UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CORÉIA DO SUL: ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CORÉIA DO SUL: ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO ( ) Espartaco Madureira Coelho Orientador: Prof. Achyles Barcelos da Costa Monografia apresentada como requisito à obtenção do título de Bacharel em Ciências Econômicas Porto Alegre, novembro de 1994

2 Ao meu filho IVAN.

3 AGRADECIMENTOS À equipe da Biblioteca da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS pela colaboração, pelo esforço e paciência demonstrados. À professora Otília Beatriz Kroeff Carrion e aos professores Octávio Augusto Camargo Conceição e Carlos Henrique Horn pelos ensinamentos, pela competência e pela paixão transmitida pela ciência econômica. E um agradecimento especial ao professor orientador Achyles Barcelos da Costa pela dedicação, cooperação e espírito crítico que tanto aprimoraram este trabalho.

4 "A força é a parteira de toda sociedade antiga, grávida de uma sociedade nova." Karl Marx

5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO EVOLUÇÃO HISTÓRICA A Situação Após a Segunda Guerra Mundial O Processo de Industrialização Tardia Substituição de Importações e Ênfase nas Exportações ESTRATÉGIAS DE INDUSTRIALIZAÇÃO O Estado e os Planos Qüinqüenais de Desenvolvimento As Fontes de Financiamento do Investimento As Políticas de Alocação de Subsídios O Controle Sobre Importações e Exportações A ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL As Zonas de Processamento de Exportações "Chaebols" - Os Conglomerados Econômicos A Parceria Entre o Estado e a Iniciativa Privada A Força de Trabalho e o Sistema Educacional O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO Políticas de Transferência de Tecnologia Os Institutos de Pesquisa e Desenvolvimento... 53

6 4.3 - As Cidades de C&T A Indústria de Semi-Condutores A Indústria Robótica CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 74

7 RELAÇÃO DE TABELAS TABELA 1 PIB E PIB PER CAPITA DA CORÉIA DO SUL / TABELA 2 EXPORTAÇÕES DA CORÉIA DO SUL / TABELA 3 PAUTA DE EXPORTAÇÕES DA CORÉIA DO SUL POR CATEGORIA DE PRODUTOS / TABELA 4 ATIVIDADES DOS CINCO MAIORES CONGLOMERADOS DA CORÉIA DO SUL TABELA 5 VALOR DAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES POR COMPANHIA DA CORÉIA DO SUL TABELA 6 43 HORAS DE TRABALHO POR SEMANA NAS INDÚSTRIAS SUL-COREANAS /92... TABELA 7 45 INDICADORES EDUCACIONAIS COMPARADOS: CORÉIA DO SUL, BRASIL E JAPÃO TABELA 8 49 QUANTIDADE DE CIENTISTAS E ENGENHEIROS DE C&T EM ALGUNS PAÍSES /88...

8 TABELA 9 GASTOS COM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO NA CORÉIA DO SUL / TABELA 10 EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE APROVAÇÃO DE IMPORTAÇÃO DE TECNOLOGIA NA CORÉIA DO SUL / TABELA 11 AS MAIORES EMPRESAS DE SEMI-CONDUTORES NO MUNDO / TABELA 12 OS MAIORES FABRICANTES DE SEMI-CONDUTORES DO HEMISFÉRIO SUL TABELA 13 PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DOS MAIORES FABRICANTES DE SEMI-CONDUTORES SUL-COREANOS -- Janeiro/ TABELA 14 QUANTIDADE DE ROBÔS POR ORIGEM E TIPO NA CORÉIA DO SUL / TABELA 15 QUANTIDADE DE ROBÔS POR TIPO DE INDÚSTRIA NA CORÉIA DO SUL /

