Regionalização e Rede de Atenção à Saúde: CONCEITOS E DESAFIOS. Jorge Harada
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- Andreia Salazar Rocha
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1 Regionalização e Rede de Atenção à Saúde: CONCEITOS E DESAFIOS Jorge Harada
2 Voltando no tempo... Estado autoritário, controlador, centralizador Sistema de Saúde Fragmentado Restrição de acesso Sem participação da sociedade nas políticas públicas
3 Saúde Direito de todos e dever do Estado CONSTITUIÇÃO FEDERAL Lei Lei DECRETO Lei Lei Lei complementar ª Conferência Nacional de Saúde NOB NO PACTO B NOB NOAS PELA SAÚDE RESOLUÇÕES TRIPARTITE Descentralização político-administrativa em 3 esferas de gestão: União, Estados e Municípios = compartilhamento de recursos públicos e responsabilidades comuns. Necessidade de mecanismos e instrumentos de coordenação e cooperação interfederativa Integralidade (ações de prevenção, promoção e recuperação) Participação da comunidade DIREITOS SOCIAIS Planejamento O processo de planejamento no âmbito do SUS deve ser desenvolvido de forma articulada, integrada e solidária entre as três esferas de governo.
4 Diretrizes para os processos de gestão Descentralização Regionalização Financiamento Planejamento Programação Regulação Participação e Controle Social Gestão do Trabalho Trabalho Educação em Saúde
5 PACTO pela SAÚDE Decreto 7508 NOB 91 NOB 93 NOAS 01 NOAS 02 NOB 96
6 Áreas de competência da Gestão Sistema Cuidado Conhecimento
7 Pacto pela Saúde Pacto Interfederativo Respeita as diferenças loco-regionais A diversidade como constitutiva do processo de pactuação e não exceção para modelos pré-definidos
8 Pacto pela Saúde Tentativa de superar a fragmentação das políticas e programas de saúde Organização de uma rede regionalizada de ações e serviços de saúde Nenhum município é autossuficiente Qualificação da gestão
9 Desafio Superar a fragmentação Ter abertura para a dimensão regional, superando os interesses estritos de cada município Somatória de sistemas municipais não resulta num sistema regional
10 O QUE SE QUER COM O DECRETO 7.508/2011? Garantir à população o direito à saúde, com acesso resolutivo e de qualidade e em tempo oportuno; Organizar o SUS regionalmente para conformação de uma Rede de Atenção à Saúde visando a integralidade da assistência e a Equidade; Efetivar o planejamento regional integrado; Definir claramente as responsabilidades sanitárias entre os entes federativos; Garantir maior segurança jurídica, transparência, controle social e resultados efetivos (gestão por resultados);
11 Decreto n 7508, 28/06/2011 Regulamentação da Lei n 8080 Região de Saúde Portas de Entrada Mapa de Saúde Rede de Atenção à Saúde Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) Relação Nacional de Medicamentos (RENAME) Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP)
12 REGIÃO DE SAÚDE - DECRETO Espaço geográfico contínuo, constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de: identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados. Finalidade da RS: integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde.
13 REGIÕES DE SAÚDE As ações e serviços mínimos que a Região de Saúde deve conter : I - atenção primária; II - urgência e emergência; III - atenção psicossocial/saúde mental; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; V - vigilância em saúde. As Regiões de Saúde serão referência para as transferências de recursos
14 Respeito à diversidade brasileira: Projeto de Gestão Singular BRASIL 202 milhões de habitantes 26 Estados e 1 Distrito Federal municípios (70% < 20mil/hab) Regiões de Saúde: 438 SÃO PAULO População: hab (IBGE 2014) Municípios: 645 Regiões de Saúde: 63 A complexidade do país associada à autonomia federativa das três esferas impõe a criação e implementação de mecanismos de articulação e cooperação intergovernamental solidários e efetivos.
15 Territorialização Respeito às realidades locais critérios para o desenho dos territórios Contexto sócio-econômico e cultural Território vivo Fatores de risco e de proteção Vulnerabilidades Dados epidemiológicos Distribuição de equipamentos de saúde Protagonistas no processo
16 Regionalização viva Regionalização solidária e cooperativa, como eixo estruturante do processo de descentralização Constituição de espaços de gestão compartilhada regional Processo compartilhado e solidário Comissão Intergestores Regional (CIR)
17 Competências da CIR Organizar a rede de ações e serviços de saúde, de acordo com a PT 4279/10 Identificar portas de entrada Fortalecer a AB como ordenadora da Rede e do Cuidado Implantar as Redes Temáticas, organizando os serviços em ordem crescente de complexidade Elaborar a Programação Geral de Ações e Serviços de Saúde (PGASS) Implantar protocolos clínicos, terapêuticos e de acesso Implantar/implementar centrais de regulação, complexos reguladores e monitorar o acesso Definir responsabilidades sanitárias individuais e solidárias de cada ente federativo
18 REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
