Arianna Legovini Head, Development Impact Evaluation Initiative (DIME) World Bank. O Uso de Avaliações Aleatoria para Melhorar Políticas e Programas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Arianna Legovini Head, Development Impact Evaluation Initiative (DIME) World Bank. O Uso de Avaliações Aleatoria para Melhorar Políticas e Programas"

Transcrição

1

2 Arianna Legovini Head, Development Impact Evaluation Initiative (DIME) World Bank O Uso de Avaliações Aleatoria para Melhorar Políticas e Programas 2

3 Objetivo Identificar o Verdadeiro Efeito de um Programa Separar o impacto do programa de outros fatores Qual o efeito causal de um programa? Necessidade de descobrir o que teria ocorrido sem programa Não se pode observar a mesma pessoa com e sem o programa Conta com análise contrafatual (grupo de controle) 3

4 Ilustração: Programa de Vales para Fertilizante (1) Produtividade Before Antes After Depois (+) Impacto do programa (+) Impacto de outros fatores (externos) 4

5 Ilustração: Programa de Vales para Fertilizante (2) Produtividade Grupo de controle Grupo de tratamento (+) Medida ENVIESADA do impacto do programa Antes Depois 5

6 Correlação não é causalidade 1) Uso de Alta fertilizante produtividade OU 2) Conhecimento das tecnologias Alta produtividade Uso de fertilizante

7 Motivação Difícil distinguir a causalidade da correlação na análise estatística dos dados existentes Independente da complexidade da estatística, só mostra que X vai com Y Difícil corrigir características não observadas, como motivação / habilidade Motivação / habilidade podem ser os principais fatores a serem corrigidos Viés de seleção: um grande problema para a avaliação do impacto Os projetos tiveram início em determinado tempo e local por motivos particulares Os participantes podem selecionar os programas Os primeiros agricultores a adotarem uma nova tecnologia provavelmente serão muito diferentes dos agricultores médios; ao analisar sua produtividade, você terá uma impressão enganosa sobre os benefícios de uma nova tecnologia. 7

8 Motivação Avaliação retrospectiva de impacto: Ao coletar os dados depois do evento, você não sabe como os participantes e não participantes podiam ser comparados antes do início do programa É necessário tentar entender porquê o projeto foi implementado naquele local e naquele período, após o evento. A avaliação prospectiva permite elaborar a avaliação para que responda à pergunta que você precisa responder Permite a coleta dos dados necessários 8

9 Desenho Experimental Todos os participantes do estudo têm a mesma chance de estar no grupo de tratamento ou de controle Intencionalmente, os grupos de tratamento e de controle têm as mesmas características (observadas e não observadas), na média A única diferença é o tratamento Com grandes amostras, todas as características convergem para a média Estimativas de impacto não enviesadas 9

10 Opções de Randomização Sorteio (apenas alguns entram no programa) Entrada gradual (todos entram eventualmente) Variação no tratamento (cobertura integral, diferentes opções) Desenho de incentivo (no caso de adesão parcial) Todos podem entrar, alguns são encorajados a fazê-lo 10

11 Exemplo na Agricultura Sorteio Sorteio para receber informações de uma nova tecnologia agrícola Entrada gradual aleatoria (até o final, todos entram) Treinar alguns grupos de agricultores a cada ano Variação no tratamento Alguns obtêm informações sobre novas sementes, outros têm acesso a crédito, outros conseguem um lote demonstrativo em suas terras, etc. Desenho de incentivo Alguns centros de apoio ao agricultor por bairro Alguns agricultores recebem um vale-passagem para frequentar o centro 11

12 Loteria entre os elegíveis Deve recebir o programa Aleatorizar quem recebe o programa Inelegível para o programa

13 Oportunidades para a aleatorização As limitações orçamentárias impedem a cobertura integral A distribuição aleatória (sorteio) é justa e transparente Capacidade limitada de implementação A introdução gradual oferece a todos a mesma chance de serem os primeiros Inexistência de evidências sobre qual a melhor alternativa Distribuição aleatória para alternativas com a mesma chance ex ante de sucesso 13

14 Oportunidades para a aleatorização Adesão ao programa existente não é completa Fornecer informações ou incentivos para a adesão de alguns Um novo programa piloto Boa oportunidade de testar o desenho antes de expandi-lo Mudanças operacionais em programas em andamento Boa oportunidade de testar as mudanças antes de expandi-las Introduzir innovaçoes de manera aleatoria 14

15 Aleatorização em diferentes níveis Individual Fazenda Associação de Agricultores Bloco de Irrigação Nível da aldeia Associação de mulheres Grupos jovens Nível da escola 15

16 Aleatorização individual ou em grupo? A aleatorização è feita o mesmo nivel que o nivel de intervenção Mais fácil obter amostras grandes o bastante se os indivíduos forem aleatorizados Aleaorização individual Aleaorização de grupos

17 Unidade de Aleatorização A aleatorização em nível mais alto às vezes é necessária: Limitações políticas a tratamentos diferenciados na comunidade Limitações práticas confusão para implementar diferentes versões Os efeitos sobre unidades vizinhas podem demandar uma aleatorização em nível mais alto Aleatorizar ao nível de grupo requer muitos grupos por causa da correlação dentro da comunidade 17

18 Elementos do desenho experimental População alvo Fazendeiros Comerciais Participantes potenciais Produtores de milho Produtores de arroz Amostra de avaliação Grupo de Tratamento Participantes Desistentes Alocação randômica Grupo de Controle 18

19 Validade Externa e Interna (1) Validade externa A amostra é representativa da população total Os resultados na amostra representam os resultados na população Podemos aplicar as lições a toda a população Validade interna O efeito estimado da intervenção ou do programa sobre a população avaliada reflete o impacto real naquela população Ou seja, os grupos de intervenção e de controle são comparáveis 19

