho temporário, cujas hipóteses e requisitos encontram-se especificados pela Lei n /74 (BRASIL, 1974). A segunda situação é a contratação de serviços de vigilância (súmula 331, III) que se encontra disciplinada pela Lei n /83 (BRASIL, 1983). Importa esclarecer que o empregado que a súmula se refere é aquele que exerce função especializada e submete-se a regras próprias não somente quanto à formação e treinamento da força de trabalho como também à estrutura da própria entidade empresarial. (DELGADO, 2013, p. 451). Por fim, o inciso III da Súmula 331 trás tanto a terceira hipótese, relacionada à contratação de serviço e limpeza, como também a quarta hipótese que abrange a contratação de serviços especializados ligados a atividade-meio do tomador. Observa-se que essa última hipótese não estabelece um rol taxativo de atividades, apenas define um requisito caracterizador da atividade, qual seja, deve ela estar vinculada a atividade meio do empresário. Importa dizer que a licitude das últimas três hipóteses só será verificada na medida em que não houver a subordinação jurídica direta entre o empregado terceirizado e o tomador de servido. A mesma coisa serve para a pessoalidade, pois caso também esteja presente, a terceirização passará a ser ilícita (Súmula, 331, III, TST). Frisa-se que o Direito do Trabalho é pautado na aplicação do princípio da primazia da realidade que se baseia na consideração da realidade fática e não a formalmente configurada. É o que se depreende da decisão do Tribunal Superior do Trabalho, a qual expõe: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - VÍN- CULO DE EMPREGO - SÚMULA Nº 331, I, DO TST. Prevalece, no Direito do Trabalho, o princípio da primazia da realidade, de sorte que a identificação da figura do empregado exsurge dos elementos fáticos que, efetivamente, permearam a relação havida. Assim, verificada a intermediação fraudulenta de mão de obra, correta a decisão ao declarar a formação do vínculo de emprego diretamente com a tomadora de serviços, ao que não resiste a terceirização ilícita, como no caso em exame, a teor do item I da Súmula nº 331 do TST. Agravo de instrumento desprovido. (TST. AIRR ª Turma. Relator Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho. Publicação: DEJT ) (Grifo nosso) Então, no caso de descumprimento da legislação trabalhista, repita-se, o empregado terceirizado licitamente poderá reclamar seus direitos em face de ambas as empresas, porém, respeitando-se a ordem da responsabilidade subsidiária, consoante disposição do inciso IV da Súmula 331(TST), in verbis: Súmula 331. Contrato de prestação de serviços. Legalidade [...] IV- O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. Como se percebe, a comentada súmula é o instrumento legal que trata de determinadas nuances da terceirização, mas deixa 27

3 margens para a ocorrência de irregularidades e abusos quando, por exemplo, deixa de limitar a caracterização de atividade-meio do tomador (inciso III, súmula 331, TST). Tal fato leva a outra discussão bastante presente na ordem justrabalhista acerca da delimitação das atividades consideradas como meio e fim, ficando a cargo da doutrina definição de cada uma. Sobre a diferenciação entre atividade meio e atividade fim, Godinho (2013, p. 452), de forma fulgente, estabelece que: [...] atividades-meio são aquelas funções e tarefas empresariais e laborais que não se ajustam ao núcleo da dinâmica empresarial do tomador de serviços, nem compõem a essência dessa dinâmica ou contribuem para a definição de seu posicionamento no contexto empresarial e econômico mais amplo. São, portanto, atividades periféricas à essência da dinâmica empresarial do tomador de serviços. São, ilustrativamente, as atividades referidas, originariamente, pelo antigo texto da Lei n , de 1970: transporte, conservação, custódia, operação de elevadores, limpeza e outras assemelhadas. São também outras atividades meramente instrumentais, de estrito apoio logístico ao empreendimento (serviço de alimentação aos empregados do estabelecimento, etc.). Então, considera-se que a atividade meio é estranha ao objeto social do empresário e que a atividade fim, contrariamente, guarda uma relação de íntima pertinência com aquele. Impende destacar que a terceirização no âmbito da Administração Pública deve respeitar os mesmos limites impostos à terceirização na ceara privada, especialmente no que tange à contratação de atividades que não constituem o fluxo de operação nuclear do órgão. Verifica-se, portanto, que muitas são as polêmicas que gravitam em torno da temática da terceirização e as brechas existentes deram margem para a elaboração do Projeto de Lei nº /2004, o qual será examinado oportunamente. 2.2 Terceirização Ilícita A terceirização ilícita, mais comum a cada dia, é toda a contratação de prestação de serviços que está fora das situações previstas na súmula 331(TST) e é caracterizada como uma forma de fraudar a aplicação das normas trabalhistas. Uma das formas de ser caracterizada a ilicitude é nas situações em que há a terceirização de atividade fim do empresário, ou seja, atividade que está diretamente ligada ao núcleo da dinâmica empresarial. A respeito dos requisitos que afastam a ilicitude da terceirização, assevera Sérgio Pinto Martins (2005, p. 159): Para que a terceirização seja plenamente válida no âmbito empresarial, não podem existir elementos pertinentes a relação de emprego no trabalho do terceirizado, principalmente o elemento de subordinação. O terceirizante não poderá ser considerado como superior hierárquico do terceirizado, não poderá haver controle de horário e o trabalho não poderá ser pessoal, do próprio terceirizado, mas realizado por intermédio de outras pessoas. Deve haver total autonomia do terceirizado, ou seja, independência, inclusive quanto a seus empregados. Na verdade, a terceirização implica a parceria entre empresas, com divisão de serviços e assunção de responsabilidades próprias de cada parte. Da mesma forma, os empregados da empresa terceirizada não deverão ter nenhuma subordinação com a terceirização, nem poderão estar sujeitos a seu poder de direção, caso contrário existirá vínculo de emprego. Aqui há que se distinguir entre a subordinação jurídica e a técnica, pois a subordinação jurídica se dá ordens e a técnica pode ficar evidenciada com o tomador, que dá as ordens técnicas de como pretende que o serviço seja realizado, principalmente quando nas dependências do tomador. Os prestadores de serviços da empresa terceirizada não estarão, porém, sujeitos a prova, pois, são especialistas no que irão fazer. Se o serviço do trabalhador é essencial à atividade da empresa, pode a terceirização ser ilícita se provadas a subordinação e pessoalidade como o tomador dos serviços. (Grifo nosso) Desta forma, o tomador que pretende contratar o serviço terceirizado deve atentar-se para que não haja qualquer relação de subordinação e pessoalidade com o empregado da prestadora de serviços, seja em qualquer nível for. Importa salientar que na constatação desse tipo de terceirização aplica-se o teor da norma que se subtrai do artigo 9º da Consolidação das Leis do Trabalho (BRASIL, 1943), o qual prevê a nulidade dos contratos celebrados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar à aplicação as normas trabalhistas. Nesse caso, haverá a incidência da responsabilidade solidária das empresas que pactuaram o contrato de prestação de serviço, reconhecendo-se o vínculo empregatício com o tomador. Esse é um importante marco garantidor da efetivação e proteção dos direitos trabalhistas do empregado terceirizado, tendo em vista que o tomador também será responsabilizado já que entabulou a contratação de um serviço que está dentro da sua atividade fim. Há, porém, um importante ponto de distinção entre a responsabilidade na terceirização ilícita no âmbito da Administração Pública, o qual merece destaque. Enquanto na iniciativa privada há a formação de vínculo empregatício, na esfera pública, em razão da norma contida no art. 37, II, da Constituição Federal 4 (BRASIL, 1988) e em atenção ao princípio constitucional do concurso público (forma de investidura), não é possível a formação de vínculo com o Poder Público. Diante dos subsídios apresentados, verifica-se que o instituto da terceirização comporta aspectos importantes que merecem regulamentação sólida e eficaz quanto à defesa dos direitos do trabalhador. Assim, passa-se a análise das principais mudanças propostas pelo projeto de lei 4.330/04, o qual compreende aspectos diretamente ligados aos conceitos até aqui abordados, especialmente, no tocante a responsabilidade do tomador e as hipóteses de cabimento da terceirização. 3 AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO PROJETO DE LEI Nº 4.330/04 Como já citado em tópico anterior, está tramitando na Câmara dos Deputados em Brasília o Projeto de Lei nº /2004 de iniciativa do Deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), que trata da regulamentação da prestação de serviços terceirizados e as relações de trabalho dela decorrentes. O projeto é alvo de críticas das entidades ligadas à proteção do direito do trabalho, a exemplo, os Sindicatos e a Associação de Magistrados do Trabalho, os quais entendem que a aprovação do mesmo representará uma precarização das relações do trabalho. Esse é o entendimento da maioria dos ministros que compõem a corte trabalhista, assim como dos representantes das entidades de defesa ao direto do trabalho, conforme Central Sindical e Popular (CONLUTAS, 2013): [...] Durante a Comissão, em sua fala, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Mauricio Godinho Delgado manifestou-se contrário ao PL 4330, que poderia reduzir a renda do trabalhador 28

