A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO SETOR CALÇADISTA BRASILEIRO

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2 1. Introdução O objetivo principal deste artigo é analisar a importância do conhecimento para a sociedade atual assim como para um setor produtivo específico: o setor calçadista brasileiro. Parte-se do princípio que o cenário mundial está sendo marcado por diversas transformações em múltiplos planos, sejam eles econômicos, políticos, culturais ou tecnológicos, o que tem influenciado os mais diversos setores, tanto tradicionais (baixa tecnologia) como dinâmicos (alta tecnologia). A globalização financeira e os novos paradigmas tecnológicos são os fatores mais marcantes desta nova economia. A idéia de uma economia globalizada vem a cada dia intensificando-se devido, principalmente, à abertura dos países ao capital externo e pelo fluxo sempre crescente de informação processada entre os países. No atual paradigma, os sistemas produtivos caracterizados pela produção estandardizada e em massa estão sendo substituídos por sistemas produtivos flexíveis e intensivos em informação (LASTRES et al. 1999). Neste novo contexto, o conhecimento adquire o papel fundamental para que as empresas se mantenham competitivas ao mesmo tempo que as impulsionam para uma possível interação entre si ou com outras instituições. 2. O desenvolvimento centrado no conhecimento e na inovação Se por um lado o contexto atual é caracterizado pelo fácil acesso à informação, percebe-se por outro lado uma dificuldade cada vez maior no processo de transmissão do conhecimento. Elementos que estão enraizados na prática e no desenvolvimento da produção são de difícil transferência, já que são de propriedade de quem as executam e somente com uma interação entre os indivíduos e entre organizações tais barreiras tendem a ser derrubadas (LUNDVALL & JOHNSON, 2000). Dependendo do setor e do lugar em estudo, certos tipos de conhecimento são mais difíceis de serem codificados e, conseqüentemente, de serem transmitidos. Deste modo, a aprendizagem interativa (learning by interacting) entre os atores é uma das principais ferramentas para a geração do conhecimento e, por conseguinte para a geração das bases fundamentais para que as empresas se mantenham em um caráter mais competitivo. Entretanto, a aprendizagem por interação depende da presença de alguns elementos que se faz importante aqui descrever. Em Lundvall (1988), este tipo de aprendizagem pode ser resumido à presença de cinco elementos. Em primeiro lugar, a interação só é possível pela presença de um código de confiança que possibilite a diminuição dos riscos e as desconfianças entre os agentes. Em segundo, é necessária a existência de um fluxo de informação entre os agentes, que em contrapartida só é possível pela existência de canais de informações pelos quais as informações possam ser repassadas e pela existência de algum código de informação capaz de transmitir as mensagens desejadas. Terceiro, a interação só é aprofundada pela presença de incentivos que busquem a manutenção destas ligações assim como algum tipo de apoio para as possíveis novas interações. Quarto, o desenvolvimento destes relacionamentos requer a presença de um tempo mínimo para se consolidar. E quinto, é necessária a presença de um espaço geográfico onde os agentes localizados próximos uns dos outros possam através da cooperação trocar informações. 2

3 3. A economia centrada no conhecimento e no aprendizado Nas últimas décadas vem-se reconhecendo cada vez mais a importância do conhecimento como condutor no processo de crescimento e desenvolvimento econômico. Como foco, há uma nova maneira de ver o papel desempenhado pela informação na performance tecnológica e econômica do aprendizado. Apesar das várias interpretações sobre a realidade do contexto atual, alguns autores são unânimes em afirmar que a atual economia está centrada no uso intensivo do conhecimento e que este é elemento fundamental para as mudanças (LASTRES et al., 1999; LUNDVALL & JOHNSON, 2000; FREEMAN, 2000). Atualmente, o