ScanGel Anti-IgG Cards Cards
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- Eliza Gil Miranda
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1 ScanGel Anti-IgG Cards Cards GEL FORMULADO COM UMA ANTIGLOBULINA ANTI-IgG POLICLONAL Despiste de Ac irregulares, compatibilidade, fenotipagem IVD Todos os produtos fabricados e comercializados pela empresa Bio-Rad são submetidos a um sistema de garantia de qualidade, desde a recepção das matérias primas até à comercialização dos produtos acabados. Cada lote de produto acabado é objecto de um controlo de qualidade, sendo comercializado apenas quando em conformidade com os critérios de aceitação. A documentação relativa à produção e ao controlo de cada lote é conservada pelo fabricante. 51
2 I - UTILIZAÇÃO E PRINCÍPIO DO TESTE Esta card é estritamente reservada a uso profissional em diagnóstico in vitro. Destinado à detecção (despistagem e identificação) de anticorpos irregulares anti-eritrocitários, ao teste de compatibilidade e a fenotipagem eritrocitária, o teste combina os princípios de aglutinação e filtração em gel. A reacção é obtida e lida após centrifugação de microtubos especialmente concebidos, cheios com gel impregnado do reagente antiglobulina. A suspensão de glóbulos vermelhos e o soro ou o plasma são depositados no poço de microtubos e centrifugados após um período de incubação. Os glóbulos vermelhos não aglutinados concentram-se no fundo do microtubo, enquanto que os aglutinados são retidos à altura do gel, consoante a sua dimensão. A posição no gel determina a intensidade da reacção A capacidade do gel para separar os glóbulos vermelhos do soro ou do plasma permite suprimir a fase de lavagem obrigatória das técnicas convencionais. II - CARACTERÍSTICAS DOS REAGENTES Os microtubos da card ScanGel Anti-IgG contêm um gel impregnado do reagente antiglobulina anti-igg. Esta fracção anti-igg é preparada a partir de soros de cabras hiper-imunizadas. Este reagente contém azida de sódio (< 0,1%) como conservante. O código do produto e o número de cards por embalagem são mencionados no rótulo da embalagem. III - CONSERVAÇÃO - VALIDADE A data limite de utilização e as condições de armazenamento são indicados na embalagem. As cards devem ser conservadas à temperatura ambiente de +15 C a +25 C. As cards devem ser armazenadas verticalmente, ao abrigo de qualquer fonte de calor e num local com reduzida variabilidade de temperatura e higrometria. IV - ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES A fiabilidade dos resultados depende da execução correcta das seguintes Boas Práticas de Laboratório : Não utilizar reagentes que excedam o prazo de validade indicado no rótulo. Não utilizar cards que apresentem sinais de secagem, bolhas ou o cujo selo de vedação esteja danificado ou partialmente retirado. 52
3 É essencial tomar precauções por forma a evitar contaminação entre os microtubos e, particularmente, durante as fases de distribuição de reagentes. Utilizar uma ponta de pipeta diferente para cada amostra e para cada reagente o glóbulos vermelhos de teste. Verificar a precisão e o bom funcionamento das pipetas e outros equipamentos. Usar luvas e óculos de protecção durante a manipulação de reagentes e de amostras. Nunca pipetar directamente para a boca. Evitar derramamentos. Em caso de derramamento, lavar por meio de lixívia 12 Cl, diluída a 1/10, e limpar com papel absorvente. O material utilizado para limpar deverá ser eliminado num recipiente para resíduos contaminados. Os consumíveis e outros produtos que tenham estado em contacto com amostras ou reagentes contendo material de origem humana devem ser eliminados depois da sua descontaminação. As fichas de segurança podem ser adquiridas a pedido. V - COLHEITA E TRATAMENTO DAS AMOSTRAS O sangue deve ser assepticamente recolhido num tubo sem ou com anti-coagulante (EDTA, CPD). A análise deve ser realizada o mais brevemente possível após a