20 Validade Externa e Interna(2) Uma avaliação pode ter validade interna sem validade externa Exemplo: uma avaliação randomizada sobre o incentivo às mulheres tomarem parte das eleições na área urbana pode não dizer muito sobre o impacto de um programa semelhante nas áreas rurais Uma avaliação sem validade interna não pode ter validade externa Se você desconhece se um programa funciona em um local, então você não sabe nada sobre se ele funciona em qualquer outro lugar. 20

21 Validade externa & interna População Nacional Randomização Amostras da População Nacional Randomização 21

22 Validade interna População Estratificação Amostras do Estrato da População Estrato do População Randomização 22

23 Representativo porém enviesado: inútil População Nacional Randomização Distribuição Enviesada INÚTIL! 23

24 Exemplo: Programa de Vale Fertilizante, validade interna Amostra de Agricultores Comerciais Distribuição Randômica 24

25 Exemplo: CDD em Serra Leoa Sequência básica de tarefas para a avaliação Listar as comunidades elegíveis nas áreas alvo o As comunidades não atendidas por outros programas e com tamanho razoável Dados básicos das comunidades Distribuição para o GoBifo, alguns sorteios públicos Projeto GoBifo implementado Pesquisa de acompanhamento e exercício participativo 25

26 Eficácia e Efetividade Eficácia Prova de conceito Menor escala Piloto em condições ideais Efectividad Em escala Arranjos de implementação prevalentes vida real Maior ou menor impacto? Maiores ou menores custos? 26

27 Vantagens de experimentos Impacto causal claro e preciso Em relação a outros métodos Muito mais fácil de analisar Mais barato (tamanhos menores de amostra) Mais fácil de explicar Mais convincente para os formuladores de política Metodologicamente incontroverso 27

28 E se houver restrições sobre a aleatorização? Limitações orçamentárias: randomizar entre os mais necessitados Limitações de capacidade de implantação: randomizar quem recebe primeiro (ou a seguir se você já houver começado) Promover o programa aleatoriamente para alguns 28

29 Quando é realmente impossível? O tratamento já foi alocado e anunciado e sem possibilidade de expansão do tratamento O programa já acabou (retrospectiva) Já há adesão universal O programa é nacional e não excludente Liberdade de imprensa, política de câmbio (às vezes alguns componentes podem ser randomizados) A amostra é muito pequena para ser válida 29

30 Divulgação Randômica (Desenho de Encorajamento) Quem recebe divulgação tem maior chance de participar Como quem recebe foi escolhido aleatoriamente, não há relação com observáveis / não observáveis Compare os resultados médios dos dois grupos: com / sem divulgação Efeito da oferta do programa (Intenção de Tratar) Efeito da intervenção (Tratamento Médio no Tratado) ATT= efeito da oferta do programa / proporção dos que aderiram

31 Aleatorização Alocado para tratamento Alocado para controle Diferença Impacto: efeito médio do tratamento sobre os tratados Não-tratados Tratados Proporção tratada Resultado médio 100% 0% 100% Impacto da alocação Estimativa da intenção de tratar 100% 23/100%=23 Tratamento médio sobre os tratados

32 Incentivo randômico Incentivados Não incentivados Diferença Impacto: efeito médio do tratamento sobre os que aderiram Não tratados (não aderiram) Tratados (aderiram) Proporção tratada 70% 30% 40% Impacto do incentivo 100% Resultado Estimativa da intenção de tratar 8/40%=20 Tratamento médio sobre os que aderiram

33 Erros comuns a evitar Cálculo incorreto da amostra Randomizar um distrito para tratamento e outro para controle e calcular o tamanho da amostra sobre o número de pessoas que forem entrevistadas Coleta de dados diferente no tratamento e no controle Contagem dos que foram distribuídos para tratamento mas não aderiram ao programa como controle não desfaça sua randomização!!! 33

34

DIME WORKSHOP OCTOBER 13-17, 2014 LISBON, PORTUGAL

DIME WORKSHOP OCTOBER 13-17, 2014 LISBON, PORTUGAL DIME WORKSHOP OCTOBER 13-17, 2014 LISBON, PORTUGAL Métodos Experimentais Arianna Legovini October 13, 2014 DIME/Banco Mundial Provocações! 1. Você acha que o seu projeto é um sucesso ou vai se tornar quando

Leia mais

Caio Piza DIME/Banco Mundial São Paulo, 25-27 de Março de 2013. Métodos Experimentais

Caio Piza DIME/Banco Mundial São Paulo, 25-27 de Março de 2013. Métodos Experimentais Caio Piza DIME/Banco Mundial São Paulo, 25-27 de Março de 2013 Métodos Experimentais Objetivo Identificar o Verdadeiro Efeito de um Programa Separar o impacto do programa de outros fatores >>Qual o efeito

Leia mais

Bioestatística F Desenho de Estudos na Área da Saúde

Bioestatística F Desenho de Estudos na Área da Saúde 1/24 Bioestatística F Desenho de Estudos na Área da Saúde Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/24 Perguntas Relevantes Os grupos são comparáveis? As variáveis de confusão foram medidas/controladas?

Leia mais

Desenho de Estudos. Enrico A. Colosimo/UFMG enricoc. Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/28

Desenho de Estudos. Enrico A. Colosimo/UFMG  enricoc. Depto. Estatística - ICEx - UFMG 1/28 1/28 Introdução à Bioestatística Desenho de Estudos Enrico A. Colosimo/UFMG http://www.est.ufmg.br/ enricoc Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/28 Perguntas Relevantes Os grupos são comparáveis? As variáveis

Leia mais

Tipos de Estudos Epidemiológicos

Tipos de Estudos Epidemiológicos Pontifícia Universidade Católica de Goiás Escola de Ciências Agrárias e Biológicas Epidemiologia e Saúde Pública Tipos de Estudos Epidemiológicos Prof. Macks Wendhell Gonçalves Msc. Quando recorrer às

Leia mais

Delineamentos de estudos. FACIMED Investigação científica II 5º período Professora Gracian Li Pereira