crescimento da codificação do conhecimento, e da sua transmissão através dos diferentes meios possíveis tem-nos conduzido ao que muitos denominam sociedade da informação. Os termos economia baseada no conhecimento e economia do aprendizado (LUNDVALL & JOHNSON, 2000) advêm do reconhecimento desempenhado pelo conhecimento e pela habilidade para aprender no sucesso de indivíduos, empresas, regiões e nações. A atual economia baseada no conhecimento pode ser caracterizada pela presença de três elementos centrais (CARTER Apud VARGAS, 1993, p. 14). a) importância de transações econômicas em torno do conhecimento; b) rápidas mudanças na qualidade dos produtos e serviços; c) necessidade de criação e de mudanças constantes como um objetivo dos agentes econômicos. Dentro desta nova economia, o processo de aprendizado pode ocorrer de várias maneiras: learning by doing, learning by using, learning by advances in science and technology, learning from inter-industry spillovers, learning by interacting e learning by searching (MALERBA, 1992). A presença ou ausência destes tipos de aprendizagem dependerá do grau tecnológico que se encontra na empresa ou instituição, assim como do grau de interação e cooperação exercidos pelos agentes. Neste novo paradigma da informação, as inovações incrementais têm sido guiadas pela interação entre os diversos atores e pelas mudanças e aprimoramento do conhecimento, ou seja, a solução de muitos problemas tecnológicos (por exemplo, projeto de uma máquina com certa característica, desenvolvimento de um novo composto químico com certas qualidades, melhoramento da eficiência de um input de produção etc) implicam o uso de vários tipos de conhecimento. (DOSI 1988, pp ). Segundo este mesmo autor, tais conhecimentos podem ser universais (amplamente difundido) ou específicos (relacionados a uma maneira particular de fazer as coisas), outros bem articulados (escritos e detalhados em livros ou manuais) ou tácitos (aprendidos principalmente através da prática), e há ainda os que são abertos ao público ou privado (protegido por patentes ou sigilos). 4. As duas formas de conhecimento: tácito e codificado Partindo de uma dimensão epistemológica, o conhecimento pode ser classificado em duas formas distintas: conhecimento tácito e conhecimento codificado. Esta classificação remonta ao trabalho de Polanyi (1958) que afirma que podemos saber mais do que dizer ou escrever. Nonaka e Takeuchi (1997), baseados em Polanyi (1958) também se utilizam da metodologia 3

4 de classificação dos dois tipos de conhecimento e classificam o conhecimento humano em conhecimento tácito e o conhecimento explícito (codificado). Para estes mesmo autores, a dinâmica da criação de conhecimento nas empresas e o sucesso da inovação tecnológica dependem da interação destas duas categorias de conhecimento. O conhecimento tácito pode ser entendido como aquele conhecimento difícil de ser comunicado e que é transmitido e apreendido informalmente através da experiência. Sua forma de transmissão acontece principalmente quando existe algum tipo de interação entre os atores em que a possibilidade de aprendizagem seja possível. O outro tipo de conhecimento o conhecimento codificado é aquele em que a sua transmissão ocorre em forma de mensagens codificadas. Ele é formalmente escrito e detalhado em livros, manuais, revistas, artigos etc, e é constituído de princípios, teorias e leis científicas que são adquiridas e debatidas em um ambiente de aprendizagem. O estudo e a definição das formas de conhecimento são importantes para se tentar compreender o processo de inovação tecnológica. Este processo tem sido alvo de pesquisa de muitos autores do desenvolvimento econômico (DOSI, 1988; FREEMAN, 2000; CASAS, 2000, entre outros). O processo de compreensão da inovação tem sido extremamente complexo, por isso, difícil de se entender; contudo, para Casas et al. (2000) a única maneira efetiva de entender as inovações é analisando as interações entre empresas, universidades e instituições públicas e privadas. 