colheita. As amostras que não puderem ser analisadas rapidamente deverão ser conservadas a uma temperatura entre +2 C e +8 C e submetidas a análise nas 48 horas seguintes. Em nenhum caso deverá ser visível hemólise. Não aquecer as amostras. VI - TÉCNICAS Material fornecido Cards ScanGel Anti-IgG Outros materiais necessários mas não fornecidos ScanLiss : meio de suspensão de glóbulos vermelhos ScanLiss 100 ml ScanLiss 500 ml IH QC : Controlo serológico de grupo sanguíneo IH QC 4 x 6 ml Centrifuga : ScanGel Centrifuge Incubadora : ScanGel Incubator Pipetas automáticas ou semi-automáticas 53
4 Pontas de pipeta Tubos descartáveis Recipiente para resíduos de risco biológico Lixívia Luvas de látex Papel absorvente Óculos de protecção 1. Despistagem e identificação dos anticorpos irregulares anti-eritrocitários Controlos Recomenda-se efectuar, em paralelo com cada teste, um autocontrolo (soro ou plasma e glóbulos vermelhos do doente). Controlos positivo (soro conhecido, contendo, pelo menos, um anticorpo detectável em teste indirecto a antiglobulina) e negativo (soro conhecido não contendo qualquer anticorpo), IH QC : Controlo serológico de grupo sanguíneo. Reagentes necessários mas não fornecidos EryScan, ScanCell, ScanPanel : glóbulos vermelhos de teste, prontos a usar, para despistagem e identificação dos anticorpos irregulares anti-eritrocitários (teste indirecto a antiglobulina) EryScan 2 x 10 ml ScanCell 3 x 10 ml ScanPanel 10 x 3 ml Procedimento O procedimento deve ser estritamente seguido. Todos os reagentes devem ser equilibrados à temperatura ambiente antes da utilização. Por centrifugação separar o soro ou o plasma dos glóbulos vermelhos da amostra a analisar. No caso de o sangue ser recolhido em tubo seco, o soro deve ser recentrifugado a 1500 g durante 10 minutos. a) Preparação de suspensão de glóbulos vermelhos se estes não estiverem prontos a utilizar Autocontrolo : Distribuir 1 ml de ScanLiss num tubo descartável identificado. Adicionar 10 µl de glóbulos vermelhos da amostras (autocontrolo). Misturar. 54
5 b) Técnica 1. Identificar cada card ou parte de card (consoante o número de glóbulos vermelhos de teste, utilizados para a amostra) pelo nome ou número da amostra correspondente; para cada microtubo, identificar o glóbulo vermelho a distribuir. Retirar a totalidade da lingueta de alumínio das cards. Ressuspender as hemácias antes da sua utilização. 2. Depositar 50 µl de cada suspensão de glóbulos vermelhos de teste, prontos a utilizar Eryscan ou ScanCell ou ScanPanel ou da suspensão de glóbulos vermelhos preparada em 1- a) no poço dos microtubos correspondentes. 3. Adicionar imediatamente 25 µl de soro ou de plasma no poço dos microtubos correspondentes à amostra testada. O tempo de espera entre a distribuição de glóbulos vermelhos e a do plasma ou soro não deverá, em caso algum, exceder os 10 minutos. 4. Incubar durante 15 minutos, a +37 C na ScanGel Incubator. 5. Centrifugar durante 10 minutos, na ScanGel Centrifuge. 6. Ler as reacções. 2. Teste de compatibilidade Controlos Controlos positivo (soro conhecido, contendo, pelo menos, um anticorpo detectável em teste indirecto a antiglobulina) e negativo (soro conhecido não contendo qualquer anticorpo), IH QC : Controlo serológico de grupo sanguíneo. Procedimento O procedimento deve ser estritamente seguido. Todos os reagentes devem ser equilibrados à temperatura ambiente antes da utilização. Por centrifugação separar o soro ou o plasma dos glóbulos vermelhos da amostra a analisar. No caso de o sangue ser recolhido em tubo seco, o soro deve ser recentrifugado a 1500 g durante 10 minutos. a) Preparação das suspensões de glóbulos vermelhos (dadores) Para cada dador : Distribuir 1 ml de ScanLiss num tubo descartável identificado. Adicionar 10 µl de fundo globular (glóbulos vermelhos do dador). Misturar. A suspensão de glóbulos vermelhos está pronta a ser utilizada. b) Técnica 1. Identificar cada card ou parte da card pelo nome ou número do receptor e o número do ou dos dadores correspondentes. Retirar a totalidade da lingueta de alumínio das cards. 55
