O USO DE TÉCNICAS VOLTAMÉTRICAS NA ANÁLISE DE SOLOS E ÁGUA

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1 O USO DE TÉCNICAS VOLTAMÉTRICAS NA ANÁLISE DE SOLOS E ÁGUA Susanne Rath Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas Campinas, SP, Brasil, raths@iqm.unicamp.br Resumo Nesse trabalho é apresentado um breve histórico da polarografia, fundamentos das técnicas voltamétricas, assim como algumas aplicações destas na análise de amostras de interesse ambiental. Palavras-chave:Voltametria, voltametria de redissolução, análise de traços, água, solos Histórico A voltametria é uma técnica de mercúrio (DME, do inglês eletroquímica que estuda a dropping mercury electrode) e relação entre a corrente e o denominou a técnica de potencial durante a eletrólise de polarografia (Heyrovský, 1956). uma espécie química de Um dos primeiros interesse. polarógrafos construídos por Os primeiros estudos sobre Heyrovský e Shikata, que curvas corrente versus potencial, com aplicação na identificação e atualmente encontra-se no Museu J. Heyrovský Institute of Physical quantificação de espécies Chemistry (Jaroslav..., 2003), está eletroativas, foram realizados apresentado na Figura 1. pelo químico tchecoslovaco Jaroslav Heyrovský (Foto ao lado) em 1922, que empregou como microeletrodo de trabalho, não polarizável, o eletrodo gotejante

2 As primeiras descrições da técnica foram: Um eletrodo gotejante de mercúrio (DME, do inglês dropping mercury electrode) é introduzido em uma célula de eletrólise, contendo de 5 a 10 ml de solução; O DME é constituído de um capilar com diâmetro interno de 0,05 a 0,08 mm; O capilar é conectado a um reservatório de mercúrio, posicionado de 30 a 80 cm acima do orifício do capilar; Variando-se a altura do reservatório, altera-se a pressão do mercúrio e com isso regula-se o tempo de gota de 2 a 8 s; O oxigênio é removido da solução; Emprega-se um eletrodo de referência e conecta-se a cela a um potenciômetro, o qual permite variar o potencial; A corrente que circula pela cela é medida através de um galvanômetro; Registra-se um gráfico corrente (i) x potencial (E).

3 Figura 1. Polarógrafo construído por Heyrovský e Shikata (Museu J. Heyrovský Institute of Physical Chemistry) e o capilar com a gota de mercúrio (Jaroslav..., 2003). Um polarograma característico, obtido na determinação de Tl(I), Cd(II), Zn(II) e Mn(II), está apresentado na Figura 2. Figura 2. Polarograma típico obtido com o polarógrafo construído por Heyrovsky (Jaroslav..., 2003). Em condições experimentais definidas, as substâncias eletroativas apresentam um potencial característico, no qual ocorre a transferência de carga analito/superfície do eletrodo, gerando uma corrente proporcional à concentração do analito em solução. A

4 facilidade de redução ou oxidação difere de substância para substância e é refletida pela posição da onda em relação ao eixo do potencial e expressa pelo potencial de meia onda (E 1/2 ). Portanto, além de conferir informações qualitativas sobre o analito, a técnica poderia ser empregada para fins quantitativos, onde a relação entre a corrente de difusão (corrente faradaíca) em função da concentração da espécie eletroativa em solução é dada pela equação de Ilkovic: I d = 7,08 x 10 4 n CD ½ m 2/3 t 1/6 Eq (1) Onde: n: número de elétrons envolvidos no processo de transferências de carga; C: concentração da espécie eletroativa no seio da solução (mmol/l); D: coeficiente de difusão (m 2 /s); m: taxa de escoamento do mercúrio (mg/s); t: tempo de gota (s). A descoberta e o desenvolvimento da polarografia, que futuramente seria a base para o desenvolvimento de muitas outras técnicas voltamétricas, foi reconhecido pela comunidade científica que condecorou, em 1956, Heyrovský com o Premio Nobel em Química. Considerações teóricas sobre a polarografia clássica A polarografia clássica ou de corrente contínua envolve a aplicação de um potencial, linearmente variável em função do tempo, entre o eletrodo de trabalho (EGM) e um eletrodo de referência, imersos no eletrólito suporte que contém a espécie eletroativa. A corrente que circula entre os eletrodos como conseqüência da transferência de elétrons entre o eletrodo e os componentes da solução é registrada em função do potencial aplicado. Para o entendimento dos fenômenos que acontecem na superfície