9 RELAÇÃO DE MAPAS MAPA 1 ÁSIA MAPA 2 ÁSIA ORIENTAL... 73

10 10 INTRODUÇÃO Este trabalho pretende mostrar como o processo de industrialização na Coréia do Sul conseguiu transformar um país, que no início dos anos sessenta era essencialmente agrícola, em uma economia que nos últimos anos vem apresentando persistentes e altas taxas de crescimento econômico e que é conhecida mundialmente pelas suas elevadas exportações de produtos eletrônicos, têxteis, químicos, navios e, recentemente, automóveis completos. Em função desse país apresentar uma pauta de exportação de produtos industrializados de alto valor agregado, será enfatizado o papel desempenhado pela organização industrial sul-coreana e pelo seu processo de capacitação tecnológica. Os rápidos e expressivos resultados do "milagre econômico" da Coréia do Sul (país onde a média de crescimento anual do seu PIB, entre 1958 e 1990, foi de aproximadamente 8,5% e onde as exportações, no mesmo período, cresceram a taxas anuais de mais de 40%), juntamente com desempenhos econômicos semelhantes de Formosa (Taiwan), Cingapura e Hong Kong, fizeram com que fosse popularizada a expressão "Tigres Asiáticos", termo em que é enfatizada a agressividade em busca de novos mercados destes "NICs - Newly Industrializing Countries". A Coréia do Sul, além de apresentar uma excelente performance industrial, também conseguiu protagonizar situações extremamente peculiares na economia mundial, tais

11 11 como, apresentar uma distribuição de renda menos concentrada que a maioria dos outros países em desenvolvimento, obter uma melhoria em vários indicadores sociais, acabar com o analfabetismo, quitar a sua dívida externa em 1988 (quando também foi sede dos Jogos Olímpicos), produzir mais navios que os estaleiros japoneses em 1992, e ser, atualmente, o maior produtor mundial de memórias RAM de microcomputadores. Uma constatação do atual desempenho da economia sul-coreana é a de que os cinco maiores conglomerados coreanos (Samsung, Daewoo, Ssangyong, Sunkyong e Hyundai) obtiveram em 1993 um faturamento conjunto em torno de US$ 121,8 bilhões. Conforme dados da revista Fortune, em 1991, 1992 e 1993, das 500 maiores corporações industriais do mundo, doze eram sul-coreanas, sendo que dos 27 tipos de indústrias catalogados, temos uma empresa sul-coreana - a Hyundai Heavy Industries - ocupando a primeira colocação no ramo de equipamentos de transporte, com US$ 6,7 bilhões em vendas no ano de Outros motivos relevantes em um estudo sobre a Coréia do Sul referem-se à importância de um estudo sobre as políticas econômicas e industriais adotadas na Coréia do Sul, como forma de embasar um debate sobre possíveis caminhos para o desenvolvimento da economia brasileira. Este trabalho analisa as características do processo de rápido desenvolvimento econômico da Coréia do Sul, bem como avalia as estratégias de industrialização, onde estudam-se os seguintes elementos: os planos qüinqüenais de desenvolvimento; as políticas industriais adotadas; os conglomerados econômicos (formas de organização industrial conhecidas como "chaebol"); as políticas de transferência e de capacitação tecnológica; além do levantamento de dados sobre o sistema educacional e algumas características do mercado de trabalho.

12 12 O presente trabalho está subdividido em quatro capítulos. No primeiro, são apresentados os antecedentes históricos e as principais características do processo de industrialização tardia sul-coreana, que inicialmente adotou o modelo de substituição de importações, mas logo passou a dar maior ênfase na produção de manufaturados voltados para as exportações. No segundo capítulo, é abordada a políticas industrial implementada pelo Estado sul-coreano, onde destacam-se os planos qüinqüenais, as políticas de proteção à indústria nascente, os instrumentos de incentivos fiscais e de crédito subsidiado, bem como do controle estatal sobre o nível das importações e exportações. No terceiro capítulo, é discutida a importância do modelo de organização industrial patrocinado pelo Estado sul-coreano, onde o elevado nível de concentração econômica, característico dos "chaebol", é um dos pressupostos básicos do processo de industrialização da Coréia do Sul. Além disso, são apontados alguns aspectos relevantes do atual sistema educacional e do mercado de trabalho, considerados fatores essenciais para o desenvolvimento de um parque industrial competitivo a nível mundial. No quarto capítulo, são analisadas as características do constante processo de aprendizado, de capacitação e de desenvolvimento tecnológicos desse país. São avaliadas quais as políticas de transferência de tecnologia adotadas, a importância dada ao desenvolvimento endógeno de tecnologias e mostra-se também o caso do desenvolvimento de dois setores de avançada tecnologia e de destaque internacional: a indústria de semicondutores e a da robótica. Na Conclusão, resumem-se as principais características das políticas industriais e do processo de industrialização adotado na Coréia do Sul e chama-se a atenção para os

13 13 aspectos relativos à especificidade da intervenção estatal, da organização industrial e do desenvolvimento tecnológico sul-coreano.

