1 Desenho da investigação. 1.1 Definição e objectivos 1.2 Elementos do desenho
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- Luna Paixão Arruda
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1 1 Desenho da investigação 1.1 Definição e objectivos 1.2 Elementos do desenho
2 Definição: Plano e estrutura do trabalho de investigação; Conjunto de directivas associadas ao tipo de estudo escolhido Objectivos: - Responder a uma questão científica - Controlar as potenciais fontes de enviesamento 2
3 Dá a conhecer o modo como o estudo foi levado a cabo, define as características básicas do estudo Permite antever certas deficiências metodológicos e limitações inerentes a certos desenhos, Permite uma análise crítica da validade dos resultados e conclusões e permite avaliar o grau de evidência inerente à resposta à questão levantada O investigador pode reduzir/eliminar as fontes de erro de maneira que uma só explicação razoável emirja dos resultados obtidos 3
4 É garantida a validade interna se as fontes de erro foram controladas com sucesso DESENHO 4 Na condução de cada tipo de investigação deve-se tentar aproximar o mais possível da perfeição e tudo fazer para reduzir ou eliminar, o maior nº possível de ameaças à validade
5 Desenhar e Implementar Questão a responder Desenhar Estudo Programado Implementar Estudo Realizado População Alvo Especificar características demográficas, clínicas, geográficas e temporais Erros Aleatórios e Sistemáticos Amostra Pretendida Especificar a população acessível, o método de amostragem e a estratégia de recrutamento Erros Aleatórios e Sistemáticos Amostra Analisada Conjunto de indivíduos que foram, de facto, estudados Formular Conclusões Verdade no Universo Inferir Verdade no Estudo Inferir Resultados do Estudo 5 Adaptado de Desining Clinical Research de Hulley e Cummings.
6 Elementos do desenho - O meio onde o estudo será realizado - A selecção dos sujeitos; - O tamanho da amostra; - As estratégias utilizadas para controlar as variáveis estranhas; 6 - Os instrumentos de colheita de dados; - O tratamento dos dados In Processo de Investigação
7 Elementos do desenho: o meio - O investigador define o meio onde se desenvolverá o estudo e justifica a sua escolha - É necessário assegurar-se que o meio é acessível e obter as autorizações necessárias das comissões de investigação e ética 7 In Processo de Investigação
8 Elementos do desenho: População-alvo e amostra - A descrição da população e da amostra fornece uma boa ideia sobre a eventual generalização dos resultados - As características da população definem o grupo de sujeitos que serão incluídos no estudo e precisam os critérios de selecção - Necessário ter em conta considerações éticas, qto à protecção dos participantes - O investigador considera o método de amostragem e o tamanho da amostra 8 In Processo de Investigação
9 Elementos do desenho: Tipo de estudo - Descreve a estrutura utilizada segundo a questão de investigação (descrever, explorar, examinar relações, verificar hipóteses de causalidade) - Precisar as variáveis a controlar e explicitar como o serão 9 In Processo de Investigação
10 Elementos do desenho: controlo das variáveis estranhas - Variáveis estranhas (de confusão): variáveis que não estão incluídas no estudo mas que podem exercer uma influência sobre a variação da medida das variáveis estudadas - Estratégias para controlar as variáveis estranhas: 1) Amostragem probabilística 2) Repartição aleatória 3) Homogeneidade dos grupos 4) Emparelhamento 5) Blocos emparelhados 6) Procedimentos estatísticos 10 In Processo de Investigação
11 Elementos do desenho: controlo das variáveis estranhas - Estratégias para controlar as variáveis estranhas: 1) Amostragem probabilística: aumenta a probabilidade de que os sujeitos com diversos graus de variável estranha sejam distribuídos igualitariamente nos grupos em estudos 2) Repartição aleatória: cada sujeito do estudo tem igual probabilidade de ser atribuído a um ou outro grupo (reduzir os enviesamentos; aumentar a validade interna) - quando os grupos são pequenos não se garante a produção de grupos equivalentes - Usa-se uma tabela de nº randomizados 11 In Processo de Investigação
12 Elementos do desenho: controlo das variáveis estranhas - Estratégias para controlar as variáveis estranhas: 3) Homogeneidade: Só se utilizam sujeitos semelhantes quanto às variáveis desconhecidas (ex: escolher sujeitos do mesmo grupo etário ou do mesmo sexo 4) Emparelhamento: quando um sujeito é recrutado para o grupo experimental, o investigador emparelha-o com outro sujeito do grupo controlo que apresente as mesmas características em relação às variáveis determinadas (idade, sexo, categorias socio-económicas) 5) Blocos emparelhados: incluir as variáveis estranhas como variáveis independentes. Cada bloco reagrupa um conjunto de sujeitos parecidos no que diz respeito à característica correspondente à variável independente estudada (ex: separar homens e mulheres segundo categorias de idade) 12 In Processo de Investigação