5 eletrodo/solução está apresentado um polarograma (Figura 3) decorrente do registro da curva corrente versus potencial de uma solução contendo Cd(II) em uma solução de ácido clorídrico (eletrólito suporte). A curva A é decorrente do eletrólito suporte e a curva B após a adição de Cd(II). B 10 5 E 1/2 i max i l I d /2 i d A 0 0-0,3-0,6-0,9-1,2 E/V A Eletrólito suporte B Espécie eletroativa Figura 3. Polarograma característico para o Cd(II) em ácido clorídrico. E 1/2 : potencial de meia-onda; i d: corrente de difusão, i max : corrente limite. As oscilações que aparecem no polarograma (Figura 3, curva B) são decorrentes da variação da área superficial da gota no eletrodo. 1. E > 0: verifica-se uma corrente anódica decorrente da oxidação do mercúrio do eletrodo de trabalho (Hg - 2e - Hg 2+ ) 2. 0 V < E < 0,5 V: nesta região constata-se uma pequena corrente, denominada de corrente residual, que é a somatória de duas outras. Uma componente é a faradaíca proveniente da redução ou oxidação de impurezas contidas no eletrólito suporte. A segunda é a corrente capacitiva que se origina do contínuo carregamento da dupla camada de Helmholtz, devido a constante renovação e aumento superficial da gota de mercúrio, a qual possui uma densidade de carga constante a

6 um determinado potencial. 3. E=- 0,6 V: aumento brusco da corrente em função da redução da espécie eletroativa na superfície do eletrodo (Cd e - Cd (Hg)) ,7 V < E < -1,2 V: a corrente é independente do potencial aplicado (corrente limite). Nesse intervalo de potencial a espécie eletroativa é reduzida tão rapidamente como essa pode difundir do seio da solução até a superfície do eletrodo. Quando o gradiente de concentração gerado em função do processo de transferência de carga na superfície do eletrodo é o responsável pelo transporte de massa da substância eletroativa até a superfície do mesmo, a corrente resultante é denominada de corrente de difusão. A proporcionalidade da corrente de difusão e a espécie eletroativa é a base para a análise polarográfica quantitativa. 5. E > -1,2 V: a corrente aumenta em função do potencial devido a redução do solvente do eletrólito suporte. O potencial no qual a corrente equivale à metade do valor da corrente de difusão é conhecido como potencial de meia-onda e é uma característica da espécie eletroativa, assim como do eletrólito suporte. É importante ressaltar que as espécies eletroativas a serem reduzidas ou oxidadas podem, em princípio, atingir o eletrodo por: Difusão: devido a um gradiente de concentração na camada adjacente ao eletrodo, que se inicia na eletrólise quando a concentração da espécie eletroativa circunvizinha ao eletrodo vai diminuindo. De acordo com a lei de Fick (Brett & Brett, 1996), a velocidade de movimento de qualquer espécie, devido a difusão, é proporcional ao gradiente de concentração, que é a razão entre a diferença de concentração de dois pontos pela distância entre eles. Migração: é decorrente da força elétrica pelas quais as espécies eletroativas alcançam a superfície do eletrodo de mercúrio. Esta corrente é

7 indesejável e deve ser eliminada, pela adição de um eletrólito suporte, em uma concentração de pelo menos 100 vezes maior do que a do analito. Convexão: resultante do transporte de massa determinado pela agitação da solução a ser analisada, deve ser eliminada. Técnicas polarográficas modernas As desvantagens da polarografia clássica, no contexto da análise quantitativa, inicialmente estavam associadas aos pobres limites de detecção (na ordem de 10-4 mol L -1 ). Em soluções diluídas a corrente capacitiva originada na dupla camada (interface eletrodo/solução) era significativa em relação a corrente faradaíca originada pelo processo de transferência de carga na superfície do eletrodo. Até então, na polarografia clássica, o potencial era aplicado através da cela toda e não somente na interface eletrodo-solução, e, portanto, a técnica estava limitada a análise em soluções aquosas ou em sistemas de baixa resistência. Para eliminar estes efeitos indesejáveis, os instrumentos modernos incorporam um potenciostato para controlar o potencial na interface eletrodo de trabalho-solução e evitar uma possível polarização do eletrodo de referência. O potenciostato (Flato, 1972) compreende um sistema de 3 eletrodos, como pode ser observado na Figura 4. Todas as dificuldades associadas a polarografia clássica foram superadas somente a partir da década de 60, quando a disponibilidade de amplificadores operacionais de baixo custo permitiu o desenvolvimento de novas técnicas polarográficas visando minimizar a corrente capacitiva.