4 em até 30%. As categorias profissionais tenderão a desaparecer no país, porque todas as empresas, naturalmente, vão terceirizar suas atividades. E o desaparecimento das categorias profissionais terá um efeito avassalador sobre as conquistas históricas, disse. Juízes e procuradores também se mostraram contrários ao PL O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Paulo Luiz Schimidt disse que o PL é uma tragédia, em termos de futuro político da Nação. O presidente da Associação Nacionais dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Carlos Eduardo de Azevedo Lima, também se manifestou contrariamente ao texto. Esta proposta traz mais precarização e é um retrocesso social, afirmou. Recentemente o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho (CSMPT) aprovou uma moção contrária ao PL das terceirizações encaminhada presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. Na moção a manifestação de contrariedade por entender que o PL 4330 permite a terceirização de serviços em todas as atividades de empresas e órgãos públicos, sem quaisquer limite. (Grifo nosso) Nota-se, portanto, que o advento do projeto de lei em comento levou ao debate questões controvertidas e sérias a respeito da terceirização, uma vez que, pela notoriedade dos críticos que atacam o referido marco legislativo, resta inequívoco que o mesmo compreende normas que retrocedem, e até mesmo restringem, os direitos dos trabalhadores terceirizados. É cediço que a terceirização trabalhista é um fenômeno muito presente e que vem crescendo com o desenvolvimento econômico do país. Todavia, a regulamentação vigente se coloca bastante precária, e é mal vista pelos operadores do direito do trabalho. As mudanças trazidas pelo projeto de lei causaram polêmicas, especialmente no que tange à ampliação das possibilidades de serviços terceirizados, a redução da responsabilidade do tomador e o enfraquecimento da atuação dos sindicatos, conforme se analisará a seguir. 3.1 Flexibilização da terceirização Uma das principais alterações que o Projeto de Lei de nº 4.330/04L trás para o âmbito da terceirização está contida em seu art. 4º, 2º, que trata da flexibilização da contratação de trabalhador terceirizado, na medida em que ilimitou as áreas e o tipo de atividade que poderá ser objeto da terceirização, senão vejamos, in verbis: Art.4º Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato de prestação de serviços determinados e específicos com empresa prestadora de serviços a terceiros. [...] 2º O contrato de prestação de serviços pode versar sobre o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares à atividade econômica da contratante. Como se pode verificar, o referido dispositivo prescreve que a prestação de serviços que antes só poderia versar sobre o desenvolvimento de atividades secundárias à atividade econômica, agora poderá ser realizada para a execução de atividades tanto complementares, acessórias e inerentes. Isto implica dizer que, a vedação de que a atividade terceirizante não poderia guardar relação direta com o núcleo do objeto social não será mais aplicável. Como consequência disso o debate que existe hoje sobre atividade fim e atividade meio se perde, já que a proposta do projeto de lei permite a terceirização de qualquer atividade de qualquer área e nível, bastando que se crie uma empresa especializada em terceirização. Logo, por exemplo, um empresário pode terceirizar 100% de suas atividades, sendo-lhe, ainda, possível subcontratar. Sobre o assunto, se manifestou Maurício Godinho Delgado, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Confecção e de Vestuário de Guarulhos (2013): Em pronunciamento durante a Comissão Geral na Câmara dos Deputados em Brasília dia 18 de setembro o Ministro do Tribunal Superior do Trabalho Mauricio Godinho Delgado declarou que 19 dos 26 ministros, ou seja, 73% da corte trabalhista, divulgaram manifesto contrário à aprovação do PL 4330, pois o projeto de lei generaliza a terceirização ao invés de regular e estreitar o foco da terceirização. O ministro acrescentou que o PL deveria restringir o alcance da terceirização, mas ele vai na linha de universalizar, provocando malefícios sociais. Mauricio Godinho declarou na tribuna da Câmara que o projeto, caso seja aprovado pelo Congresso Nacional, vai provocar o rebaixamento da renda dos trabalhadores, que as categorias profissionais vão desaparecer, causando piora nas condições de saúde dos trabalhadores, provocando redução do PIB, pois 60% consumo provem das famílias. O ministro Godinho anunciou que 24 presidentes de Tribunais Regionais do Trabalho do Brasil divulgaram manifesto contrário ao PL 4330.Também a Anamatra, que representa os juízes do trabalho e a associação dos procuradores do trabalho, além de advogados sindicais e pesquisadores do trabalho, divulgaram documentos contrários à aprovação do projeto. Nesse contexto, com as inúmeras críticas colacionadas não resta dúvida que a norma prevista no projeto de lei em análise, que prevê a ampliação de forma irrestrita das hipóteses que compreendem a terceirização, representa uma afronta aos direitos trabalhistas conquistados ao longo dos tempos. Com a aprovação do projeto o empresariado interessado em obter vantagem econômica poderá terceirizar a sua mão de obra de forma plena mesmo que em detrimento das garantias trabalhistas. Outra consequência negativa da aplicação desse dispositivo seria a ocorrência de uma descaracterização completa do patrimônio humano que compõe um empresário, já que seu ativo de quadro de pessoal se tornaria indireto. Portanto, conforme opinião exposta acima, a análise do projeto de lei deve ser feita de forma criteriosa e detida, em razão da sua fragilidade. Neste mesmo raciocínio, outra importante questão polêmica trazida pelo projeto de lei se sobressai, qual seja a redução da responsabilidade da empresa contratante do serviço terceirizado (tomador), que será a seguir analisada. 3.2 A limitação da responsabilidade do tomador de serviço Outra significativa mudança proposta pelo projeto de lei é a retirada da responsabilidade solidária do contrato em consequência da liberação da terceirização para todas as atividades, o que torna a relação de trabalho ainda mais fragilizada. De acordo com o exposto em tópico anterior, a responsabilidade solidária do tomador de serviço é invocada quando verificada a ilicitude da terceirização, na qual estão presentes os elementos de pessoalidade e subordinação direta do trabalhador com o tomador e/ ou a execução de uma atividade fim. Essa responsabilização do tomador constitui-se como garantia conferida a todos os trabalhadores, cuja realidade fática da relação de trabalho evidenciar a execução de uma atividade fim e/ ou a presença dos elementos da ilicitude. 29

