APLICAÇÃO DA LEI PENAL

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1 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.1. Princípios da legalidade e da anterioridade Princípio da legalidade - é aquele segundo o qual não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem previa cominação legal. É trazido pela CF e pelo CP, consoante dispositivos transcritos a seguir.

2 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.1. Princípios da legalidade e da anterioridade Art. 5º, XXXIX, da CF - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; Art. 1º, do CP - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

3 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.1. Princípios da legalidade e da anterioridade Princípio da legalidade X princípio da reserva legal X princípio da anterioridade - o princípio da legalidade deve ser entendido como sendo uma moeda de duas faces: a da reserva legal e a da anterioridade. Pela reserva legal, exige-se uma lei que defina o fato como criminoso. Pela anterioridade, essa lei deverá ser anterior ao fato.

4 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.2. A Lei Penal no tempo e no espaço Tempo do crime: Teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro - adotou-se a teoria da atividade ou da ação, pela qual se considera praticado o crime no momento da ação ou da omissão, ainda que o resultado venha em outro momento, nos termos do artigo 4º do Código Penal.

5 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.2. A Lei Penal no tempo e no espaço Fixação do tempo do crime continuado- no crime continuado, não se tem apenas um, mas dois ou mais crimes, que, por ficção jurídica, serão considerados apenas um por ocasião da fixação da pena. Assim, para o crime continuado adotou-se no CP Brasileiro a teoria da ficção jurídica e não a teoria da unidade real. Destarte, sendo dois ou mais crimes, cada um terá o seu próprio tempo, de acordo com o disposto no artigo 4º do CP.

6 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.2. A Lei Penal no tempo e no espaço Fixação do tempo do crime permanentecomo a ação no crime permanente se prolonga no tempo, o crime estará acontecendo durante todo o período pelo qual a ação se prolongar. Assim, o tempo do crime permanente é todo o tempo durante o qual a ação se prolongar.

7 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.2. A Lei Penal no tempo e no espaço Fixação do tempo do crime habitual- o crime habitual é aquele cuja prática de uma única conduta se caracteriza como um indiferente penal, sendo necessária sua a reiteração para que tenhamos o crime. Um exemplo é a manutenção de casa de prostituição. O tempo do crime habitual será todo aquele durante o qual a conduta estiver sendo reiterada e não aquele de cada conduta isoladamente considerada.

8 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.3. Tempo e lugar do crime Teoria usada pelo CP brasileiro para fixação do lugar do crime- adota-se a teoria da ubiqüidade, podendo-se considerar o crime praticado no lugar da ação ou da omissão ou no lugar do resultado, nos termos do artigo 6º do CP.

9 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.4. Lei Penal excepcional, especial e temporária Leis excepcionais - são aqueles que são editadas para atenderem uma situação especial, peculiar e que somente terão vigência enquanto essa situação especial perdurar. Leis temporárias - são leis autorrevogáveis, tendo dia de início e de fim, não sendo necessária a edição de uma lei para retirálas do ordenamento jurídico

10 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.4. Lei Penal excepcional, especial e temporária Leis temporárias e excepcionais, aplica-se Princípio da Ultratividade - é o princípio pelo qual se pode aplicar uma lei não mais vigente a um fato praticado durante sua vigência. Art. 3º, do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.

11 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.5. Territorialidade e extraterritorialidade da Lei Penal Princípio da territorialidade - é aquele segundo o qual se aplicam as leis de um país aos crimes praticados no seu território. Princípio da extraterritorialidade- é aquele pelo qual se pode aplicar a lei de um país a um crime praticado fora dos limites do seu território. No CP brasileiro, a extraterritorialidade está disciplinada no artigo 7º.

12 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.5. Extraterritorialidade (cont.) Art. 7º, do CP - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

13 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.5. Extraterritorialidade (cont.) Art. 7º, do CP - (cont.) d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.

14 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.5. Extraterritorialidade (cont.) Art. 7º, do CP - (cont.) II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

15 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.5. Extraterritorialidade (cont.) Art. 7º, do CP - (cont.) 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

16 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.5. Extraterritorialidade (cont.) Art. 7º, do CP - (cont.) d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

17 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.5. Extraterritorialidade (cont.) Art. 7º, do CP - (cont.) 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça.