8 RE AE WE Figura 4. Sistema potenciostático de três eletrodos (RE: eletrodo de referência, AE: eletrodo auxiliar e WE: eletrodo de trabalho. Entre as técnicas polarográficas consideradas modernas destacam-se: (i) polarografia de corrente contínua amostrada (DC tast ); (ii) polarografia de pulso normal; (iii) polarografia de pulso diferencial (DPP), (iv) polarografia de corrente alternada (AC) e polarografia de ondas quadrada. A diferença básica entre as técnicas é forma da variação de potencial durante a varredura (Figura 5). Cabe destacar que quando o DME é substituído pelo eletrodo de gota pendente de mercúrio (HMDE, do inglês hanging mercury drop electrode) ou outro eletrodo sólido a técnica passa a ser denominada de voltametria.

9 Figura 5. Forma da aplicação do potencial nas diferentes técnicas. Entre essas técnicas, a polarografia de pulso diferencial tem sido uma das mais utilizadas na análise quantitativa de uma grande variedade de substâncias orgânicas e inorgânicas. Na voltametria de pulso diferencial (Skoog et al, 2002), pulsos pequenos são sobrepostos em uma rampa linear de potencial como está mostrado na Figura 6A. A altura do pulso é chamada de amplitude de modulação. O pulso, com valores de 5 a 100 mv de amplitude, é aplicado durante os últimos 60 ms da vida da gota de mercúrio. A gota é então desalojada mecanicamente do capilar. A corrente é medida uma vez antes do pulso ser aplicado e novamente nos últimos 17 ms de duração do pulso. O polarógrafo subtrai a segunda corrente da primeira e registra essa diferença versus o potencial aplicado, como mostra a Figura 6B. Uma vantagem do polarograma em forma pico é que máximos individuais podem ser observados para substâncias com potenciais de meia-onda que diferem entre si por valores pequenos, como 40 a 50 mv. Ao contrário, a polarografia clássica e de pulso normal requerem uma diferença de potencial de cerca de 200 mv para resolução das ondas ou picos.

10 A B Figura 6. (A) Sinais de excitação para polarografia de pulso diferencial e (B) forma característica de um voltamograma (Skoog et al, 2002). A maior sensibilidade da voltametria de pulso diferencial pode ser atribuída a duas fontes: (i) aumento da corrente faradáica e (ii) decréscimo da corrente de carga capacitiva, ou seja, não faradáica. Cabe ressaltar que apenas a corrente faradaíca é proporcional à concentração do analito. Atualmente uma das técnicas voltamétricas de pulso mais sensíveis e rápidas é a voltametria de onda quadrada (SWV, do inglês Square Wave Voltammetry). As formas de onda consistem de uma onda quadrada simétrica de amplitude Esw sobreposta a uma rampa de potencial. O período completo da onda quadrada ocorre para cada período. Um voltamograma característico está apresentado na Figura 7.

11 VOLTAMETRIA DE ONDA QUADRADA E E E sw Série de pulsos E s t t Rampa de potencial E 1 E i = i 1 - i 2 i 1 E s + E sw 2 i = i 1 - i 2 t Sinal de excitação i 2 t Voltamograma característico Figura 7. Série de pulsos, rampa de potencial, sinal de excitação e voltamograma característico obtido na SWV. A SWV apresenta vantagens frente a outras técnicas voltamétricas no que que concerne a sensibilidade e velocidade de varredura, além de permitir a obtenção de informações a respeito do mecanismo eletroquímico. Voltametria de Redissolução Nos últimos anos, houve uma demanda crescente pela detecção e quantificação de componentes traços em matrizes complexas. A conscientização de efeitos prejudiciais de alguns elementos traços em