14 EVOLUÇÃO HISTÓRICA A Situação Após a Segunda Guerra Mundial A península da Coréia possui uma história de mais de dois mil anos de disputas e invasões territoriais, principalmente por parte da China e do Japão. Os períodos de dominação estrangeira sempre foram muito predatórios e estão marcados na consciência do povo coreano, tanto pela frequência e duração dos períodos de ocupação estrangeira, como por fatos históricos incomuns (como o seqüestro de ceramistas coreanos para o desenvolvimento da cerâmica japonesa no século VII). Em 1993, inclusive, quando o primeiro-ministro japonês Morihiro Hosokawa esteve em visita à Coréia do Sul, foram realizados pedidos de desculpas oficiais e voluntariamente oferecido o pagamento de compensações pelos crimes cometidos pelo Exército Imperial Japonês durante a Segunda Guerra Mundial. Entre o final da guerra Russo-Japonesa (1905) e o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), a região tornou-se uma colônia, ou "província" do império japonês. Ao final da Segunda Grande Guerra, os japoneses foram expulsos da Coréia, e a região foi dividida em duas partes: o norte, que ficou sob intervenção soviética e, que mais tarde iria transformarse na Coréia do Norte, e o sul, sob influência dos norte-americanos, como a área que iria dar origem à Coréia do Sul. Em agosto de 1948, foi proclamada a República da Coréia, com capital em Seul, e em setembro do mesmo ano foi formada a República Democrática Popular da Coréia, com

15 15 sede em Pyongyang. Em junho de 1950, como resultado da "guerra-fria" entre EUA e URSS, a Coréia do Norte, apoiada pela URSS e pela República Popular da China, invadiu a Coréia do Sul, dando início à Guerra da Coréia, conflito que durou até julho de 1953 e que teve como principais consequências, a criação de uma zona desmilitarizada e a manutenção da fronteira entre as duas Coréias no paralelo 38. Com a divisão da Coréia em dois países, rompeu-se a complementaridade econômica entre as duas regiões, sendo que o norte, influenciado pelo planejamento econômico soviético e rico em recursos hídricos e minerais, buscou o crescimento industrial; e o sul, ocupado militarmente pelos EUA, pobre em recursos minerais e energéticos, e com uma pequena área geográfica densamente povoada (atualmente, a densidade demográfica média ultrapassa 400 hab./km2, uma das maiores do mundo), voltou-se para uma agricultura de subsistência baseada no cultivo do arroz. Assim, o governo sul-coreano, pressionado pelos graves problemas sociais de uma população numerosa e pobre, e pela tensão existente no meio rural, realizou reformas que hoje são reconhecidas como as responsáveis pela criação das pré-condições para a industrialização da Coréia do Sul, quais sejam: a reforma agrária, que foi comandada por influência dos EUA e realizou-se de 1949 a 1958; e a reforma educacional, que constituiuse de um programa de alfabetização de massas, que resgatava princípios de valorização da instrução e do conhecimento oriundos da tradição confucionista, e que obteve resultados concretos e positivos na futura qualificação da mão-de-obra coreana. Para ilustrar a importância dada ao ensino e à educação em geral, tanto por parte do governo, como por parte da própria população, atualmente existe um feriado nacional denominado Dia do Alfabeto.

