OPORTUNIDADES DE MELHORIAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS DO AÇO CORTADO E DOBRADO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "OPORTUNIDADES DE MELHORIAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS DO AÇO CORTADO E DOBRADO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL"

Transcrição

1 I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO julho 2004, São Paulo. ISBN OPORTUNIDADES DE MELHORIAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS DO AÇO CORTADO E DOBRADO PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL Tiago Stum Marder (1); Carlos Torres Formoso (2) (1) Núcleo Orientado para Inovação da Edificação- NORIE/UFRGS, tiagomarder@cpgec.ufrgs.br (2) Núcleo Orientado para Inovação da Edificação NORIE/UFRGS, formoso@vortex.ufrgs.br RESUMO Diversos diagnósticos realizados na indústria da construção civil indicam que a maioria dos problemas existentes que resultam em baixos patamares de eficiência e qualidade têm origem em questões gerenciais. Dentre as falhas encontradas no processo produtivo da construção, pode-se citar como um dos fatores responsáveis a falta de integração entre fornecedores e construtoras. Assim, a aplicação de conceitos de Gestão da Cadeia de Suprimentos tem sido considerada como uma possível alternativa para desenvolver soluções e introduzir melhorias no setor. O artigo apresenta a configuração usual da cadeia de aço cortado e dobrado na cidade de Porto Alegre, descrevendo alguns problemas ocorridos nesta cadeia, principalmente na interface entre seus participantes. Um significativo número de problemas identificados resultam principalmente de atrasos e interrupções no fluxo de informações, como também da imprecisão na transferência de dados entre os agentes da cadeia. Uma das conclusões do estudo é de que existem problemas relacionados com o fluxo de informações e de materiais resultantes da carência de coordenação e integração da cadeia, demonstrando um grande potencial de melhorias na cadeia do aço cortado e dobrado. Palavra-chave: Gestão da Cadeia de Suprimentos, aço cortado e dobrado, indústria do aço. 1. INTRODUÇÃO Diversos diagnósticos realizados na indústria da construção, no Brasil e exterior, indicam que grande parte dos problemas resultantes em baixos patamares de eficiência e qualidade têm origem em questões gerenciais (ISATTO et al., 2000). Neste cenário, dentre as falhas existentes no processo produtivo da construção, pode-se citar como um dos fatores responsáveis a falta de integração e cooperação entre fornecedores e construtoras. Algumas características na indústria da construção tornam a coordenação da cadeia de suprimentos mais complexa. Para Fontanini e Picchi (2003), no setor não existe uma liderança forte que organize a cadeia. Próximo ao cliente final as construtoras dividem com empreendedores e projetistas a concepção e produção do produto (construção). Devido ao porte das empresas atuantes no setor, sendo em sua maioria pequenas e médias, exercem pouca influência nas empresas fabricantes de materiais, algumas das quais de maior poder comercial e tecnológico. Para Pereira et al.(2000), percebe-se a necessidade de se trabalhar com uma visão sistêmica na atividade de construir, destacando-se a importância de se desenvolver uma empresa integradora, que tenha a capacidade de projetar, planejar e gerir a produção. Mas para que tal conceito prevaleça, faz-se necessário, inicialmente, estabelecer um melhor relacionamento entre construtoras e fornecedores (LAMBERT; COOPER, 2000). A busca por relações mais estáveis e de cooperação entre as empresas construtoras e seus fornecedores têm por objetivo proporcionar benefícios mútuos. Estas relações, porém, não podem se basear somente em critérios financeiros, mas devem contribuir para o desenvolvimento de todos (PEREIRA et al.,

2 2000). É imprescindível que se acabe com relações unilaterais, onde os benefícios de uma empresa dependem do prejuízo de outra. A cooperação entre membros reduz riscos individuais e pode, potencialmente, desenvolver a eficiência do processo logístico e eliminar desperdícios e esforços desnecessários (CHRISTOPHER, 1999).Confiança, comprometimento e compartilhamento da informação entre os agentes são fundamentais para que uma cadeia de suprimentos funcione como um conjunto de processos interligados. Podendo-se considerar inserido em esforços do NORIE (ver AZAMBUJA, 2002), buscando o entendimento das relações entre agentes das diversas cadeias da construção e a aplicação de conceitos de Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management), este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com o intuito de compreender as perdas e problemas ocorridos na cadeia do aço cortado e dobrado para construção, decorrente da possível falta de integração entre seus agentes. Para a realização deste estudo optou-se pela cadeia do aço cortado e dobrado 1 devido a alguns pontos fundamentais. Primeiro, o considerável custo despendido com o aço nos empreendimentos da construção e o crescente aumento da utilização do aço pré-cortado e pré-dobrado. Segundo, sua produção é um processo tecnologicamente avançado e desenvolvido, sendo que pode-se dar grande atenção aos problemas que ocorrem na interface entre os agentes participantes da cadeia. Finalmente, existe uma carência de trabalhos relacionados a esta cadeia, em função do desconhecimento de seus problemas e perdas. 2. CONCEITOS BÁSICOS 2.1 Evolução do conceito de logística Com as recentes mudanças contextuais e econômicas (como: fusões, transferências de controle, e a concorrência global), as quais influenciaram significativamente o ambiente de negócios, a administração logística ganhou uma nova dimensão, envolvendo todas as atividades ao longo das cadeias produtivas: da geração de matérias-primas ao serviço ao cliente final. Deixando de ter apenas um caráter funcional para adquirir um caráter estratégico (WOOD; ZUFFO, 1998). Com o passar do tempo e a evolução do uso militar para o ambiente de negócios, o termo logística emergiu essencialmente relacionado com o movimento de trânsito de bens, serviços e informações. O que não é sempre claro, é como a logística difere do termo usado mais recentemente de Gestão da Cadeia de Suprimentos (LUMMUS et al., 2001). A Council of Logistics Management (2003), define logística como sendo, parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla de forma eficaz e eficiente o fluxo normal e reverso e o estoque de bens, serviços e informações, a partir do ponto de origem até o ponto de consumo para satisfazer as exigências do cliente. Ao mesmo tempo em que a função logística é enriquecida em atividades, ela deixa de ter características meramente técnicas e operacionais, ganhando conteúdo estratégico. Como pode-se notar na Figura 1, a logística passa a englobar processos de negócios fundamentais para a competitividade empresarial. A estrutura integrada da logística, passa a orquestrar toda a cadeia de abastecimento, da entrada de matérias-primas até a entrega do produto final (WOOD; ZUFFO, 1998). Porém, o conteúdo estratégico se torna mais evidente em fases posteriores, em que a participação da função logística nas mais importantes decisões empresariais é ressaltada, caso das alianças estratégicas, das parcerias e dos consórcios logísticos (Figura 1). 1 Onde houver a citação de aço cortado e dobrado, este será referente ao corte e dobra realizado em central, não à realização deste serviço no canteiro de obra.