Delineamentos de estudos. FACIMED Investigação científica II 5º período Professora Gracian Li Pereira Delineamentos de estudos FACIMED 2012.1 Investigação científica II 5º período Professora Gracian Li Pereira Delineamentos de estudos Estudos descritivos Relato de caso Série de casos Transversal Ecológico

Leia mais

1 Desenho da investigação. 1.1 Definição e objectivos 1.2 Elementos do desenho

1 Desenho da investigação. 1.1 Definição e objectivos 1.2 Elementos do desenho 1 Desenho da investigação 1.1 Definição e objectivos 1.2 Elementos do desenho Definição: Plano e estrutura do trabalho de investigação; Conjunto de directivas associadas ao tipo de estudo escolhido Objectivos:

Leia mais

Estrutura, Vantagens e Limitações dos. Principais Métodos

Estrutura, Vantagens e Limitações dos. Principais Métodos Estrutura, Vantagens e Limitações dos Principais Métodos 1) Ensaio clínico Randomizado 2) Estudo de coorte 3) Estudo de caso controle 4) Estudo transversal 5) Estudo ecológico 1) Ensaio clínico Randomizado

Leia mais

Principais Conceitos em Estatística

Principais Conceitos em Estatística 1 Principais Conceitos em Estatística Ernesto F. L. Amaral 08 de outubro de 2009 www.ernestoamaral.com/met20092.html Fonte: Triola, Mario F. Introdução à estatística. 10 ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2008.

Leia mais

AVALIAÇÃO DO IMPACTO

AVALIAÇÃO DO IMPACTO MEDIÇÃO DOS RESULTADOS E AVALIAÇÃO DO IMPACTO Christopher Blattman Universidade Yale Exemplo 1: Transferências de dinheiro para a formação profissional dos jovens no período pós-conflito no Uganda Estas

Leia mais

09 a 12 de novembro de 2016

09 a 12 de novembro de 2016 COMO ELABORAR PESQUISA DE MERCADO 08 a 11 de outubro de 2014 09 a 12 de novembro de 2016 Missão do Sebrae Competitividade Perenidade Sobrevivência Evolução Orientar na implantação e no desenvolvimento

Leia mais

AMOSTRAGEM. É a parte da Teoria Estatística que define os procedimentos para os planejamentos amostrais e as técnicas de estimação utilizadas.

AMOSTRAGEM. É a parte da Teoria Estatística que define os procedimentos para os planejamentos amostrais e as técnicas de estimação utilizadas. AMOSTRAGEM É a parte da Teoria Estatística que define os procedimentos para os planejamentos amostrais e as técnicas de estimação utilizadas. Nos planejamentos amostrais, a coleta dos dados deve ser realizada

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

VALIDADE EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

VALIDADE EM ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA -DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA 1º semestre

Leia mais

Desenhos de Estudos Epidemiológicos

Desenhos de Estudos Epidemiológicos UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA DESENHOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Desenhos de Estudos Epidemiológicos Profª. Amanda de Moura

Leia mais

Estatística Aplicada à Gestão

Estatística Aplicada à Gestão Estatística Aplicada à Gestão E-mail: reginaldo.izelli@fatec.sp.gov.br Disciplina: Estatística Aplicada à Gestão Disciplina: Estatística Aplicada à Gestão Conceitos em amostragem: : é o processo de retirada

Leia mais

Validade em Estudos Epidemiológicos II

Validade em Estudos Epidemiológicos II Universidade Federal do Rio de Janeiro Programa de Pós P s Graduação em Saúde Coletiva Validade em Estudos Epidemiológicos II - Confundimento e Interação - Confundimento ou situação de confusão ocorre

Leia mais

Desenhos dos estudos de Epidemiologia Nutricional Analítica

Desenhos dos estudos de Epidemiologia Nutricional Analítica Desenhos dos estudos de Epidemiologia Nutricional Analítica Estudo experimental ou de intervenção Estudo transversal ou seccional. Estudo caso-controle. Estudo de coorte ou longitudinal. ESTUDO EXPERIMENTAL

Leia mais

Técnicas Experimentais Aplicadas à Zootecnia UNIDADE 1. NOÇÕES DE PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL

Técnicas Experimentais Aplicadas à Zootecnia UNIDADE 1. NOÇÕES DE PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL Técnicas Experimentais Aplicadas à Zootecnia UNIDADE 1. NOÇÕES DE PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL Experimentos (testes) são realizados por pesquisadores em todos os campos de investigação, usualmente para descobrir

Leia mais

PARTE I Os enfoques quantitativo e qualitativo na pesquisa científica

PARTE I Os enfoques quantitativo e qualitativo na pesquisa científica Sumário Prefácio... 17 Estrutura pedagógica... 23 PARTE I Os enfoques quantitativo e qualitativo na pesquisa científica 1 Definições dos enfoques quantitativo e qualitativo, suas semelhanças e diferenças...

Leia mais

Métodos Não-Experimentais. Caio Piza - DIME 22/06/2015 ieconnect Impact Evaluation Workshop Rio de Janeiro, Brazil June 22-25, 2015

Métodos Não-Experimentais. Caio Piza - DIME 22/06/2015 ieconnect Impact Evaluation Workshop Rio de Janeiro, Brazil June 22-25, 2015 Métodos Não-Experimentais Caio Piza - DIME 22/06/2015 ieconnect Impact Evaluation Workshop Rio de Janeiro, Brazil June 22-25, 2015 Tudo o que você gostaria de saber sobre métodos não-experimentais, mas

Leia mais

Técnicas de Amostragem

Técnicas de Amostragem Técnicas de Amostragem 1 Amostragem é o processo de seleção de uma amostra, que possibilita o estudo das características da população. Quando obtemos informações a partir de amostras e tentamos atingir

Leia mais

Metodologias causais para estudos observacionais

Metodologias causais para estudos observacionais Metodologias causais para estudos observacionais Prof. Alexandre Chiavegatto Filho Escola de Epidemiologia FSP-USP 18 de maio de 2015 Referências 1 - Menezes Filho, N. Avaliação econômica de projetos sociais.