5. Análise e descrição do processo de inovação Uma das características do século XX foram a presença das rápidas mudanças nos sistemas políticos, econômicos, culturais e sociais. Ao longo daquele e início deste, muitos economistas dos países desenvolvidos vêm discutindo e debatendo sobre a importância dos avanços tecnológicos e sobre o papel da inovação para o desenvolvimento econômico. Existem várias definições sobre o conceito de inovação, porém o que mais se tem desenvolvido e influenciado pesquisas e políticas de desenvolvimento regional é o conceito de inovação como a busca, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de novos produtos, processos e novas técnicas organizacionais (DOSI, 1988). A inovação muitas vezes também é um processo social, em que vários atores influenciam direta ou indiretamente a sua concepção e o seu desenvolvimento. Tal conceito desenvolvido dentro das realidades dos países desenvolvidos tenta pôr em dúvida ou até mesmo descartar a aplicação do conceito linear da inovação em favor de um processo e um conceito interativo. Dentro deste contexto, a inovação é, portanto um processo que envolve vários atores ao redor de um novo tipo de conhecimento, seja ele proveniente de um departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da empresa, de uma universidade ou de um desenvolvido centro de pesquisa. Ela pode se apresentar na forma radical ou incremental. Uma inovação radical pode ser entendida como o desenvolvimento de algo inteiramente novo que cause uma ruptura com o paradigma anterior, originando um novo paradigma caracterizado por novas indústrias, setores ou mercados. Temos como exemplo de inovação radical a microeletrônica. Por sua vez, as inovações incrementais ocorrem quando algum tipo de melhoria é adicionado ao produto, ao processo ou ao serviço. Ela geralmente ocorre após alguma inovação radical, em que a base tecnológica já está bem estruturada. Assim, com base nesta distinção, pode-se perceber que o sucesso de uma inovação radical mantida ao longo do tempo é devido, principalmente, ao apoio dado pelas inovações incrementais. O conceito de inovação desenvolvida nos países desenvolvidos foge um pouco à realidade dos 4

5 países em desenvolvimento. Nos países em desenvolvimento, as inovações são vistas como atividades enraizadas no cotidiano das empresas e provenientes das habilidades e competências das pessoas (LUNDVALL et al. 2002). Enquanto que nos países desenvolvidos o conceito de inovação está diretamente ligado a setores que empregam alta tecnologia (daí o uso como sinônimo entre inovação e inovação tecnológica) e são detentores de conhecimentos baseados na ciência, e, ao mesmo tempo, possuem um vínculo interativo com institutos de P&D e Universidades; nos países em desenvolvimento, as inovações são mais vistas como atividades enraizadas no chão-de-fábrica e dependente das habilidades e competências das pessoas, ou seja a inovação está mais focada e dependente do chão-de-fábrica do que instituições de P&D. Diante de tais diferenças, opta-se neste artigo pelo conceito mais amplo da inovação adotado pelos países em desenvolvimento, ou seja, o termo inovação aqui utilizado tem uma abrangência maior com sua utilização tanto em setores dinâmicos quanto em setores tradicionais. Assim a inovação será aqui entendida como um processo através do qual as empresas, sejam elas de alta ou baixa tecnologia, dominam e implementam um processo ou produto que seja novo para elas, independente de ser ou não para outras empresas ou setores (MYTELKA & FARINELLI, 2000). 