1. - Introdução. Sindroma Respiratória Aguda: sistema de informação para a Fase Pós-Surto
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- Marcelo Azambuja Palhares
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1 Ministério da Saúde Assunto: Sindroma Respiratória Aguda: sistema de informação para a Fase Pós-Surto Nº: 17/DSIA DATA: Para: Contacto na DGS: Todos os profissionais de saúde de unidades de cuidados de saúde 1 e em particular os clínicos, as equipas de controlo da infecção, as equipas de saúde pública, as Autoridades de Saúde, os profissionais dos serviços de internamento dos Hospitais de Referência para o SRA e os da Unidade de Vírus Respiratórios e Enterovírus do INSA. Dra Judite Catarino, Divisão de Epidemiologia Introdução O controlo, com êxito, da epidemia por Sindroma Respiratória Aguda (SRA) que ocorreu no primeiro semestre de 2003, não permite concluir que desapareceu o risco que esta infecção viral representa, uma vez que não se pode excluir a possibilidade de se verificar a sua reemergência. Para enfrentar esse cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs a todos os países que adoptassem medidas de vigilância específicas durante o actual período de pós-surto, tendo por finalidade a identificação precoce de qualquer novo caso e o controlo imediato de um eventual surto com ele relacionado. Portugal integra o conjunto de países classificados de baixo risco quanto à possibilidade de nele se verificar o início de um novo surto de SRA. No entanto, não se deve negligenciar aquela hipótese, pelo que, de acordo com indicações da OMS é importante efectuar vigilância epidemiológica de SRA em todas as unidades de cuidados de saúde. Nesse contexto foi elaborado o documento SRA6/PSA de , disponível no site no qual a (DGS) propõe medidas concretas sobre mecanismos de alerta em fase pós-surto. Consideram-se essenciais as definições que constam deste documento para efeitos de comunicação e notificação de eventuais casos-alerta de SRA 2. A presente circular define o sistema de informação que será utilizado nesta fase pós-surto em que nos encontramos. 1 Uma UCS tanto pode corresponder a uma instituição inteira (por exemplo, um Centro de Saúde) como a um departamento ou ala de um grande hospital central. 2 Qualquer doente que preencha os critérios clínicos da definição de caso e na ausência de diagnóstico alternativo, será considerado um eventual portador de SRA (caso-alerta).
2 2.- Sistema de informação Informação relativa a um caso-alerta Tendo em consideração as recomendações da OMS, a vigilância em Portugal nesta fase pós-surto incidirá, em especial, sobre os profissionais que exercem nas unidades de cuidados de saúde, os doentes nelas internados, assim como sobre as visitas. Todos os profissionais de saúde devem estar atentos à possibilidade de reemergência de SRA nestes grupos, pelo que será necessário implementar mecanismos de vigilância nos serviços de saúde (se possível com o envolvimento de equipas de controlo da infecção nos hospitais, ou de equipas de saúde pública nas unidades extra-hospitalares). Há que ter especial atenção à possibilidade de aparecimento de sintomas nos funcionários dos laboratórios que identificam ou estudam o SARS-CoV e nos seus contactos. Também se considera importante a informação da população em geral sobre a transmissão, clínica e prevenção da SRA, assim como a disponibilização de um acesso fácil e permanente aos serviços de saúde, através da Linha Saúde Pública pelo telefone Qualquer suspeita de um caso-alerta de SRA ou a sua confirmação laboratorial deverá ser, de imediato, comunicada à. Nesta fase de pós-surto, a DGS coordenará as acções a desenvolver sempre que surgir um eventual caso-alerta. Para isso, será necessário assegurar a comunicação dos seguintes dados: A identificação da origem da comunicação; A identificação do indivíduo, eventual caso-alerta de SRA; A sua relação com uma (ou mais) unidade de cuidados de saúde (incluindo laboratórios); A história de viagens recentes (últimas 2 semanas); Os sintomas que apresenta; Os resultados de um Rx torax. A informação recolhida pela DGS deverá ser registada na Ficha de eventuais casos-alerta, que constitui o anexo n o 1 da presente. Estes e outros elementos que, caso a caso, se considerem importantes, serão usados na validação do eventual caso-alerta. Sempre que se optar pelo seu isolamento e referenciação, proceder-se-á, de imediato, à identificação dos seus contactos próximos (ver pontos 2.2 e 2.3). São contactos próximos, as pessoas sujeitas à exposição de risco, tais como os coabitantes, os que prestaram assistência sem protecção adequada, os que contactaram directamente com secreções respiratórias, fluidos orgânicos e/ou excreções de doentes com SRA. Assim, todos os que possam ter estado expostos ao risco serão considerados contactos próximos, até que o diagnóstico de SRA seja excluído.