5 Com o advento do projeto haverá dispositivo legal de inaplicabilidade da responsabilidade solidária aos envolvidos na relação de terceirização, contrariando o entendimento atual da ordem justrabalhista. Inquestionável, portanto, o retrocesso que o referido marco legislativo acarretaria para os trabalhadores terceirizados no que tange à garantia de terem assegurados os créditos decorrentes dessa relação de forma ampla e certa. Notadamente, o tomador de serviços é o grande detentor da visibilidade produtiva, é quem aufere o proveito econômico decorrente da exploração de mão de obra, enquanto as prestadoras são frequentemente insolventes. Portanto, colocar o tomador no plano exclusivo da responsabilização subsidiária é um dano à relação de emprego. De acordo com a ANAMATRA (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho), em nota técnica elaborada pelo Presidente Renato Henry Sant Anna (2012), o projeto de lei contraria dois grandes princípios que dão validade e segurança a terceirização, quais sejam: [...] A máxima responsabilidade do tomador dos serviços, ainda quando haja terceirização lícita; e, A mínima autorização para a interposição de mão-de-obra, que deve ser limitada à atividade meio da empresa tomadora e às situações realmente necessárias, como por exemplo, os serviços de vigilância armada, que exigem um sistema de controle e treinamento próprios, que força compulsoriamente à intermediação legal da mão-de-obra. Assim, com a provação do referido projeto a máxima responsabilidade seria legalmente substituída pela mínima responsabilidade, deixando de privilegiar um dos fundamentos da República Federativa do Brasil previsto no art. 1º, inciso IV da CF/88, que é o princípio dos valores sociais do trabalho. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A vista do que foi levantado, verifica-se que o Projeto de Lei n /04 não se harmoniza com a proteção dos direitos do empregado terceirizado. Ao contrário, ele preconiza a defesa do empresariado, tendo em vista que amplia a viabilidade da atividade terceirizante e reduz a responsabilidade do tomador. As mudanças propostas representam um retrocesso às garantias já conquistadas e precariza a relação de emprego, haja vista que o empresário poderá ter 100% (cem por cento) de suas atividades terceirizadas, independentemente se for atividade fim ou meio. A propósito, essa distinção se torna obsoleta diante no possível marco regulatório da terceirização. Os aspectos aqui analisados devem ser apreciados com a máxima cautela pelos legisladores, pois a aprovação do projeto com tais normas trará consequências negativas para os trabalhadores, que serão submetidos aos contratos de terceirização. Por todos os subsídios apresentados, é inegável que se faz necessária a criação de lei que regulamente a prestação de serviço terceirizado compreendendo todos os aspectos e definições próprias dessa espécie de contratação de mão de obra. Todavia, essa necessidade não implica na criação apressada e desatenta de uma lei que ao invés de restringir a terceirização e ampliar a proteção da valorização do trabalho, faz exatamente o contrário. Portanto, resta clara a fragilidade do projeto, o qual possui dispositivos controvertidos, sendo objeto de ampla discussão entre os operadores do direito. O referido deve ser apreciado com atenção e deve ter seu foco voltado para a máxima proteção do empregado e não do empresariado, que efetivamente obtém a vantagem ou o benefício sobre o trabalho daquele. REFERÊNCIAS BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: LTR, BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em: 03 jun BRASIL. Decreto Lei nº 5.452, de 1 de maio de Disponível em: < em 22 mai BRASIL. Projeto de Lei nº 4.330, de Disponível em: gov.br/proposicoesweb/fichadetramitacao?idproposicao= Acesso em: 03 fev BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. AIRR Agravo de Instrumento em Recurso de Revista. Vinculo empregatício. Súmula nº 331, I, do, TST. Agravante: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI. Agravado: Marildes Gomes da Silva. Relator Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho. Brasilia, DF, 11 de fevereiro de Disponível em: < do?consulta=consultar&conscsjt=&numerotst=69640&digitotst=97&anotst=2005&orgaotst=5&tribunaltst=17&varatst=0008 >. Acesso em : 18/10/2013. CONLUTAS. Central Sindical e Popular. Trabalhadores são impedidos de acompanhar debate sobre PL 4330 na Câmara dos Deputados. Disponível em: < Acesso em 19 abr CSISZER, Juliana Vieira. O valor social do trabalho: uma leitura neoconstitucional. Disponível em: < juliana-vieira-csiszer>. Acesso em: 30 mai DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 12 ed. São Paulo: LTR, MARTINS, Sérgio Pinto. A Terceirização e o Direito do Trabalho. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, MIRAGLIA, Lívia Mendes Moreira. A Terceirização Trabalhista no Brasil. São Paulo: Quartier Latin, SANT ANNA, Renato Henry. Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho. Nota Técnica: Relatório com substitutivo aprovado na Comissão Especial sobre a regulamentação do trabalho terceirizado no Brasil para o PROJETO DE LEI N.º 4330, de 2004, que dispõe sobre a terceirização e as relações de trabalho dela decorrentes. Disponível em: <Relatório com substitutivo aprovado na Comissão Especial sobre a regulamentação do trabalho terceirizado no Brasil para o PROJETO DE LEI N.º 4330, DE 2004, que dispõe sobre a terceirização e as relações de trabalho dela decorrentes.>. Acesso em 20 abr SINDVESTUARIO. Sindicato dos trabalhadores nas indústrias de confecção e de vestuário de Guarulhos. PL 4330 generaliza a terceirização, segundo o ministro do TST Maurício Godinho Delgado. Disponível em: novo/?p=2391 Acesso em 19 abr VIANNA, Cláudia Salles Vilela. Manual prático das relações trabalhistas. 10ª ed. São Paulo: LTR: NOTAS DE FIM 1 Acadêmica do Centro Universitário Newton Paiva Curso de Bacharelado em Direito. 2 Orientadora: Graduada em Direito pela PUC/MG. Mestre em Direito do Trabalho pela PUC/MG. Professora do Curso de Direito do Trabalho do Centro Universitário Newton. 3 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e

6 I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de ). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de ) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de , especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. 4 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 5 Tatiana Bhering Roxo; Daniela Zapata. 31

TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS. Autor: Sidnei Di Bacco/Advogado da União

TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS. Autor: Sidnei Di Bacco/Advogado da União TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS Autor: Sidnei Di Bacco/Advogado da União LEI 8.666/1993 Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução

Leia mais

UNIDADE VIII TERCEIRIZAÇÃO

UNIDADE VIII TERCEIRIZAÇÃO UNIDADE VIII TERCEIRIZAÇÃO 1. Conceito de Terceirização é a transferência de atividades para fornecedores especializados. Assim, a Terceirização é uma relação Trilateral, abrangendo em um dos vértices

Leia mais

COMO A JUSTIÇA DO TRABALHO TEM SE POSICIONADO NO JULGAMENTO DOS PROCESSOS DE CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÕES? Davi Furtado Meirelles

COMO A JUSTIÇA DO TRABALHO TEM SE POSICIONADO NO JULGAMENTO DOS PROCESSOS DE CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÕES? Davi Furtado Meirelles COMO A JUSTIÇA DO TRABALHO TEM SE POSICIONADO NO JULGAMENTO DOS PROCESSOS DE CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÕES? Davi Furtado Meirelles - Evolução histórica da economia brasileira baseada em três ciclos econômicos:

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Terceirização no Direito do Trabalho. Parte I. Prof. Cláudio Freitas

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Terceirização no Direito do Trabalho. Parte I. Prof. Cláudio Freitas DIREITO DO TRABALHO Das relações laborais Terceirização no Direito do Trabalho. Parte I Prof. Cláudio Freitas - Terceirização 1) Definição 2) Modalidades a) permanente ou temporária (nova lei 6.019/74

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NOS CONTRATOS DE TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS DA DECLARAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 71, 1º, DA LEI Nº 8.666/93,

Leia mais

A lei /17 e os seus impactos na terceirização brasileira

A lei /17 e os seus impactos na terceirização brasileira BAPTISTA LUZ ADVOGADOS R. Ramos Batista. 444. Vila Olímpia 04552-020. São Paulo SP baptistaluz.com.br A lei 13.429/17 e os seus impactos na terceirização brasileira Introdução O surgimento do modelo de