3 Perspectiva dominante Focos Fase zero Primeira fase Segunda fase Terceira fase Quarta fase Administração de materiais Gestão de estoques Gestão de compras Movimentação de materiais Administração de materiais + distribuição Otimização do sistema de transporte Logística integrada Visão sistêmica da empresa Integração por sistema de informação Supply Chain Management Visão sistêmica da empresa, incluindo fornecedores e canais de distribuição Supply Chain Management + efficient consumer response Amplo uso de alianças estratégicas, comarkership, sub-contratação e canais alternativos de distribuição Figura 1: evolução do conceito de logística (Wood; Zuffo, 1998) Fleury (2003) afirma que um entendimento mais amplo sobre Gestão da Cadeia de Suprimentos tem emergido, não sendo somente outro nome para logística, ela inclui elementos que não são tipicamente inclusos na definição de logística, como integração de sistemas de informação, coordenação de planejamento e controle de atividade. Como postulam Lummus et al.(2001), em um contexto mais amplo, a GCS é uma ferramenta estratégica de gestão usada para assegurar a completa satisfação do cliente, como intenção de aumentar a competitividade e lucratividade da empresa. Algumas companhias conduzem a implementação da GCS visualizando a necessidade de ir além das funções da logística e com foco em tornar os processos de negócios mais eficazes e eficientes Gestão da Cadeia de Suprimentos - Supply Chain Management O fluxo de suprimentos, envolvendo todas as relações na cadeia de fornecedores na construção civil, é bastante complexo e disperso, envolvendo um grande número de fornecedores e significativa multiplicidade de materiais. Para Formoso et al. (2002), o enfoque da gestão no nível de cadeia produtiva na indústria da construção é bem mais difícil em relação a outros macro-complexos, à medida que o número de agentes envolvidos é bastante grande. Além disto, no Brasil, as empresas de construção civil, que constituem o elo principal entre os agentes da cadeia produtiva, possuem um poder de barganha relativamente pequeno, por serem, em sua maioria, de pequeno porte. Na indústria da construção civil, alguns entraves são citados por Jobim et al. (2002) como justificativa para a dificuldade de visualizar, integrar e gerenciar as cadeias de suprimentos: elevado número de itens envolvidos no processo produtivo; diversidade de materiais e componentes com características distintas; desconhecimento da totalidade de fornecedores e clientes envolvidos em cada cadeia de suprimentos, dificultando a integração e o gerenciamento dos múltiplos processos chaves entre e através das empresas e; dificuldade de uma visão integrada. Para Vrijhoef e Koskela (2000), a cadeia de suprimentos da construção tem uma grande quantidade de desperdícios e problemas, sendo que muitos destes são causados em outro estágio da cadeia, diferente de onde foram detectados. São causados, em sua maioria, por um controle obsoleto e míope, caracterizado por uma gestão independente de cada estágio da cadeia. Neste cenário, a Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS) representa uma promissora fronteira para as empresas que pretendem obter vantagens competitivas de forma efetiva, podendo ser considerada como uma visão expandida, atualizada e sobretudo holística (JOBIM et al., 2002). Introduz, também, uma importante mudança de paradigma competitivo, na medida em que considera que a competição no mercado ocorre, de fato, no nível das cadeias produtivas e não apenas no nível das unidades de negócios. A Supply Chain Council (2003) usa a definição de que cadeia de suprimentos engloba qualquer esforço envolvido na produção e entrega de um produto final, do fornecedor do fornecedor até o cliente do cliente. Quatro processos principais planejamento, aquisição de recursos, produção e

4 entrega definem estes esforços, os quais incluem gestão de suprimentos e de demanda, recursos de matéria-prima e partes, produção e montagem, distribuição e manuseio de estoques, entrada e gestão de pedidos, distribuição para todos os canais e entrega para os consumidores. Podemos ainda afirmar que além das atividades citadas anteriormente, envolvidas na gestão da cadeia de suprimentos, deve-se considerar os sistemas de informação necessários para gerir e controlar estas atividades. Assim, a GCS é uma abordagem sistêmica que é altamente interativa e complexa, requerendo a consideração simultânea de muitos trade-offs (LAMBERT et al.,1998). Em linhas gerais, a GCS pode ser definida como um conceito desenvolvido para alinhar todas as atividades de produção de forma sincronizada, visando a reduzir custos, minimizar ciclos e maximizar o valor percebido pelo cliente final por meio do rompimento das barreiras entre departamentos e áreas oferecendo a oportunidade de capturar a sinergia da integração e gestão intra e inter-organizacional. Essa idéia é derivada da premissa segundo a qual a cooperação entre os membros da cadeia de suprimentos poderá, potencialmente, melhorar a eficiência e eficácia, eliminando esforços desnecessários (WOOD; ZUFFO, 1998). Com a GCS ocorre o desenvolvimento de aspectos de gestão, incluindo, a transparência no fluxo de informação, redução da variabilidade, sincronização dos fluxos materiais, gestão de recursos críticos e a configuração das cadeia de suprimentos. Existem também aspectos estratégicos, como o estabelecimento de parcerias estáveis, busca por componentes modulares, adequação de projetos para a produção, tecnologias flexíveis de produção, evolução da cadeia de suprimentos com o ciclo de vida do produto e aquisição e divisão da informação (VRIJHOEF; KOSKELA, 2000). 3. MÉTODO DE PESQUISA A pesquisa possuiu fases distintas buscando o entendimento do fluxos de materiais e informações da cadeia do aço cortado e dobrado e a relação entre seus agentes, bem como os principais problemas apresentados e suas causas. As principais etapas podem ser divididas em um estudo exploratório e um estudo de caso, representados na Figura 2, bem como as fontes de evidência utilizadas em cada etapa e seu produto principal. Figura 2: delineamento da pesquisa (principais etapas, fontes de evidência e produtos) Em um primeiro momento selecionou-se os agentes considerados de maior influência sobre os processos principais ao longo da cadeia. Esta seleção foi realizada através de discussões com o fabricante do aço cortado e dobrado, sendo os agentes definidos como: empresas construtoras, engenheiros residentes, projetistas estruturais, coordenadores de projeto, além dos gerentes dos processos internos do fabricante. Após a seleção dos agentes, realizou-se uma seqüência de entrevistas exploratórias, onde os processos foram analisados em termos gerais. Os profissionais entrevistados foram: seis administradores de empresas construtoras (gerente de contrato, de suprimentos ou diretores), seis engenheiros residentes,

5 seis projetistas estruturais e quatro coordenadores de projetos. Na empresa fornecedora do aço cortado e dobrado foram realizadas três entrevistas: com o chefe de fábrica, gerente do setor técnico e o profissional responsável pela assistência técnica. Através das entrevistas exploratórias obteve-se a opinião dos profissionais sobre dificuldades enfrentadas nos processos da cadeia. Permitindo conseguir informações e percepções com o objetivo de fazer uma identificação inicial dos problemas, causas e onde se localizam. A segunda fase da pesquisa foi um estudo de caso descritivo, conduzido na cidade de Porto Alegre, onde algumas fontes de evidência adicionais foram utilizadas: observação direta, acompanhamento da assistência técnica, análise de documentos e um levantamento (survey). A observação direta foi realizada através da visitação à canteiros de obras onde o aço cortado e dobrado estava sendo utilizado, podendo ser observado o fluxo do material no canteiro, as formas de movimentação, os locais e condições de estocagem e a montagem e instalação dos elementos estruturais. Pode-se conhecer as dificuldades enfrentadas em canteiro com o sistema, bem como as condições de uso do mesmo. O acompanhamento dos profissionais prestadores de assistência técnica proporcionou o conhecimento de quais são as principais dúvidas e dificuldades apresentadas pelos usuários do sistema e identificar quais informações são repassadas e para quem. Pode-se acompanhar também a entrega do material, uma das atividades críticas na cadeia. Informações adicionais foram coletadas através da análise de projetos e de pedidos de produção, buscando complementar as informações das entrevistas e das visitas aos canteiro de obra. Nesta fase identificou-se questões referentes a padronização de projetos, nível de detalhamento e informações referentes a programação de entrega do material. Por fim, foi realizado um levantamento (survey) através da aplicação de um questionário focalizado, com uma amostra de 21 empresas construtoras e 15 projetistas estruturais. Estas entrevistas tinham o intuito de reconhecer quais as perdas e problemas mais freqüentes na cadeia do aço cortado e dobrado e suas causas de modo mais profundo e, assim, identificar as oportunidades de melhorias. 4. DESCRIÇÃO GERAL DA CADEIA DE AÇO CORTADO E DOBRADO O mapa apresentado na Figura 3, representa esquematicamente a configuração usual da cadeia, resultante da percepção dos entrevistados sobre as relações destes com os demais agentes. Deve-se destacar que devido ao elevado número de agentes envolvidos e da possível variabilidade nas interrelações entre os mesmos limitou-se a representação da cadeia, focando-se nos agentes que exercem maior influência sobre os principais processos em estudo, sendo estes: projetistas estruturais, empresas construtoras e a empresa fornecedora de aço cortado e dobrado. A configuração da cadeia foi realizada utilizando uma adaptação da técnica do Mapeamento do Fluxo de Valor (Value Stream Mapping). Esta técnica auxilia na representação e no entendimento do fluxo de materiais e informações e se resume em seguir o fluxo de produção de determinado produto a partir do cliente até o fornecedor, esboçando uma representação visual de cada processo, facilitando a identificação das perdas e suas causas (ROTHER; SHOOK, 1998). Podem ocorrer situações onde as relações existentes na cadeia, representadas na Figura 3, são alteradas principalmente com relação ao fluxo de informações. Porém, a configuração apresentada não pode ser caracterizada como uma prática individual de uma empresa ou empreendimento, mas sim como uma prática usualmente adotada no setor. A pesquisa não incluiu as relações existentes na cadeia com a empresa siderúrgica fornecedora de aço, isso devido a relação existente com a empresa prestadora do serviço de corte e dobra, uma vez que ambas são pertencentes ao mesmo grupo empresarial.