16 O Processo de Industrialização Tardia Entre 1948 e 1961, o país foi governado de forma autoritária pelo líder nacionalista Singman Rhee, que apoiado pelos EUA, foi eleito o primeiro presidente da República da Coréia. Neste período, mais precisamente entre 1953 e 1961, apesar da economia coreana ainda ser essencialmente agrícola, ocorreu o que passou a ser considerada a fase de reestruturação econômica do país, mediante a intensificação da industrialização. Este processo foi caracterizado pela elevada intervenção do Estado nas decisões econômicas e pelos significativos investimentos estrangeiros, principalmente dos EUA, que ainda estavam envolvidos na chamada "guerra-fria" e preocupados com a influência dos regimes socialistas no Sudeste Asiático. Em função de sua importância geopolítica, da desestruturação da burguesia nacional e da pressão exercida pelos sentimentos nacionalistas, coube ao governo sul-coreano desempenhar o principal papel no processo de reconstrução da base industrial. Esta base foi direcionada, naquele momento, para o atendimento das demandas do mercado interno quando, então, foi feita a opção pelo caminho da industrialização através da substituição de importações. Apesar de, inicialmente, adotarem um modelo de industrialização por substituição de importações, mais tarde mudaram esta estratégia por outra, que enfatizou a promoção da exportação de manufaturas e a atração de investimentos estrangeiros para projetos produtivos direcionados ao mercado externo.

17 Substituição de Importações e Ênfase nas Exportações Com o grande poder do Estado e a conseqüente definição centralizada de políticas econômicas, verificou-se um processo de industrialização com forte presença estatal, baseado nos setores de bens intermediários e de consumo não-duráveis. Em função de pressões dos EUA, interessados em estabelecer uma nação capitalista com predomínio do setor privado e com menor intervenção do Estado, a partir de 1954, foram privatizados umas poucas empresas e bancos estatais, sem deixar de existir, no entanto, um elevado controle do Estado sobre essas empresas. Esta característica centralizadora e também autoritária do governo coreano, provocou uma excessiva centralização do poder econômico, que favoreceu o surgimento de escândalos de corrupção, que provocaram uma série de protestos contra o regime ditatorial. Em abril de 1960 Rhee renuncia e, após um ano de instabilidade política, em maio de 1961 deu-se um golpe militar assumindo o poder o general Park Chung-Hee, que permaneceria governando até 1979, quando é assassinado e substituído por outro militar, o general Chun Du Huan. Em 1988, após eleições diretas, e por divisão dos partidos de oposição, outro militar assume o poder, Roh Tae-Woo. Durante o período dos regimes militares, que se prolongou por vinte e seis anos, foi quando se materializou uma nova política de industrialização, baseada também na centralização do poder por parte do Estado, mas com ênfase na concentração econômica (dando origem aos conglomerados industriais, ou "chaebol", como também são denominados), e na produção voltada para o mercado exportador.

18 18 A substituição de importações, por si só, foi incapaz de impor maior dinamismo industrial a uma economia com pequeno mercado interno e com uma grande escassez de recursos naturais. Daí a perda de importância daquela estratégia como base para o crescimento. Os esforços foram então direcionados para o estabelecimento de uma infraestrutura produtiva e de indústrias exportadoras. Para isso foram adotadas algumas medidas, tais como, a obtenção de volumosos empréstimos dos EUA; a estatização do sistema financeiro (a fim de garantir créditos em quantidade e condições adequadas ao fomento dos setores exportadores considerados relevantes); e a execução de seis planos quinquenais de desenvolvimento econômico, elaborados através de intenso planejamento governamental. Estes planos de desenvolvimento ainda continuam a ser elaborados e são considerados os propulsores do extraordinário desempenho econômico da Coréia do Sul. O sucesso desta estratégia pode ser constatado pelo expressivo crescimento da economia sul-coreana nas últimas três décadas. Conforme dados constantes na Tabela 1, entre 1958 e 1990, o PIB cresceu 79,34 vezes, passando de aproximadamente US$ 3 bilhões para um valor em torno de US$ 244 bilhões.

19 19 TABELA 1 - PIB E PIB PER CAPITA DA CORÉIA DO SUL /90 ANOS PIB (Bilhões de US$) PIB per capita (US$) Fonte dos dados brutos: UNITED NATIONS. Handbook of International Trade and Development Statistics, Nova Iorque, vários anos.