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO E SEUS ASPECTOS NEGATIVOS

TERCEIRIZAÇÃO E SEUS ASPECTOS NEGATIVOS TERCEIRIZAÇÃO E SEUS ASPECTOS NEGATIVOS OLIVEIRA, Danielle Valéria Dias de 1 MELO JUNIOR, Gilberto Aparecido de 1 SILVA, Danilo de Oliveira 2 1 Acadêmicos do curso de Graduação em Administração da Faculdade

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO TEMPORÁRIO

TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO TEMPORÁRIO TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO TEMPORÁRIO www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. TERCEIRIZAÇÃO... 4 Conceito...4 Histórico... 5 Terceirização Lícita Requisitos...6 Responsabilidade da Contratante... 8 Direitos e Condições

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO Contratos administrativos Duração, extinção, inexecução, sanções e responsabilidade Parte 2 Prof. Denis França o Se a extinção ocorrer com culpa do contratado (art. 80, 86 e 87):

Leia mais

DEMANDA COMPLEMENTAR DE SERVIÇOS": FATORES IMPREVISÍVEIS OU,

DEMANDA COMPLEMENTAR DE SERVIÇOS: FATORES IMPREVISÍVEIS OU, LEI 13.429/2017 - ALTERA A LEI 6.019/74. PERMANECE UMA RELAÇÃO TRIANGULAR: TRABALHADOR AGÊNCIA TOMADOR. ANTES DEPOIS SUBSTITUIÇÃO TRANSITÓRIA DE PESSOAL PERMANENTE. PERMANECE IGUAL. ACRÉSCIMO EXTRAORDINÁRIO

Leia mais

LEGALE CURSO DE EXECUÇÃO TRABALHISTA. Sujeito Passivo / Grupo de Empresas / Sucessão

LEGALE CURSO DE EXECUÇÃO TRABALHISTA. Sujeito Passivo / Grupo de Empresas / Sucessão LEGALE CURSO DE EXECUÇÃO TRABALHISTA Sujeito Passivo / Grupo de Empresas / Sucessão Professor: Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino, Advogado

Leia mais

A nova Lei da Terceirização e do Trabalho Temporário (Lei /2017)

A nova Lei da Terceirização e do Trabalho Temporário (Lei /2017) A nova Lei da Terceirização e do Trabalho Temporário (Lei 13.429/2017) { Perspectivas, tendências e desafios nas relações de trabalho João Gomes Netto OAB/ES 13.411 joao@aadvogadosassociados.adv.br SUMÁRIO

Leia mais

Pereira Advogados Todos os Direitos Reservados

Pereira Advogados Todos os Direitos Reservados 15 Seminário sobre Produtividade e Redução de Custos na Agroindústria Canavieira Grupo IDEA Terceirização: Cenário Atual e Perspectivas 2 Conceito: - Em termos jurídicos, terceirizar significa delegar

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS - CURSO OJ PROFESSOR HOMERO. SUM-93 BANCÁRIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e

ROTEIRO DE ESTUDOS - CURSO OJ PROFESSOR HOMERO. SUM-93 BANCÁRIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e ROTEIRO DE ESTUDOS - CURSO OJ PROFESSOR HOMERO FEVEREIRO A JUNHO DE 2016 GRUPO ECONÔMICO SUM-93 BANCÁRIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Integra a remuneração do bancário a vantagem

Leia mais

O que é terceirização?

O que é terceirização? TERCEIRIZAÇÃO A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) o projeto de lei 4330/2004, que regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho. Agora, o projeto será encaminhado diretamente

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Sujeitos do contrato de trabalho / empregador. Prof. Hermes Cramacon

DIREITO DO TRABALHO. Sujeitos do contrato de trabalho / empregador. Prof. Hermes Cramacon DIREITO DO TRABALHO Sujeitos do contrato de trabalho / empregador Prof. Hermes Cramacon Avulso Trabalhador portuário - Lei 12.815/2013. Trabalhador não portuário - Lei 12.023/2009. Conceito: Aquele que

Leia mais

Trabalhador terceirizado

Trabalhador terceirizado 1 5. Terceirização A terceirização da atividade empresarial obedece a uma dissociação da atividade produtiva, nas palavras do Ministro Maurício Godinho, na qual a empresa tomadora contrata uma empresa

Leia mais

FUNDAMENTAÇÃO DA ON 25/2011

FUNDAMENTAÇÃO DA ON 25/2011 FUNDAMENTAÇÃO DA ON 25/2011 A regra para a vigência dos contratos administrativos é a de que estão adstritos à vigência dos respectivos créditos orçamentários nos termos do art. 57 da Lei de Licitações.

Leia mais

DIREITO MATERIAL DO TRABALHO AULA 8

DIREITO MATERIAL DO TRABALHO AULA 8 DIREITO MATERIAL DO TRABALHO AULA 8 1. TERCEIRIZAÇÃO A terceirização constitui o fornecimento de atividade especializada e não o fornecimento de trabalhadores. É um instituto da ciência da administração

Leia mais

A REGULAMENTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO. gehling.com.br

A REGULAMENTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO. gehling.com.br A REGULAMENTAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO TERCEIRIZAÇÃO SEGUNDO A SÚMULA 331 DO TST I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços,

Leia mais

1. INTRODUÇÃO Adam Smith Londres: divisão de tarefas resultou numa especialização do trabalho, com sensível ganho de velocidade na produção e r

1. INTRODUÇÃO Adam Smith Londres: divisão de tarefas resultou numa especialização do trabalho, com sensível ganho de velocidade na produção e r RELAÇÕES COMERCIAIS ENTRE TOMADORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS Osvaldo R. Fernandes Engenheiro Florestal Ibaiti Florestal Nov/08 1. INTRODUÇÃO 1776 - Adam Smith Londres: divisão de tarefas resultou numa

Leia mais

Hélio Stefani Gherardi

Hélio Stefani Gherardi Hélio Stefani Gherardi Advogado sindical há mais de 43 anos, como assessor de diretoria para vários Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais de Trabalhadores Consultor Técnico do D.I.A.P. Advogado

Leia mais

Terceirização na Administração Pública

Terceirização na Administração Pública Terceirização na Administração Pública PROF. DR. GUSTAVO JUSTINO DE OLIVEIRA Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) São Paulo (SP), junho de 2017. Sumário de aula 1. BREVE HISTÓRICO 2.

Leia mais

III CONGRESSO DOS ADVOGADOS TRABALHISTAS DE EMPRESAS NO RS - SATERGS A REGULAMENTAÇÃO LEGAL DA TERCEIRIZAÇÃO

III CONGRESSO DOS ADVOGADOS TRABALHISTAS DE EMPRESAS NO RS - SATERGS A REGULAMENTAÇÃO LEGAL DA TERCEIRIZAÇÃO III CONGRESSO DOS ADVOGADOS TRABALHISTAS DE EMPRESAS NO RS - SATERGS A REGULAMENTAÇÃO LEGAL DA TERCEIRIZAÇÃO 1 QUADRO VIGENTE ANTES DA REGULAMENTAÇÃO Súmula 331 do TST Insegurança jurídica pela falta de

Leia mais

GUSTAVO FILIPE BARBOSA GARCIA TERCEIRIZAÇÃO

GUSTAVO FILIPE BARBOSA GARCIA TERCEIRIZAÇÃO GUSTAVO FILIPE BARBOSA GARCIA TERCEIRIZAÇÃO Trabalho temporário Cooperativas de trabalho Conforme a Lei 13.429/2017 2ª edição 2017 CAPÍTULO 1 TERCEIRIZAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE MÃO DE OBRA 1.1 CONCEITO E

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA - CCJC PROJETO DE LEI Nº 4.330, DE 2004 (De Artur Bruno e outros)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA - CCJC PROJETO DE LEI Nº 4.330, DE 2004 (De Artur Bruno e outros) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA - CCJC PROJETO DE LEI Nº 4.330, DE 2004 (De Artur Bruno e outros) Dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Terceirização no Direito do Trabalho. Parte V. Prof. Cláudio Freitas

DIREITO DO TRABALHO. Das relações laborais. Terceirização no Direito do Trabalho. Parte V. Prof. Cláudio Freitas DIREITO DO TRABALHO Das relações laborais. Parte V Prof. Cláudio Freitas - DONO DA OBRA. OJ 191 DA SDI-1 DO TST. NOV ORIENTAÇÃO (2017) OJ-SDI1-191 CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

Leia mais

Breves considerações sobre a Terceirização na Administração Pública

Breves considerações sobre a Terceirização na Administração Pública Breves considerações sobre a Terceirização na Administração Pública Por Amanda Torquato Duarte Muito se discutiu na doutrina e jurisprudência sobre a possibilidade de terceirização das atividades desenvolvidas

Leia mais

Quantas categorias profissionais sobreviverão a terceirização?