6. As inovações no setor de calçados Existem evidências que mostram que a origem dos calçados começa a partir de anos antes de Cristo, ou seja, no final do período paleolítico. De início surgido, principalmente, por uma necessidade de proteção dos pés, ele foi ao longo dos séculos aprimorado até chegar aos dias atuais que tem como característica ser um produto da moda, com modelos e estilos bastante variados e produzidos através de diferentes materiais para os vários mercados consumidores. O calçado é um produto segmentado tanto pelo mercado consumidor quanto pelos materiais empregados. Os principais segmentos são definidos pelo sexo ou faixa etária (masculinos, femininos, adultos ou infantis), pelo material empregado (couro, tecido, borracha ou material sintético) e pela sua finalidade (sociais, esportivos ou de segurança). Esta gama de segmentos faz com que exista uma grande variedade de aglomerações de calçados no Brasil e no mundo especializados na produção de um tipo específico de calçado. Assim, existem calçados para homens, mulheres e crianças, calçados de couro, de tecidos e de materiais sintéticos, com baixa, média ou alta qualidade; destinados às diversas classes sociais. Esta gama variada de segmentos é um dos fatores que explicam a entrada e a permanência de empresas nos mais diversos mercados com o uso de diferentes tipos de tecnologias, competências, qualidades e eficiência no mercado (COSTA, 1993). Concordando com a idéia deste autor, percebe-se a existência no setor calçadista de empresas com o uso de tecnologias bem avançadas e outras operando de maneira ainda artesanal O calçado e suas partes constituintes De uma maneira geral, o calçado é formado por duas partes principais: uma parte inferior denominada de solado e uma parte superior denominada de cabedal. Estas duas partes se subdividem em várias outras, com especificações e características bem definidas. As diversas partes do solado (palmilha, sola, salto) e do cabedal (contraforte, couraça, biqueira, lingüeta) junto com outros adereços (zíperes, botões, enfias) são unidas por processos mecânicos e/ou artesanais e constituem o que chamamos de calçado. Deste modo, o que diferencia em termos de design os diversos tipos de calçados é a presença ou a ausência destas partes unidas pelos diferentes tipos de operações. 5

6 6.2. A evolução das matérias-primas utilizadas na produção dos calçados O século XX foi um período marcado por grandes transformações nas matérias-primas que compõem o calçado (ver quadro 04). A matéria-prima utilizada na fabricação do calçado tem variado muito nas últimas décadas, influenciado pelo desenvolvimento de materiais sintéticos provenientes de setores petroquímicos, dessa forma a maioria das empresas vem aos poucos diminuindo o uso de sua principal matéria-prima o couro, e o substituindo por materiais mais baratos, fácil de trabalhar e que acarretam menos desperdícios. DÉCADAS De 20 De 30 De 40 De 50 De 60 De 70 De 80 De 90 Couro Couro Couro Couro Couro Couro Couro Couro não não não não não não não não PVC PVC PVC PVC PVC PU PU PU PU termoplástica Poliuretano termoplástico termoplástica Poliuretano termoplástico termoplástica Poliuretano termoplástico termoplástica Poliuretano termoplástico EVA EVA EVA EVA Fonte: Assintecal Quadro 04 - Materiais usados na fabricação de calçados nas décadas de 1920 a 1990 Antigamente, os calçados eram feitos quase que exclusivamente de couro. Com a descoberta dos materiais sintéticos, outras alternativas foram abertas e o couro foi deixando de ser a matéria-prima exclusiva na produção dos calçados e sendo substituído, em alguns casos, por inovações de produto provenientes de outros setores industriais. A primeira inovação de impacto ocorrida no calçados foi inserção do solado de borracha não- (borracha natural) em lugar do solado de couro, porém devido ao seu elevado custo e à descoberta de novos materiais mais resistentes ao desgaste e a altas temperaturas, a borracha natural foi aos poucos perdendo espaço na produção de calçados e sendo substituída pelos materiais sintéticos. O EVA (copolímero de etileno e acetato de vinila) utilizado pela primeira vez por volta da década de 60 e aprimorado durante as últimas décadas é um dos materiais mais utilizados nas empresas de calçados do Brasil. Devido, principalmente, a suas excelentes propriedades mecânicas (resistência ao desgaste, maciez, baixa densidade) e possibilidade de ser produzido em diversas cores, o EVA tem sido utilizado principalmente na confecção de palmilhas e solados. Ele foi um dos principais fatores que impulsionou o surgimento do setor de calçados do cariri e atualmente é um dos pilares de sua sustentação. Os outros materiais como PVC (policloreto de vinila), PU (poliuretano) TPR (borracha termoplástica) são exemplos de outros materiais surgidos na indústria química e por possuírem também boas propriedades mecânicas (adesão e resistência à abrasão) são utilizados na fabricação de solados ou na confecção dos laminados sintéticos (couro sintético). 6