Leia mais

Noções de Amostragem. Universidade Estadual de Santa Cruz Gustavo Fragoso

Noções de Amostragem. Universidade Estadual de Santa Cruz Gustavo Fragoso Noções de Amostragem Universidade Estadual de Santa Cruz Gustavo Fragoso Motivação Raramente se consegue obter a distribuição exata de alguma variável, ou porque isso é muito dispendioso, ou muito demorado

Leia mais

Estatística Vital Aula 1-07/03/2012. Hemílio Fernandes Campos Coêlho Departamento de Estatística UFPB

Estatística Vital Aula 1-07/03/2012. Hemílio Fernandes Campos Coêlho Departamento de Estatística UFPB Estatística Vital Aula 1-07/03/2012 Hemílio Fernandes Campos Coêlho Departamento de Estatística UFPB Programa proposto Noções de estatística descritiva Noções de probabilidade Noções de Intervalo de confiança

Leia mais

TIPOS DE ESTUDOS PARTE 2 PROFA. DRA. MARIA MEIMEI BREVIDELLI

TIPOS DE ESTUDOS PARTE 2 PROFA. DRA. MARIA MEIMEI BREVIDELLI TIPOS DE ESTUDOS PARTE 2 PROFA. DRA. MARIA MEIMEI BREVIDELLI CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS (LOBIONDO- WOOD, HABER, 2001) Experimentais Experimento clássico Experimento apenas depois Quase- Experimentais Grupo

Leia mais

Linha Técnica Sessão I: Inferência Causal

Linha Técnica Sessão I: Inferência Causal Impact Evaluation Linha Técnica Sessão I: Inferência Causal Human Development Human Network Development Network Middle East and North Africa Region World Bank Institute Spanish Impact Evaluation Fund www.worldbank.org/sief

Leia mais

METÓDOS EXPERIMENTAIS PARTE 1. Seminário de Avaliação de Impacto Luanda, Angola

METÓDOS EXPERIMENTAIS PARTE 1. Seminário de Avaliação de Impacto Luanda, Angola METÓDOS EXPERIMENTAIS PARTE 1 Seminário de Avaliação de Impacto Luanda, Angola Novembro 19 20, 2015 Referência Versão em Espanhol & Versão em Francês e também disponível em Portuguese. http://runningres.com

Leia mais

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PESQUISA CLÍNICA

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PESQUISA CLÍNICA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PESQUISA CLÍNICA Stephen B. Hulley, Thomas B. Newman e Steven R. Cummings Delineando a Pesquisa Clínica 2015; 4. ed. 02-13 Apresentação: Andressa Giordani Anatomia da pesquisa

Leia mais

Técnicas econométricas para avaliação de impacto O uso de métodos de regressão e introdução aos métodos de diferençasdas-diferenças

Técnicas econométricas para avaliação de impacto O uso de métodos de regressão e introdução aos métodos de diferençasdas-diferenças Técnicas econométricas para avaliação de impacto O uso de métodos de e introdução aos métodos de diferençasdas-diferenças Bruno César Araújo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA Brasília, 30 de

Leia mais

Fazer um diagnóstico. Testes Diagnósticos. Necessidade dos testes. Foco principal

Fazer um diagnóstico. Testes Diagnósticos. Necessidade dos testes. Foco principal Testes Diagnósticos Avaliação Crítica Fazer um diagnóstico tentativa de tomar uma decisão adequada usando informações inadequadas resultado de testes diminuir a incerteza do diagnóstico Ideal saber viver

Leia mais

Desenhos Quasi-Experimentais com Grupos de Controle e sem Pré-testes

Desenhos Quasi-Experimentais com Grupos de Controle e sem Pré-testes Universidade de Brasília Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA Grupo de Pesquisa Impacto Desenhos Quasi-Experimentais com Grupos de Controle e sem Pré-testes Experimental and Quasi-Experimental

Leia mais

Fazer um diagnóstico. Necessidade dos testes. Foco principal. Variabilidade do teste. Diminuição das incertezas definição de normal

Fazer um diagnóstico. Necessidade dos testes. Foco principal. Variabilidade do teste. Diminuição das incertezas definição de normal Fazer um diagnóstico Avaliação Crítica tentativa de tomar uma decisão adequada usando informações inadequadas resultado de testes diminuir a incerteza do diagnóstico Ideal saber viver com a incerteza saber

Leia mais

Estudos de Caso-Controle

Estudos de Caso-Controle UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Estudos de Caso-Controle Prof. Fredi Alexander Diaz Quijano Departamento Epidemiologia FSP E-mail: frediazq@msn.com Estudos de Caso-Controle Comparação de grupos de pessoas selecionadas

Leia mais

Amostragem. Amostragem. Técnica: possibilita realizar a pesquisa em universos infinitos.

Amostragem. Amostragem. Técnica: possibilita realizar a pesquisa em universos infinitos. Técnica: possibilita realizar a pesquisa em universos infinitos. A Estatística pode ser estendida ao estudo das populações chamadas infinitas nas quais não temos a possibilidade de observar todos os elementos

Leia mais

Inventário Florestal. Amostragem

Inventário Florestal. Amostragem Inventário Florestal Amostragem 1 Definição: Seleção de uma parte (amostra) de um todo (população), coletando na parte selecionada, algumas informações de interesse, com o objetivo de tirar conclusão (inferência)

Leia mais

CERTIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO

CERTIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO CERTIFICAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO DESENHO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO Equipe Portunhol Tupiniquim 19 de Abril de 2013 Santiago, Chile 1 O Programa Professores que

Leia mais

Desenhos de estudos científicos. Heitor Carvalho Gomes

Desenhos de estudos científicos. Heitor Carvalho Gomes Desenhos de estudos científicos Heitor Carvalho Gomes 2016 01 01 01 Desenhos de estudos científicos Introdução Epidemiologia clínica (Epidemiologia + Medicina Clínica)- trata da metodologia das

Leia mais

Em várias ocasiões há de se proceder à coleta de dados diretamente na origem, isto é, dos sujeitos com quem pretendemos realizar determinado estudo.