6 Definição tipologia estrutural 2 Cálculo estrutural, dist. cargas Projeto de formas Detalhe da armadura Projetista estrutural Definições empreend. 1 Formulação Aprovação pedido de compra 5 7 Aprovação 10 Envio de projeto e program. 11 Montagem do aço cortado e dobrado 16 Construtora/Contratante Análise inform/ Contrato Negocia ção 8 9 Fabricante de Aço Cortado e Dobrado Análise projeto e programação 12 Planilha mento/ Programação Produção do aço cortado e dobrado Expedição Entrega 15 Figura 3: configuração da cadeia de suprimentos do aço cortado e dobrado O primeiro processo realizado na cadeia é o processo de projeto, o qual possui um grande lead-time 2, sendo várias vezes realizado sem a definição se o aço será cortado e dobrado em obra ou produzido em central. A realização do projeto estrutural e seu período de execução, são influenciados principalmente pela interdependência com outros projetistas, como o arquiteto, projetista hidráulico e elétrico, além de outros sub-sistemas (condicionadores de ar e elevadores). Estas relações com os demais projetistas citados não estão representadas no mapa, mas as informações advindas deles são de extrema importância para a realização do projeto estrutural. O processo de projeto inicia pela definição da tipologia estrutural (atividade 2) que é condicionada as definições do empreendimento (atividade 1) como por exemplo: os materiais que serão utilizados na construção, os detalhes construtivos preferidos pelo contratante, como também das informações de outros projetos (arquitetônico, furações). Assim, o projetista estrutural realiza as etapas de cálculo estrutural (atividade 3), projeto de formas (atividade 4) e o detalhamento das armaduras (atividade 6). Anteriormente ao detalhamento das armaduras, o projeto de formas sofre uma avaliação do contratante (atividade 5) para verificação de possíveis alterações e compatibilizações. A partir do projeto estrutural e da previsão do consumo de aço para o empreendimento, a empresa contratante da início a transação comercial com o fornecedor do aço cortado e dobrado. É realizado uma formulação inicial de pedido (atividade 7) informando o volume provável de compra. A empresa fornecedora avalia as informações repassadas pelo contratante e redige uma proposta contratual inicial (atividades 8, 9 e 10). Após firmado o contrato a contratante envia o projeto estrutural, juntamente com a programação de pedido do produto (atividade 11) para a empresa fornecedora. É de extrema importância que as informações de projeto e programação (onde consta a data de entrega, condições do canteiro, lote de projeto referente a cada lote de produção) estejam precisas pois a partir delas é que será realizada a produção do aço cortado e dobrado. Com o recebimento do projeto estrutural e da programação do pedido, a primeira atividade realizada pela unidade produtora será a conferência das informações apresentadas (atividade 12), onde um novo contato com o projetista ou construtora para o esclarecimento de dúvidas pode ser necessário. A atividade de planilhamento (atividade 13) consiste na alimentação do programa computacional que coordena a produção, sendo posteriormente realizada a programação (atividade 13) de produção do material. Realiza-se a produção (atividade 14) e depois a entrega do produto no canteiro de obras (atividade 15), vinculadas a programação das datas pré-estabelecida. Após o recebimento do material em obra a empresa contratante dá início a montagem dos elementos estruturais e à posterior instalação destes nas formas (atividade 16). 2 O lead-time de um processo é o tempo total transcorrido desde o início do mesmo até a entrega do seu produto final para o cliente.

7 5. ANÁLISE DO TEMPO DE FORNECIMENTO O principal objetivo de uma cadeia de suprimentos é maximizar a eficiência operacional, a lucratividade e a vantagem competitiva das empresas participantes. Assim, a performance de uma cadeia pode ser medida através da utilização de métricas como tempo, custo e qualidade (POLAT; BALLARD, 2003). A análise da medida tempo é de suma importância, pois a busca pela redução de lead-time proporciona atender mais rapidamente as necessidades do cliente, assegurando também níveis mais baixos de estoques e um maior controle destes. Pode ser utilizada como padrão de referência entre processos ou empresas, principalmente na relação entre o lead-time total e o tempo demandado por atividades que agregam valor, além de ser padrão de comparação internacional. Por estes motivos, neste estudo foi dado atenção à métrica tempo. A Figura 4 representa o tempo usualmente consumido nas principais atividades da cadeia (lead-time) e o tempo no sistema de realização das mesmas, estando os valores apresentados de acordo com a percepção dos diversos agentes responsáveis. O tempo no sistema de cada atividade representa o tempo que realmente agrega valor segundo os respondentes tendo sido citado como sendo um tempo real de execução já alcançado. A diferença entre o lead-time total de cada atividade e o tempo total no sistema corresponde a uma estimativa do montante de tempo desperdiçado. Os valores apresentados na Figura 4 relacionados as atividades de projeto estrutural (projeto, detalhamento e cálculo estrutural) são referentes ao período consumido entre o início do projeto até sua conclusão total, não considerando lotes parciais de entrega. Na atividade de preparação do pedido e negociação, os valores citados são referentes a transação comercial que ocorre ao início de cada obra. Este período compreende o tempo de escolha do fornecedor e negociação. Nos casos das atividades de produção e entrega do aço cortado e dobrado e preparação da atividade de montagem e instalação os valores apresentados são referentes aos lotes de pedidos parciais realizados durante a construção, podendo ocorrer várias vezes em uma mesma obra. Os valores apresentados para as atividades de produção e entrega são pouco variáveis e independem do volume do pedido, sendo referentes a cada lote de produção. IP TP PA EA II d 20-30d 7d 10-15d 30d 7-10d 5d 1-2d Data de entrega possível Projetista Estrutural 125d Contratante Fornece. do aço Contratante Projeto, Detalhamento, Cálculo Estrutural Preparação do pedido, negociação IP refere-se a data na qual o projetista estrutural recebe as informações necessárias. TP refere-se a data na qual o contratante recebe o projeto estrutural. PA refere-se a data na qual o fabricante de aço cortado e dobrado recebe o pedido do contratante. EA refere-se a data na qual o aço cortado e dobrado foi realmente entregue no canteiro. II refere-se a data na qual o contratante inicia a instalação. Data possível no canteiro refere-se a data na qual a instalação poderia ter sido iniciada. Preparação da Produção e atividade entrega do aço cortado e dobrado Legenda d: dias do calendário Lead Time de Fornecimento Tempo no Sistema Possível início da Instalação Figura 4: lead-time de fornecimento do aço cortado e dobrado

