DISCUSSÕES ACERCA DO CONCEITO DE INSUMO PARA CRÉDITO DE PIS E COFINS Por BEATRIZ HELENA MAIA ESTRELLA E LETÍCIA ALVES DE PAULA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DISCUSSÕES ACERCA DO CONCEITO DE INSUMO PARA CRÉDITO DE PIS E COFINS Por BEATRIZ HELENA MAIA ESTRELLA E LETÍCIA ALVES DE PAULA"

Transcrição

1 DISCUSSÕES ACERCA DO CONCEITO DE INSUMO PARA CRÉDITO DE PIS E COFINS Por BEATRIZ HELENA MAIA ESTRELLA E LETÍCIA ALVES DE PAULA De início, é importante esclarecer que as pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, utilizam três sistemas para apuração do seu lucro tributável: o lucro real, o lucro presumido e o lucro arbitrado. As empresas obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, nos termos do artigo 246 do Regulamento de Imposto de Renda (RIR/99), devem possuir receita total, em cada ano-calendário, superior a R$ ,00, ou de R$ ,00, multiplicado pelo número de meses do período, quando este for inferior a doze meses, dentre outros requisitos. Já as empresas que não são obrigadas a apuração pelo lucro real e cuja receita total, no anocalendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ ,00 ou o limite proporcional de R$ ,00 multiplicado pelo número de meses do período, quando este for inferior a doze meses, poderão optar pelo sistema do lucro presumido, nos termos do artigo 516 do referido regulamento. Existe, também, a apuração pelo lucro arbitrado, prevista nos artigos 529 e seguintes do RIR/99, que se dá quando o Fisco rejeita o balanço efetuado pela empresa e utiliza sua receita bruta anual como base para calcular o imposto. As empresas que são obrigadas a apuração com base no lucro real estão, ainda, sujeitas ao regime de incidência não-cumulativo. Se a apuração for com base no lucro presumido ou arbitrado, estarão sujeitas ao regime de incidência cumulativo. Passada esta primeira exposição, convém adentrar ao tema principal deste estudo: a utilização de créditos da Contribuição para o PIS e da COFINS. A Contribuição para o PIS e a COFINS estão previstas nas Leis n os /2002 e /2003, respectivamente, que dispõem, cada qual em seu artigo 3º, II, acerca da possibilidade de creditamento sobre os bens e serviços utilizados como insumos na produção de bens ou produtos destinados à venda. Tal creditamento somente existirá no regime não-cumulativo. Veja-se: Art. 3º. Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação a: II bens e serviços, utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata o art. 2º da Lei nº , de 3 de julho de 2002, devido pelo fabricante ou importador, ao

2 concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos classificados nas posições e da TIPI. (Grifou-se) Assim, apenas as empresas sujeitas ao regime da incidência não-cumulativa poderão reduzir o montante apurado por meio da compensação com créditos calculados sobre determinados custos, encargos e despesas. A tarefa árdua do contribuinte consiste em tentar identificar qual o conceito de insumo utilizado na legislação, tendo em vista que, embora as leis tenham previsto as hipóteses de crédito, não definiram o limite e a extensão do conceito de insumo para fins de creditamento das duas contribuições. Em razão da supracitada inexistência de lei que defina o conceito dos insumos, a Receita Federal do Brasil editou as Instruções Normativas n os 247/2002 e 404/2004 que estipulam o que pode efetivamente gerar crédito de PIS e COFINS: Art. 66 da IN 247/2002: (...) 5º. Para os efeitos da alínea b do inciso I do caput, entende-se como insumos: I utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda: a) as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como desgaste, o dano ou a perda de propriedade físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto; II utilizados na prestação do serviço: a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. Art. 8º da IN 404/2004: (...) 4º. Para os efeitos da alínea b do inciso I do caput, entende-se como insumos: I utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda: a) a matéria-prima, o produto intermediário, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou na perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado;

3 b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. II - utilizados na prestação de serviços: a) os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço. (...) Diante da vigência das Instruções Normativas acima citadas, a Receita Federal tem se mostrado restritiva com relação à utilização de créditos de PIS e COFINS para compensação, apenas admitindo tal aproveitamento nos casos expressos nas Instruções Normativas n os 247/2002 e 404/2004, já expostas. Confirmando este posicionamento restritivo, a Solução de Consulta nº 7 de 2011 da Receita Federal do Brasil dispõe da seguinte maneira: SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 7 de 28 de Janeiro de 2011 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS EMENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITO. INSUMO. Somente podem ser considerados insumos, para fins de creditamento da COFINS, os bens ou os serviços intrinsecamente vinculados à produção de bens, isto é, quando aplicados ou consumidos diretamente nesta, não podendo ser interpretados como todo e qualquer bem ou serviço que gere despesas, mas tão-somente os que efetivamente se relacionem com a atividade-fim da empresa. Sua natureza será assim de um componente (fator) essencial na consecução do objeto, sendo nele diretamente empregado. Relacionando a consulta acima com um exemplo prático, pode-se dizer que uma empresa que fabrica computadores pode considerar como insumo os custos na aquisição de fibra ótica na produção do bem, mas não poderá fazer o mesmo com as despesas referentes a publicidade veiculada em outdoors. Dessa forma, depreende-se que, segundo a interpretação da Receita Federal do Brasil, apenas os insumos que se relacionem diretamente com o objetivo da produção da empresa podem ser aproveitados para desconto na Contribuição para o PIS e na COFINS. Assim é que dispõe o artigo 66, 5º, I, alínea a da Instrução Normativa nº 247/2002 e o artigo 8º, 4º, I, alínea a da Instrução Normativa nº 404/2002: matéria-prima, o produto intermediário, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações (...) em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação.

