FOCOS DE ATUAÇÃO. Tema 8. Expansão da base industrial
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- Kátia Festas Beltrão
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1 FOCOS DE ATUAÇÃO Tema 8. Expansão da base industrial Para crescer, a indústria capixaba tem um foco de atuação que pode lhe garantir um futuro promissor: fortalecer as micro, pequenas e médias indústrias, elevando assim o potencial das cadeias produtivas e arranjos produtivos locais - APL s, o que garantirá o sustentável do Estado, inclusive do interior. É importante ressaltar o fato de haver um projeto da sociedade capixaba, de descentralização dos investimentos da Região Metropolitana da Grande Vitória para o interior do Estado, explicitado no Plano de Desenvolvimento Espírito Santo 2025 (ES 2025). Com isso, será estimulada a chegada de novos projetos nas cidades do interior. Esses novos empreendimentos não estarão descolados da realidade local que os municípios do interior do Estado possuem. Ou seja, já existem nessas regiões uma propensão para determinada atividade. Nesse sentido, será preciso fortalecer os arranjos produtivos que garantirão a geração de emprego e renda. Vale lembrar que os arranjos produtivos locais - APL s que deverão crescer pelo interior terão, ainda, as cadeias produtivas dos segmentos-âncora que, na verdade, serão suporte para o das micro, pequenas e médias empresas. 85
2 No Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015 são consideradas as seguintes cadeias produtivas que funcionam como segmentos-âncora: petróleo e gás; mineração e metalurgia; papel e celulose; e sucroalcooleiro. Já para os APL s são considerados: vestuário; mármore e granito; florestal - moveleiro; metalmecânico; alimentos e bebidas; e construção. As ações previstas para fortalecer esses setores todos passam pela qualificação. A previsão de geração de empregos no Estado até 2010 é de mais de 100 mil. De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves - IJSN, serão 521 projetos a serem desenvolvidos nas 12 microrregiões do Estado. Ou seja, é preciso capacitar fornecedores locais que pertencem a essas cadeias e arranjos produtivos e também os profissionais que pretendem trabalhar nesses novos empreendimentos. Objetivo 8.1. Fortalecer arranjos produtivos locais - APL s. Primeiramente é preciso diferenciar os conceitos de cadeias produtivas e os de arranjos produtivos locais - APL s. Cadeia produtiva é constituída por todos os integrantes de um processo produtivo, desde a extração da matéria-prima até a comercialização do produto final ao último consumidor. Já o conceito de arranjos produtivos locais - APL s é mais dinâmico, ampliando a organização e o. Os APL s são organizados em uma lógica própria de cadeia produtiva e de mercado, articulados para ações de cooperação, capacitação e mútuo integrado, com apoio de instituições diversas conforme as competências básicas necessárias a esse. O Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015, ao apoiar os APL s de alimentos e bebidas, de vestuário, florestal-moveleiro, de mármore e granito, metalmecânico e da construção, objetiva criar condições para o aumento da competitividade e a sustentabilidade das micro, pequenas e médias indústrias, bem como fortalecer o ambiente econômico e institucional local. 86
3 pregos gerados em APL s Descrição Quantidade de empregos existentes nos arranjos produtivos locais - APL s Metas Último dado pregos gerados em APL s (2004) Fonte: GOV-ES/SEDES Participação do número de empresas associadas aos sindicatos patronais nos grandes investimentos (%) (indicador a ser desenvolvido pelo IEL-ES) Descrição Indica a relação do número de indústrias participantes dos grandes projetos e associadas aos sindicatos patronais sobre o número total de indústrias sindicalizadas participantes, dos grandes projetos. Metas Último dado Participação do número de empresas associadas aos sindicatos patronais nos grandes investimentos (%) Fonte: FINDES/IEL-ES 87
