TEORIA DA NORMA PENAL (ART. 2º - 12, CP).

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1 TEORIA DA NORMA PENAL (ART. 2º - 12, CP). e. Tempo do Crime: São 3 teorias: Atividade: o crime é praticado no momento da conduta. O CP adota, em seu art. 4º, a presente teoria; Resultado: o crime é praticado no momento da produção do resultado; Ubiquidade (mista): o crime é praticado tanto no momento da conduta, como no momento do resultado. Crimes Permanentes: São aqueles cuja consumação se prolonga no tempo. Ex.: cárcere privado, o qual só termina quando a vítima for libertada. Crimes Continuados (art. 71 do CP): são infrações penais da mesma espécie, que são praticadas de forma subsequente à primeira. Como se houvesse praticado um grande crime, que será aumentada a pena de 1/6 até 2/3. Crimes Instantâneos: ao contrário dos crimes permanentes, estes se consumam no momento determinado. Ex.: No caso de um inimputável ter desferido tiros e atingido à vítima, o qual, depois de alguns dias, morre e o menor havia completado 18 anos, maioridade. Como se resolve este caso? Art. 4º do CP. Considera-se a data do momento do crime, sendo aplicado o Estatuto da Criança e do Adolescente. Entretanto, se o crime fosse permanente, o indivíduo responderia pelo CP, por que este seguiu agredindo o mesmo bem jurídico, agora, com imputabilidade. Vide súmula n. 711 do STF: se a lei mais grave incide antes de cessar a permanência ou a continuidade do crime, esta deve ser aplicada. Normas Penais em Branco Heterogêneas e Retroatividade: Dependerá da natureza do complemento: Complemento: ato administrativo, portarias, etc..

2 Se houver: anormalidade, instabilidade, excepcionalidade, não retroage, tem natureza de lei temporária, conforme o art. 3º do CP; Se houver normalidade ou estabilidade retroage, conforme a regra do art. 5º, XL, CF. Caso Cloreto de etila (princípio ativo do lança-perfume). O diretor da ANVISA baixou a resolução n. 104, em 06 de dezembro de 2000, o qual considerou que a aludida substância não era entorpecente, ocorrendo uma atipicidade ao crime, que passou a ser típico, novamente, a partir de , momento em que foi corrigida a referida resolução. Para o STF a resolução 104 é um ato administrativo válido e surtiu efeitos. Ler HC n ; julgado em Já, para o STJ não houve abolitio criminis, consoante o julgado do HC de Lei Penal no Espaço a. Princípio da Territorialidade: aplica-se a lei brasileira aos crimes ocorridos em território brasileiro. Pode ser absoluto ou relativo. A lei brasileira pode ser relativizada, consoante o art. 5º, do CP. No momento em que o legislador abre essa possibilidade, este ocorre de forma abrangente, fazendo com que o Brasil adote o princípio da territorialidade temperada. b. território nacional pode ser: Real, concreto, efetivo: superfície terrestre, águas territoriais, espaço aéreo. O Brasil adota a teoria da soberania absoluta do espaço adjacente; a. Ficto ou por extensão: as embarcações e as aeronaves ( 1º e 2º do CP): se o meio de transporte for brasileiro e público ou está a serviço do Brasil, é considerado território do brasileiro. Por sua vez, se a embarcação for brasileira e privada ou brasileira e está em águas neutras, vale o princípio da bandeira. b. Mar territorial: com a edição da lei n /93, limitou-se a 12 milhas náuticas marinhas para frente do mar continental e das ilhas. Entre 12 e 24 é a zona contínua e a partir dali até a milha 200 é a zona de exploração econômica. c. Lugar do crime (lócus delicti): É explicado pelas 3 teorias:

3 Atividade: é praticado no lugar da conduta; Resultado: é praticado no lugar da produção do resultado; Ubiquidade ou mista (art. 6º do CP): é praticado tanto no lugar da conduta como no lugar do resultado. Serve para resolver os crimes a distância (a conduta ocorre em um país e o resultado se produz em outro país). Crítica: pelo mesmo fato o individuo cumprirá 2 penas. E o bis in idem? Para resolver este problema, apresenta-se o artigo 8º do CP, que possibilita o desconto da pena cumprida no estrangeiro, quando as penas forem idênticas ou atenuadas, se as penas forem diversas. Cuidado! Não confundir os crimes a distância com os crimes plurilocais (são aqueles em q a conduta ocorre em uma comarca e o resultado se produz em outra conduta, ambas, no mesmo país), previsto no art. 70 do CPP: a competência é do lugar onde foi consumido o crime. Dessa forma, verifica-se que o crime a distância se resolve com a teoria da Ubiquidade, enquanto que os crimes plurilocais resolvem-se com a teoria do resultado. Exceção: crimes dolosos contra a vida aplica-se a teoria da Atividade. Tentativa Branca, Incruenta: o objeto não foi atingido. No caso de crime a distância, é aplicada a lei de qual país? Consoante o art. 6º do CP, a competência é de ambos os países, trabalhandose com a teoria da Ubiquidade. Prescrição: deve-se lembrar do termo inicial de contagem da prescrição (art. 111 do CP), que é a partir do momento em que o crime se consuma, ou seja, teria do resultado. e. Extraterritorialidade: é a aplicação da lei penal brasileira a fatos que aconteceram fora do Brasil. Este instituto somente se aplica aos crimes e não às Infrações penais. Consoante o art. 7º do CP: Incondicionada (inciso I): não há qualquer requisito para aplicação da lei penal brasileira, pela relevância dos bens jurídicos tutelados; Condicionada (inciso II e 2º): existem condições para a aplicação da lei brasileira, sendo estes cumulativos, quais sejam: a entrada do agente em