4 Esses dispositivos têm sido alvo de grandes discussões no campo doutrinário porque partem do mesmo conceito legal existente na legislação do Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI) (Lei nº 9.363/1996) para a definição de insumos, in verbis: Art. 2º A base de cálculo do crédito presumido será determinada mediante a aplicação, sobre o valor total das aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem referidos no artigo anterior, do percentual correspondente à relação entre a receita de exportação e a receita operacional bruta do produtor exportador. Sobre o assunto, José Antônio Minatel discorre sobre a impossibilidade da equiparação de tributos de materialidades tão distintas, para fins de definição de insumos que geram créditos da Contribuição para o PIS e da COFINS: Não sendo esse o espaço para aprofundamento do tema da não-cumulatividade, quer-se unicamente consignar que essa técnica adotada para a neutralização da incidência daqueles impostos, que, como disse, gravam a circulação de bens (aqui tomada no seu sentido lato), não tem a mesma pertinência que a recomende para ser introduzida no contexto da tributação da receita, por absoluta falta de afinidade entre os conteúdos do pressuposto material das diferentes realidades. Receita, como já dito, pressupõe conteúdo material de mensuração instantânea, revelado pelo ingresso de recursos financeiros decorrente de esforço ou exercício de atividade empresarial, materializadora de disponibilidade pessoal para quem a aufere, conteúdo de avaliação unilateral que não guarda relação de pertinência que permita confrontá-lo com qualquer operação antecedente, contrariamente ao que sucede com o valor da operação de produtos industrializados e de mercadorias. (Conteúdo do Conceito de Receita e Regime Jurídico para sua Tributação. José Antônio Minatel, São Paulo: MP, 2005, p. 180.) Isto porque os insumos, para fins de Contribuição para o PIS e COFINS, não podem ter o seu conceito restringido apenas para as três espécies típicas do IPI dispostas na Lei nº 9.363/1996: matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem. O IPI é um tributo de alcance bem mais restrito que a Contribuição para o PIS e a COFINS. Basta haver receita de qualquer natureza para que haja incidência de Contribuição para o PIS e a COFINS, ao contrário do IPI, que incidirá somente quando houver industrialização de produtos.

5 Embora existam grandes discussões acerca da conceituação de insumo principalmente no que tange ao IPI a Secretaria da Receita Federal mantém a referida conceituação, ignorando as pesadas críticas dos contribuintes e da doutrina. Retomando o ponto central do presente estudo, convém asseverar que embora os auditores da Receita Federal do Brasil se mostrem extremamente restritivos quanto a interpretação das INs já citadas e o conceito de insumo para fins de creditamento da Contribuição para o PIS e da COFINS, vem se estabelecendo principalmente nas esferas julgadoras o entendimento de que o conceito de insumo deve ser definido de acordo com a relevância no desenvolvimento da atividade econômica desempenhada pela empresa. O próprio Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), em 2010, por meio do Acórdão nº , definiu que insumo é todo gasto necessário para a produção, considerando, até mesmo, despesas que não sejam registradas contabilmente, mas que contribuam para a produção, in verbis: REGIME NÃO CUMULATIVO. INSUMOS. MATERIAIS PARA MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS. O conceito de insumo dentro da sistemática de apuração de créditos pela não cumulatividade de PIS e COFINS deve ser entendido como toda e qualquer custo ou despesa necessária à atividade da empresa, nos termos da legislação do IRPJ, não devendo ser utilizado o conceito trazido pela legislação do IPI, uma vez que a materialidade de tal tributo é distinta da materialidade das contribuições em apreço. (Acórdão nº ; CARF - 2ª Câmara. Sessão de 08/12/2010) De acordo com essa decisão, o conceito de insumo deve ser mais amplo, devendo ser levado em conta o que é insumo segundo o Regulamento do Imposto de Renda. O voto do relator descreve, de maneira brilhante, que insumo é todo custo necessário, usual e normal na atividade da empresa. Este entendimento mais amplo mesmo que ainda não unânime é o mais favorável aos contribuintes, principalmente por conta das questões que geram dúvidas quanto ao direito de crédito, que são os produtos e serviços que não estão expressamente previstos na legislação, mas aqueles que são necessários, tais como o uniforme ou o equipamento de EPI, por exemplo. Outra discussão interessante diz respeito à possibilidade de aproveitamento de créditos de PIS e COFINS relativos às despesas com frete. O artigo 8º, II, alínea e, da Instrução Normativa nº 404/2004 admite, apenas, o direito de crédito decorrente de despesas de frete relacionadas à operação de venda, e somente quando o ônus for suportado pelo vendedor, in verbis: Art. 8º. Do valor apurado na forma do art. 7º, a pessoa jurídica pode descontar créditos, determinados mediante a aplicação da mesma alíquota, sobre os valores:

6 (...) II - das despesas e custos incorridos no mês, relativos: (...) e) a armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo vendedor. (Grifou-se). O Superior Tribunal de Justiça durante muito tempo seguiu o entendimento da Receita Federal do Brasil, adotando uma interpretação literal da legislação, apenas admitindo o direito ao crédito decorrente de despesas de frete relacionadas à operação de venda: TRIBUTÁRIO. PIS E COFINS. REGIME DA NÃO-CUMULATIVIDADE. DESPESAS DE FRETE RELACIONADAS À TRANSFERÊNCIA INTERNA DE MERCADORIAS ENTRE ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA. CREDITAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Controverte-se sobre a possibilidade de utilização das despesas de frete, relacionadas à transferência de mercadorias entre estabelecimentos componentes da mesma empresa, como crédito dedutível na apuração da base de cálculo das contribuições à COFINS e ao PIS, nos termos das Leis /2002 e / A legislação tributária em comento instituiu o regime da não-cumulatividade nas aludidas contribuições da seguridade social, devidas pelas empresas optantes pela tributação pelo lucro real, autorizando a dedução, entre outros, dos créditos referentes a bens ou serviços utilizados como insumo na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda. 3. O direito ao crédito decorre da utilização de insumo que esteja vinculado ao desempenho da atividade empresarial. As despesas de frete somente geram crédito quando relacionadas à operação de venda e, ainda assim, desde que sejam suportadas pelo contribuinte vendedor. 4. Inexiste, portanto, direito ao creditamento de despesas concernentes às operações de transferência interna das mercadorias entre estabelecimentos de uma única sociedade empresarial. 5. Recurso Especial não provido. (REsp / RS, Min. Herman Benjamin, Publicação: 06/04/2010). (Grifou-se). "TRIBUTÁRIO. PIS/COFINS. LEIS NºS /2002 E /2003. NAO- CUMULATIVIDADE. CREDITAMENTO DE INSUMOS. 1. A orientação da não-cumulatividade do PIS e da COFINS foi dada pelas Leis nºs /2002 e10.833/2003, por meio de concessão de créditos taxativamente previstos em seus preceitos para que sejam aproveitados por meio de dedução da contribuição incidente sobre o faturamento apurado na etapa posterior. 2. Nessa ordem, o legislador estabeleceu a possibilidade de aproveitamento de créditos de PIS e de COFINS calculados em relação aos insumos adquiridos pela

