AS FUNÇÕES DA ATENÇÃO. Psicóloga Laura Palma Nunes Externato Menino Jesus Abril 2015

Transcrição

1 AS FUNÇÕES DA ATENÇÃO Psicóloga Laura Palma Nunes Externato Menino Jesus Abril 2015

2 Funções Cognitivas Perceção Atenção Memória (trabalho, curto e longo) Linguagem Funções Executivas Controle inibitório (vs impulsividade) Flexibilidade Planeamento Organização do tempo Auto-regulação (inclusive emocional) Metacognição Tomada de decisão Persistência

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4 Quem já ouviu? Está sempre na lua; Cabeça no ar; Não acaba os trabalhos; Não se concentra; Anda sempre a querer fazer tudo ao mesmo tempo; Salta de uma tarefa para a outra e não termina nada; Distrai-se com tudo e com nada; É preguiçoso; É irrequieto.

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6 Conflitos cerebrais Façam círculos com o pé direito, no sentido dos ponteiros do relógio Escrevam no ar, com a mão direita, o número 6

7 Conflitos cerebrais

8 Atenção o que é? O conceito de atenção é definido pela seleção e manutenção de um foco, seja de um estímulo ou informação, entre as inúmeras que obtemos através de nossos sentidos, memórias armazenadas e outros processos cognitivos.

9 Habilidades da Atenção

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11 Evolução num concerto de Rock

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14 Quem se identifica?

15 Quem se identifica?

16 Quem se identifica? Padrão persistente de desatenção que interfere com o funcionamento ou desenvolvimento da criança Estes sintomas não são manifestação de comportamento de oposição, desafio, hostilidade ou falhas na compreensão

17 Diagnóstico DSM 5 Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção Apresentação predominante de desatenção

18 Diagnóstico DSM 5 Trata-se de um diagnóstico difícil, por depender de uma avaliação subjetiva do comportamento infantil em diferentes contextos Diagnostica-se depois dos 6 anos, apesar de manifestações anteriores Este problema afeta cerca de 5% a 10% das crianças em idade escolar e é 10 vezes mais frequente em rapazes do que em raparigas Os sintomas podem estar presentes noutras condições e estas crianças podem apresentar outros problemas que se associam a manifestações distintas

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20 Diagnóstico Acautelado Estado emocional Contexto Disciplina (se não está a ser exigido o tempo de concentração - criança em autogestão) Fatores fisiológicos Alimentação Sono Fator motivacional: depende da forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse Span desenvolvimental saturação parental/professor

21 Causas do DA Alguns estudos/investigações indicam que ele é causado por anomalias nos neurotransmissores cerebrais Exposição tóxica: estudos sugerem que este défice pode estar associado a factores ambientais como a exposição ao fumo de cigarro ou a álcool durante a gravidez. Pensa-se também que a exposição da criança a níveis elevados de chumbo (pintura de edifícios antigos) pode ser outro factor de risco a considerar Intolerâncias alimentares

22 Causas do DA Sofrimento fetal: alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal, tinham mais risco de terem filhos com TDAH. Hereditariedade: A incidência pode chegar até dez vezes mais em famílias de crianças com ADHD quando comparadas à população em geral A avaliação e a intervenção nos sintomas pode ser influenciada pelo grupo cultural, como tal, pode ser reforçado pelo ambiente familiar ou escolar

23 Prevalência Mundial de Crianças com ADHD

24 Intervenção

25 Intervenção em França Insiste-se na abordagem não medicamentosa da perturbação O primordial é investir em diferentes medidas educativas, psicológicas e sociais para enfrentar e tentar solucionar o problema. Entre as técnicas mais recomendadas está a Terapia Cognitiva Comportamental. Dar suporte aos familiares para lidarem melhor com a patologia e adotarem técnicas de reeducação. Medicação apenas quando as terapias comportamentais não forem suficientes para resolver ou melhorar o deficit de atenção.

26 Span de concentração/ idade

27 Prevenção Cuidados na gravidez Reduzir o excesso de estimulação concorrente Fazer contenção comportamental A postura corporal favorece a atenção Yoga trabalha a concentração e a postura Rabiscar aumenta a concentração Treinos de estimulação

28 Neurofitness

29 Programa de Estimulação da Atenção - PEA Começou-se no ano passado, dirigido a um grupo restrito, este ano abrange o 1º e 2º ano

30 Toulouse Pieron

31 2º Ano

32 O que vamos fazer no PEA?

33 Como é que se treina no PEA? 1. Ouvir com atenção

34 Como é que se treina no PEA? 2. Selecionar o que importa

35 Como é que se treina no PEA? 3. Pensar

36 Como é que se treina no PEA? 4. Planear uma estratégia

37 Como é que se treina no PEA? 5. Fazer

38 Como é que se treina no PEA? 6. Verificar

39 Programa de Estimulação da Atenção - PEA Demora Forçada (entrega dos enunciados sem lápis, tempo mínimo, penalização por não uso de tempo, impossibilidade de dar exercício por concluído) Gaines Tornar explicita a estratégia reflexiva com marcagem Debus Autoinstruções linguagem mediadora do comportamento Meichenbaum Técnica de scanning (para análise de detalhes tripartida, exclusão de partes) Egeland e Debus

40 Jogo das Diferenças

41 Jogo das Diferenças

42 Jogo das Diferenças

43 Jogo das Diferenças

44 Programa de Estimulação da Atenção - PEA Método de resolução de problemas (lema) Plan Training (elaborar um planeamento para resolver problemas do quotidiano) Modelagem participativa Reforços (positivo e negativos): Aprovação, encorajamento, reconhecimento, critica construtiva, custo da resposta

45 Programa de Estimulação da Atenção - PEA Sem instruções escritas (impede impulsividade) Heterocorreções Pontuação crescente e personalizada

46 Bola, lago, cadeira e sapo A bola caiu no lago, transformouse num sapo que saltou para a cadeira

47 JOGO Nº 3 Identificar e Contar Truque: usar cores para eliminar

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49 Jogo do Detetive de Textos ATENÇÃO Pontuação: ponto final, de interrogação, de exclamação Letras maiúsculas e minúsculas O uso dos parágrafos e travessões Palavras desnecessárias na frase Erros ortográficos

50 Jogo do Labirinto Truque: Técnica do treino de auto-instrução Usar o dedo Marcar levemente com o lápis Por fim carregar o lápis

51 Caça ao Tesouro

52 Sugestões para Pais Deve ajudar-se os filhos, ensinando-lhes a não responder precipitadamente mas antes com calma. Sugere-se que levem o tempo necessário para pensar, antes de responder ou resolver os problemas e tarefas Insistir na importância da revisão das respostas ou tarefas (rever os TPC, como última hipótese antes de supervisionarmos) Insistir na necessidade de considerarem as consequências dos seus atos (perante um qualquer problema, ver hipóteses alternativas de resolução analisando cada provável consequência)

53 Sugestões para Pais Imaginando que és testemunha num caso de roubo Depois de uma leitura ou um filme, é obrigatório questionar Fecha os olhos e ouve/sente Palavras cruzadas Labirintos Sudoku Diferenças Sirvam de modelos reflexivos/não impulsivos e falem em voz alta quando estão a resolver problemas

54 Mikado

55 Muito Obrigada! Para questões, dúvidas ou sugestões Psicóloga Laura Palma Nunes