NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo.
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1 NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017 Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. Considerando a ocorrência de casos e óbitos suspeitos de Febre Amarela em humanos no Estado de Minas Gerais; Considerando a ocorrência de epizootias em macacos em alguns municípios do Espírito Santo, ainda sem confirmação laboratorial para Febre Amarela; Considerando os objetivos da vigilância epidemiológica do agravo: reduzir a incidência de febre amarela silvestre, impedir a transmissão urbana e detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle; A Secretaria de Estado da Saúde, através do Núcleo Especial de Vigilância Epidemiológica orienta: Notificação de casos: A Febre Amarela é uma doença de notificação compulsória e imediata, portanto, todo caso suspeito deve ser prontamente comunicado por telefone, fax ou as autoridades por se tratar de doença grave conforme o Regulamento Sanitário Internacional (RSI-2005) de 15 de junho de Sistema de Notificação: SINAN CID 10: A95.9. Para efeito da vigilância, a definição de caso humano suspeito é: Caso suspeito: Individuo com quadro febril agudo (até 7 dias), de inicio súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente em (ou procedente de) área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootia confirmada em primatas não humanos, ou isolamento de vírus em mosquitos vetores, nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado. Caso confirmado: 1. Critério clínico-laboratorial: Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes condições: isolamento do vírus da febre amarela; detecção do genoma viral; detecção de anticorpos da classe IgM pela técnica de MAC-ELISA em indivíduos não vacinados ou com aumento de 4 vezes ou mais nos títulos de anticorpos pela técnica de inibição da hemaglutinação (IH), em amostras pareadas; achados histopatológicos com lesões nos tecidos compatíveis com febre amarela. Também será considerado caso confirmado o indivíduo assintomático ou oligossintomático, originado de busca ativa, que não tenha sido vacinado e que apresente sorologia (MAC-ELISA)
2 positiva ou positividade por outra técnica laboratorial conclusiva para a febre amarela. 2. Critério de vínculo epidemiológico: Todo caso suspeito de febre amarela que evoluiu para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, em período e área compatíveis com surto ou epidemia, em que outros casos já tenham sido confirmados laboratorialmente. Descartado: Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que comprovado que as amostras foram coletadas em tempo oportuno para a técnica laboratorial realizada; ou caso suspeito com diagnóstico confirmado de outra doença. Orientações quanto à coleta de amostras para diagnóstico Laboratorial de Febre Amarela Coleta e remessa de material para exames: Logo após a suspeita clínica de febre amarela, coletar material de todos os casos, de acordo com as normas técnicas preconizadas, observando criteriosamente todas as recomendações. Não se esquecer de notificar e cadastrar no GAL. É da responsabilidade dos profissionais da vigilância epidemiológica, e/ou dos laboratórios centrais de saúde pública (Lacen) ou de referência viabilizar, orientar ou mesmo proceder a essas coletas. Não se deve aguardar os resultados dos exames para o desencadeamento das medidas de controle e outras atividades da investigação, embora sejam imprescindíveis para a confirmação de casos e para nortear o encerramento das investigações. Atentar para a interpretação dos resultados de sorologias, considerando as datas de coleta e dias de aparecimento dos sintomas e a necessidade de amostras pareadas. RT-PCR e Isolamento Viral: Coletar amostra de sangue (10 ml) do 1º ao 5º dia de doença (esta amostra deve ser enviada para um local que tenha freezer a -70 C em, no máximo, 24 horas. Enquanto isto armazenar a -20 C.) Sorologia IgM e IgG: 1ª Coleta: 10 ml de sangue após 5º dia da doença. 2ª Coleta: 10 ml de sangue, entre dias após a coleta da primeira amostra. Observação: Deve-se proceder a coleta de sorologia mesmo que tenha sido coletada amostra para pesquisa viral. Histopatologia e Imunohistoquímica: Tecidos (Fragmento de 1 cm): fígado, rim, coração, baço, linfonodos e cérebro - coletados logo após o óbito (no máximo até 12 horas).
3 Todo óbito deve ser enviado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para investigação. Obtenção de amostra em casos de óbito nos casos em que não seja possível encaminhar ao SVO: punção venosa ou punção intracardíaca Logo após o óbito. Coletar 20 ml de sangue (10ml para Isolamento viral e 10 ml para exame sorológico). 1. Imunização: Instrumentos disponíveis para Controle Vide Nota Técnica elaborada pelo Programa Estadual de Imunização. 2. Controle Vetorial: Evitar o acesso de mosquitos transmissores urbanos ou silvestres ao doente, mediante utilização de tela no seu local de permanência, pois ele pode se constituir em fonte de infecção. Adotar ações emergenciais de eliminação do A. aegypti. Fortalecer as ações de combate vetorial e bloqueio do vetor nas localidades próximas às áreas de transmissão, visando reduzir os índices de infestação para zero. O detalhamento das ações de controle vetorial deve seguir as orientações do Programa Nacional de Controle da Dengue. 3. Estratégias de Prevenção da reurbanização de Febre Amarela: Induzir a manutenção de altas taxas de cobertura vacinal em áreas infestadas por A. aegypti, nas áreas com recomendação de vacina nos país. Orientar o uso de proteção individual das pessoas que vivem ou adentram áreas enzoóticas ou epizoóticas. Eliminar o A. aegypti em cada território ou manter os índices de infestação muito próximos de zero. Isolar os casos suspeitos durante o período de viremia, em áreas infestadas pelo A. aegypti. Realizar identificação oportuna de casos para pronta intervenção da vigilância epidemiológica. Implementar a vigilância laboratorial das enfermidades que fazem diagnóstico diferencial com febre amarela. Telefone de contato do Programa Estadual de Controle de Febre Amarela: Aline da Penha Valadares Koski Karla Spandl Ardisson Luana Morati Campos Luciene Freitas Lemos Borlotte Luciana Medeiros Simonetti Tálib Moussállem Theresa Cristina Cardoso da Silva Célia Marcia Birchler Roberto Laperriere Jr Gilsa Aparecida Pimenta Rodrigues Tel.: (27) / Fax: (27)
4 ANEXO I Orientações para diagnóstico laboratorial.
5 ANEXO II Ficha de Notificação/investigação de Febre Amarela.
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