CVRA - COMISSÃO VITIVINÍCOLA REGIONAL ALENTEJANA

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1 CVRA - COMISSÃO VITIVINÍCOLA REGIONAL ALENTEJANA Horta das Figueiras - Rua A, Nº 14 Apartado ÉVORA Telefs. (066) Fax (066) cvralentejo@mail.telepac.pt A rega da vinha no Alentejo A apetência crescente dos mercados nacional e internacional pelos vinhos com Denominação de Origem Alentejo e Indicação Geográfica Alentejana que se verificou em parte da década de 80 e durante toda a década de 90; acompanhada pela redução drástica dos rendimentos dos agricultores na sua actividade tradicional, exploração agro-pecuária extensiva, colocou como actividade alternativa e de futuro garantido a exploração vitivinícola no Alentejo. Deste modo, e verificando-se a valorização crescente dos produtos vínicos Alentejanos nos diversos mercados, naturalmente, que face ás desvalorização dos cereais os agricultores optaram pela vitivinicultura como alternativa. Por outro lado, mercê do recurso ao programa Vitis obtiveram custos de implantação altamente favoráveis, circunstância que também foi aproveitada pelos viticultores que tinham vinhas desenquadradas das diversas exigências para a produção de vinhos com D. O. C. e que aproveitaram este financiamento para reconstituírem os seus vinhedos. Um dos poucos problemas que se punham à viticultura do Alentejo era a carência hídrica nos períodos de pré maturação e de maturação, facto que através da implementação de sistemas rega gota a gota seria parcial ou totalmente neutralizado. Deste modo, a grande maioria das vinhas recentemente implantadas dispõem de rega. Em pouco tempo passámos de uma área insignificante de vinha regada para cerca de quatro mil hectares, o que representa cerca de 25% da área total de vinha do Alentejo. Entretanto, algumas questões de grande pertinência foram colocadas, de entre muitas salientamos duas : - Oportunidades, débitos e técnicas de rega - Problemas fitossanitários provocados pela aplicação das regas. Para encontrar as respostas às primeiras questões, foi desenvolvido um programa de investigação sob a égide dos Professores Carlos Lopes do ISA e Mota Barroso da Universidade de Évora, para cuja implementação contribuíram activamente os serviços técnicos da ATEVA. Os resultados foram largamente divulgados em diversos eventos de carácter científico, através de publicações de artigos científicos sob esta matéria e mostraram algumas diferenças significativas entre o comportamento das plantas nas duas vinhas onde se

2 desenvolveu a experimentação (herdade de Pinheiros, Sub-região vitícola de Évora e herdade das Carvalhas Quinta do Carmo, Sub Região vitícola de Borba). Efectivamente, as diferenças das condições edafo-climáticas de cada uma das subregiões influem decisivamente nos resultados obtidos. No caso do Alentejo, considerando o conhecimento existente por parte dos técnicos da ATEVA que acompanharam a investigação referida, têm uma informação muito concreta dos resultados obtidos. Ao acompanharem as diversas vinhas que lhes estão atribuídas para apoio técnico e abordarem esta questão, têm constatado que existe uma heterogeneidade de comportamento fisiológico das vinhas em condições de rega iguais. Parece-nos que, os solos, a drenagem, a exposição e castas que constituem os encepamentos são factores que devem ser considerados e que influem decisivamente na oportunidade de aplicação das regas e dos respectivos débitos. Parece-nos assim, que a forma mais correcta de abordar esta questão será, ter como base os resultados obtidos pelo programa de investigação levado a efeito a que já fizemos referência, e a partir deste conhecimento ter em consideração os factores igualmente já referidos para poder gerir correctamente a rega tendo em vista a optimização do comportamento biológico das plantas, de modo à obtenção de massas vinícas de elevada qualidade. Quanto à segunda questão, problemas fitossanitários provocados pela utilização da rega nas vinhas. Parece-nos que o agricultor, face à introdução desta prática na vinha, terá forçosamente de alterar a sua filosofia de protecção fitossanitária. Isto é, para determinação da oportunidade de intervenção terá que ter em consideração mais este factor que é a rega, dado que vai alterar as condições, em termos de temperatura e humidade, do meio onde a planta se desenvolve. Mantendo a técnica de protecção integrada de que somos defensores há longos anos, chamamos à atenção dos viticultores e técnicos, que se torna necessária a obtenção de um conjunto de cuidados, quer na determinação da oportunidade de intervenção para a protecção das plantas no que respeita a doenças criptogâmicas, quer na determinação dos níveis económicos de ataque no que respeita a pragas. Julgamos oportuno salientar alguns desses cuidados em síntese, que se seguem, e que dizem respeito tanto à rega enquanto nova prática cultural, como à sua influência na protecção fitossanitária da vinha.