8 Percebe-se que o período total de fornecimento do aço cortado e dobrado é de 172 dias, desde o momento em que se inicia o projeto estrutural até a montagem das peças no canteiro de obras. Nesta configuração apenas 47 dias são gastos necessariamente em atividades que agregam valor, representando uma defasagem de 125 dias com relação ao lead-time total, o que configura um desperdício de tempo da ordem de 73 %. As atividades de projeto, detalhamento e cálculo estrutural, apresentaram um grande valor de desperdício (75%), sendo o maior lead-time da cadeia, com um total de 120 dias. O período citado como lead-time e o tempo no sistema de realização do projeto, foram investigados tendo como padrão de referência a realização de atividades para empreendimentos residenciais de múltiplos pavimentos. O período de produção e entrega do material demonstrou um desperdício de 29%, estando vinculado principalmente a necessidade de análise e confirmação das informação recebidas para a realização destas atividades. A atividade com maior desperdício da cadeia foi a preparação do processo de instalação. Este período basicamente compreende o tempo que o material permanece estocado em obra, sendo considerado desde o momento em que o produto é recebido até a instalação das peças montadas nas formas para posterior concretagem. A constatação de que as empresas contratantes estão realizando o pedido com 15 dias de antecedência (lead-time da atividade) demonstra uma carência de planejamento e confiabilidade da produção. Apesar do período médio de permanência do material em estoque apresentado, algumas empresas já demonstram uma evolução realizando pedidos com dois dias de antecedência do início da atividade (tempo no sistema). Tabela 1: Desperdício de tempo em atividades da cadeia de suprimentos T. no Atividades Lead-time Desperdício (%) sistema Projeto, Detalhamento e Cálculo estrutural (IP a TP na Figura 4) Preparação da ordem de pedido, escolha do fornecedor, assinatura de contrato (TP a PA na figura 4) Fabricação e entrega do aço cortado e dobrado (PA a EA na Figura 4) Preparação da atividade de instalação (EA a II na Figura ) Valores Totais Corroborando com as evidências encontradas por Polat e Ballard (2003) em um estudo realizado na cadeia do aço cortado e dobrado na Turquia, a principal razão do montante de desperdício apresentado na cadeia em estudo é a imprecisão na transferência de dados entre os participantes, atrasos e interrupções no fluxo de informações, defeitos e imprecisões no fornecimento e na carência de planejamento e controle da produção nos canteiros de obras. 6. CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DO FORNECEDOR O conjunto de critérios para a escolha do fornecedor utilizados na pesquisa foram identificados durante as entrevistas exploratórias e confirmados através da percepção da empresa fornecedora dos principais atributos valorizados na negociação do produto. Estes foram: preço, qualidade, confiabilidade de entrega, condições de pagamento e assistência técnica. As respostas das empresas construtoras participantes do levantamento realizado na segunda etapa da pesquisa estão expostas na Figura 5.

9 Critérios para escolha do fornecedor Porcentagem Preço Qualidade Confiabilidade de entrega Condições de pagamanto 0 Assit. Técnica Figura 5: critério principal para a escolha do fornecedor segundo a empresa contratante O atributo custo foi dividido em dois outros critérios. Primeiro o critério preço, que está relacionado diretamente ao valor despendido pela empresa para a aquisição do produto, e segundo o critério condições de pagamento, importante devido ao seu impacto sobre o fluxo de caixa das empresas construtoras. O critério qualidade está relacionado com a qualidade do produto fornecido em obra e do serviço prestado, considerando principalmente as condições relacionadas a ausência de falhas no corte e dobra e na entrega correta do pedido. O critério de confiabilidade de entrega foi relacionado apenas a realização da entrega no exato momento acordado entre contratante e fornecedor. E a assistência técnica foi definido como o atendimento pós-venda prestado pelo fornecedor e na solução de eventuais problemas ocorridos com o produto ou serviço. A principal justificativa da escolha do atributo preço (40% das respostas) esteve relacionada principalmente com a concentração e homogeneidade apresentada pelo mercado de prestação de serviços de corte e dobra. Paula (1997) afirma que na indústria do aço brasileira ocorre a formação basicamente de um duopólio, e tendo em vista que o produto é homogêneo, a principal forma de concorrência entre as empresas do setor se dá através de preços. Esta consideração pode ser reproduzida para o mercado de corte e dobra encontrado no estudo, sendo que as empresas construtoras participantes realizavam a aquisição impreterivelmente de apenas duas empresas fornecedoras distintas. Assim, para 40% das empresas construtoras entrevistadas, a escolha do fornecedor visando apenas a questão econômica ocorre visto que os fabricantes de corte e dobra não apresentam distinção entre os atributos de qualidade, confiabilidade de entrega e assistência técnica, além de não possuirem nenhum outro critério competitivo diferencial. Desta forma, para esta parcela de construtoras, o serviço de corte e dobra, apresentado pelo mercado, torna-se equiparável, não existindo uma real diferença entre os fornecedores tornando a concorrência balizada através do preço. As considerações a cerca da escolha do corte e dobra através do atributo preço e das citações de semelhança entre fornecedores demonstram, neste mercado, uma oportunidade potencial pela busca de diferenciais competitivos que levem as construtoras a optarem pelo fornecimento através de outros atributos além basicamente do fator econômico, visto que uma parcela considerável de empresas construtoras realiza a aquisição visando este único critério. A escolha do critério qualidade (25%) esteve relacionada com a importância do insumo para a obra, tanto em questões referente à ausência de falhas no fornecimento (por exemplo, falta de peças na entrega), como também na qualidade do serviço (por exemplo, ausência de erros nas dimensões e dobras), citados pelos contratantes como uma preocupação com a qualidade do produto final (obra) e com a adequação dos insumos as normas técnicas.

10 A confiabilidade de entrega (25%) foi o critério escolhido como de maior importância nas situações em que a empresa possuía um critério competitivo diferencial na velocidade de execução de obra, ou também relacionado à forma de custeio do empreendimento, estando a entrada de receita condicionada ao cumprimento do cronograma de obra. Portando, a preocupação da não ocorrência de atrasos. Algumas respostas relacionadas com a confiabilidade de entrega demonstraram a busca pela redução do volume de estoques no canteiro, realizando o pedido com antecedência mínima do momento de utilização do material. As justificativas apresentadas pela escolha do critério condições de pagamento (10%) possuem uma correspondência com as citadas para a escolha do atributo preço, estando vinculadas à visão de homogeneidade das empresas fornecedoras. Assim, os demais critérios como qualidade, confiabilidade de entrega e assistência técnica eram considerados análogos, e a escolha do fornecedor era realizada através da consideração apenas da flexibilidade de negociação e formas de pagamento, caracterizando o critério de condições de pagamento. Para as empresas que citaram as condições de pagamento mais relevantes do que o preço do produto, o motivo esteve relacionado principalmente a adequação do desembolso ao fluxo de caixa da empresa. Mesmo o serviço pós-venda tendo grande importância para o corte e dobra, pois fornece informações relativas à forma de uso, estocagem, descarregamento e movimentação e, auxiliando na resolução de problemas em obra, a assistência técnica não foi referida em nenhum momento como atributo preferencial das empresas construtoras para a escolha do fornecedor. Assim, a assistência técnica também demonstra um potencial de diferenciação entre as empresas fabricantes de corte e dobra. Uma vez que, mesmo tendo importância significativa para o sistema este atributo não foi considerado diferencial para a escolha do fornecedor. Podendo ser mais explorado com a busca da valorização deste serviço entre as construtoras. 7. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DA CADEIA A pesquisa buscou a compreensão de problemas que estivessem relacionados principalmente à qualidade das relações entre os agentes da cadeia, e assim na interface entre processos ou empresas, onde uma falha pode influenciar mais que um interveniente e criando uma seqüência de eventos. Para Arbulu e Tommelein (2002), as relações existentes entre processos e organizações são sujeitos aos efeitos da dependência e da variação, podendo causar perdas no sistema. A eliminação destas falhas deve ser objetivo dos participantes das cadeias de suprimento da construção para oferecerem melhores produtos e serviços à seus clientes. A totalidade dos problemas identificados na cadeia foram categorizados pelos seus principais processos, apresentados na Figura 6. Destaca-se que esta categorização está relacionada apenas ao número e freqüência de citações dos problemas coletados durante a realização das entrevistas. Nota-se que os processos de projeto, produção/entrega e montagem/instalação, possuem quase a totalidade dos problemas listados. O processo de formalização do pedido apresentou apenas 4,3% do total dos problemas levantados, porém deve-se destacar que este processo é de grande importância para a produção do corte e dobra, pois são as informações repassadas nesta etapa serão utilizadas para o planilhamento e programação da produção, podendo falhas nas informações de pedido e projeto serem a causa de problemas subsequentes, nos processo de produção/entrega e montagem/instalação. No processo de projeto vários são os problemas decorrentes de indefinições e atrasos no fluxo de informações. O próprio fluxo de projeto não é bem definido. Estas indefinições ocasionam erros de produção, tanto no corte e dobra como no canteiro. As constantes alterações de projeto também ocasionam problemas, em geral, aumentando o tempo do ciclo de realização do projeto. As alterações muitas vezes ocorrem devido à customização ou outras alterações realizadas no projeto arquitetônico, ao atraso no repasse de informações de outros projetistas, bem como de atrasos nas definições de padrões do empreendimento por parte do contratante.