18 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.6. Pena cumprida no estrangeiro Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

19 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.7. Eficácia da sentença cumprida no Estrangeiro Necessidade de homologação da sentença estrangeira- uma sentença prolatada em outro país somente poderá ser executada no Brasil se aqui homologada. Consequências da homologação da sentença estrangeira - Com a homologação da sentença estrangeira, a sentença estrangeira passa a se constituir um título executivo judicial, nos termos do artigo 475-N, inciso VI, do CPC, ou seja, a homologação confere à sentença estrangeira eficácia para sua execução.

20 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.8. Contagem de prazo Contagem de prazo- disciplinada no artigo 10 do CP, implica na contagem do dia de começo. Todo prazo referente a direitos e garantias fundamentais e que atinjam o direito de liberdade do indivíduo deve ser computado como prazo penal.

21 APLICAÇÃO DA LEI PENAL 1.9. Interpretação da Lei Penal Conceito - interpretar a lei penal significa estabelecer o seu verdadeiro alcance, bem como seu significado.

22 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Analogia Aplica-se a uma hipótese não prevista em lei a mesma solução que se dá a um caso semelhante. Ex: no artigo 181 do CP, que menciona ser isento de pena o cônjuge que praticar crimes patrimoniais sem violência contra o outro cônjuge, mas não menciona o companheiro. Assim, existe uma lacuna na lei com relação ao companheiro, podendo o intérprete entender que a mesma norma se aplica ao companheiro, diante das equiparações feitas pela CF.

23 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Analogia (cont.) Interpretação analógica analogiainterpretação analógica é forma de interpretação da lei. Analogia é forma de integração de lei. Na analogia, existe uma lacuna na lei e lacunas não são interpretadas, mas preenchidas, integradas. Na analogia, a lei não dispôs sobre os casos semelhantes, ela se omitiu; na interpretação analógica, é a própria lei que determina que se dê a mesma solução aos casos semelhantes. Destarte, a diferença entre os dois institutos reside na voluntas legis.

24 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Analogia (cont.) Analogia in bonam partem X analogia in malam partem- é equivocado dizer que não se aplica analogia no direito penal, eis que podemos, sim, aplicá-la quando se tratar de figura não incriminadora e para beneficiar o réu. Veda-se, entretanto, aplicação da analogia para a criação de crimes ou mesmo para agravar a situação do réu.

25 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Irretroatividade da Lei Penal Princípio da irretroatividade da lex gravior- a lei que prejudica não pode ser aplicada para trás, ou seja, não pode alcançar fatos praticados anteriormente à sua vigência.

26 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Conflito aparente de normas penais Conceito - ocorre conflito aparente de normas quando mais de uma norma existente no ordenamento jurídico parecem descrever a mesma conduta. Dizse aparente porque, na realidade, não existe o conflito, na medida em que apenas uma delas de fato regula o caso.

27 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Conflito aparente de normas penais Princípios para solução de conflito Princípio da Especialidade Princípio da Subsidiariedade Princípio da Consunção

28 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Conflito aparente de normas penais Princípio da Especialidade Norma especial derroga norma geral. Ex.: Art. 303, da Lei 9.503/97 e art. 121, 3º, do Código Penal

29 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Conflito aparente de normas penais Princípio da Consunção quando entre duas normas houver uma que se constitui em ato preparatório, meio necessário, fase de execução ou mero exaurimento de outro fato descrito por norma mais ampla.

30 APLICAÇÃO DA LEI PENAL Conflito aparente de normas penais Princípio da Subsidiariedade a norma subsidiária descreve um grau menor de violação de um mesmo bem jurídico. A norma primária, descrevendo o todo, absorve a menos ampla ( a subsidiária).

31 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos O fato típico é composto pela conduta, resultado, nexo causal e tipicidade.

32 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Conceito de conduta adotado no CP brasileiro- adotamos a teoria finalista; Conceito de conduta para a teoria finalista- para os finalistas não se pode conceber a ação sem análise de seu conteúdo final, ou seja, toda conduta humana é dirigida a uma finalidade e é preciso sabermos a que finalidade se dirige a vontade. Não basta, assim, sabermos que houve vontade, mas que a vontade dirigiu-se a esta ou aquela finalidade.

33 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Afastam a conduta os estados de inconsciência e ausência de vontade. OBS: não confundir ausência de vontade com vontade viciada.

34 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Espécies de resultado- na teoria do crime, quando falamos em resultado, devemos lembrar que existem duas espécies de resultado: o resultado naturalístico e o resultado normativo. Conceito de resultado naturalístico - o resultado naturalístico é a modificação do mundo exterior provocada pela conduta do agente. Assim, no crime de furto, o resultado naturalístico é a subtração patrimonial.