6 Ressuspender as hemácias antes da sua utilização. 2. Depositar 50 µl de cada suspensão de glóbulos vermelhos no poço dos microtubos correspondentes. 3. Adicionar imediatamente 25 µl de soro ou de plasma do receptor no poço dos microtubos correspondentes. O tempo de espera entre a distribuição da suspensão de glóbulos vermelhos e a do soro ou plasma não deverá, em caso algum, exceder os 10 minutos. 4. Incubar durante 15 minutos, a +37 C na ScanGel Incubator. 5. Centrifugar durante 10 minutos, na ScanGel Centrifuge. 6. Ler as reacções. 3. Fenotipagem eritrocitária Controlos Controlos positivo e negativo : glóbulos vermelhos comprovadamente positivos e negativos pelo antigénio, testados em simultâneo com os glóbulos vermelhos da amostra. IH QC : Controlo serológico de grupo sanguíneo Controlo da amostra (apenas glóbulos vermelhos da amostra). Reagentes necessários mas não fornecidos reagentes Bio-Rad correspondente ao antigénio estudado. Procedimento O procedimento deve ser estritamente seguido. Todos os reagentes devem ser equilibrados à temperatura ambiente antes da utilização. Por centrifugação separar o plasma dos glóbulos vermelhos da amostra a analisar. a) Preparação de suspensão de glóbulos vermelhos Para cada amostra : Distribuir 1 ml de ScanLiss num tubo descartável identificado. Adicionar 10 µl de fundo globular da amostra. Misturar. A suspensão de glóbulos vermelhos está pronta a ser utilizada. b) Técnica 1. Para cada amostra, identificar um microtubo pelo nome ou número de amostra correspondente e o identificador do soro-teste utilizado e um microtubo pelo nome ou número da amostra (controlo de amostra). Retirar a totalidade da lingueta de alumínio das cards. Ressuspender as hemácias antes da sua utilização. 56
7 2. Depositar 50 µl de cada suspensão de glóbulos vermelhos no poço dos microtubos correspondentes. 3. Adicionar imediatamente 25µl de soro-teste no poço dos microtubos correspondentes (excepto nos microtubos que servem de controlo da amostra). O tempo de espera entre a distribuição dos glóbulos vermelhos e a do soro-teste não deverá, em caso algum, exceder os 10 minutos. 4. Incubar durante 15 minutos, a +37 C na ScanGel Incubator. 5. Centrifugar durante 10 minutos, na ScanGel Centrifuge. 6. Ler as reacções. VII RESULTADOS E INTERPRETAÇÃO A presença de aglutinados (à superfície ou dispersos no gel) ou de uma hemólise corresponde a um resultado positivo. Um fundo de glóbulos vermelhos concentrados na base do microtubo e a ausência de hemólise corresponde a um resultado negativo. Os resultados são válidos unicamente se os controlos fornecerem os resultados esperados. 1. Despistagem e identificação dos anticorpos irregulares anti-eritrocitários Um resultado negativo (ausência de aglutinação e de hemólise) em cada um dos microtubos utilizados significa que o soro ou o plasma testado não contém anticorpos correspondentes aos antigénios presentes nos glóbulos vermelhos de teste, detectáveis pela técnica utilizada. Inversamente, um resultado positivo (aglutinação e/ou hemólise) num dos microtubos utilizados permite comprovar a presença de um ou mais anticorpos no soro ou no plasma. Uma identificação deste(s) anticorpo(s) deverá ser realizada. Um resultado positivo no microtubo de autocontrolo pode indicar a presença de um anticorpo. Se, para além do autocontrolo, pelo menos um dos glóbulos vermelhos se apresentar aglutinado, deverá considerar-se a necessidade de uma mistura auto-anticorpo/alo-anticorpo. Só podem ser detectados os anticorpos correspondentes aos antigénios presentes nos glóbulos vermelhos. No âmbito de uma identificação, a análise comparada entre as reacções positivas e as reacções negativas observadas com cada um dos glóbulos vermelhos teste do painel utilizado, permite caracterizar, com a ajuda da ficha de análise que acompanha o painel, a ou as especificidades dos anticorpos presentes no soro (ou plasma) testado. 2. Teste de compatibilidade Um resultado positivo (aglutinação e/ou hemólise) demonstra a existência de uma incompatibilidade entre o soro ou o plasma do receptor e os glóbulos vermelhos do dador. 57