7 6.3 As mudanças tecnologias do setor de calçados As tecnologias utilizadas no setor de calçados têm se alterado de maneira lenta durante toda a sua trajetória histórica. Antes da Revolução Industrial, a fabricação dos calçados era feita de modo artesanal sem a utilização de qualquer tipo de máquina. Após a Revolução Industrial, a máquina é inserida no processo de fabricação do calçado, mas devido a questões de custo e de operação o processo produtivo guarda ainda muitas características e modos de produção artesanal, isto é, embora nos últimos anos a presença da automação tenha se inserido no processo produtivo de muitas empresas dos países desenvolvidos, o interior das empresas de calçados dos países em desenvolvimento (por exemplo, Brasil) é caracterizado pela mescla de trabalhos mecânicos e artesanais. A introdução de tecnologias de base micro-eletrônica nas empresas de calçados dos principais países desenvolvidos tem ocorrido desde os anos 70 e tem permitido, segundo Costa (1993), uma melhoria da qualidade dos produtos, uma redução de tempo de modelagem, um aumento da flexibilidade, uma redução dos desperdícios e uma substituição da mão-de-obra (principal fator de competitividade para as empresas destes países). As principais tecnologias de produção utilizadas nestas empresas são o CAD (Computer Aided Design) e o CAM (Computer Aided Manufaturem). O uso do CAD tem permitido para as grandes empresas a elaboração dos modelos de calçados através de programas de computador. Ao invés de serem realizada manualmente, os modelos são desenhados com o auxilio de programas, economizando tempo e material além de fornecer de modo fácil as possíveis alterações ao longo da idealização do modelo. O CAD pode reduzir quase à metade do tempo gasto na elaboração do modelo, além isso, alguns de seus programas fornecem também uma planilha de custo em que se pode calcular o custo de produzir um modelo com suas possíveis alterações (COSTA, 1993). Seguindo este raciocínio, o conhecimento dos custos de um modelo projetado pode ser adquirido, livrando as empresas de possíveis prejuízos. A tecnologia CAM é geralmente utilizada nas operações de corte. Os cortes anteriormente feitos em balancins hidráulicos, agora podem com a ajuda desta tecnologia ser cortada por jatos d água ou a laser. Segundo Geib apud Costa (1993), o corte a jato d água, assim como a integração dos sistemas CAD/CAM, é uma tendência irreversível na industria de calçados. Entretanto, verifica-se, através da revisão da literatura sobre o assunto, que, no caso do Brasil, esta tendência ainda demorará alguns anos para acontecer. Quando o CAD está integrado com o CAM, o modelo projetado pode ser transportado diretamente para o setor de corte, reduzindo tempos e transformando o sistema com características mais flexíveis. No entanto, tal exemplo de articulação não é fácil de obter. Para alguns autores (PICCININI, 1995; ZAWISLAK, 1995), esta articulação é encontrada somente em algumas grandes empresas especializadas localizadas nos países desenvolvidos. Outro tipo de inovação que tem ocorrido neste setor é o uso de máquinas de costura dotadas de comando numérico. O uso deste dispositivo permite que a máquina seja interligada ao sistema CAD e, deste modo, estabeleça uma programação de costura realizada pela modelagem e executada pelo setor de costura. Em um trabalho realizado junto às empresas de calçados de Portugal, Fonseca (2001) constatou que o controle automático de todo processo produtivo é considerado uma das características das fábricas do futuro; contudo, em estudo realizado por Piccinini (1995) e Zawislak (1995), verifica-se que, nas empresas brasileiras de calçados, a automação por 7

