Informativo de Segurança a e Saúde
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- Márcia Clementino Silveira
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1 Informativo de Segurança a e Saúde Introdução: A consolidação dos dados estatísticos do setor, referentes a 2006, está sendo concluída, mas já temos fatos dignos de registro e divulgação: - a taxa de freqüência de acidentados próprios prios atingiu o valor de 4,20, valor inédito, sendo o menor valor apurado na série histórica do setor elétrico desde 1977; - a taxa de gravidade de acidentados próprios prios, no valor de 719, reduziu um pouco em relação ao ano anterior, porém, ainda está distante da menor taxa de gravidade registrada na série histórica do setor, em 1997 (504); - o número de acidentados fatais de contratadas aumentou, com um total de 74 acidentes; - os acidentados da população continuam numa pequena tendência decrescente, com um total de 293 acidentados fatais em Tais fatos motivaram várias discussões e sugestões de medidas no âmbito do CSST, sendo uma das mais importantes, a criação do GTESC Grupo Técnico de Estudos de Segurança do Trabalho de Contratadas. Em Assunto para Exame Cesar Vianna Moreira faz novos comentários sobre as atividades executadas por eletricista desacompanhado. Novidades: 02/2007 I. Reunião do CSST realizada em 08/05/07, nas dependências da ABCE, onde foi rediscutido o Programa de Trabalho 2007/2008 (foto nº 1); II. FOPASE - II Fórum Paulista de Segurança, Saúde e Qualidade de Vida no Setor Elétrico realizado com sucesso pelo SIESP - Sindicato da Indústria da Energia no Estado de São Paulo, contando com o apoio da Fundação COGE, em especial, do CSST (foto nº 2); 1/6
2 02/2007 Informativo de Segurança a e Saúde III. Medalha Eloy Chaves 2007 Realizada a cerimônia de premiação, em 10/05/2007, com o seguinte resultado: GRUPO I (Distribuidoras com até 500 Empregados em sua Força de Trabalho) Companhia Sul Paulista de Energia CSPE MEDALHA DE PRATA: Companhia Força e Luz do Oeste CFLO MEDALHA DE BRONZE: Companhia Campolarguense de Energia COCEL GRUPO II (Distribuidoras que possuem entre 501 a Empregados em sua Força de Trabalho) Companhia Força e Luz Santa Cruz - CFLSC MEDALHA DE PRATA: CAIUÁ Serviços de Eletricidade S.A. MEDALHA DE BRONZE: Companhia Energética de Brasília CEB GRUPO III (Distribuidoras com mais de Empregados em sua Força de Trabalho) BANDEIRANTE Energias do Brasil MEDALHA DE PRATA: Companhia Energética do Rio Grande do Norte - COSERN MEDALHA DE BRONZE: Rio Grande Energia S.A. - RGE GRUPO IV (Geradoras/Transmissoras - independente do nº de empregados) Companhia Energética de São Paulo - CESP MEDALHA DE PRATA: DUKE Energy Geração Paranapanema MEDALHA DE BRONZE: ELETROBRÁS TERMONUCLEAR S.A. - Eletronuclear 2/6
3 02/2007 Informativo de Segurança a e Saúde Reunião do CSST (foto nº1) Abertura do II FOPASE (foto nº2) 3/6
4 Assunto para Exame: TRABALHO DESACOMPANHADO Conversava com um amigo, engenheiro, sobre as conclusões que tirei das observações feitas em recente visita técnica que fiz ao Canadá, e em dado momento indaguei: Não seria o caso de ser adotada para permissão de trabalhos desacompanhados uma nova linha de raciocínio, similar a da caracterização pelos antônimos, que você adotou para análise de possibilidade x probabilidade? Ou seja, não deveriam ser definidas as tarefas que não poderiam ser realizadas por um único eletricista? Citei como um dos exemplos, as tarefas realizadas com linha viva. Ele viu outros exemplos e disse: Esse assunto encontra-se expresso com muita subjetividade. Necessita de maiores esclarecimentos. Desde essa data, passei a refletir sobre a subjetividade existente em nossas vidas, e, atento ao princípio de que em tudo na vida há vantagens e desvantagens, li sobre Direito Subjetivo (professor Clóvis Beviláqua e advogado J. Flóscolo da Nóbrega), Economia do Valor Subjetivo (economista James Buchanan), Administração