7 pessoa jurídica, assim considerados os bens e serviços utilizados na prestação de serviços e na fabricação de mercadorias destinadas à venda, nos termos do art. 3º, II, das Leis nºs /2002 e / Pode-se entender como insumo, portanto, todo bem que agrupado a outros componentes, qualifica, completa e valoriza o produto industrializado a que se destina. Logo, as embalagens utilizadas especificamente para acondicionar mercadorias para transporte não estão abrangidas pela definição de insumos, porquanto não foram utilizadas no processo de industrialização e transformação do produto final. 4. A aplicação do princípio da não-cumulatividade do PIS e da COFINS em relação aos insumos utilizados na fabricação de bens e serviços não implica estender sua interpretação, de modo a permitir que sejam deduzidos, sem restrição, todos e quaisquer custos da empresa despendidos no processo de industrialização e comercialização do produto fabricado. 5. Apelação e remessa oficial providas." (REsp nº / SC, Min. Humberto Martins, Publicação: 15/04/2010). (Grifou-se). Ocorre que esse entendimento começou a se ampliar quando a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça decidiu muito recentemente, ao julgar o Recurso Especial nº /RS, que, apesar do inciso II do artigo 3º da Lei /03 dispor que os bens e serviços utilizados como insumo são aqueles destinados à venda, deve ser feita uma interpretação sistemática da norma no sentido de que o direito de crédito relativo ao frete abrange também a despesa com o transporte na aquisição dos bens. Veja-se a ementa: RECURSO ESPECIAL. VALOR DO PIS/COFINS. AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS PELA CONCESSIONÁRIA PARA REVENDA. DESCONTO DE CRÉDITOS CALCULADOS EM RELAÇÃO A FRETE NA OPERAÇÃO DE VENDA. EXEGESE DOS ARTIGOS 2º, 3º, INCISOS I E IX, E 15, INCISO II, DA LEI Nº / Na apuração do valor do PIS/COFINS, permite-se o desconto de créditos calculados em relação ao frete também quando o veículo é adquirido da fábrica e transportado para a concessionária adquirente com o propósito de ser posteriormente revendido. - Recurso Especial parcialmente provido. (REsp nº /RS. STJ, 1ª Seção; Rel. Min. Benedito Gonçalves; publicado em 18/09/2012). (Grifou-se). A Primeira Seção do STJ entendeu, pela primeira vez portanto, que, no caso de frete, não se pode restringir o direito de crédito apenas à hipótese em que o frete é contratado após a realização da venda, sendo também direito dos contribuintes apurar crédito em relação ao frete pago pelo transporte das mercadorias adquiridas.

8 O referido entendimento do STJ vai ao encontro da Solução de Consulta da Secretaria da Receita Federal n 156/2008: SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 156 de 19 de Setembro de 2008 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins EMENTA: COFINS. PARTES E PEÇAS UTILIZADAS NA MANUTENÇÃO DE BENS. CRÉDITOS. A partir de 01/02/2004, as despesas efetuadas com a aquisição de partes e peças de reposição e com serviços de manutenção em veículos, máquinas e equipamentos, empregados diretamente na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, pagas a pessoa jurídica domiciliada no País, geram direito a créditos a serem descontados da Cofins, desde que as partes e peças de reposição não estejam incluídas no ativo imobilizado e que sejam atendidas as demais condições da legislação de regência. A partir de 01/05/2004, admite-se que as partes e peças de reposição sejam importadas, não mais se exigindo que as despesas efetuadas com sua aquisição sejam pagas a pessoa jurídica domiciliada no País. COFINS. FRETE NA AQUISIÇÃO DE PARTES E PEÇAS. CRÉDITOS. Como o frete pago pelo adquirente na compra de insumos para produção integra o custo de aquisição desses insumos, o frete referente à aquisição de partes e peças de reposição que geram direito a créditos a serem descontados da Cofins também gera tal direito, desde que suportado pelo adquirente. (Grifou-se). Neste mesmo sentido, destaca-se a solução de consulta abaixo indicada: SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 63 de 12 de Julho de 2010 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS EMENTA: CRÉDITO. FRETE. O valor do frete pago na aquisição de insumo pode integrar a base de cálculo do crédito previsto no art. 3º, II, da Lei nº , de 2003, desde que a aquisição do insumo dê direito à apuração de crédito e desde que a aquisição do frete esteja sujeita à incidência da COFINS. Assim é que, apesar de não haver previsão legal expressa, a solução de consulta da Receita Federal do Brasil e o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça reforçam a possibilidade de aproveitamento de créditos de PIS e COFINS relativos às despesas com fretes pagos na aquisição de insumos na prestação de serviço. Entretanto, no que se refere à despesa com frete entre estabelecimentos da mesma pessoa jurídica, a Receita Federal mantém entendimento de que não há geração de crédito para desconto de PIS e COFINS. É o que se percebe pela ementa a seguir colacionada: ACÓRDÃO Nº de 25 de Novembro de 2011