8 completo das operações é uma realidade distante das empresas de calçados dos países em desenvolvimento e, em especial, do Brasil A importância dos conhecimentos para a fabricação dos calçados Para se produzir um calçado com uma determinada qualidade, é preciso competência tanto para produzi-lo bem como para entregá-lo no prazo determinado. Assim, o que diferencia uma mesma operação realizada por duas empresas de um mesmo setor de calçados são a capacidade tecnológica, o conhecimento e a experiência adquirida pela mão-de-obra destas duas empresas. A qualificação desta mão-de-obra é o que determinará, em certas ocasiões, o ganho competitivo de uma empresa em relação à outra. No entanto, é difícil no Brasil definir se determinada mão-de-obra é ou não qualificada. Em estudos realizados nas empresas brasileiras, Piccinni (1995) afirmou que sua avaliação depende dos parâmetros adotados pelas diferentes empresas, ou seja, o termo trabalhador qualificado depende de empresa para empresa. Além disso, para a mesma autora o tempo é fundamental na qualificação da mão-de-obra. Sendo assim, um operário inserido no interior do chão-de-fábrica é considerado qualificado quando estiver realizando determinada tarefa por um período de seis meses As mudanças na organização produtiva das empresas de calçados Tradicionalmente, a organização interna de uma empresa de calçado tem-se caracterizado pela adoção de duas estratégias: layouts em linha de montagem e layouts em forma de grupos ou células de montagem (PICCINNI, 1995). Tais técnicas organizacionais influenciadas pelo taylorismo/fordismo ou pelo modelo japonês são as que mais têm prevalecido, orientando as empresas na definição das estratégias de organização da produção. A organização por produto, ou linha de montagem, é o modo de produção em que os setores ou postos de trabalho são localizados em torno de uma linha de produção imaginária ou esteira rolante, onde, à medida que o produto avança, operações são acrescidas a ele até se chegar a sua conclusão no final da linha de produção. Este tipo de processo é a que mais tem sido encontrado nas empresas de calçados do Brasil, porém segundo Piccinni (1995), este tipo de organização tem sido aos poucos substituída pelo modo de produção em grupos ou em células, no qual a produção é decomposta em grupos de trabalhos que se interagem internamente através principalmente da troca de informações e operários entre si. Para que isto ocorra, um certo número de trabalhadores é organizado em um layout em forma de U, economizando tempo e espaço. O uso da produção em grupos seria um instrumento de auxílio para se alcançar a filosofia Just in Time que tem como principais objetivos o aumento da eficiência por intermédio da redução do lead time, a eliminação dos desperdícios, a redução dos refugos, do retrabalho e dos estoques ao longo do processo produtivo. Uma das principais ferramentas do Just in Time tem sido a utilização da técnica kaban que consiste em um tipo de dispositivo (um cartão, por exemplo) que fornece informações sobre o material em processamento e sobre os materiais em torno do posto de trabalho. Vale salientar que a introdução e execução destas técnicas não ocorrem da noite para o dia, exigindo das empresas maior comprometimento e até mudanças de comportamento diante de velhos hábitos. Entretanto, em comparação com a introdução de inovação tecnológica com o CAD/CAM, tais técnicas têm sido utilizadas mais freqüentemente devido, principalmente, ao baixo custo da segunda em comparação com a primeira. 8