4 território brasileiro, ser o fato punível também no país em que foi praticado (dupla tipicidade), estar o crime incluído entre aqueles os quais a lei brasileira autoriza a extradição, não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter cumprido a pena, não ter sido perdoado no estrangeiro ou não ter ocorrido a atipicidade do ato. Hipercondicionada ( 3º e 2º): crime praticado por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. Além dos requisitos do 2º, mencionado acima, são necessários: a) não foi pedida ou negada a extradição e b) houve requisição do ministro da justiça. Atente-se para a extraterritorialidade em Lei de Tortura, lei n 9.455/97, artigo 2º. 4.Conflito ou Concurso Aparente de Normas a) Requisitos: Unidade de fato; Pluralidade de fatos; Vigência contemporânea de todas as normas. b) Diferença com o conflito de leis penais no tempo: No conflito de leis penais no tempo apenas uma das normas está vigendo ao tempo do fato. Ao passo que no conflito aparente de normas, todas as normas estão vigendo ao tempo do fato. c. Diferença com o concurso de crimes (art. 69 e seguintes do CP): no concurso de crimes, todas as normas violadas sã imputadas ao agente. Ao passo que no concurso aparente de normas, apenas uma das normas violadas é imputada ao agente. d. Princípios que resolvem o conflito aparente de normas: Especialidade (Lex specialis derogati legi generali): a lei especial (é a que contem todos os elementos da lei geral e acresce os elementos especializantes) afasta a aplicação da lei geral. Pode-se trabalhar com a especialidade em crimes diversos? Sim, desde que ambos tutelem o mesmo bem jurídico. Homicídio (art. 121, CP): matar alguém:.

5 Infanticídio (art. 123 do CP): matar alguém + três elementos especializantes: filho, parto e estado puerperal. Transformou lei geral em lei especial. Cuidado com o art. 12 do CP. Ler art. 4º da LCP e o art. 5º da lei de genocídio. Subsidiariedade ( Lex primaria derogat legi subsidiariae ): uma norma que prevê uma ofensa maior ao bem jurídico afasta outra norma que prevê uma ofensa menor a este mesmo bem jurídico ( soldado de reserva Hungria). A subsidiariedade pode ser: 1. Expressa ou explícita: a própria lei já declara formalmente que só será aplicada se o fato não constituir crime mais grave. Ex.: art. 132 do CP, art. 129, 3º do CP; 2. Tácita ou implícita: a norma menos grave funciona como elementar ou como circunstância da menos grave. Ex.: art. 163 (soldado de reserva) e art. 155, 4º, I do CP. As duas diferenças entre os princípios da Especialidade e da Subsidiariedade: 1. A especialidade é analisada em abstrato e a subsidiariedade é analisada no caso concreto; 2. O que importa para a especialidade é a lei especial. O que importa para a subsidiariedade é a norma mais grave. Consunção ou Absorção (Lex consumens derogat legin consumptae): fatos que funcionam como preparo ou execução de outros crimes são por estes absorvidos. Hipóteses: 1. Crime complexo: 1.1. Puro ou em sentido estrito: é o que resulta da fusão de dois ou mais crimes autônomos. Fato típico + fato típico: complexo. Ex.: roubo+homicídio=latrocínio; ameaça+furto=roubo. Ação penal (art. 101 do CP): sempre que um dos crimes que forme o complexo for de AP incondicionada, todo o complexo o será.

6 1.2. Impuro ou em sentido amplo: é aquele que decorre da fusão do fato típico e atípico. Ex.: constrangimento ilegal (art. 146, CP) + sexo (fato atípico)=estupro. 2. Crime progressivo: a prática de um delito pressupõe, necessariamente, a prática de outro. Na origem, o dolo do agente está voltado para o crime mais grave. O crime absorvido é chamado de crime de ação de passagem. 3. Progressão criminosa: há uma mutação no dolo do agente. Na origem, o dolo do agente está voltado ao crime menos grave. É durante a prática do crime menos grave q se decide praticar o mais grave. Todos os fatos devem ter ocorrido no mesmo contexto fático. 4. Fato anterior impunível: o crime-meio é absorvido pelo crime-fim. Ex.: art. 25 do CP e art. 155, 4º, III do CP. Vide súmula n.17, STJ. 5. Fato posterior impunível: depois de consumar o crime, o agente torna a ofender o mesmo bem jurídico, visando a obter vantagem com a prática anterior. Ocorre o exaurimento. Alternatividade: serve para resolver conflitos nos chamados tipos mistos alternativos ou de conteúdo variado. Ex.: art. 122 do CP (induzimento, instigação e auxílio).

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