APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA. NOÇÕES DE DIREITO PENAL

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2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA. NOÇÕES DE DIREITO PENAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS

3 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA. NOÇÕES DE DIREITO PENAL Decreto-Lei n , de 07/12/1940 Código Penal - Parte Geral (arts. 1º ao 120). Obs: A Lei n , de 11/07/ Parte Especial (arts. 121 ao 361).

4 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA. NOÇÕES DE DIREITO PENAL CONTEXTUALIZAÇÃO CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 (CRFB/88), DE 05/10/1988 DOU 05/10/1988. DECRETO-LEI N , DE 07/12/ CÓDIGO PENAL (CP) DOU 31/12/1940 RETIFICADO EM 03/01/1941. A LEI N , DE 11/07/1984 (ALTERA A PARTE GERAL DO CÓDIGO PENAL).

5 4. INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEI PENAL. Interpretação conforme a constituição: A interpretação conforme a Constituição é o método de interpretação por meio do qual o intérprete, de acordo com uma concepção penal garantista, procura aferir a validade das normas mediante seu confronto com a Constituição.

6 4. Interpretação: 4.1. Objetiva: (voluntas legis) busca-se descobrir a suposta vontade da lei Subjetiva: (voluntas legislatoris) procura-se alcançar a vontade do legislador. Obs: Essa distinção tem sido severamente criticada pela doutrina, principalmente no que diz respeito à voluntas legislatoris.

7 4. Interpretação: 4.3. Quanto aos órgãos: Autêntica a) contextual. b) posterior Doutrinária Jurisprudencial a) vinculante. b) não vinculante.

8 4. Interpretação: 4.4. Quanto aos meios: Literal (gramatical) Teleológica Sistêmica ou sistemática Histórica.

9 4. Interpretação: 4.5. Quanto aos resultados: Declaratória Extensiva Restritiva.

10 4.3. Quanto aos órgãos: Interpretação autêntica: é realizada pelo próprio texto legal. A interpretação autêntica ainda pode ser considerada: Contextual: é a interpretação realizada no mesmo momento em que é editado o diploma legal que se procura interpretar. Ex: art. 327 do CP, que definiu o conceito de funcionário público no mesmo instante que previa, no corpo do Código, os crimes que, para sua configuração, exigiam essa especial qualidade. Posterior: é a interpretação realizada pela lei, depois da edição de um diploma legal anterior. Surge a interpretação autêntica posterior para afastar qualquer dúvida de interpretação existente quanto a outro diploma legal já editado. OBS: A exposição de motivos do Código Penal?

11 4.3. Quanto aos órgãos: OBS: A exposição de motivos: não é considerada interpretação autêntica, porque não faz parte do corpo da lei, sendo, portanto, uma interpretação doutrinária. Interpretação doutrinária: é aquela realizada pelos estudiosos do Direito, os quais, comentando sobre a lei que se pretende interpretar, emitem opiniões pessoais. É a chamada communis opinio doctorum.

12 4.3. Quanto aos órgãos: Interpretação jurisprudencial ou judicial: é a realizada pelos aplicadores do Direito, ou seja, pelos Juízes de primeiro grau e magistrados que compõem os Tribunais. Somente devemos falar em interpretação judicial ou jurisprudencial com relação àquela que é levada a efeito intra-autos, ou seja, sempre no bojo de um processo judicial. No conceito de interpretação judicial (ou jurisprudencial), podemos incluir as chamadas súmulas, que traduzem as decisões reiteradas de um tribunal sobre determinado assunto, que podem ser vinculantes, quando produzidas pelo STF, atendidos seus requisitos, ou não vinculantes, quando servem de orientação aos demais julgadores. (ver art. 103-A, da CRFB/88).

13 4.4. Quanto aos meios empregados: Interpretação literal ou gramatical: é aquela que o exegeta se preocupa, simplesmente, em saber o real e efetivo significado das palavras. Ex.: saber o que significa a palavra alguém no delito de homicídio. Interpretação teleológica: o intérprete busca alcançar a finalidade da lei, aquilo ao qual ela se destina regular. Interpretação sistêmica: o exegeta analisa o dispositivo legal no sistema no qual ele está contido e não de forma isolada. Interpreta-o com os olhos voltados para o todo e não somente para as partes. Interpretação histórica: o intérprete volta ao passado, ao tempo em que foi editado o diploma que se quer interpretar, buscando os fundamentos de sua criação, o momento pela qual atravessava a sociedade etc., com vista a entender o motivo pelo qual houve a necessidade de modificação do ordenamento jurídico, facilitando, ainda, a interpretação de expressões contidas na lei.

