REDUÇÃO DE DANOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
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- Maria Fernanda Benke Ferrão
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1 REDUÇÃO DE DANOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
2 Prevalência do HIV nas Populações mais Vulneráveis População em geral 0,65% Profissionais do sexo 6,6% Presidiários - 20% Usuários de drogas injetáveis 36,5%
3 REDUÇÃO DE DANOS Conjunto de medidas de saúde pública voltadas a minimizar as conseqüências adversas do uso de drogas. O princípio fundamental é o respeito à liberdade de escolha, a medida que os estudos e a experiência dos serviços demonstram que muitos usuários, por vezes, não conseguem ou não querem deixar de usar drogas; se justifica pelo risco de infecção pelo HIV, Hepatites e demais agravos de transmissão sangüínea.
4 Abordagem Estímulo ao auto-cuidado Vincular aos serviços Tratamento AIDS Dependência Química
5 REDUÇÃO DE DANOS Ampliação das AçõesA Ampliar ações para além da troca seringas e outros insumos de prevenção Articulação com e da Rede de Serviços( SAE, Saúde Mental/CAPS-AD, Unidade Básica e PSF, Ação Social, etc), visando assistência de maior qualidade e resolutividade para Usuários de Drogas Revisão do estabelecimento de resposta padrão ao tratamento, relativizando com as condições individuais de cada paciente e suas possibilidades de melhoria do cuidado Propiciar ações de inclusão social
6 Abordagem Estímulo ao auto-cuidado Vincular aos serviços Tratamento AIDS Dependência Adesão TARV Atenção Integral = Qualidade de Vida
7 Porque Usar Estratégias de Redução de Danos nos Serviços de Saúde População de UD com HIV/AIDS tem apresentado diagnóstico mais tardio e menor sobrevida UD tem maior dificuldade de acesso aos Serviços Tem se observado, salvo exceções, que o atendimento dispensado aos UD, comparativamente aos outros pacientes é de menor qualidade, como também m a persistência por parte das equipes para a vinculação ao tratamento Co-morbidades associadas como Tuberculose, Hepatites(especialmente tipo C), HTLV, etc Grande parte dos UD não tem usufruído de avanços científicos/tecnol ficos/tecnológicos em relação ao tratamento
8 Acesso Estratégias de Redução de Danos nos Serviços de Saúde Facilitar o ingresso do usuário no sistema, ampliando o olhar para populações em situação de maior vulnerabilidade, inclusive para as pessoas que não estão conseguindo sequer chegar aos Serviços. Estratégias de captação junto a Rede de Saúde, de Ação Social e Organizações da Sociedade Civil, podem estar contribuindo para que se oportunize o acompanhamento. Os PDR são essenciais para essa abordagem e posterior vinculação dos UD aos Serviços.
9 Acolhimento Identificar as principais dificuldades de manejo da equipe, como estereótipos e pré-conceitos em relação aos UD, principalmente os com uso problemático e sob o efeito da droga. Também faz parte do acolhimento prestar atenção as dificuldades que a população encontra, como por exemplo, a rigidez da estrutura de grande parte dos Serviços. Certamente, se não observadas as queixas desses usuários, elas servirão de motivo para a evasão do acompanhamento.
10 Vinculo O atendimento em equipe tem demonstrado ser mais eficiente com o UD, possibilitando o vínculo com vários profissionais, ou com o que apresentar perfil mais adequado à situação. É necessário também descaracterizar práticas profissionais autoritárias, levando em consideração a realidade de vida das pessoas e suas questões culturais; não cabe aos profissionais de saúde, no exercício de seu trabalho, julgamentos morais e/ou comparações com outros sujeitos.
11 Fortalecimento do Sujeito Responder positivamente aos problemas que se apresentam, dentro das limitações reais dos Serviços. Valorizar também as pequenas vitórias, reconhecendo o esforço para as modificações possíveis, advindas do processo de trabalho conjunto do usuário com a equipe, por mais singelas que elas possam ser. O critério adotado para avaliação do sucesso deve ser vista também sob a ótica da pessoa e não só da expectativa do Serviço.
