SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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- Marco Antônio Lagos de Lacerda
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1 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
2 Assistência Social séculos de assistencialismo contra 13 anos de LOAS Legado : A assistência social como favor, como algo complementar, a subsidiar aqueles que não tiveram condições ou competência para garantir a sua subsistência; cidadão não como sujeito de direitos mas como necessitado. Ação de caridade, benevolência, filantropia. Lógica do não direito.
3 assistência social Direito social e dever do Estado Espaço de defesa e de atenção aos interesses e necessidades sociais Oferta de medidas de proteção, (abrigo, promoção de equidade, fortalecimento de vínculos familiares comunitários, etc Proteção social devida pelo Estado específica: conjunto de garantias ou de seguranças que previnam/reduzam situações de risco pessoal e social; protejam pessoas e famílias vulneráveis e vitimizados; criem medidas de possibilidades de ressocialização, reinserção e inclusão social; monitorem os processos sociais geradores das exclusões, vulnerabilidades e riscos sociais da população
4 marco legal Constituição Federal / 1988 [Art. 6, 194, 203 e 204] CF/88 > Inserida como política da Seguridade Social Brasileira, direito do cidadão dever do Estado. Pressupõe a superação do assistencialismo e consolidação da assistência social como Política Pública Lei Orgânica da Assistência Social [Lei N 8.742/1993] LOAS > Regulamentação da Constituição Federal e define que a assistência social é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Política Nacional de Assistência Social PNAS 2004 PNAS > Prevista nos artigos 18 e 19 da LOAS foi aprovada em setembro de 2004, define o sistema único de assistência social para o Brasil e o direito à proteção social básica e especial no campo socioassistencial Norma Operacional Básica do SUAS NOB/SUAS > Disciplina e normatiza a operacionalização da gestão da Política Nacional de Assistência Social PNAS e o novo modelo de gestão
5 política nacional de assistência social : perspectiva do suas A Política Nacional de Assistência Social PNAS foi aprovada em 22 de setembro de 2004, pelo Conselho Nacional de Assistência Social Busca incorporar as demandas presentes na sociedade brasileira no que tange à responsabilidade política, objetivando tornar claras suas diretrizes na efetivação da assistência social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado.
6 O SUAS Deliberação da IV Conferência Nacional Modelo para a articulação e o provimento de serviços continuados de Proteçã ção o Social Básica B e Proteçã ção o Social Especial Regulação de hierarquia, os vínculos e as responsabilidades do sistema de serviços, projetos, programas e benefícios de assistência social de âmbito nacional Garantia da conquista dos direitos socioassistenciais com regulação, criação de novas processualidades e enfrentamento da violação de direitos Garantia de unidade da política visando alterar a história de fragmentação programática, entre as esferas do governo e das ações por categorias e segmentos sociais
7 O SUAS Regulamentação a LOAS: sistema descentralizado e participativo da assistência social na perspectiva da universalidade e qualidade dos resultados Redesenho do papel e a escala da organização dos serviços e da rede socioassistencial pública e privada Diretrizes para a operação da Política: níveis de gestão, níveis de complexidade e outros: matricialidade sócio familiar e territorialização Modelo democrático e descentralizado de gestão, organizada segundo a capacidade dos municípios Transversalidade e integração das políticas sociais
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10 suas: sistema único de assistência social Análises e Estratégias de Gestão Regulação Financiamento Proteção Social - Rede Socioassistencial Vigilância Social Defesa de Direitos Sociais Relações Intersetoriais
11 Quem integra o suas O SUAS está sendo organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e é coordenado pela Secretaria Nacional de Assistência Social. Integram o Sistema órgãos, instâncias, entidades e trabalhadores dos três entes federados: Órgãos gestores Instâncias de controle social como os conselhos de assistência social Instâncias de pactuaçao como as Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT). Instâncias de deliberação: Conferências de Assistência Social Também são parte do sistema todos os trabalhadores que planejam e operam a política em todo o território nacional. São importantes componentes, ainda, para a realização do SUAS a atuação das instâncias de articulação política em torno da sua implementação: o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de assistência social (CONGEMAS) e suas referências estaduais e municipais, o Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Assistência Social (FONSEAS), e os Fóruns de discussão política.