11 Problemas relacionados aos processos da cadeia Porcentagem ,6 4,3 33,3 24,8 Projeto Pedido Produção/ Entrega Montagem/ Instalação Figura 6: relação entre os problemas listados e os processos da cadeia Algumas destas falhas citadas no fluxo de informações entre projetistas pode influenciar o tempo de realização do projeto estrutural e ser um dos possíveis motivos para a falta de detalhamento e na concepção de projetos com alto grau de complexidade de execução. Com relação aos problemas existentes no fluxo de informações entre projetistas, a compatibilização de projetos poderia ser uma prática adotada para buscar a redução de alguns destas ocorrências relacionadas ao fluxo de informações na fase de projeto. A realização de reuniões de compatibilização com a participação de projetistas e contratante já é uma prática adotada por algumas empresas no setor, porém, poderia ser mais difundida e ainda é ineficiente em algumas situações. Outro ponto verificado durante o estudo e citado durante as entrevistas é a inexistência de um canal direto para a troca de informações entre projetistas e o fabricante do aço cortado e dobrado, assim, não ocorre retroalimentação para os projetistas. Esta afirmação é feita tendo em vista que o processo de projeto não sofreu alterações substanciais na sua forma de realização e apresentação após a introdução do aço pré cortado e dobrado, sendo possível através do contato entre projetista e fornecedor a identificação de oportunidades de melhorias para o processo. A interação entre projetista e o engenheiro residente, responsável pela obra que está sendo projetada, sendo realizada durante a execução do projeto, também poderia trazer contribuições tanto para o processo de projeto como para o processo de montagem e instalação. O projeto estrutural também possui problemas com relação à sua qualidade, principalmente nas informações prestadas. A carência de detalhamento de peças é um dos problemas citados e que afeta outros processos da cadeia, como a produção do corte e dobra e montagem das armaduras. As planilhas resumo de consumo de aço também apresentam falhas, pois muitas vezes não são disponibilizadas nos projetos e em outros casos suas informações são incompatíveis com os detalhes das peças apresentados nas plantas, acarretando indefinições na produção. Com relação à padronização dos projetos estruturais percebe-se que são poucas as discussões a este respeito entre os agentes. Os projetistas utilizam critérios próprios na busca da padronização, mas esta questão em raras ocasiões é examinada em conjunto com o contratante e, segundo as respostas de 78% dos projetistas entrevistados em nenhum momento com as empresas de fornecimento do corte e dobra. No processo de formalização de pedido de compra, várias falhas são evidentes no momento da transferência de dados da empresa construtora para o fornecedor. A ausência ou imprecisão de informações necessárias nas programações dos pedidos e a falta de detalhamento dos projetos estruturais geram indefinições na produção do aço cortado e dobrado, podendo acarretar erros de produção ou na necessidade de recontato com a construtora ou projetista para o esclarecimento de dúvidas, elevando o lead-time de produção. Os profissionais entrevistados consideraram o tempo necessário para o fornecimento do produto longo, principalmente por ser invariável, independentemente do volume do pedido. Obviamente que comparado a tempos de produção de outros produtos, este período é relativamente curto, porém, a forma de realização do pedido está diretamente ligada ao sistema de planejamento da construtora, que

12 pode ser deficiente e, por este motivo, em algumas situações haver a dificuldade em se atingir o período de antecedência necessário e dispor de informações corretas e precisas. Eventualmente ocorrem trocas de pedidos no momento do descarregamento ou problemas com a ausência de peças na entrega e ainda erros na dimensões e dobras das peças. O aço cortado e dobrado é crítico para o processo construtivo, pois a atividade de montagem das armaduras é precedente a várias outras, assim, se o fornecimento do aço cortado e dobrado não for realizado no momento correto ou possuir falhas, estas atividades subsequentes serão atrasadas. A forma de descarregamento do produto no canteiro de obras (Figuras 7) também foi citada pelos profissionais como um dos principais problemas enfrentados. Devido às características do produto (volume e peso) o descarregamento sem a utilização de um equipamento adequado pode ser difícil, já que um pequeno número de canteiros dispõe de grua. As empresas fornecedoras não dispõe de equipamento para a realização do descarregamento, que é geralmente feito de forma manual. As conseqüências citadas com relação as dificuldades com o descarregamento estão relacionadas em sua maioria, à segurança dos funcionários, perda de identificação das peças e dupla movimentação. Figura 7: descarregamento do material no canteiro de obra No processo de montagem são evidentes dificuldades com os fluxos físicos no canteiro de obras, envolvendo o descarregamento, estocagem e movimentação do material. Os canteiros ainda necessitam de um considerável espaço para o armazenamento de material, mesmo com a redução de estoques proporcionada pelo sistema de corte e dobra. Isto se deve à falta de planejamento e a possibilidade de realização de pedidos em uma sistemática just-in-time, ainda não alcançada pelas empresas construtoras. Figura 8: estoques de peças e elementos estruturais Segundo os profissionais ligados ao canteiro, para algumas empresas de construção faltam informações com relação à forma de estocagem, movimentação e uso do material, sendo que estes

13 poderiam ser supridos através da maior capacitação dos funcionários, através de visitas preventivas de assistência técnica e/ou realização de treinamentos, em parcerias entre construtora e fornecedor. A qualificação e rotatividade da mão-de-obra também são fatores importantes para a gestão do processo. Muitos erros podem ocorrer devido ao nível de conhecimento que os armadores possuem do sistema, uma vez que sendo a atividade de armação a partir de peças pré-cortadas e pré-dobradas um processo de montagem, ela necessita da leitura correta das etiquetas de identificação das peças e da compreensão clara do projeto estrutural. 8. CONCLUSÕES Vários problemas diagnosticados neste estudo decorrem da falta de integração e cooperação, ocorrendo principalmente na interface entre agentes e processos. Estas deficiências apontam para uma condição favorável à aplicação dos conceitos de Gestão da Cadeia de Suprimentos como forma de busca de melhorias nos processos estudados. Grande parte destes problemas possuem relação com questões gerenciais, como a ineficiência do fluxo de informações e carência de Planejamento e Controle da Produção. A partir da constatação de que as empresas construtoras não possuem sistemas confiáveis de Planejamento e Controle da Produção, nota-se que os benefícios possíveis de serem alcançados com a introdução de novos sistemas ou tecnologias construtivas advindas das cadeias de suprimentos não são absorvidas. O fluxo de informações apresenta falhas em vários estágios da cadeia. Um considerável volume de problemas são decorrentes de interrupções e atrasos neste fluxo, bem como na imprecisão da transferência de dados entre os diversos agentes, influenciando vários processos, acarretando em acréscimos de lead-time e em falhas de produção. O envolvimento de projetistas e fornecedores em estágios iniciais de um empreendimento podem conduzir à redução do tempo de ciclo de desenvolvimento do produto, facilitando a coordenação das funções de aquisição e produção pelo contratante. O processo de projeto influência diretamente outros processos como a fabricação do aço cortado e montagem em canteiro. O melhor detalhamento do projeto e a realização de análise conjunta com engenheiros de obra pode ser uma alternativa para a redução de problemas vinculados ao projeto estrutural. Da constatação inicial de que há a necessidade de uma maior integração e coordenação do fluxo de materiais e informações, pode-se afirmar que existe um grande potencial de melhorias, fundamentalmente na qualidade das relações entre os participantes da cadeia do aço cortado e dobrado. REFERÊNCIAS ARBULU, R.J. e TOMMELEIN, I.D. Value Analysis of construction supply chains: case study on pipe supports used in power plants. In: CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP FOR LEAN CONSTRUCTION, 10., 2002, Gramado. Procedings... RS: IGLC, 2002, p AZAMBUJA, M.M.B. e FORMOSO, C.T. Guidelines for the improvement of design, procurement and installation of elevators using supply chain management concepts.. In: CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP FOR LEAN CONSTRUCTION, 11., 2002, Blacksburg. Procedings... Virgínia: IGLC, 2003, p.. AZAMBUJA, M.M.B. Processo de projeto, aquisição e instalação de elevadores em edifícios: diagnóstico e proposta de melhoria p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) Curso de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. CHRISTOPHER, M. O Marketing da Logística: otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. São Paulo: Futura, COUNCIL OF LOGISTICS MANAGEMENT. Definition of Logistics. Disponível em: < Acesso em: 22/06/2003. FLEURY, P.F. Supply Chain Management: Conceitos, oportunidades e desafios da implementação. Disponível em: < Acesso: 26/05/2003