12 Desafios para os Serviços que Atendem UD e HIV/AIDS Capacitação das equipes de saúde para o atendimento/acompanhamento de UD, com a disposição e compreensão necessárias que o tema exige Desmistificar o sinônimo UD e má adesão ao tratamento( pesquisas mostram que e indicador mais importante para a não adesão ao TARV a receptividade e preconceito nos Serviços), trabalhando de forma individualizada Desenvolvimento de ações de redução de danos e disponibilização de insumos no próprio Serviço
13 Formação das equipes de saúde em conteúdos técnicos sobre dependência química(conceitos, ação das substâncias, interações das drogas e TARV, etc.) Desenvolvimento de habilidades para o trabalho com populações mais vulneráveis
14 Programa de Saúde da Família e Redução de Danos Presença mais efetiva na comunidade Agentes de saúde da própria comunidade Responsabilidade pelo território Proximidade com o usuário Possibilidade de melhor apropriação da realidade e necessidades do local Importante coadjuvante do PRD, SAE e outros Serviços para qualificação da adesão ao tratamento e supervisão em situações especiais
15 Organizações da Sociedade Civil e Redução de Danos Demandar junto a Gestão e os Serviços Públicos P a atenção integral aos UD Grupos de adesão com populações específicas Parcerias com Serviços de Saúde para atividades de grupos de adesão e auto-cuidado Busca e convencimento de pacientes com vinculo precário rio ao tratamento e nos Serviços Disponibilização de insumos de prevenção
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17 PRD em Porto Alegre/RS 1996 Implantação do Projeto de Redução de Danos: redutores de danos usuários/ex-usuários de drogas 1998 Implementado como Programa de Redução de Danos pela SMS/PMPA; redutores contratados por inexigibilidade, justificada pelo prevalência da epidemia em UDI e perfil necessário para o trabalho de abordagem 1999 Ampliação das atividades do PRD através de desenvolvimento de ações articuladas com Unidades Básicas e com CTA (aconselhamento e testagem, provisão de insumos de uso seguro); consultoria para as equipes de Saúde Mental em álcool e outras drogas
18 Aprovada Lei Estadual Nº de regulamentação de ações de RD. Capacitação e formação integrada com as equipes da Fundação Assistência Social e Comunitária e Saúde Mental para o atendimento de UD/UDI 2001 Ampliação de atuação nas áreas de maior vulnerabilidade 2002 Intensa migração de UDI para o crack, que provocou a necessidade de desenvolvimento de novas abordagens e vinculação dos usuários, consequentemente buscou-se o fortalecimento das atividades conjuntas com Escola Aberta, Casa Harmonia e Ação Social.
19 2003 Discussão conjunta para a implantação de CAPS AD e do PSF Sem Domicilio com paradigma da RD; no projeto, os redutores de danos eram componentes das equipes 2004 Ampliação das atividades com Unidades de PSF( áreas de prevalência de UDI/UD) PSF Sem Domicílio(atende população em situação de rua, na área central de Porto Alegre); visitação e acompanhamento em Unidades Hospitalares (Clinica e de Dependência Química) 2005 PRD Porto Alegre passou para a Coordenação de Saúde Mental; Programa de DST/AIDS fornece insumos e recursos para o PRD
20 2006 Projeto de Atenção a População de Rua, Abrigada e Não Abrigada, Portadora de Co-infecção HIV/AIDS - Tuberculose DOT (Tratamento Diretamente Observado) trabalho conjunto do PRD com PSF Sem Domicílio e Ação Social Programa de DST/AIDS contribui para a sustentabilidade do PRD e fornece consultoria para as ONG que trabalham com estratégias de RD, na cidade de Porto Alegre
21 Casos de AIDS com Categoria de Exposição Uso de Drogas Injetáveis, Porto Alegre 1996 a 2006* Incidência SINAN/EVDT-CGVS/SMS *Dados até 24/10/2006
22 Co-infec infecção HIV/AIDS e Tuberculose em Porto Alegre a 2005* Incidência SINAN/EVDT-CGVS/SMS *Dados até 31/10/2006
23 Promoção a Saúde Carta de Ottawa, 1986 Uma boa saúde é o melhor recurso para o progresso pessoal, econômico e social, e uma dimensão importante da qualidade de vida. Os fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, de meio ambiente, de conduta e biológicos podem intervir a favor ou contra a saúde.
24 PRD em Atividade com Escola Aberta
25 PRD em Atividade com PSF
26 PRD em Atividade com CTA
27 PRD Atividade com Albergue Infanto-Juvenil
28 Grupos de Terapia Comunitária na Rua
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