8 3. Fenotipagem eritrocitária Consultar as informações do soro de teste utilizado. Os resultados serão válidos apenas se o controlo da amostra for negativo. VIII - DESEMPENHOS 1. Despistagem e identificação dos anticorpos irregulares anti-eritrocitários A avaliação dos desempenhos realizada em 1086 doentes evidenciou uma reacção equilibrada entre sensibilidade e especificidade. Cada resultado foi comparado com o obtido em técnica de imuno-aderência ou filtração em gel. A aplicação torna possível a detecção de anti-rh1(d) humana com concentração igual a 20 ng/ml. A especificidade numa amostragem global de doentes é de 99.6%. A reprodutibilidade da aplicação foi testada e demonstrou bons desempenhos, tanto intra como inter ensaios. 2. Teste de compatibilidade A avaliação dos desempenhos forneceu resultados concordantes com a técnica de filtração por gel, utilizada em paralelo A reprodutibilidade da aplicação foi testada e demonstrou bons desempenhos, tanto intra como inter ensaios. 3. Fenotipagem eritrocitária Consultar as informações do soro de teste utilizado. LIMITAÇÕES A obtenção de resultados anómalos pode ser provocada por : uma contaminação bacteriana ou química do soro, do plasma, dos glóbulos vermelhos ou do material. uma medicação ou um estado patológico do doente, fornecendo uma reacção cruzada. a utilização de um meio de suspensão de glóbulos vermelhos diferente do preconizado. uma colocação em suspensão incompleta dos glóbulos vermelhos. uma preparação de glóbulos vermelhos diferente da preconizada. uma hemólise das amostras ou dos glóbulos vermelhos de teste. a presença de fibrina (imagem de um fundo celular compacto na base de um microtubo, acompanhada de uma fina faixa rosada no cimo do gel, correspondente aos glóbulos vermelhos retidos pelos resíduos de fibrina). contaminação entre os microtubos. utilização de outro procedimento para além do descrito em seguida. 58
9 IX - LITERATURE 1. Löw B., Messeter L. : Antiglobulin test in low-ionic strength salt solution for rapid antibody screening and cross-matching. Vox Sang. 1974;26: Kankura T., Kurashina S., Nakao M. : A gel filtration technique for separation of erythrocytes from human blood. J Lab Clin Med 1974;83: Rouger Ph., Salmon Ch.: La pratique de l'agglutination des érythrocytes et du test de Coombs. Masson Engelfriet C.P., Overbeeke M.A.M., Voak D. : the antiglobulin test (Coombs test) and the red cell ; In Cash, Progress in Transfusion Medecine. Churchill Livingstone. 1987; vol2: Lapierre Y., Rigal D., Adam J. et al : The gel test : a new way to detect red cell antigen-antibody reactions. Transfusion 1990;30: Bromilov I.M., Adams K.E., Hope J., Eggington J.A. and Duguid J.K.M. : Evaluation of the ID-gel test for antibody screening and identification. Transfusion Medecine 1991;1: Salmon Ch., Cartron J.P., Rouger Ph. : Les groupes sanguins chez l'homme. 2é ed. Masson Pottier C., Quillet P., Baufine-Ducroq H. : Gel-test : Interpretation and value of a new technique for the detection of irregular antibodies. Ann Bio Clin 1992;50: Burin des Rosiers N., Nasr O. : Recherche des anticorps irréguliers érythrocytaires par la méthode du gel-test. Analyse de échantillons. Rev. Fr. Transfus. Hemobiol., 1993;36: International Forum. What is the best technique for the detection of red cell alloantibodies. Vox Sang 1995;69: Issitt PD. : Applied blood group serology. 4th ed. Miami: Montgomery Scientific Publications, 1998.
10 Bio-Rad 3, bd Raymond Poincaré Marnes-la-Coquette - France Tél.: /2009 Fax.: Code:
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