14 FORMOSO, C.T.(coord.) Plano Estratégico para Ciência, Tecnologia e Inovação na área de Tecnologia do Ambiente Construído com ênfase na Construção Habitacional. Brasília: ANTAC, ISATTO, E.L. et al. Construção Enxuta: diretrizes e ferramentas para a redução de perdas na construção civil.. Porto Alegre: SEBRAE/RS, LAMBERT, D.M. e COOPER, M.C. Issues in Supply Chain Management. Industrial Marketing Management, New York, n.29, p , LAMBERT, D.M; STOCK, J.R. e ELLRAM, L.M. Fundamentals of Logistics Management. Boston: Irwin McGraw-Hill, LUMMUS, R. R; KRUMWIEDE, D.W; VOKURKA, R. J. The relationship of logistics to supply chain management: developing a common industry definition. Industrial Management & Data Systems, v.101, n.8, p , PAULA, G. M. A indústria brasileira de aços longos comuns (vergalhões). In:. Organização industrial e competitividade da industria brasileira de materiais de construção. Série estudos setoriais. 1. São Paulo: Sinduscon, p PEREIRA, S.R.; OHNUMA, D.K.; BARBOSA, A.L.S. e CARDOSO, F.F. Desenvolvimento e Gestão da Cadeia de Fornecedores na Construção de Edifícios. In: Seminário Internacional Lean Construction, 5., 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: Instituto de Engenharia, POLAT, G. e BALLARD, G. Construction supply chains: turkish supply-chain configurations for cut and bent rebar. In: CONFERENCE OF THE INTERNATIONAL GROUP FOR LEAN CONSTRUCTION, 11., 2002, Blacksburg. Procedings... Virgínia: IGLC, 2003, p.. ROTHER, M. e SHOOK, J. Learning to See: value stream mapping to create value and eliminate muda. Brookline, Massachusetts: The Lean Enterprise Institute, Supply Chain Council. What is supply chain? Disponível em: < Acesso em: 09/08/2003. VRIJHOEF, R. e KOSKELA, L. The four roles of supply chain management in construction. European Jornal of Purchasing e Supply Management. Netherlands, v.6, n. 3-4, p , Dec WOOD, T. e ZUFFO, P.K. Supply chain management. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v.38, n.3, p.55-63,1998.

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E Prof. Marcelo Mello Unidade III DISTRIBUIÇÃO E TRADE MARKETING Canais de distribuição Canal vertical: Antigamente, os canais de distribuição eram estruturas mercadológicas verticais, em que a responsabilidade

Leia mais

Capítulo 2. Logística e Cadeia de Suprimentos

Capítulo 2. Logística e Cadeia de Suprimentos Capítulo 2 Logística e Cadeia de Suprimentos Prof. Glauber Santos glauber@justocantins.com.br 1 Capítulo 2 - Logística e Cadeia de Suprimentos Papel primordial da Logística na organização Gestão da Produção

Leia mais

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor

Estratégia Competitiva 16/08/2015. Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Módulo II Cadeia de Valor e a Logistica Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc. CADEIA DE VALOR E A LOGISTICA A Logistica para as Empresas Cadeia de Valor Estratégia Competitiva é o conjunto de planos, políticas,

Leia mais

A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE

A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE A NECESSIDADE DE UMA NOVA VISÃO DO PROJETO NOS CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL, FRENTE À NOVA REALIDADE DO SETOR EM BUSCA DA QUALIDADE ULRICH, Helen Departamento de Engenharia de Produção - Escola de Engenharia

Leia mais

A função produção apresenta três papéis importantes para a estratégia empresarial:

A função produção apresenta três papéis importantes para a estratégia empresarial: FASCÍCULO 2 Papel estratégico e objetivo da produção Segundo Slack, para que se entenda a contribuição da função produção devese responder a duas questões: qual papel se espera que a produção desempenhe

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia Curso superior de Tecnologia em Gastronomia Suprimentos na Gastronomia COMPREENDENDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS 1- DEFINIÇÃO Engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA

GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA http://www.administradores.com.br/artigos/ GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS Agenda da Conferência O que são redes? O que são redes interorganizacionais? Breve histórico das redes interorganizacionais Tipos

Leia mais

Porque estudar Gestão de Projetos?

Porque estudar Gestão de Projetos? Versão 2000 - Última Revisão 07/08/2006 Porque estudar Gestão de Projetos? Segundo o Standish Group, entidade americana de consultoria empresarial, através de um estudo chamado "Chaos Report", para projetos

Leia mais

GESTÃO DE SUPRIMENTO TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA

GESTÃO DE SUPRIMENTO TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA GESTÃO DE SUPRIMENTO TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA Gestão da Cadeia de Suprimento Compras Integração Transporte Distribuição Estoque Tirlê C. Silva 2 Gestão de Suprimento Dentro das organizações, industriais,

Leia mais

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS Sistema Eletrobrás Política de Logística de Suprimento do Sistema Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO 4 POLÍTICA DE Logística de Suprimento

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

GUIA DE CURSO. Tecnologia em Sistemas de Informação. Tecnologia em Desenvolvimento Web. Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

GUIA DE CURSO. Tecnologia em Sistemas de Informação. Tecnologia em Desenvolvimento Web. Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas PIM PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO COM O MERCADO GUIA DE CURSO Tecnologia em Sistemas de Informação Tecnologia em Desenvolvimento Web Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Tecnologia em Sistemas

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Logística e Administração de Estoque. Definição - Logística. Definição. Profª. Patricia Brecht

Logística e Administração de Estoque. Definição - Logística. Definição. Profª. Patricia Brecht Administração Logística e Administração de. Profª. Patricia Brecht Definição - Logística O termo LOGÍSTICA conforme o dicionário Aurélio vem do francês Logistique e significa parte da arte da guerra que

Leia mais

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia Processo de EO Procedimentos que são, ou podem ser, usados para formular as estratégias de operações que a empresa deveria adotar (SLACK,

Leia mais

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior

Universidade Federal de Goiás UFG Campus Catalão CAC Departamento de Engenharia de Produção. Sistemas ERP. PCP 3 - Professor Muris Lage Junior Sistemas ERP Introdução Sucesso para algumas empresas: acessar informações de forma rápida e confiável responder eficientemente ao mercado consumidor Conseguir não é tarefa simples Isso se deve ao fato

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Nível de Serviço ... Serviço ao cliente é o resultado de todas as atividades logísticas ou do

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

6 Modelo proposto: projeto de serviços dos sites de compras coletivas

6 Modelo proposto: projeto de serviços dos sites de compras coletivas 6 Modelo proposto: projeto de serviços dos sites de compras coletivas A partir do exposto, primeiramente apresentam-se as fases discriminadas no modelo proposto por Mello (2005), porém agora direcionadas

Leia mais

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE CHÃO DE FÁBRICA A PRODUÇÃO COMPETITIVA CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE Foco principal das empresas que competem com

Leia mais

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Uma boa gestão de estoques comprova sua importância independente do segmento em questão. Seja ele comércio, indústria ou serviços, o profissional que gerencia

Leia mais

Introdução e Planejamento Cap. 1

Introdução e Planejamento Cap. 1 BALLOU, Ronald H. Gerenciamenrto da Cadeia de Suprimentos / Logística Empresarial. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman. 2006 Introdução e Planejamento Cap. 1 Prof. Luciel Henrique de Oliveira luciel@fae.br L