Em várias ocasiões há de se proceder à coleta de dados diretamente na origem, isto é, dos sujeitos com quem pretendemos realizar determinado estudo. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Amostragem Luiz Medeiros de Araujo Lima Filho Departamento de Estatística INTRODUÇÃO Em várias ocasiões há de se proceder à coleta de dados diretamente na origem, isto é,

Leia mais

Seminário Internacional do Itaú sobre Avaliação de Projetos Sociais

Seminário Internacional do Itaú sobre Avaliação de Projetos Sociais Seminário Internacional do Itaú sobre Avaliação de Projetos Sociais Miguel N. Foguel (Ipea) Outubro 2012 Comentários sobre: Visualizing Development: Eyeglasses and Academic Performance in Rural Primary

Leia mais

Vieses e Confundimento. Prof. Dr. Octavio Marques Pontes Neto

Vieses e Confundimento. Prof. Dr. Octavio Marques Pontes Neto Vieses e Confundimento Prof. Dr. Octavio Marques Pontes Neto Tipos de Erros em Pesquisa Clínica Explicações alternabvas para os resultados encontrados: Erro de precisão: Erro randômico, aleatório. Erro

Leia mais

Principais Delineamentos de Pesquisa. Lisia von Diemen

Principais Delineamentos de Pesquisa. Lisia von Diemen Principais Delineamentos de Pesquisa Lisia von Diemen Tipos de Estudos Observacionais Descritivos Analíticos Instante Período de Tempo Experimentais Randomizado Não-Randomizado Observacionais Descritivos

Leia mais

A Estatística compreende um conjunto de

A Estatística compreende um conjunto de UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA INTRODUÇÃO Departamento de Estatística Luiz Medeiros http://www.de.ufpb.br/~luiz/ CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ESTATÍSTICA O que a Estatística significa para você? Pesquisas

Leia mais

17/07/2017. Semiprobabilística. Amostra. Amostra Probabilística. Estatística. Amostra Não probabilística TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM NOÇÕES DE AMOSTRAGEM

17/07/2017. Semiprobabilística. Amostra. Amostra Probabilística. Estatística. Amostra Não probabilística TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM NOÇÕES DE AMOSTRAGEM Probabilística Não probabilística Semiprobabilística 17/07/2017 Técnica de gem Não Probabilística Semiprobabilistica probabilística 1 TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM Estatística 2 Por conveniência Sistemática Por

Leia mais

Princípios de Bioestatística Desenho de Estudos Clínicos

Princípios de Bioestatística Desenho de Estudos Clínicos 1/47 Princípios de Bioestatística Desenho de Estudos Clínicos Enrico A. Colosimo/UFMG Depto. Estatística - ICEx - UFMG 2/47 Pesquisa Clínica Pergunta Tipo de Desenho Desenho Estudo Efeitos (coorte, idade,

Leia mais

Amostragem Objetivos - Identificar as situações em que se deve optar pela amostragem e pelo censo. - Compreender e relacionar AMOSTRA e POPULAÇÃO.

Amostragem Objetivos - Identificar as situações em que se deve optar pela amostragem e pelo censo. - Compreender e relacionar AMOSTRA e POPULAÇÃO. Amostragem Objetivos - Identificar as situações em que se deve optar pela amostragem e pelo censo. - Compreender e relacionar AMOSTRA e POPULAÇÃO. - Que é Amostragem Aleatória Simples. - Métodos para a

Leia mais

Simulação de Sistemas. Adaptado de material de Júlio Pereira Machado (AULA 17)

Simulação de Sistemas. Adaptado de material de Júlio Pereira Machado (AULA 17) Simulação de Sistemas Adaptado de material de Júlio Pereira Machado (AULA 17) Análise dos Dados de Saída Além das tarefas de modelagem e validação, devemos nos preocupar com a análise apropriada dos resultados

Leia mais

DIME Impact Evaluation Workshop. Innovations for Agriculture June 2014, Kigali, Rwanda

DIME Impact Evaluation Workshop. Innovations for Agriculture June 2014, Kigali, Rwanda DIME Impact Evaluation Workshop Innovations for Agriculture 16-20 June 2014, Kigali, Rwanda Amostragem para Avaliações de Impacto Astrid Zwager (DIME) 2 introdução Para estimar o impacto do projeto, precisamos

Leia mais

TIPOS DE AMOSTRAGEM Amostragem Probabilística e Não-Probabilística. Amostragem PROBABILÍSTICA: Amostragem Aleatória Simples: VANTAGENS:

TIPOS DE AMOSTRAGEM Amostragem Probabilística e Não-Probabilística. Amostragem PROBABILÍSTICA: Amostragem Aleatória Simples: VANTAGENS: TIPOS DE AMOSTRAGEM Amostragem Probabilística e Não-Probabilística. Amostragem PROBABILÍSTICA: Técnicas de amostragem em que a seleção é aleatória de tal forma que cada elemento tem igual probabilidade

Leia mais

01/06/2016. Semiprobabilística. Amostra. Amostra Probabilística. Bioestatística. Amostra Não probabilística TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM

01/06/2016. Semiprobabilística. Amostra. Amostra Probabilística. Bioestatística. Amostra Não probabilística TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM Probabilística Não probabilística Semiprobabilística 01/06/2016 Técnica de gem Não Probabilística Semiprobabilistica probabilística 1 TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM Bioestatística 2 Por conveniência Sistemática

Leia mais

TIPOS DE PESQUISAS EXPLORATÓRIAS

TIPOS DE PESQUISAS EXPLORATÓRIAS TIPOS DE PESQUISAS EXPLORATÓRIAS Grupos de Foco é uma reunião de pessoas selecionadas por pesquisador para discutir um assunto ligado a um problema de pesquisa. Os participantes de um grupo de foco são

Leia mais

Corpo da Dissertação ou Tese

Corpo da Dissertação ou Tese PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS PGCEM DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA SEMINÁRIOS Corpo da Dissertação ou Tese 2015/02 Corpo

