Colheita de produtos biológicos destinados à investigação laboratorial virológica

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1 Doença humana por vírus da gripe de origem aviária A(H5N1) Período de Alerta Pandémico Fase 3 (Baixa probabilidade de aparecimento de casos esporádicos na Europa) Colheita de produtos biológicos destinados à investigação laboratorial virológica 1. Condições de segurança O vírus da gripe de origem aviária A(H5N1) é considerado um agente de nível de contenção ou de segurança biológica de grau 3. Os produtos biológicos colhidos a doentes suspeitos devem ser considerados de alto risco e a sua colheita e transporte devem cumprir as condições de segurança recomendadas para produtos contendo microrganismos de elevada infecciosidade e patogenia. Reforça-se a necessidade do cumprimento das medidas de precaução preconizadas no documento GAH 4, com o objectivo de reduzir o risco de transmissão nosocomial e entre profissionais de saúde. 2. Informações gerais O diagnóstico laboratorial virológico das infecções respiratórias depende da qualidade dos produtos biológicos colhidos, do seu transporte rápido ao laboratório e apropriado acondicionamento. A excreção de vírus da gripe A(H5N1) faz-se essencialmente pelo tracto respiratório e consequentemente o diagnóstico virológico desta entidade nosológica é realizado, preferencialmente, em amostras que contenham células epiteliais infectadas do tracto respiratório e em secreções. Tendo em consideração o risco elevado associado à manipulação deste tipo de produtos infecciosos (amostras do tracto respiratório), os exames laboratoriais devem ser limitados ao número de testes estritamente necessários e os procedimentos efectuados em laboratório com nível de segurança biológica de grau 3 P3 (reforçando as condições de segurança individual). Documento de trabalho :57:45

2 Para o acompanhamento do caso, e atendendo à baixa virémia, é possível efectuar determinações dos parâmetros bioquímicos e hematológicos em laboratório com nível de segurança biológica de grau 2. Recomenda-se que as colheitas sejam efectuadas durante o internamento do doente (nos 3 primeiros dias após o início dos sintomas clínicos), de acordo com as normas de segurança preconizadas no documento GAH 4 e seguindo as indicações que a seguir se descrevem. As investigações laboratoriais relativas ao vírus da gripe A(H5N1) serão realizadas no Centro Nacional da Gripe, no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Dos resultados laboratoriais será dado conhecimento, com a maior urgência possível e, também, por escrito, ao hospital de internamento e à. 3. Produtos biológicos Vários tipos de produtos biológicos são adequados para o diagnóstico virológico deste tipo de infecção: Tracto Respiratório Superior - Aspirado da nasofaringe, ou - Exsudado da nasorofaringe colhido em zaragatoa, ou - Exsudado da orofaringe colhido em zaragatoa. Se a situação clínica o permitir, está também indicada a colheita de uma amostra do tracto respiratório inferior: Tracto Respiratório Inferior - Aspirado endotraqueal ou - Lavado broncoalveolar. Nota: Em situação de post-mortem pode ser colhido tecido do pulmão e da traqueia. Os produtos biológicos para o diagnóstico laboratorial da infecção humana pelo vírus da gripe aviário altamente patogénico, A(H5N1), devem ser colhidos de acordo com a seguinte ordem de prioridades: 1. Um produto biológico do tracto respiratório superior e/ou inferior, 2. Uma amostra de sangue na fase aguda da doença, 3. Uma amostra de sangue na fase de convalescença. Os produtos biológicos do tracto respiratório superior e inferior, destinados à detecção do antigénio viral por imunofluorescência de células infectadas, ao isolamento de vírus em cultura de células susceptíveis e à detecção do Documento de trabalho