3 A Vinha é ou não uma Cultura de Regadio? Tradicionalmente, a vinha foi sempre uma cultura de sequeiro. Porém, através da introdução de algumas técnicas de implantação, bem como, pelos conhecimentos adquiridos nas técnicas de condução, constata-se se agora, que a REGA é indispensável na plantação de bacelos enxertados, e melhora significativamente a produção de uva. Algumas considerações sobre a região Alentejo - localização geográfica; - sistema de condução em forma baixa; - baixa produção por hectare; - clima quente e seco, ausência de precipitação no Verão; - humidade relativa baixa; - insolação anual elevada; - anos sucessivos de seca (1992 a 1995);

4 considerações (cont( cont.) - solos pobres; - baixa disponibilidade de água no solo; - dificuldade no sucesso de instalação de novas vinhas; - perda de produção de uva (envelhecimento precoce das folhas da base, queima de bagos); - perda de qualidade da uva (murchidão de bagos, redução da síntese de açúcares); - perda económica do viticultor; - dúvidas sobre o investimento na cultura. Enquadramento legislativo (rega da vinha) Reg(CE) n.º1493/1999, de 17 de Maio (VQPRD) Anexo VI c-2) Práticas de cultivo - Numa zona vitícola, a irrigação só pode ser realizada na medida em que o Estado-Membro interessado a tiver autorizado. Este só pode conceder tal autorização se as condições ecológicas o justificarem. Decreto-Lei n.º265/98, de 19 de Agosto (DOC) Artigo 5º-3) Práticas culturais - A rega da vinha só pode ser efectuada em condições excepcionais reconhecidas pelo IVV e sob autorização prévia, caso a caso, da CVRA, à qual incumbe velar pelo cumprimento das normas que para o efeito vierem a ser definidas.

5 A rega da vinha deve ser racional - Como mais uma técnica cultural. - No Alentejo parece ser uma necessidade, apesar dos cerca de 300 ha de vinha regada até Deve ser observada como um complemento para evitar o stress hídrico excessivo da planta. - Conhecimentos agronómicos sobre a casta e o porta-enxerto são de extrema importância. - O tipo de solo e a sua capacidade de retenção de água são determinantes para a solução mais adequada à situação. - Cada caso é um caso, não há receitas para esta cultura. Área de vinha com sistema de rega (estimativa em 2002: 25% da área total) Pareceres emitidos para autorização de instalação de sistema de rega de vinha (Área em hectares) Sub-regiões TOTAL Portalegre Borba Redondo Reguengos Vidigueira Évora Granja/Amareleja Moura Outras ,193.6 TOTAL , , ,654.1 Fonte: CVRA

6 Rega sim,, mas existem questões colocadas pelos viticultores - quando começar e parar de regar; - quanto regar (dotação, débito): - mais água, período de tempo menor, - menos água, período de tempo maior; - que intervalo de rega praticar (como): - de dois em dois dias, - semanal, quinzenal. INFLUÊNCIA DA REGA EXCESSIVA NAS CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS DO VINHO A cor parece ser prejudicada. O aroma não é influenciado no seu carácter mas parece ser influenciado na sua intensidade. O sabor parece apresentar menos corpo, menor estrutura, menor persistência e menos longevidade.

7 Antes de cada rega: Determinar os níveis económicos de ataque das pragas; Determinar a oportunidade de tratamentos contra as doenças criptogâmicas; Intervenção (caso seja oportuno) antes de efectuar a rega. CONCLUSÃO A utilização da rega na vinha de forma moderada, é uma obrigatoriedade para que se torne uma técnica cultural favorável: no acréscimo controlado de produção; na qualidade da uva; no maior equilíbrio das características organolépticas do vinho; na mais valia para o viticultor, com consequente mais valia para o produtor de vinho de qualidade.

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