20 20 Neste mesmo período, o PIB apresentou uma taxa média anual de crescimento de aproximadamente 8,5% e a renda per capita cresceu 42,62 vezes, passando de US$ 132 para US$ Outros indicadores do desenvolvimento econômico, social e tecnológico da Coréia do Sul serão mostrados nos capítulos seguintes. Cabe, no entanto, ressaltar uma característica fundamental do processo de industrialização sul-coreano, qual seja, o rápido aprendizado tecnológico apresentado pelas suas indústrias, fato este que possibilitou a sua inserção no comércio internacional em setores considerados "nobres", tais como a indústria de semi-condutores, navios e carros completos. 1 Além dos dados sobre o PIB e o PIB per capita, apresentados acima, sabemos que em 1991 o PIB era de US$ 283,5 bilhões e a renda per capita de US$ (Fortune Interna tional, v.126, n.7, p. 23, out. 1992).

21 ESTRATÉGIAS DE INDUSTRIALIZAÇÃO O Estado e os Planos Qüinqüenais de Desenvolvimento O esforço de planejamento econômico do Estado sul-coreano, associado ao sistema político autoritário e centralizador do longo período de regimes militares (de 1961 a 1987), são reconhecidos como as bases para a formulação e o cumprimento dos planos qüinqüenais de desenvolvimento econômico, que por sua vez, foram os responsáveis pela transformação de uma economia subdesenvolvida em uma nação que vem apresentando uma das mais altas taxas de crescimento entre as economias mundiais, conforme demonstra a Tabela 1 no capítulo anterior. No início dos anos 60, a estratégia adotada pelo governo, de industrialização voltada para as exportações de produtos intensivos em mão-de-obra, foi obtida através de um sistema de subsídios, incentivos fiscais e créditos direcionados a algumas empresas, o que gerou uma situação de elevada concentração industrial, sendo característico da organização industrial sul-coreana a existência de grandes conglomerados empresariais, denominados "chaebol". O Primeiro Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Econômico, de 1962 a 1966, priorizou o estabelecimento de indústrias têxteis, de vestuário e de calçados - todas intensivas em mão-de-obra - além da construção de estradas, ferrovias e de usinas geradoras de eletricidade.

22 22 Neste período as exportações apresentaram um taxa média de crescimento de 43,91% ao ano, sendo que passaram de US$ 54,80 milhões em 1962 para US$ 250,3 milhões em Em 1962, foi criado o "Economic Planning Board", uma espécie de superministério, que funcionou até a década de 80, que tinha como objetivos planejar e coordenar as medidas de intervenção econômica por parte do governo. Algumas das medidas adotadas na época foram: a desvalorização da moeda nacional em aproximadamente 100%; a elevação das taxas de juros, a liberalização do crédito, a criação de subsídios para as exportações e a isenção de tarifas para a importação de bens intermediários utilizados na produção destinada à exportação (mecanismo conhecido como "draw-back"). O Segundo Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Econômico, de 1967 a 1971, consolidou o estabelecimento da indústria leve, fundada durante o Primeiro Plano, que acrescido de indústrias de madeira compensada, comprovou o acerto da utilização da farta disponibilidade e do baixo custo da mão-de-obra, como a grande vantagem comparativa do país. Neste período verificou-se uma queda nas taxas de desemprego e um aumento nos salários reais. O valor das exportações passou de US$ 320,2 milhões em 1967 para US$ 1.067,6 milhões em 1971, o que significou uma taxa média de crescimento anual de 33,77%.

23 23 TABELA 2 - EXPORTAÇÕES DA CORÉIA DO SUL /91 ANOS VALOR DAS EXPORTAÇÕES (Milhões US$) , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,00 Fonte: UNITED NATIONS. International Trade Statistics Yearbook, Nova Iorque, 1993.

24 24 No início da década de 70, já verificavam-se mudanças estruturais significativas, tanto em relação à importância do setor industrial como pólo de dinamismo da economia, bem como na composição da pauta de exportações, que passou a apresentar uma maior predominância dos produtos manufaturados, conforme demonstrado na Tabela 3. TABELA 3 - PAUTA DE EXPORTAÇÕES DA CORÉIA DO SUL POR CATEGORIA DE PRODUTOS /86 PRODUTOS ANOS Primários Industriais Leves Industriais Pesados TOTAL (%) ,0 27, ,6 50,6 11, ,0 63,9 22, ,2 61,4 28, ,1 47,6 43, ,3 41,7 50, ,9 41,1 55, ,4 38,6 58, ,1 38,6 58, ,8 37,0 60, ,7 35,2 62, ,4 66,3 100 Fonte dos dados brutos: Dados até 1986 extraídos de Estudos BNDES - Coréia do Sul: A Importância de uma Política Industrial, jun Dados de 1987 a 1992 extraídos de UNITED NATIONS - International Trade Statistics Yearbook, Nova Iorque, 1993.