Quantas categorias profissionais sobreviverão a terceirização? Quantas categorias profissionais sobreviverão a terceirização? O projeto de lei que regulamenta e expande a terceirização no país (PL 4330/2004) não foi remetido ao Senado nesta segunda feira (27), ao

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO - PL FERE OU NÃO OS DIREITOS FUNDAMENTAIS

TERCEIRIZAÇÃO - PL FERE OU NÃO OS DIREITOS FUNDAMENTAIS TERCEIRIZAÇÃO - PL 433.2004 - FERE OU NÃO OS DIREITOS FUNDAMENTAIS GT I: Evolução e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais na América Latina Marcelo Abdel Valério 1 Maria Cristina Alves Delgado

Leia mais

A TERCEIRIZAÇÃO E A REFORMA TRABALHISTA

A TERCEIRIZAÇÃO E A REFORMA TRABALHISTA 1 A TERCEIRIZAÇÃO E A REFORMA TRABALHISTA * ALAN MARMUTE DE SOUZA Acadêmico, graduando pela Faculdade de Direito de Ipatinga.Email: alanenfermagem@yahoo.com.br ** KARINE MARTINS CARVALHO Acadêmica, graduanda

Leia mais

CRITÉRIOS DE CONTRATAÇÃO DE PESSOAS E SERVIÇOS NO MERCADO DE SAÚDE.

CRITÉRIOS DE CONTRATAÇÃO DE PESSOAS E SERVIÇOS NO MERCADO DE SAÚDE. . SINDICATO DOS HOSPITAIS, CLÍNICAS, CASAS DE SAÚDE, LABORATÓRIOS DE PESQUISAS E ANÁLISES CLÍNICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO Fundado em 11/02/1938 71 anos Presidente: Dr.Dante Ancona Montagnana 1 . REPRESENTA

Leia mais

IUS RESUMOS. Contrato de Trabalho. Organizado por: Samille Lima Alves

IUS RESUMOS. Contrato de Trabalho. Organizado por: Samille Lima Alves de Trabalho Organizado por: Samille Lima Alves SUMÁRIO I. CONTRATO DE TRABALHO... 3 1. Caracterizando o contrato de trabalho... 3 1.1 Conceito e características... 3 1.2 Elementos essenciais do contrato

Leia mais

São Paulo, 03 de abril de Ao Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui. Prezados Senhores,

São Paulo, 03 de abril de Ao Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui. Prezados Senhores, São Paulo, 03 de abril de 2013. Ao Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigui Prezados Senhores, Em resposta à consulta de V.Sas., no tocante à constitucionalidade do art. 2º, da Lei nº

Leia mais

Seminário de Assuntos Contábeis de Caxias do Sul

Seminário de Assuntos Contábeis de Caxias do Sul Seminário de Assuntos Contábeis de Caxias do Sul AS NOVAS REGRAS DA TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA Caxias do Sul, 18 de maio de 2017 Terceirização Fenômeno recente, com maior dimensão a partir da década de

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº DE 1998 BREVE SÍNTESE E CONSIDERAÇÕES SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO

PROJETO DE LEI Nº DE 1998 BREVE SÍNTESE E CONSIDERAÇÕES SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 4.302 DE 1998 BREVE SÍNTESE E CONSIDERAÇÕES SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO O plenário da Câmara dos Deputados aprovou no dia 22.03.2017, por 231 votos a favor, 188 contra e 8 abstenções o Projeto

Leia mais

XI ENCONTRO TEMÁTICO JURÍDICO DA APEPREM. A TERCEIRIZAÇÃO E O SERVIÇO PÚBLICO EFEITOS DA LEI , de 13 de julho de 2017

XI ENCONTRO TEMÁTICO JURÍDICO DA APEPREM. A TERCEIRIZAÇÃO E O SERVIÇO PÚBLICO EFEITOS DA LEI , de 13 de julho de 2017 XI ENCONTRO TEMÁTICO JURÍDICO DA APEPREM A TERCEIRIZAÇÃO E O SERVIÇO PÚBLICO EFEITOS DA LEI 13 467, de 13 de julho de 2017 PROF. DR. MIGUEL HORVATH JÚNIOR SÃO PAULO, AGOSTO DE 2017 Flexiguridade Conceito

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO. Prof. Antero Arantes Martins

DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO. Prof. Antero Arantes Martins DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Prof. Antero Arantes Martins Terceirização Terceirização é um neologismo da palavra terceiro, aqui compreendido como intermediário. Segundo Godinho: é o fenômeno pelo

Leia mais

LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO DO TRABALHO. Prática: Terceirização/ Grupo de Empresas / Sucessão. Professor: Dr. Rogério Martir

LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO DO TRABALHO. Prática: Terceirização/ Grupo de Empresas / Sucessão. Professor: Dr. Rogério Martir LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO DO TRABALHO Prática: Terceirização/ Grupo de Empresas / Sucessão Professor: Dr. Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO Terceirização. Empregador. Grupo Econômico. Prof. Antero Arantes Martins (16 e 23/03/2017)

DIREITO DO TRABALHO Terceirização. Empregador. Grupo Econômico. Prof. Antero Arantes Martins (16 e 23/03/2017) DIREITO DO TRABALHO Terceirização. Empregador. Grupo Econômico. Prof. Antero Arantes Martins (16 e 23/03/2017) TERCEIRIZAÇÃO Terceirização. Conceito. Terceirização é um neologismo da palavra terceiro,

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO SOLUÇÃO OU PROBLEMA? O que é afinal terceirização?

TERCEIRIZAÇÃO SOLUÇÃO OU PROBLEMA? O que é afinal terceirização? O que é afinal terceirização? A contratação de serviços de terceiros para suas atividades meio, liberando seus gestores para dedicarem-se exclusivamente à atividade fim, qual seja, aquela que é a razão

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Mas, objetivamente, há 05 (cinco) aspectos que merecem a devida reflexão jurídica e social:

NOTA TÉCNICA. Mas, objetivamente, há 05 (cinco) aspectos que merecem a devida reflexão jurídica e social: NOTA TÉCNICA Relatório com substitutivo apresentado na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania sobre a regulamentação do trabalho terceirizado no Brasil para o PROJETO DE LEI N.º 4330, DE 2004,

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO PROFESSOR LEANDRO ANTUNES

TERCEIRIZAÇÃO PROFESSOR LEANDRO ANTUNES TERCEIRIZAÇÃO PROFESSOR LEANDRO ANTUNES O QUE É? PARA QUE SERVE? FUNDAMENTOS? Súmula nº 331 do TST CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta

Leia mais

BREVES COMENTÁRIOS REFERENTES À LEI DE TERCEIRIZAÇÃO E DO TRABALHO TEMPORÁRIO (DESTAQUE PARA IN Nº 05/ MPDG)