Leia mais

Estudos Caso-Controle

Estudos Caso-Controle Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina / Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC Departamento Medicina Preventiva Disciplina de Epidemiologia Caso-controle

Leia mais

Conceito de Estatística

Conceito de Estatística Conceito de Estatística Estatística Técnicas destinadas ao estudo quantitativo de fenômenos coletivos, observáveis. Unidade Estatística um fenômeno individual é uma unidade no conjunto que irá constituir

Leia mais

Noções de Amostragem

Noções de Amostragem Noções de Amostragem AMOSTRAGEM Amostragem: é a área da estatística que estuda técnicas e procedimentos para retirar e analisar uma amostra com o objetivo de fazer inferência a respeito da população de

Leia mais

Planejamento de instalação de experimentos no campo

Planejamento de instalação de experimentos no campo Planejamento de instalação de experimentos no campo Antonio Williams Moita Embrapa Hortaliças Goiânia, 28 de novembro de 2012 Experimentação Agrícola Histórico John Bennet Lawes - após prolongadas experimentações

Leia mais

Explorando o processo da adopção de Agricultura de Conservação no planalto de Angónia, Moçambique

Explorando o processo da adopção de Agricultura de Conservação no planalto de Angónia, Moçambique Explorando o processo da adopção de Agricultura de Conservação no planalto de Angónia, Moçambique Philip Grabowski Faculdade de CARRS Proposta de Pesquisa 1 June 2010 Há uma longa história de técnicas

Leia mais

PERFIL DOS AUTORES... XVII PREFÁCIO... XIX INTRODUÇÃO... XXI

PERFIL DOS AUTORES... XVII PREFÁCIO... XIX INTRODUÇÃO... XXI Sumário PERFIL DOS AUTORES... XVII PREFÁCIO... XIX INTRODUÇÃO... XXI CAPÍTULO 1 O processo de pesquisa e os enfoques quantitativo e qualitativo rumo a um modelo integral... 2 Que enfoques foram apresentados

Leia mais

O uso de algoritmos de emparelhamento - matching

O uso de algoritmos de emparelhamento - matching Técnicas econométricas para avaliação de impacto O uso de algoritmos de emparelhamento - matching Bruno César Araújo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA Brasília, 7 de maio de 2008 Pergunta da

Leia mais

ESTUDOS SECCIONAIS. Não Doentes Expostos. Doentes Expostos. Doentes Não Expostos. Não Doentes Não Expostos

ESTUDOS SECCIONAIS. Não Doentes Expostos. Doentes Expostos. Doentes Não Expostos. Não Doentes Não Expostos ESTUDOS SECCIONAIS ESTUDOS SECCIONAIS Doentes Expostos Doentes Não Expostos Não Doentes Expostos Não Doentes Não Expostos Frequencias de doença e exposição observadas em um estudo seccional Frequencias

Leia mais

Tipos de Estudos Clínicos: Classificação da Epidemiologia. Profa. Dra. Maria Meimei Brevidelli

Tipos de Estudos Clínicos: Classificação da Epidemiologia. Profa. Dra. Maria Meimei Brevidelli Tipos de Estudos Clínicos: Classificação da Epidemiologia Profa. Dra. Maria Meimei Brevidelli Roteiro da Apresentação 1. Estrutura da Pesquisa Científica 2. Classificação dos estudos epidemiológicos 3.

Leia mais

Estimação parâmetros e teste de hipóteses. Prof. Dr. Alberto Franke (48)

Estimação parâmetros e teste de hipóteses. Prof. Dr. Alberto Franke (48) Estimação parâmetros e teste de hipóteses Prof. Dr. Alberto Franke (48) 91471041 Intervalo de confiança para média É um intervalo em que haja probabilidade do verdadeiro valor desconhecido do parâmetro

Leia mais

SEMINÁRIO REGIONAL DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO Avaliando o Impacto dos Programas de Desenvolvimento: Transformando Promessas em Evidências

SEMINÁRIO REGIONAL DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO Avaliando o Impacto dos Programas de Desenvolvimento: Transformando Promessas em Evidências Banco Mundial Região da América Latina e do Caribe e Rede de Desenvolvimento Humano Com o generoso apoio do Fundo de Avaliação de Impacto Espanhol (SIEF) SEMINÁRIO REGIONAL DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO Avaliando

Leia mais

Capítulo 6 Seleção de funcionários

Capítulo 6 Seleção de funcionários Capítulo 6 Seleção de funcionários slide 1 Objetivos de aprendizagem 1. Definir os conceitos básicos de testes, incluindo legitimidade e confiabilidade. 2. Discutir, pelo menos, quatro tipos básicos de

Leia mais

METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA

METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA METODOLOGIA EPIDEMIOLOGICA CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS: ESTUDOS DESCRITIVOS Os estudos descritivos objetivam informar sobre a distribuição de um evento, na população, em termos quantitativos.

Leia mais

Les Estatística Aplicada II AMOSTRA E POPULAÇÃO

Les Estatística Aplicada II AMOSTRA E POPULAÇÃO Les 0407 - Estatística Aplicada II AMOSTRA E POPULAÇÃO AULA 1 04/08/16 Prof a Lilian M. Lima Cunha Agosto de 2016 Estatística 3 blocos de conhecimento Estatística Descritiva Levantamento e resumo de dados

Leia mais

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS - EPAMIG

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS - EPAMIG EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS - EPAMIG C L I P P I N G 13/1/2011 Produção Ascom Diário do Comércio 12/1/2011 Agência Minas 12/1/2011 www.agenciaminas.mg.gov.br Programa Minas Leite terá

Leia mais

6 Um estudo de simulação para avaliação dos estimadores associados aos coeficientes de escalonabilidade da TRIN

6 Um estudo de simulação para avaliação dos estimadores associados aos coeficientes de escalonabilidade da TRIN 6 Um estudo de simulação para avaliação dos estimadores associados aos coeficientes de escalonabilidade da TRIN Este capítulo apresenta a descrição de dois estudos de simulação adequados ao contexto da