19 O que é preciso fazer? Institucionalizar e fortalecer a CIR Garantir o funcionamento de Câmara Técnica e Grupos de Trabalho como instâncias de apoio e suporte às CIR Organizar pauta conjuntamente que atenda às necessidades da região Processo coordenado pela SES Ter participação efetiva dos gestores municipais e estadual Garantir a continuidade de projetos regionais, pelos membros da CIR Fonte: Ciclo de debates com SES e Cosems, realizados no 1º semestre de 2011
20 Integralidade Atenção Básica Atenção Especializada Atenção Hospitalar Vigilâncias em Saúde Rede de Atenção à Saúde
21 Rede Cegonha Rede de Atenção Psicossocial Rede de Atenção ás Urgências e Emergências Rede de Atenção às doenças e condições crônicas Rede de Cuidado a Pessoa com Deficiência Organização das Regiões de Saúde e dos Colegiados Intergestores AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Planejamento Integrado e Mapa da Saúde Qualificação/Educação Informação Regulação Promoção e Vigilância à Saúde ATENÇÃO BÁSICA Construção das bases para a asssinatura do COAP Fomento ao processo de Cooperação e Pactuação
22 Redes de Atenção à Saúde Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado em tempo oportuno
23 A organização das ações e serviços em cada Região de Saúde Apoio diagnóstico e terapêutico Assistência farmacêutica Informática e Informação em Saúde Sistema de Apoio U/E VS PSI AB H AE CIR Sistema Logístico Prontuário Clínico Cartão SUS Planejamento Programação Gestão do Trabalho e Educação na Saúde Financiamento Participação e Controle Social RES COAP Sistema de Regulação do acesso Transporte Sanitário Fonte: Portaria GM/MS nº 4.279/2010
24 DO SISTEMA FRAGMENTADO PARA A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA ORGANIZAÇÃO POLIÁRQUICA (REDES) ALTA COMPLEXIDADE MÉDIA COMPLEXIDADE ABS ATENÇÃO BÁSICA FONTE: MENDES (2002)
25 Hospital de Clínicas SUPORTE DIAGNÓSTICO Hospital Geral Hospital Especializado h SAMU UPA UBS UBS USF UBS USF ACS USF
26 Gestão do Cuidado Integralidade do cuidado Acolhimento Humanização Resolutivo Longitudinalidade e U/E
27 Gestão do Cuidado Linhas de Cuidado / Redes de Cuidado Protocolos Clínicos e de Acesso Projeto Terapêutico Singular Apoio Matricial Clínica Ampliada Educação Permanente
28 Gestão do Cuidado Micropolítica Relação: Cidadão Trabalhador Trabalhador/serviço Trabalhador Serviço Território
29 Cecílio, L
30 Integralidade Recuperação Proteção Saúde Promoção
31 Promoção da saúde Não é de responsabilidade exclusiva do setor de saúde, sendo necessária uma atuação intersetorial e interdisciplinar.
32 Trabalho em Equipe Multiprofissional Interdisciplinar Transdisciplinar
33 Integralidade Dimensão Técnica Administrativa Financeira Política
34 Gestão do Trabalho Processo de trabalho Trabalhador como ser crítico, ator e autor do processo
35 Educação em Saúde Formação profissional Lógica das necessidades da população e não somente de mercado Graduação, Residência Médica...Educação Permanente de forma articulada e integrada Educação Permanente COAPES
36 Cenários de Práticas HOSPITALAR INTERSETORIALI DADE URGÊNCIA/ EMERGÊNCIA ATENÇÃO BÁSICA AMBULATORIAL
37 Ciência e tecnologia Insumos Equipamentos Gestão
38 CICLO DE PLANEJAMENTO DA GESTÃO INDIVIDUAL PLANO DE SAÚDE DIRETRIZES OBJETIVOS METAS DA GESTÃO COMPARTILHADA (Parte II do COAP) COAP PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES PGASS RELATÓRIO DE GESTÃO AVALIAÇÃO INDICADORES DESEMPENHO DO COAP Fonte: SGEP/MS
39 Planejamento Regional Integrado Capacidade Instalada Necessidades de Saúde Mapa de Investimentos Vazios Assistenciais
40 Níveis de Organização do Espaço da Gestão Interfederativa do SUS G e s t ã o I n t e r f e d e r a t i v a Redes de Atenção à Saúde Regiões de Saúde País Estado Redes de Atenção à Saúde /? CIT CIB CIR Municípios Fonte: SGEP/MS
41 Região de Saúde CIR As Comissões Intergestores como as instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos, para definição das regras da gestão compartilhada do SUS, expressão da articulação interfederativa. Contrato Organizativo da Ação Pública em Saúde Decreto 7508 Rede de Atenção à Saúde Região de Saúde CIR Mapa da Saúde e Planejamento Regional Contrato Organizativo da Ação Pública em Saúde Decreto 7508 Rede de Atenção à Saúde Fonte: SGEP/MS CIB Mapa da Saúde e Planejamento Regional
42 Desafio da Gestão: Integrar Relação Interfederativa Rede de Atenção à Saude Região de Saúde Planejamento Regional Integrado Governança
43 Áreas de ação na Atenção à Saúde Movimento de sujeitos gestores, trabalhadores e usuários do SUS foco: integralidade, efetividade
44 Controle e Participação Social Ser humano cidadão Ter consciência de deveres e direitos Participar de forma ativa na sociedade Exercer controle no Estado e na sociedade Cogestão Relação com outros conselhos Deve atuar em nível individual e coletivo
45 Saúde Não é bem de consumo É direito de cidadania!
46 Sistema Único de Saúde Consequência de um processo de construção democrática descentralizado, autonomia política, participação da população Movimento social que avança apesar do contexto neoliberal e de globalização econômica em nível mundial Processo de conquista da sociedade...e disputa
47 Pacto em Defesa do SUS Repolitização do SUS Movimento que retoma a Reforma Sanitária Brasileira Promoção da Cidadania como estratégia de mobilização social e de um processo civilizatório Consolidação do processo democrático no país
48
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