BREVES COMENTÁRIOS REFERENTES À LEI DE TERCEIRIZAÇÃO E DO TRABALHO TEMPORÁRIO (DESTAQUE PARA IN Nº 05/ MPDG) BREVES COMENTÁRIOS REFERENTES À LEI DE TERCEIRIZAÇÃO E DO TRABALHO TEMPORÁRIO (DESTAQUE PARA IN Nº 05/2017 - MPDG) LEI Nº 13.429, DE 31 DE MARÇO DE 2017. Altera dispositivos da Lei no 6.019, de 3 de janeiro

Leia mais

NOTA TÉCNICA. Mas, objetivamente, há 06 (seis) aspectos que merecem a devida reflexão jurídica e social:

NOTA TÉCNICA. Mas, objetivamente, há 06 (seis) aspectos que merecem a devida reflexão jurídica e social: NOTA TÉCNICA Relatório com substitutivo aprovado na Comissão Especial sobre a regulamentação do trabalho terceirizado no Brasil para o PROJETO DE LEI N.º 4330, DE 2004, que dispõe sobre a terceirização

Leia mais

O NOVO DECRETO 9.507/2018 E A TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O NOVO DECRETO 9.507/2018 E A TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA O NOVO DECRETO 9.507/2018 E A TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Caroline Martynetz Graduanda em Direito pela UFPR Estagiária na Justen, Pereira, Oliveira & Talamini 1) Introdução A discussão

Leia mais

CONCLUSÃO: Recurso de revista conhecido e provido.

CONCLUSÃO: Recurso de revista conhecido e provido. A C Ó R D Ã O 3ª TURMA GMHSP/pr/sk/ev RECURSO DE REVISTA. ESTADO DE MINAS GERAIS. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. O item V da Súmula-TST-331 assenta o entendimento de que a responsabilidade

Leia mais

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 011/2018 RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO AO EDITAL

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 011/2018 RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO AO EDITAL PREGÃO ELETRÔNICO Nº 011/2018 RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO AO EDITAL Nos termos do art. 18 do Decreto 5.450, de 31 de maio de 2005, a empresa APTA SERVIÇOS DE TERCEIRIZAÇÃO EIRELI EPP apresentou, tempestivamente,

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

DIREITO DO TRABALHO PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO Atualizado em 13/01/2016 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO PRINCÍPIO PROTETOR Nas relações empregatícios sempre existe o conflito entre o detentor

Leia mais

PROJETO ZAC DE CAPACITAÇÃO CONTAGEM REGRESSIVA DA REFORMA TRABALHISTA (ENTRADA EM VIGOR DA LEI N , DE 13 DE JULHO DE 2017)

PROJETO ZAC DE CAPACITAÇÃO CONTAGEM REGRESSIVA DA REFORMA TRABALHISTA (ENTRADA EM VIGOR DA LEI N , DE 13 DE JULHO DE 2017) PROJETO ZAC DE CAPACITAÇÃO CONTAGEM REGRESSIVA DA REFORMA TRABALHISTA (ENTRADA EM VIGOR DA LEI N. 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017) 1 TEMA: JORNADA DE TRABALHO 12X36 FALTAM DIAS 2 A Zilmara Alencar Consultoria

Leia mais

Direito do Trabalho Leandro Antunes

Direito do Trabalho Leandro Antunes Direito do Trabalho Leandro Antunes Supremo Tribunal Federal TEMA: TERCEIRIZAÇÃO PROCESSO: ADPF 324/DF, rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 29 e 30.8.2018. (ADPF-324) RE 958252/MG, rel. Min. Luiz

Leia mais

A TERCEIRIZAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO: percurso percorrido até a aprovação do texto final do PL 4330/2004 pela Câmara dos Deputados

A TERCEIRIZAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO: percurso percorrido até a aprovação do texto final do PL 4330/2004 pela Câmara dos Deputados A TERCEIRIZAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO: percurso percorrido até a aprovação do texto final do PL 4330/2004 pela Câmara dos Deputados 1 INTRODUÇÃO Ricardo Santos do Carmo Reis 1 Tendo o fenômeno

Leia mais

CARTA DA FRENTE NACIONAL CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE

CARTA DA FRENTE NACIONAL CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE CARTA DA FRENTE NACIONAL CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE A Sua Excelência o Senhor Dias Toffoli Ministro do Supremo Tribunal Federal Brasília, 13 de fevereiro de 2013 Assunto: Ação Direta de Inconstitucionalidade

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO NOS NEGÓCIOS, A EXPERIÊNCIA É UM INGRATO PROFESSOR: PRIMEIRO FAZ O EXAME E SÓS DEPOIS DÁD. George Gilder, consultor americano

TERCEIRIZAÇÃO NOS NEGÓCIOS, A EXPERIÊNCIA É UM INGRATO PROFESSOR: PRIMEIRO FAZ O EXAME E SÓS DEPOIS DÁD. George Gilder, consultor americano TERCEIRIZAÇÃO NOS NEGÓCIOS, A EXPERIÊNCIA É UM INGRATO PROFESSOR: PRIMEIRO FAZ O EXAME E SÓS DEPOIS DÁD A LIÇÃO ÃO George Gilder, consultor americano 19/05/2008 CJUR - Comitê Jurídico 1 SUMÁRIO CONTRATO

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO

TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO ABREU, A. G. RESUMO: A terceirização do trabalho surgiu devido à globalização e os avanços tecnológicos na sociedade. A terceirização se transformou em fonte inovadora para o

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO. Sujeitos da Relação de Emprego. Prof. Antero Arantes Martins

DIREITO DO TRABALHO. Sujeitos da Relação de Emprego. Prof. Antero Arantes Martins DIREITO DO TRABALHO Sujeitos da Relação de Emprego. Prof. Antero Arantes Martins Empregador E Grupo Econômico CONCEITO DE EMPREGADOR Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,

Leia mais

FLEXIBILIZAÇÃO x PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS DOS TRABALHADORES

FLEXIBILIZAÇÃO x PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS DOS TRABALHADORES FLEXIBILIZAÇÃO x PROTEÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS DOS TRABALHADORES CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE Doutor e Mestre em Direito das Relações Sociais (PUC/SP) Professor de Direitos Humanos Sociais

Leia mais

Sindicato das Misericórdias e Entidades Filantrópicas e Beneficentes do Estado do Rio de Janeiro.

Sindicato das Misericórdias e Entidades Filantrópicas e Beneficentes do Estado do Rio de Janeiro. 1 Circular 22/2015 Rio de Janeiro, 12 de maio de 2015. Ref: Projeto de Lei da Terceirização Ilmo Provedor / Presidente / Diretor O Senado Federal lançou, na internet, uma pesquisa sobre o projeto de lei

Leia mais

Terceirização Debates, projetos e encaminhamentos. Assessoria Técnica do Diap

Terceirização Debates, projetos e encaminhamentos. Assessoria Técnica do Diap Debates, projetos e encaminhamentos Assessoria Técnica do Diap A terceirização se intensificou no Brasil com a chamada 3º revolução industrial, na década de 70. Com o passar do tempo se tornou uma prática

Leia mais

Terceirização na Administração Pública

Terceirização na Administração Pública Terceirização na Administração Pública PROF. DR. GUSTAVO JUSTINO DE OLIVEIRA Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) São Paulo (SP), 19 de maio de 2016. Sumário de aula 1. BREVE HISTÓRICO

Leia mais

A TERCEIRIZAÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO. * Principais Temáticas*

A TERCEIRIZAÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO. * Principais Temáticas* A TERCEIRIZAÇÃO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO * Principais Temáticas* Setembro / 2017 INTRODUÇÃO: Os quadros sinópticos que compõem o presente estudo são o retrato sintetizado das principais temáticas e mudanças