9 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS REGIME DA NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS DE DESPESAS COM FRETES ENTRE ESTABELECIMENTOS. Por não integrar o conceito de insumo utilizado na produção e nem ser considerada operação de venda, os valores das despesas efetuadas com fretes contratados para as transferências de mercadorias (produtos acabados ou em elaboração) entre estabelecimentos da mesma pessoa jurídica não geram direito a créditos da COFINS e da Contribuição ao PIS. (Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Florianópolis, 4ª Turma. Julgado em 25 de Novembro de 2011) Vale ressaltar, por fim, outra discussão em voga nos Tribunais, que se refere às despesas com a compra de equipamentos de proteção individual (EPI). A Receita Federal do Brasil tem se posicionado contra o aproveitamento de créditos a serem descontados da Contribuição para o PIS e da COFINS, a saber: ACÓRDÃO Nº de 25 de Novembro de 2011 ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS REGIME DA NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS DE DESPESAS COM EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO. Despesas efetuadas com o fornecimento de equipamentos de proteção aos empregados, adquiridos de outras pessoas jurídicas ou fornecido pela própria empresa, não geram direito à apuração de créditos a serem descontados da Contribuição para o PIS e da COFINS, por não se enquadrarem no conceito de insumos aplicados, consumidos ou daqueles que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida no processo de fabricação ou na produção de bens destinados à venda. (Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Florianópolis, 4ª Turma. Julgado em 25 de Novembro de 2011) O tema ainda é tão nebuloso que o Eg. Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por exemplo, já se posicionou contra e a favor da Receita Federal do Brasil, neste ano de 2012, em um espaço de tempo de apenas um mês. É o que se verifica nas ementas transcritas abaixo: TRIBUTÁRIO. PIS. COFINS. CREDITAMENTO DE INSUMOS. DESPESAS REALIZADAS COM VALE-TRANSPORTE, ALIMENTAÇÃO, UNIFORME E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL DOS EMPREGADOS E COM TRATAMENTO DE EFLUENTES. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. (...) 2. Hipótese em que os custos realizados pela impetrante, a qual trabalha no ramo de industrialização de calçados e de vestuário em geral, com transporte, alimentação, uniforme e equipamentos de proteção individuais fornecidos aos seus funcionários e com tratamento de efluentes, não podem ser creditados dos valores

10 do PIS e da COFINS, eis que tais despesas não estão abrangidas no conceito de insumo (IN nº 247/02, art. 66, e IN nº 404/04, art. 8º, parágrafo 4º). 3. Embora as referidas despesas apresentem relevância ao desenrolar das atividades da recorrente, não compõem a sua cadeia produtiva, de maneira que não se pode conferir à definição de insumo a generalidade pretendida, com o propósito de abrangê-los, pois, se essa fosse a intenção do legislador, não haveria um rol taxativo, nas Leis nºs /02 e /03, que estabelecesse quais seriam os elementos considerados como tal. 4. Remessa oficial e apelação improvidas. (APELREEX , TRF-5ª Região - Terceira Turma, Relator: Desembargador Federal Luiz Alberto Gurgel de Faria DJE 07/03/2012). (Grifou-se). TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. PIS E COFINS. DEFINIÇÃO DE NÃO- CUMULATIVIDADE DEPENDE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. LEIS Nº /02 E /03. DEFINIÇÃO DE INSUMOS. CREDITAMENTO. BENS E SERVIÇOS INDIRETAMENTE UTILIZADOS NO PROCESSO PRODUTIVO E DEPRESTAÇÃO DE SERVIÇO. VEDAÇÃO. INSTRUÇÕES NORMATIVAS/SRF NºS 247/02 E 404/04. LEGALIDADE. (...). 2. Ora, se as regras da não-cumulatividade das contribuições sociais encontramse inseridas em definição infraconstitucional (Leis n.º /02 e n.º /03 c/c IN SRF n.º 247/02 (art. 66, parágrafo 5º, I e II) e n.º 404/04 (art. 8º, parágrafo 4º, I e II), não há direito de creditamento sem qualquer limitação para abranger outros bens ou serviços que não sejam os diretamente utilizados na fabricação dos produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, o que não ocorre no caso das despesas com transporte de pessoal, cestas básicas, alimentação, fardamentos e equipamentos de proteção individual. 3. Portanto, não há se falar em inconstitucionalidade ou ilegalidade da restrição ao crédito dessas contribuições previstas nas Instruções Normativas nºs 247/2002 e 404/2004, uma vez que estas, consoante consignado na sentença, "não ofendem ou ultrapassam o sentido emanado do texto legal, apenas pormenorizando o que deve ser incluído no conceito de 'insumo'". 4. Apelação improvida. (AC , TRF-5ª Região Primeira Turma; Relator: Desembargador Federal Francisco Cavalcanti DJE 03/04/2012). (Grifou-se). Diante de todo o exposto, percebe-se que, embora as Instruções Normativas n os 247/2002 e 404/2004 tenham sido editadas para determinar quais são os insumos que podem gerar créditos para a Contribuição para o PIS e a COFINS, ainda não há um entendimento consolidado na conceituação desse insumo.

