PRINCÍPIOS. (continuação)
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- Glória Ferreira Tuschinski
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1 LEGALE
2 PRINCÍPIOS (continuação)
3 Ofensividade (ou Lesividade) : Não há infração penal quando a conduta não tiver oferecido ao menos perigo de lesão ao bem jurídico
4 Intranscendência (ou da Personalidade): Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceiro, não podendo a pena passar da pessoa do condenado
5 Ne bis in idem: Não se admite a dupla punição pelo mesmo fato
6 Isonomia : Tratar com igualdade os iguais e com desigualdade os desiguais (p. ex. condenado por tráfico primário e com pequena quantidade de droga merece pena menor do que o reincidente com maior quantidade)
7 CLASSIFICAÇÃO DAS LEIS PENAIS
8 Incriminadoras : Não-incriminadoras: (permissivas, exculpantes, interpretativas, complementares, diretivas, integrativas) Completas (ou perfeitas) : Incompletas (ou imperfeitas) : (lei penal em branco homogênea, lei penal em branco heterogênea, tipo aberto)
9 INTERPRETAÇÃO DAS LEIS PENAIS
10 O que é interpretação?
11 É a tarefa mental que procura estabelecer a vontade da lei
12 "Interpretar é retirar o significado e a extensão de uma norma em relação à realidade. É a operação lógico-jurídica que visa à descoberta da vontade da lei, em função de todo o ordenamento e das norma superiores, afim de aplicá-las aos casos concretos da vida real." (Damásio)
13 Classificações das interpretações:
14 Classificação quanto ao sujeito: * autêntica (legislativa) (Ex. 327,CP) * judicial * doutrinária
15 Classificação quanto aos meios: * gramatical (literal, sintática) * lógica (teleológica) (profunda)
16 Classificação quanto ao resultado: * declaratória (declarativa, estrita): perfeita sintonia entre o texto de lei e a sua vontade * Extensiva: quando a lei disse menos do que queria dizer (p. ex. extorsão mediante cárcere privado) * Restritiva: quando a lei disse mais do que queria dizer (p. ex. embriaguez patológica art. 28 do CP)
17 Interpretação progressiva (adaptativa ou evolutiva): Adaptação à realidade atual
18 Interpretação analógica (intra legem) : A lei contém uma fórmula casuística seguida de uma fórmula genérica (p. ex. art. 121, 2º inc. I, CP)
19 Analogia - não é interpretação e sim forma de integração - a lei pode ter lacunas, mas não o ordenamento jurídico - tratamento igual dado a casos semelhantes - é possível in bonam partem
20 LEI PENAL NO TEMPO
21 Princípio da continuidade das leis: Revogação: - absoluta ou total ab-rogação - parcial derrogação - expressa - tácita - global
22 LEI PENAL NO TEMPO CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO DIREITO PENAL INTERTEMPORAL ABOLITIO CRIMINIS NOVATIO LEGIS IN PEJUS NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA NOVATIO LEGIS IN MELLIUS
23 Conflito Aparente de Normas: Soluções: - princípio da especialidade (p ex. homicidio culposo de trânsito) - princípio da subsidiariedade (ex. ameaça) - princípio da consunção (ou da absorção) (p. ex. furto qualificado aborvendo a violação de domicílio)
24 Teorias sobre o tempo do crime: - atividade - resultado
25 Leis Penais Especiais: - temporária - excepcional
26 LEGISLAÇÃO
27 A lei das Olimpíadas trouxe crimes que estarão em vigor até Vejam: Lei /16
28 Seção V Das Disposições Penais Utilização indevida de símbolos oficiais Art. 17. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente quaisquer símbolos oficiais de titularidade das entidades organizadoras: Pena detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Art. 18. Importar, exportar, vender, distribuir, oferecer ou expor à venda, ocultar ou manter em estoque, sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, símbolos oficiais ou produtos resultantes da reprodução, imitação, falsificação ou modificação não autorizadas de símbolos oficiais para fins comerciais ou de publicidade:
29 Pena detenção de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa. Marketing de emboscada por associação Art. 19. Divulgar marcas, produtos ou serviços, com o fim de alcançar vantagem econômica ou publicitária, por meio de associação direta ou indireta com os Jogos, sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, induzindo terceiros a acreditar que tais marcas, produtos ou serviços são aprovados, autorizados ou endossados pelas entidades organizadoras: Pena detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Parágrafo único. (segue)
30 Na mesma pena incorre quem, sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, vincular o uso de ingressos, convites ou qualquer outro tipo de autorização ou credencial para os eventos oficiais a ações de publicidade ou atividades comerciais com o intuito de obter vantagem econômica ou publicitária. Marketing de emboscada por intrusão (segue)
31 Art. 20. Expor marcas, negócios, estabelecimentos, produtos ou serviços ou praticar atividade promocional, sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, atraindo de qualquer forma a atenção pública nos locais oficiais com o fim de obter vantagem econômica ou publicitária: Pena detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Art. 21. Nos crimes previstos neste Capítulo, somente se procede mediante representação das entidades organizadoras. (segue)
32 Art. 22. Na fixação da pena de multa prevista neste Capítulo, o limite a que se refere o 1º do art. 49 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), pode ser acrescido ou reduzido em até 10 (dez) vezes, de acordo com as condições financeiras do autor da infração e com a vantagem indevidamente auferida. Art. 23. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 31 de dezembro de 2016.
33 LEGALE
34 LEI PENAL NO ESPAÇO
35 Princípio da Territorialidade (regra): É o espaço em que o Estado exerce a sua soberania política. Compreende: - espaço delimitado por fronteiras, sem solução de continuidade - mar territorial ou marginal (12 milhas marítimas de largura) - plataforma continental (200 milhas marítimas (segue)
36 - espaço aéreo - navios e aeronaves particular em altomar ou em espaço correspondente a território nacional - navios ou aeronaves de natureza pública
37 Territorialidade mitigada ou temperada (Exceção ) Brasileiro que comete crime no estrangeiro ou estrangeiro que comete crime no Brasil Vejamos:
38 Princípio da personalidade (ou da nacionalidade) Aplica-se a lei brasileira para brasileiros que cometeram crimes no estrangeiro (extraterritorialidade condicionada) ou para brasileiros que foram vítimas no estrangeiro (extraterritorialidade condicionada)
39 Princípio do domicílio Autor deve ser julgado de acordo com as leis do país em que for domiciliado (p. ex. Genocídio) (extraterritorialidade incondicionada)
40 Princípio da defesa (real ou de proteção) Aplica-se a lei brasileira quando bens jurídicos brasileiros forem atingidos (vida ou liberdade do Presidente da República, patrimônio ou fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Município, de empresa pública, de sociedade de economia mista, de autarquia ou Fundação instituída pelo Poder Público) (extraterritorialidade incondicionada)
41 Princípio da Justiça Universal (justiça cosmopolita) Cooperação internacional (de acordo com convenções e tratados internacionais) (p. ex. tráfico de drogas) (extraterritorialidade condicionada)
42 Princípio da representação (pavilhão, bandeira) Crimes cometidos em navios ou aeronaves mercantes, em território estrangeiro e ai não for julgado (extraterritorialidade condicionada)
43 IMUNIDADES
44 Diplomáticas e de Chefes de Governo Estrangeiro - Princípio da reciprocidade do Direito Internacional - Convenção de Viena (incorporado pelo Decreto /65) - Irrenunciável - No caso dos Cônsules, limitada aos atos de ofício - não se aplicam aos empregados particulares dos diplomatas
45 Vejamos um vídeo sobre a diferença entre Embaixador e Cônsul (Fonte: YouTube) XzsA (14min56)
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