Leia mais

Introdução e Planejamento Cap. 1. Prof. Luciel Henrique de Oliveira luciel@uol.com.br

Introdução e Planejamento Cap. 1. Prof. Luciel Henrique de Oliveira luciel@uol.com.br BALLOU, Ronald H. Gerenciamenrto da Cadeia de Suprimentos / Logística Empresarial. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman. 2006 Introdução e Planejamento Cap. 1 Prof. Luciel Henrique de Oliveira luciel@uol.com.br

Leia mais

Política de Logística de Suprimento

Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento Política de Logística de Suprimento 5 1. Objetivo Aumentar a eficiência e competitividade das empresas Eletrobras, através da integração

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING 1. Estabelecer a constância de propósitos para a melhoria dos bens e serviços A alta administração deve demonstrar constantemente seu comprometimento com os objetivos

Leia mais

Plano de Trabalho Docente 2014. Ensino Técnico

Plano de Trabalho Docente 2014. Ensino Técnico Plano de Trabalho Docente 2014 Ensino Técnico ETEC PAULINO BOTELHO / E.E. ESTERINA PLACCO (EXTENSAO) Código: 091.01 Município: São Carlos Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios Habilitação Profissional: Nível

Leia mais

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo: Perguntas e respostas sobre gestão por processos 1. Gestão por processos, por que usar? Num mundo globalizado com mercado extremamente competitivo, onde o cliente se encontra cada vez mais exigente e conhecedor

Leia mais

30/09/2010. Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves. Como surgiu o termo?

30/09/2010. Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves. Como surgiu o termo? Engenheiro Agrônomo CCA/UFSCar 1998 Mestre em Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente IE/UNICAMP 2001 Doutor em Engenhariade Produção PPGEP/UFSCar 2005 Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves Consultor

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

COMO MELHORAR O DESEMPENHO DAS LINHAS DE. Edson Donisete da Silva, Carlos Roberto Sponteado Aquarius Software

COMO MELHORAR O DESEMPENHO DAS LINHAS DE. Edson Donisete da Silva, Carlos Roberto Sponteado Aquarius Software COMO MELHORAR O DESEMPENHO DAS LINHAS DE PRODUÇÃO Edson Donisete da Silva, Carlos Roberto Sponteado Aquarius Software Objetivo Apresentar conceitos e ferramentas atuais para melhorar eficiência da produção

Leia mais

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Introdução A A logística sempre existiu e está presente no dia a dia de todos nós, nas mais diversas

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

DIRETRIZES PARA A MELHORIA DO PROJETO DO SUBSISTEMA ELEVADORES DE EDIFÍCIOS UTILIZANDO CONCEITOS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

DIRETRIZES PARA A MELHORIA DO PROJETO DO SUBSISTEMA ELEVADORES DE EDIFÍCIOS UTILIZANDO CONCEITOS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DIRETRIZES PARA A MELHORIA DO PROJETO DO SUBSISTEMA ELEVADORES DE EDIFÍCIOS UTILIZANDO CONCEITOS DA GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Marcelo Menna Barreto AZAMBUJA M.Sc., Eng., Pesquisador do Núcleo Orientado

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Introdução Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software Os modelos de processos de desenvolvimento de software surgiram pela necessidade de dar resposta às

Leia mais

ERP Enterprise Resource Planning

ERP Enterprise Resource Planning ERP Enterprise Resource Planning Sistemas Integrados de Gestão Evolução dos SI s CRM OPERACIONAL TÁTICO OPERACIONAL ESTRATÉGICO TÁTICO ESTRATÉGICO OPERACIONAL TÁTICO ESTRATÉGICO SIT SIG SAE SAD ES EIS

Leia mais

A OPERAÇÃO DE CROSS-DOCKING

A OPERAÇÃO DE CROSS-DOCKING A OPERAÇÃO DE CROSS-DOCKING Fábio Barroso Introdução O atual ambiente de negócios exige operações logísticas mais rápidas e de menor custo, capazes de suportar estratégias de marketing, gerenciar redes

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br Gerenciamento de projetos cynaracarvalho@yahoo.com.br Projeto 3URMHWR é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina

Leia mais

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8.1 Introdução O processo de monitoramento e avaliação constitui um instrumento para assegurar a interação entre o planejamento e a execução,

Leia mais

Vamos nos conhecer. Avaliações 23/08/2015. Módulo I Introdução à Logistica Empresarial Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc.

Vamos nos conhecer. Avaliações 23/08/2015. Módulo I Introdução à Logistica Empresarial Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc. Módulo I Introdução à Logistica Empresarial Danillo Tourinho S. da Silva, M.Sc. Vamos nos conhecer Danillo Tourinho Sancho da Silva, M.Sc Bacharel em Administração, UNEB Especialista em Gestão da Produção

Leia mais

Logística Empresarial. Global Sourcing A Globalização e a Nova Visão da Logística Parte II. Aula 6. Conceitos Importantes.

Logística Empresarial. Global Sourcing A Globalização e a Nova Visão da Logística Parte II. Aula 6. Conceitos Importantes. Logística Empresarial Aula 6 Global Sourcing A Globalização e a Nova Visão da Logística Parte II Prof. Me. John Jackson Buettgen Contextualização Conceitos Importantes Fluxos logísticos É o movimento ou

Leia mais

PARTE III Introdução à Consultoria Empresarial

PARTE III Introdução à Consultoria Empresarial FATERN Faculdade de Excelência Educacional do RN Coordenação Tecnológica de Redes e Sistemas Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores Técnicas de Consultoria Prof. Fabio Costa Ferrer, M.Sc.

Leia mais

Custos Logísticos. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo.

Custos Logísticos. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo. É todo custo gerado por operações logística em uma empresa, visando atender as necessidades dos clientes de qualidade custo e principalmente prazo. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo.

Leia mais

Planejamento Estratégico. Valéria Mendes Meschiatti Nogueira

Planejamento Estratégico. Valéria Mendes Meschiatti Nogueira Planejamento Estratégico Valéria Mendes Meschiatti Nogueira Conceitos básicos de Estratégia Propósito de uma organização: é o impulso, a motivação que direciona para os caminhos que ela escolher. Sem propósito

Leia mais

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I Curso de Graduação em Administração Administração da Produção e Operações I 22º Encontro - 11/05/2012 18:50 às 20:30h COMO SERÁ NOSSO ENCONTRO HOJE? - ABERTURA - CAPACIDADE E TURNOS DE TRABALHO. 02 Introdução

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

4 Metodologia da Pesquisa

4 Metodologia da Pesquisa 79 4 Metodologia da Pesquisa Este capítulo se preocupa em retratar como se enquadra a pesquisa de campo e como foram desenvolvidas as entrevistas incluindo o universo pesquisado e a forma de analisá-las

Leia mais

Tem por objetivo garantir a existência contínua de um estoque organizado, de modo a não faltar nenhum dos itens necessários à produção.