3 genoma viral por RT-PCR, devem ser refrigerados a 4ºC e o seu transporte para o laboratório não deve exceder as 18 horas. 4. Material de colheita e transporte Material para os diferentes tipos de colheita - Recipiente colector de muco em plástico, esterilizado, - Zaragatoas, - Tubos plásticos e cateteres, - Espátula para compressão da língua, - Tubos secos - Pipetas de transferência, - Sistema de colheita de sangue. Meio de transporte para exsudados colhidos em zaragatoa 1. Dissolver 90 ml de triptose (Bacto-triptose 3%, com 10 ml de gelatina a 5%), 2. Adicionar 0,8 ml de uma solução de sulfato de gentamicina (50 mg/ml) e 3,2 ml de anfotericina B (250 µg/ml), 3. Esterilizar por filtração. Nota: Em alternativa podem ser utilizadas zaragatoas comerciais que integram na embalagem o meio de transporte adequado à preservação de vírus. Meio de transporte para os lavados - Solução salina estéril (0.85% NaCl) 5. Procedimentos de colheita Para a colheita dos produtos biológicos devem ser observadas as normas de precaução preconizadas com o objectivo de reduzir o risco de transmissão nosocomial desta entidade viral, de acordo com o documento GAH 4. Os produtos biológicos devem ser colhidos como abaixo se descreve. Todas as amostras devem ser acompanhadas de cópia da Declaração de internamento de caso possível (Anexo 2 do documento GAH 3) que contém informações gerais sobre o doente, o tipo de produto colhido e o contacto do profissional de saúde que preencheu a declaração. Documento de trabalho

4 5.1. Aspirado da nasofaringe As secreções da nasofaringe são aspiradas através de um cateter ligado a um recipiente plástico, colector de muco, ajustado a uma fonte de vácuo. O cateter é inserido numa das narinas paralelamente ao palato. O vácuo é aplicado e o cateter é retirado lentamente induzindo um movimento de rotação. O muco da outra narina é colhido com o mesmo cateter e utilizando um procedimento idêntico Exsudado da nasofaringe e/ou orofaringe colhido em zaragatoa Para a colheita na nasofaringe, introduzir a zaragatoa na narina paralelamente ao palato e deixar nessa posição alguns segundos de forma a absorver as secreções. Em seguida, introduzir um pouco mais fundo (até o doente lacrimejar) e rodar ligeiramente a zaragatoa. Para a colheita na orofaringe esfregar vigorosamente com a zaragatoa as regiões posteriores da faringe evitando a língua. Colocar cada uma das zaragatoas num tubo contendo meio de transporte para vírus. Identificar cada um dos tubos com as iniciais do doente (ou primeiro e último nome) e com a data da colheita. Se forem utilizadas zaragatoas comerciais com meio apropriado para o transporte de vírus deve seguir-se as instruções do fabricante. Nota: Não devem ser utilizadas zaragatoas com haste de madeira (podem conter inibidores ou substâncias que destroem as partículas virais) Sangue Para estudo serológico, na fase aguda da doença, deve ser colhido 3 a 5 ml de sangue em tubo seco, o mais precocemente possível, e até 7 dias após o início dos sintomas. Uma segunda colheita, na fase de convalescença, deve ser programada e realizada a partir do 14º dia após o início dos sintomas. Apesar de um só soro não providenciar evidências conclusivas para um diagnóstico individual, se for colhido 2 semanas após o início dos sintomas pode ser útil para a avaliação da presença de anticorpos contra vírus da gripe aviários através da aplicação de testes de inibição de hemaglutinação e/ou neutralização. A colheita de sangue deve ser efectuada, preferencialmente, utilizando um sistema de vácuo e para tubos com tampa de rosca cujo número e tipo depende dos parâmetros analíticos a estudar. Documento de trabalho

5 4. Acondicionamento e envio Após a colheita, os tubos devem ser bem vedados, a rolha envolvida em parafilm e desinfectados exteriormente com solução de hipoclorito de sódio a 0,5%. Os produtos biológicos, devidamente identificados, devem ser acondicionados seguindo as normas de embalagem de substâncias infecciosas (Figura 1). Figura 1 Embalagem de substâncias infecciosas Uma cópia da Declaração de internamento de caso possível (Anexo 2 do documento GHA 3) deve ser colocada entre o contentor externo e a cartonagem, preferencialmente dentro de uma folha plástica. Recomenda-se a utilização de uma firma certificada e autorizada para efectuar o transporte deste tipo de mercadoria. Na embalagem exterior deve ser assinalado de forma bem visível a designação GAH (Gripe Aviária em Humanos) seguida do endereço do laboratório de referência, a que se destina: GAH Centro Nacional da Gripe Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Av. Padre Cruz, CP Lisboa Para esclarecimento de qualquer dúvida resultante da leitura deste documento deve ser contactada a Doutora Helena Rebelo de Andrade através do telefone nº ou e da extensão nº Documento elaborado pela Doutora Helena Rebelo de Andrade (Centro Nacional da Gripe, INSA). Documento de trabalho

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