Leia mais

AULA 5 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PROFª KILMA GALINDO DO NASCIMENTO

AULA 5 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PROFª KILMA GALINDO DO NASCIMENTO AULA 5 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PROFª KILMA GALINDO DO NASCIMENTO DA COMPETÊNCIA MATERIAL NA JUSTIÇA DO TRABALHO Objetivos da disciplina conteúdo programático

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Unidade 3. Empregados e Empregadores. 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE DIREITO, TURISMO E MUSEOLOGIA DEPARTAMENTO DE DIREITO Disciplina Direito do Trabalho I Prof. Amauri Cesar Alves 1. Empregado:

Leia mais

RODRIGO DO CANTO CARDOSO. Chefe da Divisão de Licitações, Compras e Contratos Administrativos da Advocacia Geral da União/RS

RODRIGO DO CANTO CARDOSO. Chefe da Divisão de Licitações, Compras e Contratos Administrativos da Advocacia Geral da União/RS RODRIGO DO CANTO CARDOSO Chefe da Divisão de Licitações, Compras e Contratos Administrativos da Advocacia Geral da União/RS Servidor público federal desde 1986. Há 17 anos nomeado pela Advocacia Geral

Leia mais

A TERCEIRIZAÇÃO NA REALIDADE BRASILEIRA

A TERCEIRIZAÇÃO NA REALIDADE BRASILEIRA A TERCEIRIZAÇÃO NA REALIDADE BRASILEIRA Adriana Goulart de Sena Juíza do Trabalho Titular da 1 ª Vara de Contagem MG Atuando, por convocação no sistema de mutirão junto à 3 ª Turma do TRT 3 ª Região Autora

Leia mais

PROCURA-SE UM FISCAL IDEAL!

PROCURA-SE UM FISCAL IDEAL! PROCURA-SE UM FISCAL IDEAL! Onde você Fiscal de Contrato se encaixaria? Fiscal "1": Pouco acompanha - tenta se envolver o mínimo possível. Na Fiscalização Contratual só acompanha quando é solicitado alguma

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO PROFESSOR LEANDRO ANTUNES

DIREITO DO TRABALHO PROFESSOR LEANDRO ANTUNES DIREITO DO TRABALHO PROFESSOR LEANDRO ANTUNES 1º MOMENTO DO NOSSO ESTUDO: CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO: DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO; DIREITO COLETIVO DO TRABALHO CONCEITO SEGUNDO

Leia mais

TERCEIRIZADOS: POSSO CONTRATAR?

TERCEIRIZADOS: POSSO CONTRATAR? TERCEIRIZADOS: POSSO CONTRATAR? DE ONDE VEM? CLT (1943) - pequenas pinceladas empreitada art. 455, 652, a, III Fins de 60/70 - Segmento público Lei do trabalho temporário - Lei 6.019/74: Lei 7.102/83,

Leia mais

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO Sucessão de Empresas / Pratica no Grupo Econômico e na Terceirização Professor Doutor: Rogério Martir Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado militante

Leia mais

Reflexões sobre a Lei /17. Setembro de 2017

Reflexões sobre a Lei /17. Setembro de 2017 Reflexões sobre a Lei 13.429/17 Setembro de 2017 A Lei 13.429 de 31/03/2017 Reflexões Iniciais Necessidade de regulamentação e modernização trabalhista no Brasil. Súmula 331 Atividade-fim x atividade-meio

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO. Vilma Dias B. Gil Set/2010

TERCEIRIZAÇÃO. Vilma Dias B. Gil Set/2010 TERCEIRIZAÇÃO Vilma Dias B. Gil Set/2010 Origem A palavra Terceirização é oriunda da Ciência da Administração e corresponde à delegação de execução de atividades acessórias a terceiros. enquanto técnica

Leia mais

Britcham Corporate Day Aspectos Trabalhistas 23/03/2016

Britcham Corporate Day Aspectos Trabalhistas 23/03/2016 Britcham Corporate Day Aspectos Trabalhistas 23/03/2016 Regulamentação Constituição (art. 7º) CLT Consolidação das Leis do Trabalho Legislação Esparsa Convenções e Acordos Coletivos Contratos Individuais

Leia mais

DIREITO DO TRABALHO: DESAFIOS E TENDÊNCIAS. Sylvio Rodrigues Neto Abril / 2013

DIREITO DO TRABALHO: DESAFIOS E TENDÊNCIAS. Sylvio Rodrigues Neto Abril / 2013 DIREITO DO TRABALHO: DESAFIOS E TENDÊNCIAS Sylvio Rodrigues Neto Abril / 2013 DIREITO DO TRABALHO - O Direito do Trabalho visa a proteção do trabalhador, seja através de regulamentação legal das condições

Leia mais

Terceirização Lei Nº , de 31/03/2017. Impactos nos Contratos de Terceirização e as Relações de Trabalho. Terceirização. Lei Nº 6.

Terceirização Lei Nº , de 31/03/2017. Impactos nos Contratos de Terceirização e as Relações de Trabalho. Terceirização. Lei Nº 6. Terceirização Lei Nº 6.019/1974 Alterações promovidas pela Lei Nº 13.429/2017. Impactos nos Contratos de Terceirização e as Relações de Trabalho Fortaleza, 31 de Agosto de 2017. Contextualização Histórica

Leia mais

A RESPONSABILIDADE TRABALHISTA ORIUNDA DO CONTRATO DE EMPREITADA, QUANDO O DONO DA OBRA É EMPRESA CONSTRUTORA OU INCORPORADORA

A RESPONSABILIDADE TRABALHISTA ORIUNDA DO CONTRATO DE EMPREITADA, QUANDO O DONO DA OBRA É EMPRESA CONSTRUTORA OU INCORPORADORA A RESPONSABILIDADE TRABALHISTA ORIUNDA DO CONTRATO DE EMPREITADA, QUANDO O DONO DA OBRA É EMPRESA CONSTRUTORA OU INCORPORADORA, À LUZ DA O.J. 191 SDI I (TST) Por Antônio Augusto Harres Rosa 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO Sucessão de Empresas / Pratica no Grupo Econômico e na Terceirização Professor: Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado militante

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO. 1- Atividade-meio X atividade-fim 2- Pejotização X terceirização 3- Fundo garantidor dos direitos trabalhistas

TERCEIRIZAÇÃO. 1- Atividade-meio X atividade-fim 2- Pejotização X terceirização 3- Fundo garantidor dos direitos trabalhistas TERCEIRIZAÇÃO 1- Atividade-meio X atividade-fim 2- Pejotização X terceirização 3- Fundo garantidor dos direitos trabalhistas CONCEITO DE TERCEIRIZAÇÃO Forma de organização estrutural que permite a uma

Leia mais

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA IV FÓRUM NACIONAL DE COOPERATIVISMO MÉDICO COOPERATIVISMO E TERCEIRIZAÇÃO A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA IV FÓRUM NACIONAL DE COOPERATIVISMO MÉDICO COOPERATIVISMO E TERCEIRIZAÇÃO A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA IV FÓRUM NACIONAL DE COOPERATIVISMO MÉDICO COOPERATIVISMO E TERCEIRIZAÇÃO A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Brasília, DF, 15 de junho de 2011 DIREITO DO TRABALHO E

Leia mais

Projeto de lei 4330/ quadro comparativo entre as redações aprovadas na Câmara dos Deputados

Projeto de lei 4330/ quadro comparativo entre as redações aprovadas na Câmara dos Deputados Projeto de lei 4330/2004 - quadro comparativo entre as redações aprovadas na Câmara dos Deputados PL 4330 - projeto original apresenta à Ementa: Dispõe sobre o contrato de prestação de serviços e as relações

Leia mais

PAINEL: FORMAS DE CONTRATAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DEBATEDOR: JOSÉ CARLOS GAMA - PRESIDENTE CONSELHO JURÍDICO CBIC EMPRESÁRIO E ADVOGADO