11 A Receita Federal do Brasil, conforme demonstrado, mantém o entendimento restritivo neste ponto, admitindo, na grande maioria das vezes, o aproveitamento dos créditos apenas nos casos previstos nas já citadas Instruções Normativas. No entanto, o avanço das interpretações dos tribunais já é nítido, mesmo que ainda seja lento. O próprio órgão julgador da Receita Federal, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, já apresenta entendimento mais amplo, conforme acima destacado. A discussão conceitual de insumos para creditamento na Contribuição para o PIS e COFINS é, portanto, ainda muito nebulosa, restando, por enquanto, que se aguarde a consolidação de um entendimento há muito reivindicado, na esperança de se conferir maior segurança jurídica aos contribuintes. Bibliografia: - TRF autoriza créditos de PIS e Cofins. Valor online. Artigo veiculado em julho de SOUZA, William Lima Batista. Do limite e extensão do conceito de insumos para fins de creditamento do PIS/PASEP e da COFINS no regime não cumulativo. Artigo publicado em janeiro de SILVA, Eric Castro de. Definição de Insumos para fins de PIS e Cofins não Cumulativos. Dialética, MINATEL, José Antônio. Conteúdo do Conceito de Receita e Regime Jurídico para sua Tributação. MP Editora, * * * * * * * * * *

PIS-Cofins - Atualidades. Solon Sehn

PIS-Cofins - Atualidades. Solon Sehn PIS-Cofins - Atualidades Solon Sehn Conceito de Insumos: Lei nº 10.833/2003 Art. 3º [...] II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos

Leia mais

Fretes, Espécies e a Interpretação do CARF na Tomada de Créditos

Fretes, Espécies e a Interpretação do CARF na Tomada de Créditos Fretes, Espécies e a Interpretação do CARF na Tomada de Créditos 1. Fundamentos Legais Aplicáveis à Matéria Artigo 195, 12, da CF: A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 126 - Data 19 de agosto de 2016 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Atendidas as condições estabelecidas na

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 2 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 99 - Data 9 de abril de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP NÃO CUMULATIVIDADE. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO

Leia mais

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 5ª RF

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 5ª RF Fls. 1 Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 5ª RF Solução de Consulta nº 5.008 - Data 2 de abril de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA

Leia mais

Orientações Consultoria de Segmentos. Crédito de PIS_COFINS sobre valor do IPI - Federal

Orientações Consultoria de Segmentos. Crédito de PIS_COFINS sobre valor do IPI - Federal Crédito de 17/10/2016 Sumário 1 Questão... 3 2 Normas Apresentadas pelo Cliente... 3 2.1 Parecer do Setor Fiscal do Cliente... 5 3 Análise da Consultoria... 6 3.1 Base de Cálculo - Débito... 6 3.2 Dedução

Leia mais

Orientações Consultoria de Segmentos EFD Contribuições Reg C500

Orientações Consultoria de Segmentos EFD Contribuições Reg C500 EFD 20/05/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 4 3.1 Bens e Serviços Utilizados como Insumos... 4 3.2 Utilização de Combustíveis

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 22 - Data 4 de março de 2016 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP CRÉDITOS PARA DESCONTO DO PIS/PASEP. NÃO-CUMULATIVIDADE.

Leia mais

PIS/COFINS Conceito de Insumo na Atividade de Transporte Ferroviário de Cargas. Waine Domingos Peron

PIS/COFINS Conceito de Insumo na Atividade de Transporte Ferroviário de Cargas. Waine Domingos Peron Redução do custo de CAPEX PIS/COFINS Conceito de Insumo na Atividade de Transporte Ferroviário de Cargas Waine Domingos Peron 1 Minuta - Confidencial All Rights Reserved Início da Não-Cumulatividade: Lei

Leia mais

PIS/ COFINS. NOTÍCIAS DA SEMANA (31/01/11 a 04/02/11)

PIS/ COFINS. NOTÍCIAS DA SEMANA (31/01/11 a 04/02/11) PIS/ COFINS NOTÍCIAS DA SEMANA (31/01/11 a 04/02/11) I- DESPESA DE FRETE ENTRE ESTABELECIMENTO DE MESMA PESSOA JURÍDICA NÃO GERA DIREITO A CRÉDITO DE PIS/COFINS. II- NOVAS SOLUÇÕES DE CONSULTAS. A) SUSPENSÃO

Leia mais

PIS/COFINS E NÃO- CUMULATIVIDADE: o caso Anhambi

PIS/COFINS E NÃO- CUMULATIVIDADE: o caso Anhambi PIS/COFINS E NÃO- CUMULATIVIDADE: o caso Anhambi PIS e COFINS. Questões Recentes e Polêmicas. Não-Cumulatividade. Conceito de Insumo. Base de Cálculo. Atual Jurisprudência. GUSTAVO NYGAARD nygaard@tozzinifreire.com.br

Leia mais

Instrução Normativa SRF nº 358, de 9 de setembro de 2003

Instrução Normativa SRF nº 358, de 9 de setembro de 2003 Instrução Normativa SRF nº 358, de 9 de setembro de 2003 Altera a Instrução Normativa SRF nº 247, de 21 de novembro de 2002, que dispõe sobre o PIS/Pasep e a Cofins. O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no

Leia mais

PIS/ COFINS EM NOTÍCIAS

PIS/ COFINS EM NOTÍCIAS PIS/ COFINS EM NOTÍCIAS I SUSPENSO O PAGAMENTO DE PIS/COFINS SOBRE A VENDA DE PRODUTOS SUÍNOS E AVICULÁRIOS E DE DETERMINADOS INSUMOS RELACIONADOS E CONCEDE CRÉDITO PRESUMIDO EM DETERMINADAS OPERAÇÕES

Leia mais

Os 7 erros mais comuns na apuração do PIS e da COFINS. Fabio Rodrigues

Os 7 erros mais comuns na apuração do PIS e da COFINS. Fabio Rodrigues Os 7 erros mais comuns na apuração do PIS e da COFINS Fabio Rodrigues Advogado Mestre em Ciências Contábeis Doutorando em Ciências da Informação Fabio Rodrigues Coordenador, autor e coautor de diversos

Leia mais

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 9ª RF

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 9ª RF 1 Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 9ª RF Solução de Consulta nº 1 - SRRF09/Disit Data 9 de janeiro de 2013 Processo **** Interessado **** CNPJ/CPF **** ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA

Leia mais

Comentário. Autor: Marcio Pedrosa Junior

Comentário. Autor: Marcio Pedrosa Junior Autor: Marcio Pedrosa Junior COSIT DIVULGA SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA ACERCA DA AMPLITUDE DO DIREITO AO CRÉDITO DA CONTRIBUIÇÃO AO PIS E DA COFINS NA REVENDA DE PRODUTOS SUJEITOS AO REGIME MONOFÁSICO DE INCIDÊNCIA

Leia mais

6ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

6ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO 6ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 142, DE 9 DE SETEMBRO DE 2008: ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: Equiparam-se a estabelecimento industrial,

Leia mais

Delimitação do direito ao crédito do PIS e da COFINS (frete entre estabelecimento do contribuinte, insumos florestais e outros)

Delimitação do direito ao crédito do PIS e da COFINS (frete entre estabelecimento do contribuinte, insumos florestais e outros) Delimitação do direito ao crédito do PIS e da COFINS (frete entre estabelecimento do contribuinte, insumos florestais e outros) O Crédito de PIS e COFINS (insumo) Artigo 3º da Lei no 10.833/03, estabelece

Leia mais

Exclusão do ICMS da BC das contribuições PIS/COFINS: discussões atuais

Exclusão do ICMS da BC das contribuições PIS/COFINS: discussões atuais Exclusão do ICMS da BC das contribuições PIS/COFINS: discussões atuais HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES PIS/COFINS REGIME CUMULATIVO (TOTALIDADE DA RECEITA BRUTA OPERACIONAL) Lei 9.718/98 Art.

Leia mais

9ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

9ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO 9ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 240, DE 9 DE SETEMBRO DE 2008: A substituição de embalagens de produtos, alterando sua apresentação, exceto se destinada unicamente ao transporte

Leia mais

Mudanças no conceito de insumo na apuração de PIS/COFINS

Mudanças no conceito de insumo na apuração de PIS/COFINS CAFÉ COM NEGÓCIOS (Arapiraca, 05/04/2016) Mudanças no conceito de insumo na apuração de PIS/COFINS L. GUSTAVO CARVALHO Advogado Mestre em direito tributário (USP) Professor de direito (UNEAL) CARVALHO

Leia mais

CIESP CAMPINAS. Tendências Atuais na Gestão de Tributos 18/04/2013

CIESP CAMPINAS. Tendências Atuais na Gestão de Tributos 18/04/2013 CIESP CAMPINAS Tendências Atuais na Gestão de Tributos Atual Jurisprudência Pis e Cofins Pedro Guilherme Accorsi Lunardelli 18/04/2013 Conteúdo da Apresentação I - Pis e Cofins Não Cumulatividade Definição

Leia mais

CURSO PIS COFINS CUMULATIVO E NÃO CUMULATIVO. Prof. André Gomes

CURSO PIS COFINS CUMULATIVO E NÃO CUMULATIVO. Prof. André Gomes CURSO PIS COFINS CUMULATIVO E NÃO CUMULATIVO Prof. André Gomes 1 Contribuição para PIS/PASEP PIS contribuição para o Programa de Integração Social funcionários das empresas do setor privado; PASEP contribuição

Leia mais

Dos Créditos a Descontar na Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins

Dos Créditos a Descontar na Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins Assunto: Contribuição para PIS/PASEP e COFINS Instrução Normativa SRF nº 594, de 26 de dezembro de 2005 Dispõe sobre a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação

Leia mais

Orientações Consultoria De Segmentos Estorno de crédito PIS/COFINS na suspensão da exigibilidade da contribuição

Orientações Consultoria De Segmentos Estorno de crédito PIS/COFINS na suspensão da exigibilidade da contribuição 28/06/2018 Título do documento Sumário 1.Questão... 3 2.Normas Apresentadas pelo Cliente... 3 3.Análise da Consultoria... 5 4.Conclusão... 10 5.Informações Complementares... 11 6.Referências... 11 7.Histórico

Leia mais

Não Cumulatividade da contribuição ao PIS/PASEP e da COFINS para as empresas prestadoras de serviços

Não Cumulatividade da contribuição ao PIS/PASEP e da COFINS para as empresas prestadoras de serviços Não Cumulatividade da contribuição ao PIS/PASEP e da COFINS para as empresas prestadoras de serviços Betina Treiger Grupenmacher Doutora PUC/SP, Pós-doutora Universidade de Lisboa - Portugal e Professora

Leia mais

Fatores para o cálculo do preço de exportação

Fatores para o cálculo do preço de exportação Fatores para o cálculo do preço de exportação No cálculo do preço de exportação devem ser levados em conta, entre outros fatores: IPI - IMUNIDADE do Imposto sobre Produtos Industrializados, na saída de

Leia mais

Destinação do PIS/COFINS

Destinação do PIS/COFINS PATRÍCIA ALVES 1 Destinação do PIS/COFINS Decisão STJ sobre o Conceito de Insumos; Proposta de Reforma PIS/COFINS; Exclusão ICMS e ISS da Base de Cálculo do PIS/COFINS; Bonificações Fretes Sobre Transferências.

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos em Federais Contribuições para a Seguridade Social - PIS/COFINS Parte - III. Prof. Marcello Leal. Prof.