25 25 O Terceiro Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Econômico, de 1972 a 1976, foi caracterizado pelo direcionamento dado à estruturação de uma indústria pesada e pela tentativa de buscar um maior equilíbrio entre o desenvolvimento do setor industrial e a agricultura, tendo sido criado um complexo programa de ajuda técnica e financeira para o setor rural. Neste Terceiro Plano, o valor das exportações cresceu de US$ 1,6 bilhões em 1972 para US$ 7,7 bilhões em 1976, o que representa uma taxa anual média de crescimento de 50,95%. Fato relevante é o de que entre os anos de 1972 e 1973, houve um salto de 98,57% no valor das exportações. Porém, mesmo com o excelente resultado obtido no comércio exterior, este também foi o período de conscientização dos limites do modelo de industrialização através de indústrias leves e intensivas em mão-de-obra, passando a ser incentivado o crescimento auto-sustentado, baseado no desenvolvimento da indústria pesada. A intervenção governamental se dá no sentido de atingir os objetivos definidos pela política industrial, que passam a ser os de fortalecimento da petroquímica, da siderurgia, de máquinas e equipamentos, da construção naval, do automobilismo e da indústria de defesa. Em 1973, o governo sul-coreano implantou o Plano de Desenvolvimento da Indústria Química e Pesada, ano em que também foi criado o Fundo Nacional de Investimentos, ambos concebidos de forma a propiciar crédito a baixas taxas de juros e reforçar incentivos para o desenvolvimento destes setores. Conseqüentemente, entre 1975 e 1979, 75% do investimento industrial realizado na Coréia do Sul foi direcionado para as indústrias química e pesada.

26 26 Durante o Quarto Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Econômico, de 1977 a 1981, o crescimento das indústrias química e pesada, que são intensivas em capital e em energia, associado à escassez de recursos naturais, provocou elevados gastos com a importação de petróleo, assim como de bens de capital, principalmente oriundos do Japão. Outra característica importante foi que o governo estabeleceu incentivos para o treinamento de mão-de-obra e para os gastos com pesquisa e desenvolvimento nas empresas privadas, tentando, desta forma, redirecionar o processo de industrialização para áreas com alto grau de qualificação tecnológica, que, por sua vez, exigem mão-de-obra treinada e especializada. Neste período, a taxa de crescimento das exportações situou-se em 22,57% ao ano (passando de US$ 10 bilhões em 1977 para US$ 21,2 bilhões em 1981). Sendo que esta queda no padrão do desempenho exportador teve como principais causas: a segunda crise do petróleo; as más colheitas do período; e a concorrência de outros NICs (Newly Industrialized Countries), que tornavam-se mais competitivos por possuírem mão-de-obra mais barata que a sul-coreana. Com o objetivo de manter a competitividade internacional, a partir da década de 80 são feitos investimentos maciços na indústria eletrônica, pois a vantagem comparativa passa a ser a existência de indústrias com elevado desenvolvimento tecnológico, ao invés de indústrias intensivas em trabalho e energia. No Quinto Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Econômico, de 1982 a 1986, a prioridade foi direcionada para o estabelecimento de indústrias de bens de capital, de produtos eletrônicos e de estaleiros.