12 matrizes como alimentos, águas naturais, solos, efluentes industriais e esgotos domésticos, fez com que surgissem rigorosas legislações públicas direcionadas ao monitoramento destes componentes em amostras a níveis de parte por bilhão (ppb). Para isso, métodos analíticos mais sensíveis eram necessários. Uma nova técnica voltametrica destinada à análise de traços foi desenvolvida, a voltametria de redissolução. Apesar de outras técnicas analíticas sensíveis e confiáveis (como espectrometria de absorção atômica e outras) terem sido utilizadas na análise de traços, fatores, tais como alto custo de instrumentação, extensiva preparação das amostras e seletividade limitada, reduzem a eficácia destas técnicas principalmente quando aplicadas à análise de multi-componentes em matrizes de amostras complexas. De modo geral, a sensibilidade de toda técnica analítica pode ser aumentada introduzindo uma etapa preliminar de pré-concentração no preparo de amostra, por exemplo, uma extração líquido-líquido, líquidosólido ou extração em fase sólida. Na voltametria de redissolução, uma técnica eletroquímica de pré-concentração é usada anterior a varredura de potencial. A etapa de pré-concentração ou de deposição consiste na eletrodeposição, a potencial constante, da espécie de interesse em um eletrodo estacionário ou rotatório, sob agitação da solução, durante um tempo pré-determinado. Durante esta deposição, a solução é agitada pelo movimento do próprio eletrodo, no caso dele ser rotatório, ou por uma barra magnética usando-se um agitador magnético, no caso dele ser estacionário. Após a eletrodeposição, a solução é deixada em repouso por alguns segundos, para que os metais depositados tenham um tempo suficiente para difundir-se no mercúrio, tornando a amalgama homogênea. Esse tempo é chamado de tempo de repouso ou de equilíbrio. Isto é seguido pela etapa da determinação que consiste na redissolução eletrolítica, voltando a espécie depositada à solução de onde

13 havia sido retirada. Os eletrodos mais populares são o HMDE, o eletrodo de filme de mercúrio (MFE, do inglês, mercury film electrode,) suportado em ouro, platina e eletrodos de carbono, incluindo pasta do carbono e carbono vítreo. A faixa de potencial em que esses eletrodos podem ser usados em solução aquosa, ou seja, o domínio de eletroatividade, depende tanto do material do eletrodo como da composição do eletrólito suporte (Skoog et al, 2002) (Figura 8). Pt H 2 SO 4 1 mol/l Tampão ph 7 NaOH 1 mol/l Hg H 2 SO 4 1 mol/l KCl 1 mol/l C HClO 4 1 mol/l KCl 0,1 mol/l E (V vs SCE) Figura 8. Faixa de potencial para três tipos de eletrodos em diferentes eletrólitos. Os eletrodos do mercúrio oferecem a vantagem na análise de determinados íons metálicos, de que o produto da deposição, ou seja, o metal reduzido, se dissolve no mercúrio para formar uma amálgama. Durante a eletrólise, a corrente que flui é descrita pela equação de LEVICH (Bard & Faulkner, 1980) Eq. (2): i (t) = 0,62 n F A D 2/3 1/2 1/6 C A(t) Eq. (2) Onde n é o número de elétrons transferidos durante a reação, F é a

14 constante de Faraday, A é a área geométrica do eletrodo, D é o coeficiente de difusão, é a velocidade de rotação, é a viscosidade cinemática e C A(t) é a concentração do analito. Recomenda-se, em geral, usar o eletrodo de mercúrio de gota pendente para concentrações acima de 1 ppb e o de filme de mercúrio para concentrações abaixo desta. O potencial a ser aplicado no processo de deposição permite controlar a seletividade na análise de uma solução que contém vários íons metálicos. Assim, somente um metal ou um grupo de metais pode ser depositado, evitando a deposição de outros metais que possam vir a interferir na etapa de redissolução. Quanto mais catódico o potencial, maior o número de elementos depositados e maior a possibilidade de interferência. A Figura 9a ilustra a forma do sinal de excitação de potencial usualmente aplicado no método de redissolução anódica de varredura linear para a determinação de cádmio e cobre em soluções aquosas. Inicialmente é aplicado, no microeletrodo, um potencial catódico de 1,0 V por um tempo definido e sob agitação. Após um tempo de repouso ou equilíbrio, sem agitação, o potencial do eletrodo é alterado linearmente para valores menos negativos e a corrente é registrada em função do potencial. A Figura 9b mostra o voltamograma resultante (Skoog et al, 2002). Entretanto cabe mencionar, que a presença de oxigênio dissolvido no eletrólito de suporte interfere na determinação das espécies eletroativas, visto que o oxigênio sofre redução, em duas etapas, no domínio de eletroatividade empregando o eletrodo de mercúrio. Para tanto, faz-se necessário anterior medidas voltamétricas, a remoção do oxigênio dissolvido, por arraste com um gás inerte (nitrogênio) por um tempo de 5 a 10 minutos.