12 suas: os eixos principais de alterações Antes do SUAS Descentralização como deslocamento de responsabilização Insuficiente regulação no campo da assistência social e, sobretudo, no campo de gestão governamental e não governamental e imprecisão conceitual SUAS Descentralização político-administrativa efetiva Norma Operacional, portarias, resoluções, guias e manuais, entre outros: instrumentos que estabelecem o marco regulatório inicial do SUAS (por ex: Portaria 440 e 442 regulamentação dos pisos) Serviços, programas e projetos planejados e executados de forma fragmentada, segmentada e focalizada no indivíduo Organização dos serviços de forma contínua e por níveis de proteção social (básica e especial), com foco prioritário de atenção à família, seus membros e indivíduos Inexistência de uma referência para o atendimento às famílias ou aos usuários da Assistência social A PNAS/2004 estabelece duas referências para o atendimento das famílias e indivíduos: CRAS e CREAS, universalizando o acesso ao direito
13 suas: os eixos principais de alterações Antes do SUAS Desresponsabilização do Estado na oferta de serviços e no atendimento à situação de violação de direitos SUAS Dever do Estado na oferta dos serviços de referência local ou regional para a recomposição dos direitos violados Organização de serviços sem a consideração de territórios de vulnerabilidade e risco Organização dos serviços, programas, projetos e benefícios com base no território e em sua realidade Serviços que retiram as pessoas da convivência familiar e comunitária Desarticulação dos serviços com os benefícios socioassistenciais Enfoque na relação convenial entre gestores implicando burocracia, demora e atraso no repasse de recursos, falta de autonomia na gestão por parte dos municípios e estados Serviços que garantem o direito à convivência familiar e comunitária Articulação dos serviços e benefícios (público prioritário no atendimento são os beneficiários dos benefícios de transferência de renda: bolsa família e BPC Nova lógica de financiamento, estabelecendo pisos de proteção social; repasse fundo a fundo automático e regular e critérios técnicos de partilha
14 suas: os eixos principais de alterações Antes do SUAS SUAS Esvaziamento de legitimidade das instâncias de articulação, pactuação e deliberação Estruturação de serviços sem a devida integração em Sistema, sem definição de referências e contra referências, fluxos e procedimentos de recepção e intervenção social, gerando superposição e/ou paralelismo de ações; Fortalecimento das instâncias no processo decisório e no reordenamento da rede socioassistencial Estabelecimento de regras, fluxos e procedimentos na lógica de um sistema padronizado nacionalmente devidamente garantido o respeito às diversidades e especificidades regionais e locais. Complementariedade entre os serviços (básica e especial): Rede socioassistencial gov e não gov com critérios de qualidade Indefinição de atribuições/competências dos três níveis de governo quanto à gestão da política e seu financiamento; Normatização pactuada entre os gestores (Governo Federal, Estados e Municipios), definindo as atribuições, competências e responsabilidades de cada ente da federação na construção do SUAS (NOB/SUAS)
15 suas: os eixos principais de alterações Antes do SUAS SUAS Co-financiamento de programas e serviços decididos no âmbito do governo federal especificamente para ações pré-definidas e sem autonomia para os municípios Respeito a autonomia dos municípios na organização dos serviços conforme a necessidade local e dos territórios Desenvolvimento de ações sem base de dados qualificada, dificultando o diagnóstico dos problemas e das potencialidades sociais, assim como o monitoramento e avaliação Elaboração e estruturação da REDE SUAS disponibilizando ferramentas informacionais para gestão, controle social e financiamento, com possibilidades de insumo para monitoramento e avaliação bem como para tomada de decisão qualificada e controle social. Ausência de processos continuados de capacitação e de política de RH. Eixo da PNAS/2004 e matéria de NOB/RH