Tem por objetivo garantir a existência contínua de um estoque organizado, de modo a não faltar nenhum dos itens necessários à produção. Resumo aula 3 Introdução à gestão de materiais A gestão de materiais é um conjunto de ações destinadas a suprir a unidade com materiais necessários ao desenvolvimento das suas atribuições. Abrange: previsão

Leia mais

Conceitos. Conceitos. Histórico. Histórico. Disciplina: Gestão de Qualidade ISSO FATEC - IPATINGA

Conceitos. Conceitos. Histórico. Histórico. Disciplina: Gestão de Qualidade ISSO FATEC - IPATINGA Disciplina: FATEC - IPATINGA Gestão de ISSO TQC - Controle da Total Vicente Falconi Campos ISO 9001 ISO 14001 OHSAS 18001 Prof.: Marcelo Gomes Franco Conceitos TQC - Total Quality Control Controle da Total

Leia mais

DECLARAÇÃO DE POSICIONAMENTO DO IIA: O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA

DECLARAÇÃO DE POSICIONAMENTO DO IIA: O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA Permissão obtida junto ao proprietário dos direitos autorais, The Institute of Internal Auditors, 247 Maitland Avenue, Altamonte Springs, Florida 32701-4201, USA, para publicar esta tradução, a qual reflete

Leia mais

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Engenharia de Custos e Orçamentos Turma 01 10 de outubro de 2012 A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso:

PLANO DE NEGÓCIOS. Causas de Fracasso: PLANO DE NEGÓCIOS Causas de Fracasso: Falta de experiência profissional Falta de competência gerencial Desconhecimento do mercado Falta de qualidade dos produtos/serviços Localização errada Dificuldades

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O PALESTRANTE

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O PALESTRANTE 20-21 Maio de 2013 Tivoli São Paulo Mofarrej São Paulo, Brasil ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O PALESTRANTE Fernando Cotrim Supply Chain Director, Rio 2016 Perguntas: Quais são os desafios de gerenciar o Supply

Leia mais

A VALIDAÇÃO DE PROJETO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS E INCORPORADORAS

A VALIDAÇÃO DE PROJETO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS E INCORPORADORAS A VALIDAÇÃO DE PROJETO EM EMPRESAS CONSTRUTORAS E INCORPORADORAS Adriano Felice CAZET Engenheiro Civil, consultor de empresas Rua Tamandaí, 320/ap. 302 Santa Maria RS E-mail: technica@claro.com.br Sidnei

Leia mais

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Produção ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção Prof. Gustavo Suriani de Campos Meireles Faz

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

5 Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

5 Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 5 Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 5.1 Conceitos e definições do supply chain management O conceito ou definição do SCM é algo recente na literatura especializada, datado mais precisamente da metade

Leia mais

Objetivo. Utilidade Lugar. Utilidade Momento. Satisfação do Cliente. Utilidade Posse

Objetivo. Utilidade Lugar. Utilidade Momento. Satisfação do Cliente. Utilidade Posse Supply chain- cadeia de suprimentos ou de abastecimentos Professor: Nei Muchuelo Objetivo Utilidade Lugar Utilidade Momento Satisfação do Cliente Utilidade Posse Satisfação do Cliente Satisfação do Cliente

Leia mais

Organização e a Terceirização da área de TI. Profa. Reane Franco Goulart

Organização e a Terceirização da área de TI. Profa. Reane Franco Goulart Organização e a Terceirização da área de TI Profa. Reane Franco Goulart Como surgiu? A terceirização é uma ideia consolidada logo após a Segunda Guerra Mundial, com as indústrias bélicas americanas, as

Leia mais

Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: 2. OBJETIVO(S):

Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: 2. OBJETIVO(S): Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: Nos últimos anos, o cenário econômico mundial vem mudando significativamente em decorrência dos avanços tecnológicos, da globalização, das mega

Leia mais

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Caros alunos, Essa terceira atividade da nossa disciplina de Suprimentos e Logística

Leia mais

Por existir diferentes níveis em uma organização, existem diferentes tipos de sistemas servindo cada nível organizacional

Por existir diferentes níveis em uma organização, existem diferentes tipos de sistemas servindo cada nível organizacional Por existir diferentes níveis em uma organização, existem diferentes tipos de sistemas servindo cada nível organizacional Fonte: Tipos de Sistemas de Informação (Laudon, 2003). Fonte: Tipos de Sistemas

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

Aspectos Sociais de Informática. Simulação Industrial - SIND

Aspectos Sociais de Informática. Simulação Industrial - SIND Aspectos Sociais de Informática Simulação Industrial - SIND Jogos de Empresas Utilizada com sucesso para o treinamento e desenvolvimento gerencial Capacita estudantes e profissionais de competência intelectual

Leia mais

Certificação ISO. Dificuldades, vantagens e desvantagens. Marcelo Henrique Wood Faulhaber, Med. Pat. Clin., MBA

Certificação ISO. Dificuldades, vantagens e desvantagens. Marcelo Henrique Wood Faulhaber, Med. Pat. Clin., MBA Certificação ISO Dificuldades, vantagens e desvantagens. Marcelo Henrique Wood Faulhaber, Med. Pat. Clin., MBA Avanços em Medicina Laboratorial UNICAMP 2012 Introdução à Qualidade Não existem laboratórios

Leia mais

O que é um projeto? Características de um projeto. O Que é o PMBoK Guide 3º Edition? Desmembrando o PMBoK através de mapas mentais (Mindmaps)

O que é um projeto? Características de um projeto. O Que é o PMBoK Guide 3º Edition? Desmembrando o PMBoK através de mapas mentais (Mindmaps) O que é um projeto? Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido,

Leia mais

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani Planejamento Estratégico de TI Prof.: Fernando Ascani BI Business Intelligence A inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década de 80 e descreve

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

DOW BUSINESS SERVICES Diamond Value Chain Consulting

DOW BUSINESS SERVICES Diamond Value Chain Consulting DOW BUSINESS SERVICES Diamond Value Chain Consulting Soluções personalizadas para acelerar o crescimento do seu negócio Estratégia Operacional Projeto e Otimização de Redes Processos de Integração Eficácia

Leia mais

O Livro Schindler do Navegador Definindo os objetivos. Preparando o caminho. Diretrizes estratégicas para o sucesso no mercado de elevadores e

O Livro Schindler do Navegador Definindo os objetivos. Preparando o caminho. Diretrizes estratégicas para o sucesso no mercado de elevadores e O Livro Schindler do Navegador Definindo os objetivos. Preparando o caminho. Diretrizes estratégicas para o sucesso no mercado de elevadores e escadas. Jürgen Tinggren Nosso compromisso Caros colegas Miguel

Leia mais

Estratégia de Manutenção em Oficinas utilizando Caminho Critico

Estratégia de Manutenção em Oficinas utilizando Caminho Critico SEGeT Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia 1 Estratégia de Manutenção em Oficinas utilizando Caminho Critico RESUMO Entre as estratégias gerenciais em empresas de médio e grande porte existe o

Leia mais

O Supply Chain Evoluiu?

O Supply Chain Evoluiu? O Supply Chain Evoluiu? Apresentação - 24º Simpósio de Supply Chain & Logística 0 A percepção de estagnação do Supply Chain influenciada pela volatilidade do ambiente econômico nos motivou a entender sua

Leia mais

CÓPIA NÃO CONTROLADA. DOCUMENTO CONTROLADO APENAS EM FORMATO ELETRÔNICO. PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE

CÓPIA NÃO CONTROLADA. DOCUMENTO CONTROLADO APENAS EM FORMATO ELETRÔNICO. PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PSQ 290.0339 - PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE APROVAÇÃO CARLOS ROBERTO KNIPPSCHILD Gerente da Qualidade e Assuntos Regulatórios Data: / / ELABORAÇÃO REVISÃO

Leia mais

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

Guia de recomendações para implementação de PLM em PME s

Guia de recomendações para implementação de PLM em PME s 1 Guia de recomendações para implementação de PLM em PME s RESUMO EXECUTIVO Este documento visa informar, de uma forma simples e prática, sobre o que é a gestão do ciclo de vida do Produto (PLM) e quais

Leia mais

GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES CAPÍTULO 1 Gestão da produção: história, papel estratégico e objetivos Prof. Glauber Santos 1 GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES 1.1 Gestão da produção: apresentação Produção

Leia mais

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica Ementários Disciplina: Gestão Estratégica Ementa: Os níveis e tipos de estratégias e sua formulação. O planejamento estratégico e a competitividade empresarial. Métodos de análise estratégica do ambiente

Leia mais

Executive Business Process Management

Executive Business Process Management Executive Business Process Management Executive Business Consulting 1 Executive Business Process Management (EBPM) O aumento da competitividade das organizações passa pela melhoria dos processos, principalmente

Leia mais

LOGÍSTICA MADE DIFFERENT LOGÍSTICA

LOGÍSTICA MADE DIFFERENT LOGÍSTICA LOGÍSTICA MADE DIFFERENT LOGÍSTICA ENTREGA ESPECIAL Na economia globalizada 24/7 de hoje, a logística e a gestão de armazéns eficientes são essenciais para o sucesso operacional. O BEUMER Group possui

Leia mais