3 A confirmação do internamento de um eventual caso-alerta, determinará o início do processo conducente à localização dos contactos identificados, para que sejam informados dos riscos que correm e para que iniciem procedimentos de vigilância activa, previamente definidos Informação relativa aos contactos dentro das unidades de cuidados de saúde De acordo com indicações e expectativas da OMS, como referido, um primeiro caso de SRA nesta fase pós-surto, a verificar-se em Portugal, ocorrerá muito provavelmente num profissional de saúde, num doente ou numa visita de uma qualquer unidade de cuidados de saúde. Por isso, sempre que se proceder ao internamento de um caso-alerta com essas características, será necessário identificar os seus contactos próximos na unidade onde o suspeito trabalha, está internado, ou que visitou nas últimas 2 semanas. Eles serão outros doentes internados na mesma unidade e/ou profissionais expostos, pelo que este processo em muito beneficiaria se pudesse contar com o envolvimento de equipas de controlo da infecção nos hospitais. A identificação de cada contacto e a informação sobre os procedimentos a adoptar para a sua vigilância (ver documento SRA6/PSA), serão anotadas em suporte normalizado, denominado Ficha/Lista de Contactos Hospitalares, que constitui o anexo n o 2 da presente. Tratando-se de uma ficha destinada à gestão do processo, ela será usada pela estrutura da unidade de cuidados de saúde responsável pela vigilância dos contactos que informará, diariamente, a Autoridade de Saúde sobre o seu número entre os funcionários e doentes. A Ficha/Lista de Contactos Hospitalares também inclui campos para o registo das razões que vierem a determinar o final da vigilância e a respectiva data, para cada contacto Informação relativa aos contactos na comunidade Sempre que se tomar a decisão de enviar/propor o internamento de um caso-alerta num Hospital de Referência, é indispensável identificar, de imediato, os seus contactos próximos, na comunidade. Para esse efeito e sempre que possível, a Autoridade de Saúde do concelho onde se verificar a ocorrência, em estreita colaboração com o respectivo Adjunto do Delegado Regional de Saúde, assumirá a condução desse processo. A localização de cada contacto é indispensável para que lhe seja transmitida informação sobre a doença (transmissão, clínica e prevenção) e sobre os procedimentos de vigilância a adoptar. A informação sobre as medidas adoptadas, de acordo com o estabelecido pelo documento SRA6/PSA, será anotada em suporte normalizado, denominado Ficha/Lista de Contactos na Comunidade, que constitui o anexo n o 3 da presente Circular Normativa.
4 A Ficha/Lista de Contactos na Comunidade, a ser usada pelas Autoridades de Saúde, é um suporte de informação destinado à monitorização do processo, permitindo quantificar o número de contactos identificados e em vigilância, na comunidade. A Ficha/Lista de Contactos na Comunidade também inclui campos para o registo das razões que vierem a determinar o final da vigilância e a respectiva data, para cada contacto Informação do laboratório de referência O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge enviará à informação sobre a confirmação ou infirmação dos casos-alerta, logo após o conhecimento dos resultados. O Director-Geral e Alto-Comissário da Saúde Prof. Doutor José Pereira Miguel Notas: 1- A Autoridade de Saúde/Delegado Regional de Saúde informará diariamente o nível central sobre o número de contactos identificados e em vigilância, nas unidades de cuidados de saúde e na comunidade. 2 -Se se vier a verificar a confirmação de um caso-alerta para o SRA, o sistema de informação a utilizar será o de fase pós-reemergência, o qual será divulgado por.
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6 Anexo n o 1 SRA FASE PÓS-SURTO Ficha de eventuais casos-alerta Origem da comunicação Data / / Comunicação nº Nome do caso-alerta Sexo Data nasc. / / Morada Concelho Profissional em unidade cuidados saúde (UCS) S N Doente de UCS S N Visita de UCS S N Se sim, especifique Fez viagem recente? S N Onde? Data da viagem / / a / / Sintomatologia: Febre o C Mal-estar Mialgias Cefaleias Tremores Tosse Secreções respiratórias Dificuldade respiratória Diarreia Outro(s) Tem Rx tórax? S N Se sim, é sugestivo de Pneumonia Atípica? S N E de SDRA? S N Decisão DGS: Enviar a Hospital Referência? S N Se sim, informar: INSA ADRS INEM Iniciar identificação de contactos N o de contactos identificados: Funcionários expostos Doentes internados Na comunidade O Hospital de Referência é Confirmou indicação para internamento? S N Se sim, iniciar localização dos contactos Quem? : N o de contactos em vigilância (período de internamento do caso-alerta) : Funcionários do Hospital Referência Funcionários da UCS Doentes internados na UCS Na comunidade Resultado laboratorial definitivo: Não se confirma o caso-alerta Alerta SRA confirmado
7 Anexo n o 2 SRA FASE PÓS-SURTO Ficha/Lista de Contactos Hospitalares Referente ao caso-alerta (nome) Internado no Hospital de Referência (nome do Hospital) em / / Contacto nº1 IDENTIFICAÇÂO E SEGUIMENTO DO CONTACTO Contacto nº2 IDENTIFICAÇÂO E SEGUIMENTO DO CONTACTO Contacto nº3 IDENTIFICAÇÂO E SEGUIMENTO DO CONTACTO
8 Ficha/Lista de Contactos Hospitalares (continuação) Folha de continuação nº referente ao caso-alerta (nome)
9 Anexo n o 3 SRA FASE PÓS-SURTO Ficha/Lista de Contactos na Comunidade Referente ao caso-alerta (nome) Internado no Hospital de Referência (nome do Hospital) em / / Contacto nº1 IDENTIFICAÇÂO E SEGUIMENTO DO CONTACTO Contacto nº2 IDENTIFICAÇÂO E SEGUIMENTO DO CONTACTO Contacto nº3 IDENTIFICAÇÂO E SEGUIMENTO DO CONTACTO
10 Ficha/Lista de Contactos na Comunidade (continuação) Folha de continuação nº referente ao eventual alerta (nome)
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