Réseau sexuel dans l infection à VIH chez les HSH : observation, analyse et modélisation comparative au Brésil et en France.
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- Rui Carvalhal Moreira
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1 Rede sexual na infecção pelo HIV entre HSH: observação, análise e modelização comparativa entre Brasil e França. Réseau sexuel dans l infection à VIH chez les HSH : observation, analyse et modélisation comparative au Brésil et en France. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (DCB) e Instituto Nacional de Infectologia/Fiocruz INSERM:U707, Université Paris VI - Pierre et Marie Curie, Faculte de Médecine Saint-Antoine Reunião Internacional da Cooperação ANRS e Departamento de DST/AIDS/HV 21 de novembro de 2014
2 Introdução Ponto comum para colaboração: prevalência estável da infecção pelo HIV nos últimos anos, com um peso considerável da epidemia entre homens que fazem sexo com homens (HSH) Prevenção, tanto a nível individual (ex. circuncisão, preservativo, profilaxias pré ou pós-exposição, testagem,...) quanto no coletivo (ex. informação, consciência,...), tem eficácia variável dependendo do contexto Estas diferenças podem ser devido à estrutura da rede de contatos sexuais, além de fatores de risco individuais
3 Análise de rede social Estudos baseados em interações (ex. amizade, relação sexual, etc.) É o estudo das interações e como elas podem afetar um indivíduo e um grupo em geral Muito importante para doenças que dependem de contato para se propagarem (ex. HIV/IST) A ideia não é nova, já tendo sido usada no passado na prevenção:
4 Klovdahl A. Soc.Sci.Med. 21(11): , 1985.
5 Análises de rede social Algumas análises baseadas em rede (díades) Estratégias de adaptação sorológica como o posicionamento estratégico ( strategic positioning ), onde o papel sexual menos arriscado fica com o parceiro negativo, e a escolha sorológica ("serosorting") onde os parceiros têm, preferencialmente, o mesmo estado sorológico para o HIV ou uma proteção é adotada no caso de discrepância Padrões de miscigenação ( mixing pattern ) Tipos de rede Egocêntrica (local, pessoal): estudo da relação entre ego e vizinhança. Diga-me com que andas e te direi que és Parcial ( amostragem em bola de neve ) Sociométrica (completa): estudo das relações entre todas as pessoas em uma população delimitada
6 Coleta de dados Dados: atributos vs. relacional Para os 3 tipos: questionário regular sobre atributos como em qualquer outra pesquisa Coleta de dado egocêntrico: com ou sem contato de parceiro Coleta de dado de rede parcial: entrevistas sequenciais até um determinado limite imposto pelo pesquisador Coleta de dado sociométrico: dados coletados de todas as pessoas (interações) presentes em uma população com margens bem definidas
7 Rede Egocêntrica
8 Rede Parcial
9 Rede Sociométrica
10 Egocêntrica Parcial Sociométrica
11 Introdução A estrutura egocêntrica de rede é, em última análise, a responsável pela aquisição/transmissão de uma determinada doença que dependa de contato para se propagar Já os dados sociométricos são muito importantes para entender a taxa e a extensão da disseminação de uma determinada doença que dependa do contato interpessoal para transmitir Um desafio metodológico importante é passar de uma descrição egocêntrica para uma sociométrica
12 Objetivos Identificar comportamentos associados com a infecção pelo HIV no Brasil em 700 "egos" e até 6 contatos (máximo de contatos; financiamento brasileiro) Análise e modelagem das redes de contatos sexuais, e avaliação das consequências da evolução da epidemia por simulação a partir de dados egocêntricos, incluindo cenários retirados dos dados individuais coletados (ex. nível de uso de PrEP e soro revelação ) Comparar a estrutura das redes sexuais entre HSH no Brasil e na França (outro projeto apoiado pela ANRS - projeto RESEAUVIH dados egocêntricos coletados em Marais, Paris), para determinar em que medida as diferenças na dinâmica da epidemia são esperados, bem como o impacto dessas diferenças sobre a eficácia de intervenções individuais e em grupo.