PAINEL: FORMAS DE CONTRATAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DEBATEDOR: JOSÉ CARLOS GAMA - PRESIDENTE CONSELHO JURÍDICO CBIC EMPRESÁRIO E ADVOGADO PAINEL: FORMAS DE CONTRATAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DEBATEDOR: JOSÉ CARLOS GAMA - PRESIDENTE CONSELHO JURÍDICO CBIC EMPRESÁRIO E ADVOGADO REFORMA TRABALHISTA: Lei 13.429/2017 trabalho temporário e terceirização;

Leia mais

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/amt/gsa/mrl/m

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/amt/gsa/mrl/m A C Ó R D Ã O (6ª Turma) GMACC/amt/gsa/mrl/m RECURSO DE REVISTA. ENQUADRAMENTO SINDICAL. BURLA À LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. A empresa prestadora de serviços terceirizou empregados fora de seu rol comercial

Leia mais

O TCU e a contratação de empregados nos Serviços Sociais Autônomos

O TCU e a contratação de empregados nos Serviços Sociais Autônomos O TCU e a contratação de empregados nos Serviços Sociais Autônomos Da natureza das Unidades do Sistema S São entidades paraestatais, sem finalidade lucrativa, criadas por lei que: trabalham ao lado do

Leia mais

a) A extensão das novas regras sobre prestação de serviços a terceiros à Administração Pública contratante e

a) A extensão das novas regras sobre prestação de serviços a terceiros à Administração Pública contratante e Reflexos da Lei 13.429/17 (terceirizações) para a Administração Pública *Gabriela Pércio 1. Estabelecimento do contexto A Lei 13.429/17 alterou a Lei 9.016/74, chamada Lei do Trabalho Temporário. Contudo,

Leia mais

Terceirização e os reflexos tributários. Fábio Junqueira de Carvalho Mestre UFMG e doutorando

Terceirização e os reflexos tributários. Fábio Junqueira de Carvalho Mestre UFMG e doutorando Terceirização e os reflexos tributários Fábio Junqueira de Carvalho Mestre UFMG e doutorando Histórico: Relatos indicam que há quase dois mil anos atrás, na Grécia, já havia empresas que alugavam escravos

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Faculdade Mineira de Direito - Núcleo Barreiro

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Faculdade Mineira de Direito - Núcleo Barreiro PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Faculdade Mineira de Direito - Núcleo Barreiro Henrique Gustavo Guimaraes Jose Isaias Fonseca Rafael Moreira Campos Gomes Ronaldo José Santana ANÁLISE CASO

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe

Leia mais

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 4ª TURMA GDCCAS/CVS/NC/iap

PROCESSO Nº TST-RR A C Ó R D Ã O 4ª TURMA GDCCAS/CVS/NC/iap A C Ó R D Ã O 4ª TURMA GDCCAS/CVS/NC/iap RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA UNIÃO (PGF), EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. ACORDO HOMOLOGADO

Leia mais

S E N T E N Ç A Vistos etc. SAEMAC SINDICATO DOS TRABALHADORES NA CAPTAÇÃO, PURIFICAÇÃO,

S E N T E N Ç A Vistos etc. SAEMAC SINDICATO DOS TRABALHADORES NA CAPTAÇÃO, PURIFICAÇÃO, Ação da Terceirização SAEMAC Processo nº 14.700/2009 AUTOR: SAEMAC SINDICATO DOS TRABALHADORES NA CAPTAÇÃO, PURIFICAÇÃO, TRATAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA E, CAPTAÇÃO, TRATAMENTO E SERVIÇOS EM ESGOTO E

Leia mais

AS CONTROVÉRSIAS DA TERCEIRIZAÇÃO 1

AS CONTROVÉRSIAS DA TERCEIRIZAÇÃO 1 AS CONTROVÉRSIAS DA TERCEIRIZAÇÃO 1 Gabriel Pistóia 2 Daner dos Santos 3 RESUMO O Direito do Trabalho existe a fim de que se exerça a proteção ao trabalhador, e que se rechace o abuso que o poder econômico

Leia mais

TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO: ASPECTOS LEGAIS E CONTROVERTIDOS DO PROJETO DE LEI 4330/04

TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO: ASPECTOS LEGAIS E CONTROVERTIDOS DO PROJETO DE LEI 4330/04 TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO: ASPECTOS LEGAIS E CONTROVERTIDOS DO PROJETO DE LEI 4330/04 Iohran Lucas Liebmam (E-mail:iohran@outlook.com) Lucas Euzébio de Carvalho (E-mail:lucaseuzebio98@yahoo.com.br) Orientador:

Leia mais

PARTICIPAÇÃO DA MAGISTRATURA DO TRABALHO NOS FÓRUNS REGIONAIS DA REFORMA DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA SUGESTÃO DE TEMAS MATÉRIA CONSENSUAL RETIRADA DO

PARTICIPAÇÃO DA MAGISTRATURA DO TRABALHO NOS FÓRUNS REGIONAIS DA REFORMA DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA SUGESTÃO DE TEMAS MATÉRIA CONSENSUAL RETIRADA DO PARTICIPAÇÃO DA MAGISTRATURA DO TRABALHO NOS FÓRUNS REGIONAIS DA REFORMA DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA SUGESTÃO DE TEMAS MATÉRIA CONSENSUAL RETIRADA DO CONJUNTO DE DELIBERAÇÕES DOS CONAMAT, PROGRAMA DA DIRETORIA

Leia mais

Reforma trabalhista e a contratação do médico Estêvão Mallet

Reforma trabalhista e a contratação do médico Estêvão Mallet Reforma trabalhista e a contratação do médico Estêvão Mallet Professor de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo Súmula 331 do TST III Não forma vínculo de emprego com

Leia mais

PARECER: 02/2015 ASSESSORIA JURIDICA Requerente: Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rafael Godeiro.

PARECER: 02/2015 ASSESSORIA JURIDICA Requerente: Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rafael Godeiro. PARECER: 02/2015 ASSESSORIA JURIDICA Requerente: Mesa Diretora da Câmara Municipal de Rafael Godeiro. ASSUNTO: Contratação de Servidores Temporários para Atender as Necessidades da Administração Municipal.

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Controle de Constitucionalidade Prof. Alexandre Demidoff AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO E SÍNDROME DA INEFETIVIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS Previsão constitucional

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Autonomia, denominação e natureza jurídica do Direito do Trabalho Florença Oliveira Introdução O Direito do Trabalho regula a relação empregatícia, sendo ramo especializado e autônomo

Leia mais

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO

LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO LEGALE PÓS GRADUAÇÃO ONLINE DIREITO DO TRABALHO Empregador / Grupo Econômico / Terceirização Professor: Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado militante e especializado em

Leia mais

Terceirização O que mudou? 18 de abril de 2017 Patricia Ulian

Terceirização O que mudou? 18 de abril de 2017 Patricia Ulian Terceirização O que mudou? 18 de abril de 2017 Patricia Ulian Até março de 2017... Terceirização(Súmula 331 do TST) Vigilância Conservação e limpeza Serviços especializados = atividades-meio do tomador

Leia mais

Direito Administrativo

Direito Administrativo Direito Administrativo DEMONSTRATIVA Professor Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br Olá, bem-vindo ao nosso curso para o concurso de Auditor-Fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Leia mais

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR IX MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC-DIR) 9 de novembro de 2016

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR IX MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC-DIR) 9 de novembro de 2016 A TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO Cassiane Rigo 1 Francisco Dion Cleberson Alexandre 2 Sumário: 1 INTRODUÇÃO. 2 BREVE HISTÓRICO DO DIREITO DO TRABALHO. 3 CONCEITO DE TERCEIRIZAÇÃO.

Leia mais