13 Elementos do desenho: controlo das variáveis estranhas - Estratégias para controlar as variáveis estranhas: 6) Procedimentos estatístico: Na impossibilidade de recorrer aos outros meios de assegurar o controlo das variáveis estranhas, utiliza-se uma técnica estatística tal como a análise de covariância. 13 In Processo de Investigação
14 Elementos do desenho: Instrumentos de colheita de dados - Instrumentos de medida: servem para colher os dados que fornecerão respostas às questões de investigação - No decurso da fase metodológica, as medidas e as observações utilizadas para colher os dados são descritas em detalhe Elementos do desenho: Tratamento de dados - O método de analise deve ser congruente em relação aos objectivos e ao desenho do estudo; devem respeitar os postulados referentes às modalidades de distribuição da população (normal ou não); devem ser apropriadas à qualidade dos dados, quer estes sejam nominais, ordinais ou métricos 14 In Processo de Investigação
15 CONCEITOS Enviesamento Manipulação Controlo Causalidade Probabilidade Validade 15 In Processo de Investigação
16 Enviesamento: qualquer condição ou grupo de condições que constituem risco de falsear os resultados Fontes de enviesamento: -O investigador; -A amostra e os sujeitos -Os instrumentos de medida, -Os dados Na elaboração do desenho o investigador deve identificar as possíveis fontes de enviesamento 16 In Processo de Investigação
17 Manipulação: o investigador manipula a variável independente (ensaios experimentais) para observar os efeitos da manipulação sobre uma ou mais variáveis dependentes medidas O G.C. é submetido às mesmas medidas que o G.E. excepto na intervenção/tratamento 17 In Processo de Investigação
18 Controlo: visa limitar as fontes de erro e as influências exteriores que poderiam afectar a variável independente nos estudos de tipo experimental - Escolher grupos homogéneos em relação à variável estranha - Repartir cada participante de forma aleatória nos G.C e G.E. - Emparelhar os sujeitos para controlar a variável estranha - Utilizar medidas múltiplas afim de comparar o antes e o depois 18 In Processo de Investigação
19 Causalidade: a variavel independente X é a causa presumida e a variável Y é o efeito esperado Quanto maior é a proporção de factores de causalidade que possam ser determinados e explorados, maior é a compreensão do fenómeno estudado (Burns e Grove, 1993) 19 In Processo de Investigação
20 Probabilidade: princípio científico segundo o qual não há certeza absoluta, em particular nas relações de causa e efeito, que um acontecimento produza O investigador utiliza um processo probabilístico para examinar a probabilidade de que um dado efeito se produza nas circunstâncias definidas (Burns e Grove, 1993) 20 In Processo de Investigação
21 Validade: conceito importante que se aplica sobretudo aos estudos experimentais O investigador utiliza um processo probabilístico para examinar a probabilidade de que um dado efeito se produza nas circunstâncias definidas (Burns e Grove, 1993) O investigador deve preocupar-se com 2 tipos de validade: - Validade interna - Validade externa 21 In Processo de Investigação
22 Validade interna: refere-se às conclusões plausíveis na relação de causa e efeito, ligando a variável independente à mudança na variável dependente Validade externa: refere-se à possibilidade de generalizar s resultados a outras populações 22 In Processo de Investigação
23 G.C. G.E. 23
24 Análise de sobrevida 1.1 Definição e objectivos 24
25 Análise de sobrevida 1.1 Definição e objectivos 25
26 Definição e objectivos
27 Definição e objectivos
28 Estudo de coorte - idealmente Dinâmica de populações 28
29 Definição e objectivos
30 Definição e objectivos
31 Interferência causal: Provoca falsas interpretações dos resultados 1. Enviesamento erros sistemáticos que podem ocorrer quando existem defeitos no desenho do estudo ou nos procedimentos da colheita de dados. A. Enviesamento de selecção (enviesamento da amostra): Selecção dos indivíduos não é representativa da população-alvo B. Enviesamento devido às técnicas e medições: pode dever-se a erros intrapessoais, interpessoais, instrumento de medida mal aferido, medição da mesma variável com instrumentos diferentes C. Enviesamento devido à codificação e recolha dos dados: informação: Erros de redacção D. Enviesamento devido às declarações dos indivíduos: esquecimento, mentiras, omissões E. Enviesamento devido ao estudo: estrutura e/ou execução F: Enviesamento ligado às características pessoais: interferências de outras doenças no grupo controlo Confusão - Nos estudos não experimentais, não se seleccionam aleatoriamente indivíduos aos grupos que se deseja comparar. Conseqüentemente outros factores podem ser responsáveis por uma associação estatística não causal entre o factor de risco suspeito e o evento.
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