13 Objetivos metodológicos Primeiro: estender o modelo de simulação de rede para integrar o conhecimento dos contatos da rede pelos egos. Entre outras coisas, será possível avaliar até que ponto a adição destes termos ajuda na passagem do dado egocêntrico ao sociométrico Possibilidade com o dado coletado no Brasil Segundo: realizar simulações de populações de HSH com características próximas às da população brasileira e francesa (ex. analises de sensibilidade para uso de PrEP, níveis de testagem, etc.)
14 Equipes Brasileira: André RS Périssé (Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca ENSP/Fiocruz), Beatriz Grinsztejn (Instituto Nacional de Infectologia - INI/Fiocruz) e aluno de doutorado Experiência prévia em condução de estudo egocêntrico Francesa: Pierre-Yves Boëlle e Olivier Robineau, INSERM Unidade 707 Experiência em modelagem matemática
15
16 Alguns dados do estudo brasileiro Até 30/09/2014 HIV Prevalência Positivos % Negativos 56 -
17 IDADE_MIX_NOVOS Freq % Freq cum Discordo totalmente Discordo pouco Concordo pouco Concordo totalmente IDADE_MIX_VELHOS Freq % Freq cum Discordo totalmente Discordo pouco Concordo pouco Concordo totalmente IDADE_MIX_IGUAL Freq % Freq cum Discordo totalmente Discordo pouco Concordo pouco Concordo totalmente
18 ESCOLA_MIX_MAIOR Freq % Freq cum Discordo totalmente Discordo pouco Concordo pouco Concordo totalmente ESCOLA_MIX_MENOR Freq % Freq cum Discordo totalmente Discordo pouco Concordo pouco Concordo totalmente ESCOLA_MIX_IGUAL Freq % Freq cum Discordo totalmente Discordo pouco Concordo pouco Concordo totalmente
19 Resultados esperados Identificar características associadas com a infecção pelo HIV em usuários que realizam testagem voluntária no Brasil (estudo primário) Identificar as características dos egos e de seus contatos que influenciem no risco de adquirir a infecção pelo HIV (estudo primário) Mostrar como a estrutura da rede de contatos sexuais tem um impacto no resultado das medidas de prevenção Comparar as redes de contatos sexuais observadas no Brasil e na França e analisar como eles se comportam na dinâmica da epidemia do HIV
20 Impactos A identificação de práticas, comportamentos e atitudes ainda não estudada entre HSH no Brasil, que facilitem a transmissão do HIV, pode ser a base para o desenvolvimento de estratégias inovadoras para reduzir o impacto da infecção neste grupo de indivíduos (estudo primário) A identificação de fatores relacionados às interações entre HSH poderá ajudar a definir escolhas individuais de medidas preventivas
21 Problemas e desafios (coleta dos dados primários brasileiros) Representatividade da amostra Entrada de participantes: ampliação do recrutamento, disponibilização de novos materiais de divulgação, ampliação da divulgação (ex. jornais, ONGs, etc.) e ampliação dos locais de coleta (expectativa a partir de dezembro de 2014) Recrutamento de parceiros muito aquém do antecipado: estamos estudando incluir métodos de recrutamento e inclusão pela internet (rede social baseada em contatos pela internet)
22 Agradecimentos Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais e Agence Nationale de Recherche sur le SIDA et les Hépatites Virales pelos financiamentos INI, SES (gerência de HIV/AIDS e hepatites virais e Lacem) e GAI pela parceria no estudo primário brasileiro ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS), Grupo Pela Vidda, RENAFRO (Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde), Blog LGBT do jornal O Dia e CEDUS (Centro de Educação Sexual) pelo grande auxílio na divulgação do estudo primário A todos os membros das equipes brasileira e francesa
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