de Riscos (escritor Peter L. Bernstein) e tantos outros ramos de estudo. Examinei um artigo do psicólogo brasileiro, Aroldo Rodrigues, na área de Psicologia Social, área esta, que segundo ele surgiu para estabelecer uma ponte entre a psicologia e a sociologia, visando ao estudo do comportamento dos indivíduos quando estão em interação. E, em sendo entendida a subjetividade como o espaço de encontro do indivíduo com o mundo social que o circunda, resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo, quanto na construção de crenças e valores compartilhados por todos com ampla dimensão cultural, os quais vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações, não seria o caso de chamarmos os indivíduos a esse exercício de raciocínio com o objetivo definido de identificar tarefas que não podem ser realizadas sem a presença de um outro indivíduo? Informações e sugestões para a Fundação COGE tel ou funcoge@funcoge.org.br 4/6
5 Desde os antigos gregos o dom de entender o futuro somente era permitido aos Deuses. Hoje, uma imensa distância nos separa da antigüidade, mas compreendemos a natureza aleatória e imprevisível mesmo, de vasta gama de fenômenos, muitos destes ligados ao domínio da consciência do indivíduo. Segundo Peter L. Bernstein, a palavra risco que deriva do italiano antigo riscare, com o significado de ousar, afeta aspectos profundos tanto da psicologia, como da matemática, estatística e história, sendo uma terra de vastidão assustadora. E como os homens não são passivos ante a natureza, nos tempos modernos faz-se necessária uma abordagem diferenciada, administrando-se os riscos e não somente entregando-se pura e simplesmente os acontecimentos aos caprichos dos Deuses... Mas o que nos preocupa são as tarefas em que se subdividem as atividades de um trabalho, onde se faz necessária a presença de um outro colaborador, que conheça todos os passos da tarefa, seus riscos e controles, que observe atentamente a movimentação do outro e esteja permanentemente atento a fatores que evidenciem a necessidade de um possível desligamento de circuito e até mesmo, em última instância, seja capaz de resgatar e prestar primeiros socorros. Evidentemente, tal enfoque será mais lógico e racional do que a postura de arbitrar dezenas ou centenas de tarefas que possam ser ou não executadas sem exposição a risco acentuado. Outro ponto de reflexão é a probabilidade de resultados muito mais satisfatórios quando se trabalha a dois, em diversas tarefas. Tenho em mente a troca do pára-brisas de meu carro, na minha própria garagem, por dois empregados, em apenas alguns minutos, com distribuição e divisão de tarefas, e sem correrias, tendo sido controlados os riscos de cada passo. Sem negociar valor, estudando a possibilidade de negação de trabalho individual, por meio da análise de riscos da tarefa, análise essa executada Informações e sugestões para a Fundação COGE tel ou funcoge@funcoge.org.br 5/6
6 conjuntamente pela empresa e empregados, esses assim definidos como os escolhidos que executam o trabalho, ou seja reais autores (e não por representatividade), assessorados pelo SESMT. A expressão subjetivo deriva de subjectum, isto é, aquilo que se acha submetido, sujeito a alguma coisa, sendo próprio, peculiar a alguém. Nesse diapasão, o vocábulo objetivo, de objectum, revela algo que se refere ao mundo exterior. A subjetividade constitui-se num espaço relacional, aonde a insistência dos modos de percepção irá instaurar a realidade. No contexto de trabalhos em eletricidade há que se harmonizar a subjetividade do trabalhador em atividade com a realidade do mundo que o cerca. Para tanto, a boa técnica indica que o trabalho acompanhado enseja um maior aprofundamento na análise dos riscos com a conseqüente solução do problema do que a decisão isolada de um só trabalhador. Aguardamos comentários e sugestões. 6/6
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