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos em Federais Contribuições para a Seguridade Social - PIS/COFINS Parte - III. Prof. Marcello Leal. Prof. DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos em Federais Contribuições para a Seguridade Social - PIS/COFINS Parte - III PIS/PASEP Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP

Leia mais

Os 7 erros mais comuns na apuração do PIS e da COFINS. Fabio Rodrigues

Os 7 erros mais comuns na apuração do PIS e da COFINS. Fabio Rodrigues Os 7 erros mais comuns na apuração do PIS e da COFINS Fabio Rodrigues Fabio Rodrigues Advogado. Mestre em Ciências Contábeis. Professor do MBA em Contabilidade e Direito Tributário do IPOG. Coordenador,

Leia mais

Crédito de PIS e COFINS sobre insumos

Crédito de PIS e COFINS sobre insumos Crédito de PIS e COFINS sobre insumos Atualização decorrente do entendimento do STJ São Paulo, 17 de Setembro de 2015 1. Base legal Artigo 3º das Leis n. 10.637/02 e n. 10.833/03 traz as hipóteses de apropriação

Leia mais

XVI SIMPÓSIO DE DIREITO TRIBUTÁRIO DA APET

XVI SIMPÓSIO DE DIREITO TRIBUTÁRIO DA APET XVI SIMPÓSIO DE DIREITO TRIBUTÁRIO DA APET O conceito de insumo para fins de créditos de PIS e COFINS segundo jurisprudência do STJ e a prova da essencialidade ou da relevância Fabiana Del Padre Tomé Doutora

Leia mais

(assinado eletronicamente art. 1º, 2º, inc. III, alínea a, da Lei nº /2006) MARCUS ABRAHAM Desembargador Federal Relator

(assinado eletronicamente art. 1º, 2º, inc. III, alínea a, da Lei nº /2006) MARCUS ABRAHAM Desembargador Federal Relator Apelação Cível/Reexame Necessário - Turma Espec. II - Tributário Nº CNJ : 0111559-36.2013.4.02.5101 (2013.51.01.111559-6) RELATOR : Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM APELANTE : EPC DISTRIBUIDORA DE

Leia mais

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO CONTABILIDADE E Prof. Cássio Marques da Silva 2016 PIS (PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL) COFINS (CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL) REGIME CUMULATIVO E NÃO-CUMULATIVO Para iniciar o estudo

Leia mais

5ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

5ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO 5ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 42, DE 28 DE JUNHO DE 2007: ASSUNTO: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno

Leia mais

SUMÁRIO 1 ESTRUTURA CONCEITUAL E ASPECTOS BÁSICOS DO PIS/PASEP...

SUMÁRIO 1 ESTRUTURA CONCEITUAL E ASPECTOS BÁSICOS DO PIS/PASEP... 1 ESTRUTURA CONCEITUAL E ASPECTOS BÁSICOS DO PIS/PASEP... 1 1.1 O PIS/PASEP no Sistema Tributário Nacional... 1 1.2 Perspectivas para o futuro do PIS/PASEP... 5 1.3 Arrecadação e relevância de PIS e COFINS

Leia mais

b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do

b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do Encontro dos Profissionais de Contabilidade e Tributaristas do Agro CONTRIBUIÇÕES PARA O PIS E PARA A COFINS Werinton Garcia dos Santos INSUMOS O CÚMULO DA NÃO CUMULATIVIDADE Contador especializado em

Leia mais

ANO XXIX ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018

ANO XXIX ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018 ANO XXIX - 2018-3ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018 IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE CESTAS BÁSICAS - ASPECTOS CONTÁBEIS... Pág. 577 FURTOS PRATICADOS POR EMPREGADOS - ASPECTOS CONTÁBEIS

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 2 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 108 - Data 6 de maio de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS TRIBUTAÇÃO

Leia mais

STJ REINTEGRA a MP n. 651/2014 não gera efeitos para o passado

STJ REINTEGRA a MP n. 651/2014 não gera efeitos para o passado Prezados Leitores: A publicação nota tributária tem por objetivo atualizar nossos clientes e demais interessados sobre os principais assuntos que estão sendo discutidos e decididos no âmbito do Judiciário,

Leia mais

TRIBUTAÇÃO PIS/COFINS

TRIBUTAÇÃO PIS/COFINS TRIBUTAÇÃO PIS/COFINS Prof. Wagner Mendes Você bem preparado para o futuro da profissão. Mini currículo do professor WAGNER MENDES Contador pela Faculdade Oswaldo Cruz, pós-graduado em gestão de controladoria,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Simples Nacional e a transferência de créditos de PIS/COFINS Paulo Nadir Rosa de Moura* A Constituição Federal (CF) de 1988, no artigo 146, inciso III, alínea "d", dispõe que lei

Leia mais

EMENTA APELAÇÃO CÍVEL Nº /RS

EMENTA APELAÇÃO CÍVEL Nº /RS APELAÇÃO CÍVEL Nº 5022862 19.2015.4.04.7108/RS RELATOR : MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE APELANTE : CALCADOS BIBI LTDA : CALCADOS BIBI NORDESTE LTDA ADVOGADO : LUCIANO LOPES DE ALMEIDA MORAES APELADO

Leia mais

ASPECTOS JURÍDICOS E TRIBUTÁRIOS NA COMPRA DE ENERGIA NO MERCADO LIVRE. Julho / 2005

ASPECTOS JURÍDICOS E TRIBUTÁRIOS NA COMPRA DE ENERGIA NO MERCADO LIVRE. Julho / 2005 ASPECTOS JURÍDICOS E TRIBUTÁRIOS NA COMPRA DE ENERGIA NO MERCADO LIVRE Julho / 2005 TRIBUTOS QUE PODERÃO INCIDIR SOBRE A ENERGIA ELÉTRICA Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Imposto

Leia mais

DOU 20/11/ ª REGIÃO FISCAL DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

DOU 20/11/ ª REGIÃO FISCAL DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO DOU 20/11/2008. 10ª REGIÃO FISCAL DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 131, DE 1º DE OUTUBRO DE 2008 ASSUNTO: Outros Tributos ou Contribuições EMENTA: SUSPENSÃO DE IPI. APLICAÇÃO SOMENTE A ESTABELECIMENTO

Leia mais

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO / Fl. 685 684 Fl. 685 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Recurso nº Acórdão nº Especial do Procurador 9303 005.028 3ª Turma Sessão de 12

Leia mais

PIS/COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS: alcance e inconstitucionalidade do Decreto 8.426/2015

PIS/COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS: alcance e inconstitucionalidade do Decreto 8.426/2015 1 2 PIS/COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS: alcance e inconstitucionalidade do Decreto 8.426/2015 Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil 18 de junho de 2015 1. Introdução 3 Lei 10.637/02 e 10.833/03

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 5ª REGIÃO FISCAL

MINISTÉRIO DA FAZENDA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 5ª REGIÃO FISCAL Fls. 10 9 SECRETARIA MINISTÉRIO DA FAZENDA DA RECEITA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 5ª REGIÃO FISCAL PROCESSO Nº SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 1, de 17 de janeiro de 2005 INTERESSADO CNPJ/CPF

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 2 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 212 - Data 24 de junho de 2019 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS NÃO

Leia mais

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 9ª RF

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 9ª RF Fls. 18 17 Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 9ª RF Solução de Consulta nº 89 - Data 24 de maio de 2013 Processo **** Interessado **** CNPJ/CPF **** ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Divergência nº 7 - Data 23 de agosto de 2016 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP NÃO CUMULATIVIDADE. DIREITO DE CREDITAMENTO.