15 Figura 9. a) Sinal de excitação para determinação de Cd(II) e Cu(II) por voltametria de redissolução. b) Voltamograma obtido para a redissolução dos elementos previamente depositados na superfície do eletrodo (Skoog et al, 2002). A sensibilidade da voltametria de redissolução depende da combinação da pré-concentração obtida na etapa de deposição e da técnica voltamétrica empregada na etapa de redissolução. Entre as técnicas voltamétricas, a de pulso diferencial permite registrar maiores intensidades de corrente para uma mesma concentração de analito frente à de corrente contínua ou pulso normal. De modo geral, a sensibilidade é elevada e é limitada freqüentemente pela pureza dos reagentes, técnicas de amostragem e abertura da amostra. Os limites típicos da detecção para as técnicas de redissolução situam-se na faixa de mol L -1. Na voltametria de redissolução anódica (ASV, do inglês anodic stripping voltammetry) um potencial mais negativo que o potencial de

16 pico da espécie eletroativa é aplicado na etapa de pré-concentração e as principais reações envolvidas são: M n+ + n e - M(Hg) (Etapa de pré-concentração - Redução) M M n+ + n e - (Etapa de redissolução - Oxidação) Metais que apresentam solubilidade no mercúrio podem ser determinados por ASV, entre esses se destacam Cu, Cd, Pb, As, Sb, Bi, Zn, Mn e Sn. A voltametria de redissolução catódica (CSV, do inglês cathodic stripping voltammetry) é usada para a determinação de substâncias que formam sais pouco solúveis com os íons do mercúrio do eletrodo de trabalho. A técnica consiste na polarização anódica do eletrodo cuja superfície se deposita uma camada de composto pouco solúvel, formada por anions da espécie e cátions do eletrodo, seguida da eletroredução da camada depositada através da varredura de potencial no sentido catódico. Entre as espécies que podem ser determinadas por essa técnica, ao nível de traços, destacam-se As, Se, cloreto, brometo, iodeto, sulfeto, cianeto e outros. Enquanto na voltametria de redissolução os compostos são acumulados por eletrólise na superfície do eletrodo, na voltametria de redissolução adsortiva (AdSV, do inglês adsorptive stripping voltammetry), o analito, na presença de um agente complexante seletivo é adsorvido na superfície do eletrodo de trabalho por intermédio de um processo não eletrolítico. A principal vantagem da AdSV é a alta sensibilidade, sendo especialmente adequada para a determinação daqueles metais que não são eletroativos no eletrodo de mercúrio como Pd, Ti, Co, Ni, Pt, Sb, Fe, Cr, V, U, Mo, Mn e outros. Através da reação química destes elementos com um agente complexante específico gera-se a espécie a ser adsorvida na superfície do eletrodo. O processo de adsorção é espontâneo e a quantidade da espécie acumulada na superfície

17 do eletrodo depende do material do eletrodo, solvente, ph, potencial, tempo, força iônica, transporte de massa e temperatura. A etapa de redissolução é semelhante à CSV e ASV, onde se aplica uma varredura de potencial na direção catódica ou anódica, dependendo das propriedades redox da espécie acumulada. Cabe destacar que a redissolução pode ou não envolver a transferência de elétrons. Para medidas voltamétricas podem também ser empregadas celas em fluxo, como apresentado na Figura 10A. Um voltamograma característico obtido com essa cela para a determinação simultânea de U, V, Sb e Mo, obtido pela técnica de AdSV, empregando ácido cloranílico está apresentado na Figura 10 (Sander, 1999). U V M Sb A B Figura 10. (A) Cela voltamétrica em fluxo. (B) Voltamograma para a determinação simultânea de U, V, Sb e Mo, empregando cela em fluxo. Técnica AdSV, emprego de ácido cloroanílico (Sander, 1999). Voltametria orgânica As técnicas voltamétricas têm grande aplicação não somente na determinação de elementos inorgânicos, mas também moléculas orgânicas em matrizes diversas. Para que a substância seja eletroativa é necessário que tenha um grupo funcional que possa sofrer oxidação ou redução no domínio de eletroatividade. Na Tabela 1 são apresentadas