27 27 Durante este plano, a taxa média de crescimento das exportações esteve situada em 10,5% ao ano. E, em função dos aumentos reais dos salários (acima da média dos outros países da Ásia Oriental), bem como das pressões da concorrência internacional, o governo passou a adotar nova estratégia, que ao mesmo tempo em que dava ênfase ao desenvolvimento tecnológico, alterava-se o discurso oficial onde enfatizava-se uma maior estabilização e liberalização da economia, com a possibilidade de maior autonomia do setor privado. No Sexto Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Econômico, de 1987 a 1991, a indústria de informação é definida como sendo estratégica e incentivos são direcionados para a produção de eletrônicos com alto grau de sofisticação tecnológica. Isso ocorre especialmente nas áreas de computação, de telecomunicações e de componentes microeletrônicos (atualmente a Coréia do Sul produz mais de 50% das memórias RAM utilizadas nos microcomputadores e responde por aproximadamente 40% da produção mundial de navios). Neste mesmo período, houve um processo de melhorias sociais, quando o governo, pressionado pela população (os trabalhadores tinham uma jornada de trabalho média de 54 horas semanais e 8 dias de férias por ano), promoveu um programa social onde destacamse: a criação em 1987 do salário mínimo; a implantação em 1988 de um plano de aposentadoria para os trabalhadores que venham a se aposentar a partir de 2.008; e a concessão a partir de 1989 de seguro-saúde subsidiado pelo Estado. Durante o Sexto Plano, o orçamento do governo sul-coreano manteve os percentuais históricos (isto é, desde a década de 70), de alocação de 40% para a rubrica "Gastos com Defesa e Administração Geral" e de 20% para a "Educação". Entretanto, transferiu 2% dos

28 28 gastos com "Desenvolvimento Econômico", que estavam situados em torno de 18,5%, para a rubrica "Desenvolvimento Social", que ultrapassaram os 10,5% As Fontes de Financiamento do Investimento Um dos instrumentos de ação para a implantação dos Planos Qüinqüenais e para o êxito das políticas industriais subjacentes, foi aquele utilizado pelo Estado na intermediação financeira, de forma a direcionar investimentos subsidiados para os setores considerados estratégicos. Do final da Guerra da Coréia até o início dos anos 60, os EUA realizaram volumosos empréstimos a fundo perdido, recursos estes que o governo sul-coreano investiu na sua infra-estrutura e na criação do seu parque de indústrias de exportação. Em 1961, todos os bancos comerciais foram estatizados, e até o início dos anos 80, quando alguns bancos passaram para o setor privado, todos os empréstimos bancários eram criteriosamente analisados e sua alocação extremamente controlada pelo Estado. Neste aspecto, a Coréia do Sul é destaque em relação a outros países em desenvolvimento, pois este sistema estatal de créditos direcionados e subsidiados, que muitas vezes apresentou taxas de juros reais negativas, também mantinha um rígido controle em relação aos empréstimos externos. Esses créditos necessitavam de prévia autorização do governo e também tinham a sua utilização monitorada, de forma que quase todos os recursos financeiros foram captados no exterior através do governo e foram direcionados para a modernização tecnológica das empresas sul-coreanas e para a produção industrial em larga escala.

29 29 A fase de total estatização do sistema financeiro sul-coreano, permitiu que montantes elevados e com pequeno risco financeiro fossem colocados à disposição do setor privado, recursos estes que foram captados principalmente através de empréstimos de governo-a-governo, com taxas de juros reais muito baixas ou mesmo negativas. Também, diferentemente de outras economias em desenvolvimento, para ser beneficiado com empréstimos subsidiados, o setor privado da Coréia do Sul deveria comprometer-se em atingir níveis de produção e metas de exportação préviamente acordados com o governo. Além diso, foi estabelecida uma legislação especial relativa à fuga de capitais, que estipulava uma pena mínima de 10 anos de prisão e máxima de pena de morte, em casos de transferências ilegais de capitais. Desta forma, através de fluxos de capitais subsidiados e de uma legislação dura, foi impulsionado o desenvolvimento de sua indústria nascente, bem como a formação de conglomerados industriais vinculados ao Estado, sempre com o objetivo de estabelecer uma indústria com padrões internacionais de produtividade e de sofisticação tecnológica. Entre , foi realizada uma reforma financeira, sendo que cinco bancos comerciais foram privatizados. No entanto, em função da constante preocupação do governo em manter baixo o custo do capital e de subordinar a atuação do mercado financeiro à política industrial, ainda existe uma forte presença governamental nestes bancos, que se manifesta através da nomeação dos seus principais dirigentes; da definição dos tipos de serviços oferecidos; do âmbito de atuação; da gestão de pessoal; e pelo fato que nenhum grupo privado pode deter mais do que 8% de ações de uma instituição bancária..

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