4 Ações Estratégicas Previstas Ação 77. Fortalecer os fóruns de discussão de arranjos produtivos locais - APL s existentes. Objetivo: Possibilitar a junção dos esforços voltados para o dos APL s do Espírito Santo, inclusive realizando ações educativas e de conscientização sobre a importância dos APL s. Ação 78. Desenvolver e estimular a qualificação de mão-de-obra para os APL s e cadeias produtivas. Objetivo: Prover o setor produtivo capixaba de mão-de-obra qualificada de acordo com o crescimento esperado da demanda. Ação 79. Promover o e a qualificação de fornecedores. Objetivo: Capacitar e qualificar fornecedores locais para atendimento das demandas das empresas instaladas no Estado, inclusive as dos arranjos produtivos locais e do setor público, visando ao aumento do conteúdo local e a inserção competitiva em novos mercados. Ação 80. Desenvolver a Indústria Naval. Objetivo: Ampliar a capacidade da construção naval. Ação 81. Desenvolver o APL Metalmecânico. Objetivo: Melhorar a capacidade competitiva do arranjo produtivo, por meio da agregação de valor aos produtos, com ênfase na inovação, qualificação de pessoal e melhoria da cooperação, da gestão e governança. Ação 82. Desenvolver o APL Mármore e Granito. Objetivo: Melhorar a capacidade competitiva do arranjo produtivo, por meio da agregação de valor aos produtos, visando à ampliação das exportações e, principalmente, das vendas no mercado interno. 88
5 Ação 83. Desenvolver o APL Vestuário. Objetivo: Melhorar a capacidade competitiva do arranjo produtivo, com ênfase na inovação e design, qualificação de pessoal e melhoria da cooperação, da gestão e governança. Ação 84. Desenvolver o APL Florestal-moveleiro, inclusive com a instalação de uma fábrica de MDF. Objetivo: Melhorar a capacidade competitiva do arranjo produtivo, com ênfase na inovação e design, qualificação de pessoal, adensamento da cadeia de suprimento e melhoria da cooperação, da gestão e governança. Ação 85. Desenvolver o APL Alimentos e Bebidas. Objetivo: Melhorar a cooperação dentro do APL visando aumentar a capacidade competitiva, promover a agregação de valor e diversificação da cadeia produtiva de alimentos e bebidas em todo o Estado. Ação 86. Desenvolver o APL da Indústria da Construção. Objetivo: Melhorar a capacidade competitiva do arranjo produtivo, com ênfase na qualificação de pessoal, capacitação tecnológica e melhoria da gestão e da governança. Ação 87. Apoiar a construção de novos pólos industriais. Objetivo: Melhorar a capacidade competitiva dos arranjos produtivos locais e das cadeias produtivas. Objetivo 8.2. Fomentar o das micro, pequenas e médias indústrias. A economia capixaba vive hoje duas realidades. A que vai muito bem e que garante sustentação com a exportação de commodities das grandes indústrias. E aquela que apesar de ser maioria e fabricar produtos de maior valor agregado, ainda carece de muito apoio para conseguir continuar sobrevivendo. As micro, pequenas e médias empresas representam um universo de 47 mil, inclusive indústrias, que, juntas, mantêm 356 mil empregos. Já as maiores são 373 e respondem por 130 mil postos de trabalho. Os dados são da 89
6 pesquisa Anuário do Trabalho 2007, divulgada pelo SEBRAE Nacional. Nacionalmente, as micro e pequenas empregavam, em 2002, 3,6 milhões de pessoas, ou 47% da força de trabalho da indústria brasileira (Mapa Estratégico da Indústria - CNI). É preciso, portanto, priorizar o fomento ao das empresas de menor porte. E para isso, é necessário uma mola propulsora chamada crédito. Com programas que permitam um acesso maior aos financiamentos, com juros mais baixos e menor nível de exigências para obtenção do crédito, será possível que essas empresas gerem mais empregos e cresçam. Fortalecidas pelo sistema de crédito mais justo, essas empresas ganharão competitividade para participar como fornecedoras dos grandes investimentos que o Estado está recebendo. Dados do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Espírito Santo - PDF-ES (constituído pelo SINDICON, SINDIFER, SINDICOPES, SINAENCO E CDMEC) mostram um grande número de micro e pequenas empresas cadastradas no programa: a maioria, 84% com menos de 100 funcionários, 75% têm menos de 50 e 48,9% com até 10 funcionários. O diagnóstico feito pelo PDF-ES, em 2007, mostrou que as empresas capixabas têm capacidade de produção para atender parte significativa da demanda das grandes compradoras, na forma de parcerias, ou até mesmo sozinhas, de acordo com o tamanho dos projetos, tanto na etapa de investimento como na operação e manutenção. A participação das empresas capixabas no fornecimento de bens e serviços para esses projetos trará enormes vantagens para a economia local, como a maior geração de empregos e impostos. Mas, também, permitirá o de tecnologias que poderão ser aprimoradas para utilização em outros projetos, fora ou no próprio Estado. 90