Leia mais

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Matrizes de referência para avaliação: documento básico - SARESP. São Paulo: SEE, 2009

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Matrizes de referência para avaliação: documento básico - SARESP. São Paulo: SEE, 2009 SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Matrizes de referência para avaliação: documento básico - SARESP. São Paulo: SEE, 2009 : PROFESSORA: Matilde Flório 1 PROFESSORA: Matilde Flório Pós-Graduada

Leia mais

Elementos de Estatística. Michel H. Montoril Departamento de Estatística - UFJF

Elementos de Estatística. Michel H. Montoril Departamento de Estatística - UFJF Elementos de Estatística Michel H. Montoril Departamento de Estatística - UFJF O que é a estatística? Para muitos, a estatística não passa de conjuntos de tabelas de dados numéricos. Os estatísticos são

Leia mais

P. P. G. em Agricultura de Precisão DPADP0803: Geoestatística (Prof. Dr. Elódio Sebem)

P. P. G. em Agricultura de Precisão DPADP0803: Geoestatística (Prof. Dr. Elódio Sebem) Amostragem: Em pesquisas científicas, quando se deseja conhecer características de uma população, é comum se observar apenas uma amostra de seus elementos e, a partir dos resultados dessa amostra, obter

Leia mais

Abordagem "quantitativa" Utilização de grandes amostras Seleção aleatória das unidades de análise Preferência por teorias parcimoniosas e dotadas de alto grau de generalidade Redução da complexidade social

Leia mais

A Qualidade do Ensino Médio no Brasil: o papel do gestor. Sergio Firpo, Professor Titular da Cátedra Instituto Unibanco do Insper 26 de julho de 2016

A Qualidade do Ensino Médio no Brasil: o papel do gestor. Sergio Firpo, Professor Titular da Cátedra Instituto Unibanco do Insper 26 de julho de 2016 A Qualidade do Ensino Médio no Brasil: o papel do gestor Sergio Firpo, Professor Titular da Cátedra Instituto Unibanco do Insper 26 de julho de 2016 % % Atendimento do Ensino Médio no Brasil Metas do PNE

Leia mais

METODOLOGIA DA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO- ORTOPÉDICA

METODOLOGIA DA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO- ORTOPÉDICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO- ORTOPÉDICA METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Profª. Dra. Paula Silva de Carvalho Chagas Faculdade de Fisioterapia UFJF Doutora em Ciências da Reabilitação

Leia mais

Seminários Digitais Parte VI. Do universo, da amostra e da delimitação do corpus na pesquisa

Seminários Digitais Parte VI. Do universo, da amostra e da delimitação do corpus na pesquisa Seminários Digitais Parte VI Do universo, da amostra e da delimitação do corpus na pesquisa Curso de Comunicação em Mídias Digitais Pesquisa Aplicada em Comunicação e Mídias Digitais Marcos Nicolau Do

Leia mais

Telemetria em Pulverização Pedro Estevão Bastos Abimaq

Telemetria em Pulverização Pedro Estevão Bastos Abimaq Telemetria em Pulverização Pedro Estevão Bastos Abimaq ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas CSMIA Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas 360 empresas 48.000 empregos R$ 11

Leia mais

Pesquisa Operacional II. Professor: Roberto César

Pesquisa Operacional II. Professor: Roberto César Pesquisa Operacional II Professor: Roberto César POPULAÇÃO E AMOSTRA População: refere-se ao grupo total. Amostra: é toda fração obtida de uma população (independente de seu tamanho). Quando usar Amostragem?

Leia mais

Amostragem: Planejamento e Processos. Cap. 12 e 13 Introdução a Pesquisa de Marketing Naresh K. Malhotra

Amostragem: Planejamento e Processos. Cap. 12 e 13 Introdução a Pesquisa de Marketing Naresh K. Malhotra Amostragem: Planejamento e Processos Cap. 12 e 13 Introdução a Pesquisa de Marketing Naresh K. Malhotra Amostra ou Censo Amostra: Subgrupo dos elementos da população selecionados para participação no estudo.

Leia mais

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3.

1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. 1 1. Avaliação de impacto de programas sociais: por que, para que e quando fazer? (Cap. 1 do livro) 2. Estatística e Planilhas Eletrônicas 3. Modelo de Resultados Potenciais e Aleatorização (Cap. 2 e 3

Leia mais

A Importância do Desenho Amostral. Donald Pianto Departamento de Estatística UnB

A Importância do Desenho Amostral. Donald Pianto Departamento de Estatística UnB A Importância do Desenho Amostral Donald Pianto Departamento de Estatística UnB Objetivo dessa aula Explicar os tipos básicos de amostragem e a razão pelo uso de cada um Contemplar o uso simultaneo de

Leia mais

Linha Técnica Sessão IV Variáveis Instrumentais

Linha Técnica Sessão IV Variáveis Instrumentais Impact Evaluation Linha Técnica Sessão IV Variáveis Instrumentais Human Development Human Network Development Network Middle East and North Africa Region World Bank Institute Spanish Impact Evaluation

Leia mais

Introdução a Teste de Software

Introdução a Teste de Software Universidade Católica de Pelotas Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Disciplina de Qualidade de Software Introdução a Teste de Software Prof. Luthiano Venecian 1 Conceitos Teste de software

Leia mais

ESTATÍSTICA ANALÍTICA. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

ESTATÍSTICA ANALÍTICA. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior ESTATÍSTICA ANALÍTICA Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Introdução Permite ao pesquisador ir além da descrição dos dados e fazer inferências sobre a população, a partir da amostra. Estas inferências

Leia mais

Artículo Especial: Evaluación de la evidencia científica Albert J. Jovell Y Maria D. Navarro-Rubio Med Clin (Barc) 1995;105:

Artículo Especial: Evaluación de la evidencia científica Albert J. Jovell Y Maria D. Navarro-Rubio Med Clin (Barc) 1995;105: Unidade de Pesquisa Clínica Artículo Especial: Evaluación de la evidencia científica Albert J. Jovell Y Maria D. Navarro-Rubio Med Clin (Barc) 1995;105: 740-43 Apresentado em 13 de Maio de 2009 Mireile

Leia mais

O que é população? O que é amostra? Curso de Bacharelado em Educação Física e Saúde

O que é população? O que é amostra? Curso de Bacharelado em Educação Física e Saúde Curso de Bacharelado em Educação Física e Saúde Disciplina de Epidemiologia da Atividade Física Prof. Alex Antonio Florindo Prof. Douglas Andrade População e amostra O que é população e amostra; Tipos

Leia mais

- Prototipação Iterativa - Observação Direta

- Prototipação Iterativa - Observação Direta - Prototipação Iterativa - Observação Direta Júnia Coutinho Anacleto Silva Maio/2004 Prototipação Iterativa A interface com o usuário é a porta de entrada da aplicação, e desempenha um papel fundamental

Leia mais

Experimentos. Introdução. Vantagens. Exemplo. Cleidson de Souza. LABES - DI - UFPA

Experimentos. Introdução. Vantagens. Exemplo. Cleidson de Souza. LABES - DI - UFPA Introdução Experimentos Cleidson de Souza LABES - DI - UFPA cdesouza@ufpa.br! Os experimentos são provavelmente o método científico mais famoso. São baseados na mesma abordagem e tradição das ciências

Leia mais

Delineando estudos viáveis

Delineando estudos viáveis Delineando estudos viáveis O que pensar nos estudos em biologia? Como iremos analisar depois? Temos que dar nome aos bois no nosso delineamento amostral/experimental! Conceitos básicos Probabilidades Amostragem

Leia mais

Métricas de Complexidade

Métricas de Complexidade Tema da Aula Estimativas e Métricas - III Prof. Cristiano R R Portella portella@widesoft.com.br 9 Pode-se medir a complexidade de um software a partir de 2 enfoques: Medir a complexidade do problema: Funções

Leia mais

Unidade: AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR. Unidade I:

Unidade: AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR. Unidade I: Unidade: AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR Unidade I: 0 Unidade: AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR Introdução O consumo de alimentos é uma etapa importante da avaliação nutricional de indivíduos ou coletividades.

Leia mais

PESQUISA CLÍNICA (PESQUISA EM SERES HUMANOS) CNS/Res 196/1996

PESQUISA CLÍNICA (PESQUISA EM SERES HUMANOS) CNS/Res 196/1996 PESQUISA CLÍNICA (PESQUISA EM SERES HUMANOS) CNS/Res 196/1996 Pesquisa que, individual ou coletivamente, envolva o ser humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou parte dele, incluindo o

Leia mais

AULA 01 Principais Conceitos em Econometria

AULA 01 Principais Conceitos em Econometria 1 AULA 01 Principais Conceitos em Econometria Ernesto F. L. Amaral 02 de março de 2010 Métodos Quantitativos de Avaliação de Políticas Públicas (DCP 030D) Fonte: Wooldridge, Jeffrey M. Introdução à econometria:

Leia mais

Introdução à Bioestatística. Profº Lucas Neiva-Silva Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre 2008

Introdução à Bioestatística. Profº Lucas Neiva-Silva Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre 2008 Introdução à Bioestatística Profº Lucas Neiva-Silva lucasneiva@yahoo.com.br Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre 2008 Estatística Do grego statistós, de statízo, que significa estabelecer,

Leia mais

Procedimentos de Pesquisa em Ciências Sociais

Procedimentos de Pesquisa em Ciências Sociais 1 Procedimentos de Pesquisa em Ciências Sociais Ana Maria Doimo Ernesto F. L. Amaral 21 de setembro de 2009 www.ernestoamaral.com/met20092.html Fonte: Banco Mundial. Monitorização e Avaliação: algumas

Leia mais

1. INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS

1. INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS 1. INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS A metodologia conhecida como projeto de experimentos foi introduzida por Fischer em 1935 e inicialmente aplicada a experimentos de agricultura. Posteriormente,

Leia mais

Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção

Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção Especialização em Engenharia de Processos e de Sistemas de Produção Projetos de Experimento e Confiabilidade de Sistemas da Produção Prof. Claudio Luis C. Frankenberg 2ª parte Experimentos inteiramente

Leia mais

População e Amostra. População: O conjunto de todas as coisas que se pretende estudar. Representada por tudo o que está no interior do desenho.

População e Amostra. População: O conjunto de todas as coisas que se pretende estudar. Representada por tudo o que está no interior do desenho. População e Amostra De importância fundamental para toda a análise estatística é a relação entre amostra e população. Praticamente todas as técnicas a serem discutidas neste curso consistem de métodos

Leia mais

Epidemiologia Clínica

Epidemiologia Clínica Unidade de Pesquisa Clínica Epidemiologia Clínica Como realizar pesquisa clínica na prática R. Brian Haynes, David L. Sackett, Gordon H. Guyatt, Peter Tugwell Apresentado em 08 de Abril de 2009 Porto Alegre

Leia mais

Estatística para Cursos de Engenharia e Informática. Cap. 2 O planejamento de uma pesquisa

Estatística para Cursos de Engenharia e Informática. Cap. 2 O planejamento de uma pesquisa Estatística para Cursos de Engenharia e Informática Pedro Alberto Barbetta / Marcelo Menezes Reis / Antonio Cezar Bornia São Paulo: Atlas, 2004 Cap. 2 O planejamento de uma pesquisa APOIO: Fundação de

Leia mais

LEITE APÓS A LIBERAÇÃO

LEITE APÓS A LIBERAÇÃO LEITE APÓS A LIBERAÇÃO Sebastião Teixeira Gomes 1 Em outubro completou um ano que o mercado do leite opera totalmente livre do controle de preço do governo. Neste período, o mercado viveu outra experiência

Leia mais