14 4.5. Quanto aos resultados: Interpretação declaratória: através dela, o intérprete não amplia, nem restringe o seu alcance, mas apenas declara a vontade da lei. Ex.: quando esclarece no art. 141, III, do CP a expressão várias pessoas. Interpretação restritiva: é aquela em que o intérprete diminui, restringe o alcance da lei, uma vez que esta, à primeira vista, disse mais do que efetivamente pretendia dizer (lex plus dixit quam voluit), buscando, dessa forma, apreender o seu verdadeiro sentido. Ex.: quando exclui do inciso II do art. 28 do CP a chamada embriaguez patológica, uma vez que esta última encontra-se abrangida pelo caput do art. 26 do mesmo diploma legal. Interpretação extensiva: ocorre quando, para que se possa conhecer a exata amplitude da lei, o intérprete necessita alargar seu alcance, haja vista ter aquela dito menos do que efetivamente pretendia (lex minus dixit quam voluit). Ex. o art. 235 do CP quis, de maneira implícita, também abranger a poligamia.

15 Interpretação analógica: ocorre quando no tipo penal, à uma fórmula casuística, que servirá de norte ao exegeta, segue-se uma fórmula genérica. Ex.: art. 121, 2º, III, do CP, quando, depois de mencionar o emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura, se utiliza da expressão ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum.

16 Diferença entre interpretação extensiva em sentido estrito e interpretação analógica: podemos entender que a interpretação extensiva é o gênero, no qual são espécies a interpretação extensiva em sentido estrito e a interpretação analógica. Se, para abranger situações não elencadas expressamente no tipo penal, o legislador nos fornecer uma fórmula casuística, seguindo-se a ela uma fórmula genérica, faremos, aqui, uma interpretação analógica. Caso contrário, se, embora o legislador não nos tenha fornecido um padrão a ser seguido, tivermos de ampliar o alcance do tipo penal para alcançarmos hipóteses não previstas expressamente, mas queridas por ele, estaremos diante de uma interpretação extensiva em sentido estrito.

17 Interpretação extensiva: Ex.: art. 235, do CP. Bigamia (e a poligamia?)... Art. 235 Contrair alguém, sendo casado, novo casamento. Pena: reclusão, de dois a seis anos. Interpretação analógica: Ex.: art. 121, 2º, III, do CP Homicídio qualificado Art. 121, 2º - Se o homicídio é cometido: (...) III com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura, ou outro meio insidioso ou cruel (fórmula casuística) ou de que possa resultar perigo comum (fórmula genérica).

18 Dúvida em matéria de interpretação 3 correntes: 1) Deve ser considerada em prejuízo do agente (in dubio pro societate). 2) Deve ser resolvida pelo julgador, podendo ser contra ou a favor do réu. 3) Deve ser considerada em benefício do réu (in dubio pro reo) majoritária.

19 Analogia: é uma forma de interpretação e autointegração da norma, consistente em aplicar a uma hipótese não prevista em lei a disposição legal relativa a um caso semelhante, atendendo-se, assim, ao brocardo ubi eadem ratio, ubi eadem legis dispositio. Aplicando-se a analogia, atende-se, do mesmo modo, ao art. 4º da Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro que diz: Quando a lei for omissa, o Juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.

20 Espécies de analogia: In bonam partem: em benefício do agente. Ex.: Reconhecer que não somente o cônjuge será beneficiado com a escusa absolutória prevista no art. 181, I, do CP, como também o companheiro, dentro de uma relação de união estável. In malam partem: em prejuízo do agente, razão pela qual está vedada sua aplicação

21 Código penal: Art. 181 É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: I do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; II de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. OBS: Título II Dos crimes contra o patrimônio (arts. 155 até o 180, do CP.

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