7 Crescimento das MPMI s (%) Descrição Indica a média anual de crescimento do total de micro, pequenas e médias indústrias do Estado do Espírito Santo Metas Último dado Crescimento das MPMI s (%) 6,5 (taxa média de 2004 a 2006) 8,0 (taxa média de 2006 a 2010) (MEIC 2008/2015) 10,0 (taxa média de 2010 a 2015) (MEIC 2008/2015) Fonte: FINDES/IEL-ES Ações Estratégicas Previstas Ação 88. Estimular o fornecimento local de bens e serviços para as grandes empresas. Objetivo: Articular, junto aos grandes complexos industriais e às cadeias produtivas do Estado, mais espaços para o fornecimento local de bens e serviços, adotando, inclusive, incentivos para isso. Ação 89. Ampliar e desenvolver a comunicação do Sistema FINDES (sites, TV Indústria/FINDES, etc.) e promover/realizar eventos (feiras, seminários, rodadas de negócios, etc.). Objetivo: Disponibilizar informações sobre os produtos e/ou serviços das indústrias capixabas. Objetivo 8.3. Promover o do interior do Estado. A implantação de grandes indústrias na Região Metropolitana da Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana, Fundão e Guarapari), ao longo de vários anos da história de do Estado, e a perda de dinamismo do setor primário em boa parte do interior já mostram, há algum tempo, a necessidade de desenvolver ações específicas que garantam um dinamismo maior no interior. 91
8 Dados do documento Diretrizes Estratégicas do governo do Estado mostram que, nos últimos 30 anos, a economia capixaba apresentou uma taxa de crescimento elevada, superior à média brasileira: 6,2% contra 4,1% anuais - IBGE. Esse crescimento concentrou-se, predominantemente, na Região Metropolitana, enquanto outros pólos que irradiavam dinamismo, como Cachoeiro de Itapemirim, Alegre e Colatina, começaram a perder espaço na economia estadual. Atualmente, apesar do dinamismo de regiões do Estado, como o Litoral Norte com atividades como petróleo e gás, celulose, cana-de-açúcar, frutas e indústria moveleira, a desconcentração e a interiorização do ainda se colocam como um importante desafio para o Espírito Santo. Dados do Instituto Jones dos Santos Neves (2006) mostram que cerca de 62,8% do PIB Estadual estão concentrados na Região Metropolitana e cerca de 80%, quando considerada a Macrorregião Metropolitana que inclui importantes cidades como Anchieta, Aracruz, Linhares e municípios da Região Serrana. Para que esse quadro não piore, o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba 2008/2015 propõe algumas ações que identifiquem as potencialidades do interior. Os atores políticos e econômicos devem estar em constante identificação de novos investimentos privados para essas regiões. Junto disso, deve-se priorizar o fortalecimento dos arranjos produtivos e das cadeias produtivas de alta relevância regional com a promoção de investimentos públicos e privados. Deve-se fortalecer as chamadas cidades-pólo, como Colatina, Anchieta, Linhares, São Mateus, Cachoeiro de Itapemirim e Aracruz, que precisam ser dotadas de infra-estrutura para se desenvolver ainda mais. 92
9 Participação dos municípios do interior no PIB Estadual (R$ mil) (%) Descrição Indica participação percentual dos municípios do interior (exclusive Região Metropolitana) no PIB total do Estado Metas Último dado Participação dos municípios do interior no PIB Estadual (R$ mil) (%) 37,2 (2005) 45,0 (MEIC 2008/2015) 50,0 (MEIC 2008/2015) Fonte: IJSN/PIB MUNICIPAL Ações Estratégicas Previstas Ação 90. Identificar e apoiar o das potencialidades regionais. Objetivo: Manter atualizadas as informações sobre as potencialidades existentes nos vários municípios do Estado, desenvolvendo ação de atração para investimentos. Ação 91. Apoiar o fortalecimento das instituições e entidades no interior do Estado. Objetivo: Articular ações e parcerias intensas com os poderes locais do interior do Estado visando ao econômico e social. Ação 92. Incentivar a gestão da competitividade sistêmica no interior. Objetivo: Promover a articulação de recursos e iniciativas para melhoria da competitividade sistêmica do interior do Estado. 93
de 1,000 (um) for o IDH, melhor a qualidade de vida de sua população.
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