18 algumas substâncias que podem ser determinadas empregando-se o eletrodo de mercúrio. Tabela 1. Exemplos de compostos orgânicos que podem ser determinados por voltametria. Espécie oxidada Espécie reduzida R-CH 2 =CH 2 + 2e - R-CH 2 -CH 3 R-CH 2 -X + H + + e - R-CH 3 + X - (X: halogênio) C 6 H 5 -N=N-C 6 H 5 + 2H + + 2e - C 6 H 5 -NH-NH-C 6 H 5 C 6 H 5 -CHO + 2H + + 2e - C 6 H 5 -CH 2 OH R-NO + 2H + + 2e - R-NOH Espécie oxidada Espécie reduzida R-NO 2 + 4H + + 4e - R-NHOH R-S-S-R + 2H + + 2e - 2RSH A voltametria também tem sido empregada com sucesso na determinação de compostos orgânicos entre esses pesticidas como linuron, paration, paraquat, clorofenol picloram, imidacloprid, apresentando menor manipulação de amostras e menor custo de análise quando comparadas as técnicas cromatográficas. Para tanto, diferentes materiais de eletrodos têm sido empregados, entre esses o HMDE, carbono vítreo, diamante dopado com boro e outros (Jehring et al, 1989; Guiberteau et al, 2001; Massaroppi & Machado, 2003; Pedrosa et al, 2003; Souza & Machado, 2003). Análise de amostras ambientais As técnicas voltamétricas têm grande aplicação na análise de amostras ambientais como águas naturais, neve, solo, sedimentos,

19 plantas, tanto na determinação de elementos inorgânicos ao nível de traços, quanto na especiação destes elementos (Locatelli et al, 1999; Emons et al, 2000; Ghoneim et al, 2000; Locatelli et al, 2000; Silva et al, 2001; Baranowska et al, 2002). Embora as técnicas voltamétricas apresentam elevada sensibilidade, sofrem interferência da matéria orgânica presente na matriz. Para tanto, faz-se necessário a destruição ou separação da parte orgânica da amostra anterior a determinação voltamétrica, a qual pode ser feita através de digestão via seca, digestão via úmida, digestão assistida por microondas, digestão assistida por ultra-som, extração em fase sólida e outras. A não destruição completa da matéria orgânica proveniente da amostra pode vir a deformar as curvas voltamétricas de tal forma que não seja mais possível a quantificação da espécie de interesse. Essa interferência é decorrente da adsorção da matéria orgânica sobre superfície do eletrodo, afetando o processo de deposição dos íons metálicos sobre o mesmo. No entanto, na determinação de metais (Cu, Pb, Zn e Ni) em solos, quando a separação dos analitos é realizada por extração com ácido clorídrico, foi verificado que não ocorre interferência da matéria orgânica (Colombo & Van Den Berg, 1998). Uma área promissora da voltametria na análise de amostras ambientais é a determinação in situ de espécies eletroativas, que está sendo possível mediante o desenvolvimento de microeletrodos. Neste tipo de análise o microeletrodo é introduzido diretamente na amostra de solo, sedimento, etc. A análise in situ é especialmente atraente uma vez que permite a eliminação de artefatos decorrentes do preparo de amostras, bem como viabiliza a análise em tempo real para uma rápida detecção de poluentes em amostras ambientais.

20 Considerações finais As técnicas eletroanalíticas, em particular a voltametria, têm potencial para a determinação de elementos orgânicos e inorgânicos em uma ampla faixa de concentração em matrizes ambientais. A voltametria têm sido empregada na determinação de metais e pesticidas em águas e solos. A voltametria de redissolução permite a análise de elementos traços (concentrações na ordem de mol/l). A voltametria permite realizar estudos de especiação que são importantes do ponto de vista toxicológico. O emprego de microeletrodos permite a análise in situ em tempo real. O custo de análise por amostra é via de regra menor do que por técnicas cromatográficas, no entanto, em matrizes ambientais como solo e plantas é necessária a destruição de matéria orgânica anterior determinação voltamétrica. Ainda, existe a vantagem da determinação seqüencial de elementos em uma única análise. Os instrumentos empregados na voltametria são relativamente simples e permitem mecanização e/ou automatização. Referências BARANOWSKA, I.; SROGI, K.; WLOCHOWICZ, A.; SZZEPANIK, K. Determination of heavy metal contents in samples of medicinal herbs. Polish Journal of Environmental Studies, Olsztyn, v. 11, n. 5, p , BARD, A. J.; FAULKNER, L. R. Electrochemical methods: fundamentals and applications. New York: John Wiley, p. il. BRETT, A. M. O.; BRETT, C. M. A. Eletroquímica: princípios métodos e aplicações. Coimbra: Almedina, p.

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