35 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Conceito de resultado normativo - toda norma incriminadora visa a tutela de um determinado bem jurídico. O resultado normativo seria a lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma. Assim, no crime de furto, o resultado normativo é a lesão ao bem jurídico patrimônio.

36 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Conceito de nexo causal - terceiro elemento do fato típico, é o liame que se estabelece entre a conduta do agente e o resultado. Estabelecer nexo causal significa estabelecer que o agente, com seu comportamento, deu causa ao resultado.

37 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Teoria da conditio sine qua non Conceito de causa - causa, nos termos do artigo 13 do CP, é tudo aquilo sem o que o resultado não teria ocorrido.

38 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos CAUSAS absolutamente independentes sempre rompem o nexo causal relativamente independentes podem romper, ou não, o nexo causal

39 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Causa relativamente independente: Que se encontra no desdobramento causal natural do comportamento anterior não rompe o nexo causal e o agente poderá responder pelo resultado; Que inaugura um novo curso causal, dando, por si só, causa ao resultado rompe o nexo causal (art. 13, 1 º, do CP) e o agente não poderá responder pelo resultado, apenas pelos atos já praticados.

40 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Conceito de tipicidade tipicidade tipo; Tipicidade é adequação da conduta ao modelo legal ( conceito de tipicidade formal). Tipicidade penal = tipicidade formal + tipicidade material.

41 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Tipicidade material é a efetiva lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma; Tipicidade material é afastada pela insignificância, pela adequação social e pela ausência de lesividade. OBS: Adequação social não pode servir para revogar a norma. Posição do STF.

42 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Adequação típica direta ou imediata: ocorre quando a conduta se adequa imediatamente ao modelo legal. Adequação típica mediata: ocorre quando é necessário usar normas de extensão para entendermos que a conduta se adequa ao tipo. Ex. de normas de extensão: art. 13, 2º, art. 14, II, e art. 29 do CP.

43 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos TIPO PENAL TIPO OBJETIVO (descrição legal da conduta) TIPO SUBJETIVO (dolo)

44 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos O tipo penal é composto por elementos também chamado elementares. Os elementos do tipo podem ser: objetivos, normativos ou subjetivos.

45 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Da Vontade DOLO TEORIAS Da Representação Da Assunção ou Consentimento

46 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Teoria da vontade - o dolo é a vontade e consciência de realizar a conduta descrita no tipo.

47 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Teoria da Assunção ou do Consentimento existe dolo quando o agente prevê que, ao realizar a conduta, pode provocar um resultado e, ainda que não deseje diretamente, consente na sua produção.

48 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Teoria da Representação existe dolo quando o agente representa um resultado como possível, mas, ainda assim, realiza a conduta que poderá provocá-lo.

49 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Teorias adotadas no Código Penal Dolo direto Dolo eventual Artigo 18, I Artigo 18, II O agente quis o resultado O agente criou risco do resultado

50 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.0. O fato típico e seus elementos Dolo eventual Culpa consciente

51 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.1. Crime consumado e tentado Crime consumado: Corresponde à realização perfeita do tipo.

52 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.1. Crime consumado e tentado Crime tentado: corresponde à realização imperfeita do tipo ocorre quando o agente quis realizar a conduta descrita, iniciou a execução, mas não conseguiu alcançar o resultado por razões alheias a sua vontade. Art. 14, II, do CP. O crime para admitir a tentativa precisa ser doloso, não há tentativa de crime culposo!

53 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.2. Pena da tentativa Artigo 14, parágrafo único, do CP: Pena de tentativa:salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços Critério para diminuição da pena da tentativa: quanto mais próximo da consumação menor a diminuição da pena.

54 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.3. Concurso de crimes Concurso material Art. 69, do CP - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.

55 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.3. Concurso de crimes Concurso formal Art. 70, do CP - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.

56 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.3. Concurso de crimes Concurso material benéfico Art. 70, parágrafo único, do CP - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. Cuida-se de hipótese em que o somatório das penas dos diversos crimes acaba por beneficiar o réu.

57 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.3. Concurso de crimes Concurso formal Próprio Impróprio 1ª parte do art. 70 2ª parte do art. 70

58 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.3. Concurso de crimes Crime continuado Art. 71, do CP - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.

59 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.3. Concursos de crimes Crime continuado (cont.) Art. 71, do CP - Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.

60 O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS 2.3. Concurso de crimes Crime continuado Teoria da ficção jurídica adotada no Código Penal dois ou mais crimes que, por ocasião da pena, serão considerados um só.

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