16 instrumentos Normas Operacionais: NOB SUAS / NOB RH Índice suas: distribuição mais equânime dos recursos cobrindo regiões e estados com populações mais vulneráveis. Rede suas: automatização de processos de gestão [etapa 1 concluída] Rede suas: automatização de processos de gestão local e finalização da automatização dos processos gerenciais - suasweb gerencial [etapa 2 em construção] Indicadores de habilitação e Gestão: Plano de controle e acompanhamento de gestão e das ações e serviços socioassistenciais no âmbito do SUAS Criação de Núcleo de Monitoramento no DGSUAS Pesquisa de informação básica municipal (MUNIC, Ibge) Censo de entidades da rede privada (PEAS, ibge) Regulação: co-financiamento / serviços socioassistenciais / Decreto BPC / Decreto artigo 3 da LOAS / Decreto Benefícios Eventuais Processo de trabalho CNAS: Sicnasweb Pacto de Aprimoramento da Gestão Estadual / Incentivo para aprimoramento da Gestão Estadual /Plano de co-gestão do monitoramento dos serviços: acompanhamento e supervisão
17 estrutura da PNAS 2004: níveis de proteção Escala de risco e vulnerabilidade Vínculos Familiares e Comunitários Proteção Social de Alta Complexidade Proteção Social de Média Complexidade Proteção Social Básica Ausência de Vínculos Familiares e Comunitários
18 Dados da atual conjuntura Habilitação dos Municípios até 2006 Total de Municípios Municípios Habilitados Norte Nordeste Centro Oeste Sudeste Sul Brasil Fonte: Comissões Intergestores Bipartite/DGSUAS
19 Diferenças entre níveis de gestão até ,7 G Inicial G Básica G Plena Não Habilitados 24,1 6,5 2,8 Fonte: Comissões Intergestores Bipartite/DGSUAS
20 Numero de CRAS Brasil e Número de Municípios com CRAS a Número de CRAS Municípios com CRAS 2003* (out) 2006 (dez) Fonte: Departamento de Proteção Social Básica e Base de dados da REDE SUAS
21 Tabela Cobertura de Cras por UF : Dos municípios brasileiros, municípios, ou seja, 47,26%, tem hoje um CRAS co-financiado pelo governo federal. UF Quant. de Municipios Quant. de CRAS Cobertura % AC ,82% AL ,35% AM ,87% AP ,25% BA ,70% CE ,67% ES ,00% GO ,89% MA ,25% MG ,07% MS ,51% MT ,46% PA ,03% PB ,34% PE ,62% PI ,05% PR ,32% RJ ,00% RN ,66% RO ,77% RR ,67% RS ,54% SC ,63% SE ,33% SP ,87% TO ,65% ,26%
22 97,1% habilitados em um dos níveis de gestão do SUAS, ou seja, em gestão, inicial, básica ou plena. 13 estados com 100% dos municípios estão habilitados em algum nível de gestão do SUAS Intenso processo de adesão dos municípios ao Sistema Único de Assistencial Processo de adesão ocorrendo de forma desigual entre as regiões do país com relação ao nível de gestão. Dos municípios brasileiros, municípios, ou seja, 47,26%, tem hoje um CRAS co-financiado pelo governo federal. Média de 99 % de preenchimento SUASWEB Automatização da gestão de convênios: 100% online (Préprojeto, projeto, prestação de contas)
23 desafios: superados e a enfrentar Definição do campo de intervenção da política de assistência social, com unificação de conceitos básicos; Regulação no campo governamental e não governamental e padronização gerencial considerando as diversidades e a descentralizãção Estruturação de serviços com integração em Sistema, com definição de referências e contra referências, fluxos e procedimentos de recepção e intervenção social, evitando superposição e/ou paralelismo de ações; Nova metodologia de funcionamento: agilidade e transparência nos processos de gestão; Definição clara de atribuições/competências dos três níveis de governo quanto à gestão da política e seu financiamento; Desenvolvimento de ações com base em dados qualificados, favorecendo diagnósticos das necessidades e das potencialidades sociais, assim como o monitoramento e avaliação; Ação intersetorial entre as políticas sociais e Integração entre programas como Bolsa família implicando em novos índices de resolutividade; Processos continuados de capacitação Aplicação da Norma Operacional de Recursos Humanos do SUAS
24 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social
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