9 7. Conclusão Neste artigo, procurou-se evidenciar principalmente a importância do conhecimento para a sociedade atual. Diante deste contexto, o conhecimento torna-se uma importante ferramenta para a geração da inovação e, conseqüentemente, para o desenvolvimento local. As empresas, para se tornarem cada vez mais competitivas, estão necessitando de conhecimentos para sempre inovarem seus produtos e seus processos. De um modo geral, tem-se verificado nas empresas de calçados do Brasil um processo de mudança, influenciado, principalmente, por mudanças de contexto internacional. Algumas grandes e médias empresas exportadoras, para enfrentar a concorrência internacional e ampliar sua atuação no mercado interno, têm adotado novos tipos de tecnologias ou têm transferido seu processo produtivo para regiões onde são oferecidos melhores incentivos fiscais e mão-de-obra abundante e barata. As empresas de calçados, devido a suas necessidades de sempre inovar, estão sempre precisando de novos conhecimentos para fabricar seus produtos de forma mais competitiva e com melhor qualidade. Sendo assim, é um setor que depende e necessita de conhecimentos e, uma das soluções para se obter estes conhecimentos é através da interação entre empresas, entre empresas e instituições de apoio ou entre empresas e universidades. Tema este que será abordado em futuros projetos de pesquisa. Referências CASAS, R; GORTARTI, R. de; SANTOS, M. The Building of Knowledge Spaces in Mexico: a regional approach to networking. Research Policy, n. 29, p , February COSTA, A. B. Modernização e competitividade da indústria de calçados brasileira. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Economia Industrial, Rio de Janeiro, DOSI, G. The nature of the innovative process. In DOSI et al. (eds.), Technical Change and Economic Theory. London and New York: Pinter Publishers, FONSECA, P. M. The Portuguese Footwear Industry: Case-Studies Report. CONVERGE, FREEMAN, C. A Hard Landing for the New Economy? Information Technology and the United States National System of Innovation. In: CASSIOLATO, E; LASTRES, H. (org.): Arranjos e Sistemas Produtivos Locais e as Novas Políticas de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico. Rio de Janeiro, IE/UFRJ/BNDES/FINEP/FUJB, LASTRES, H. M. M, et al. Globalização e Inovação Localizada. In CASSIOLATO, J., e LASTRES, H. M. M., (Orgs.). Globalização e Inovação Localizada, Experiências de Sistemas Locais no Mercosul. Brasília, IBICT/MCT, p , LUNDVALL, B-Å. Innovation as an interactive process: from user-producer interaction to the national system of innovation. In DOSI, G. et al. (eds.), Technical Change and Economic Theory, London and New York: Pinter Publishers, LUNDVALL, B-Å. & JOHNSON, B. Promoting Innovation Systems as a Response to the Globalising Learning Economy. In: CASSIOLATO, E; LASTRES, H. (org.): Arranjos e Sistemas Produtivos Locais e as Novas Políticas de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico. Rio de Janeiro, IE/UFRJ/BNDES/FINEP/FUJB, LUNDVALL, B-Å; JOHNSON, B; ANDERSEN, E. S; DALUM, B. National Systems of Production, Innovation and Competence Building. Research Policy, n. 31, p , MALERBA, F. Learning by firma and incremental change. The Economic Journal, n. 102, p July

10 MYTELKA, L. K; FARINELLI, F. Local Clusters, Innovation Systems and Sustained Competitiveness. In: CASSIOLATO, E; LASTRES, H. (org.): Arranjos e Sistemas Produtivos Locais e as Novas Políticas de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico. Rio de Janeiro, IE/UFRJ/BNDES/FINEP/FUJB, NONAKA, I; TAKEUCHI, H. Criação de Conhecimento na Empresa: Como as Empresas Japonesas Geram a Dinâmica da Inovação. Rio de Janeiro: Editora Campus, PICCININI, V. C. Mudanças na indústria calçadista brasileira: novas tecnologias e globalização do mercado. In: Fensterseifer, J. E. (org.), O Complexo Calçadista em Perspectiva: Tecnologia e Competitividade. Porto Alegre: Ortiz, p , POLANYI, K. The tacit dimension. London: Routledge & Kegan, VARGAS, M. A. Proximidade Territorial, Aprendizado e Inovação: Um Estudo sobre a Dimensão Local dos Processos de Capacitação Inovativa em Arranjos e Sistemas Produtivos no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro - Instituto de Economia Industrial, Rio de Janeiro, 2002 ZAWISLAK, P. A. A inovação no setor calçadista brasileiro: um exemplo de atividade de resolução de problemas. In: FENSTERSEIFER, J. E. (org.), O Complexo Calçadista em Perspectiva: Tecnologia e Competitividade. Porto Alegre: Ortiz, p ,

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