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO EMENTA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO EMENTA (D`8Ì0\1Q0) PODER JUDICIÁRIO EMENTA TRIBUTÁRIO. IPI. ISENÇÃO. OBTENÇÃO DE MATERIAS-PRIMAS, PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS E MATERIAIS DE EMBALAGEM. INCENTIVO FISCAL. PESSOAS JURÍDICAS PREPONDERANTEMENTE EXPORTADORAS.

Leia mais

PIS/COFINS UTILIZAÇÃO DO SALDO CREDOR ACUMULADO

PIS/COFINS UTILIZAÇÃO DO SALDO CREDOR ACUMULADO Autor: Sandra Mara Rossetti de Paula PIS/COFINS UTILIZAÇÃO DO SALDO CREDOR ACUMULADO A legislação que disciplina a sistemática do regime não-cumulativo do PIS/PASEP e da COFINS é complexa e transformou-se

Leia mais

Planejamento Tributário: PIS/Cofins - Importação e Disposições Legais. Editora Saraiva São Paulo 2006

Planejamento Tributário: PIS/Cofins - Importação e Disposições Legais. Editora Saraiva São Paulo 2006 Cândido Henrique de Campos Cândido Campos é advogado especialista em Direito Tributário, principalmente em Planejamento Tributário, com larga experiência em empresas multinacionais é vários anos de trabalho

Leia mais

9ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

9ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO 9ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 212, DE 13 DE AGOSTO DE 2008: IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM DE TERCEIROS. ALÍQUOTA ZERO. REQUISITOS DO ADQUIRENTE. A redução a zero das alíquotas

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 117 116 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Divergência nº 5 - Data 23 de janeiro de 2017 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Em relação aos dispêndios com

Leia mais

NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP

NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Fórum Nacional da Indústria Março / 2018 Jorge Antonio Deher Rachid Secretário da Receita Federal do Brasil Ministério da Fazenda Ministério da Fazenda 2 PRINCÍPIOS ORIENTADORES

Leia mais

SPED EFD DAS CONTRIBUIÇÕES. ASPECTOS CONCEITUAIS, OBRIGAÇÕES, PRAZOS E PENALIDADES aula 1 e 2. Walison de Paula Silva

SPED EFD DAS CONTRIBUIÇÕES. ASPECTOS CONCEITUAIS, OBRIGAÇÕES, PRAZOS E PENALIDADES aula 1 e 2. Walison de Paula Silva ASPECTOS CONCEITUAIS, OBRIGAÇÕES, PRAZOS E PENALIDADES aula 1 e 2 Walison de Paula Silva Agenda Aspectos Conceituais Programa Validador e Assinador Penalidades Aspectos Conceituais EFD-Contribuições é

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.218.320 - RS (2010/0195682-4) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN RECORRENTE : YARA BRASIL FERTILIZANTES S/A ADVOGADO : ROMEU JOÃO REMUZZI E OUTRO(S) RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR

Leia mais

IMPACTOS TRIBUTÁRIOS DA LEI /2014 NO SETOR ELÉTRICO

IMPACTOS TRIBUTÁRIOS DA LEI /2014 NO SETOR ELÉTRICO IMPACTOS TRIBUTÁRIOS DA LEI 12.973/2014 NO SETOR ELÉTRICO Sumário: Contratos de Concessão de Serviço Público (OCPC 05 e ICPC 01): PIS/Pasep e Cofins Regime Cumulativo e não-cumulativo: Atividade de Distribuição;

Leia mais

LEI Nº , de 29 de dezembro de Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras providências.

LEI Nº , de 29 de dezembro de Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras providências. LEI Nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Leia mais

Taxa por uso de cartão de crédito tem natureza de insumo para PIS e Cofins

Taxa por uso de cartão de crédito tem natureza de insumo para PIS e Cofins Taxa por uso de cartão de crédito tem natureza de insumo para PIS e Cofins Em importante e recente decisão, o Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso repetitivo, reconheceu a ilegalidade das Instruções

Leia mais

Instrução Normativa SRF nº 660, de 17 de julho de Impressão

Instrução Normativa SRF nº 660, de 17 de julho de Impressão Page 1 of 6 Instrução Normativa SRF nº 660, de 17 de julho de 2006 DOU de 25.7.2006 Dispõe sobre a suspensão da exigibilidade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a venda de produtos

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte XII. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte XII. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos Federais IRPJ Parte XII Prof. Marcello Leal 1 Conceito de Lucro Líquido Art. 248. O lucro líquido do período de apuração é a soma algébrica do lucro operacional (Capítulo V),

Leia mais

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 3ª RF

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 3ª RF Fls. 182 181 Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 3ª RF Solução de Consulta nº 15 - Data 28 de agosto de 2013 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP REGIME

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 957.670 - PR (2007/0127439-9) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN RECORRENTE : NITROBRÁS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE FERTILIZANTES LTDA ADVOGADO : EDGAR LENZI E OUTRO(S) RECORRIDO : FAZENDA

Leia mais

MEDIDA PROVISÓRIA No- 582, DE 20 DE SETEMBRO DE 2012

MEDIDA PROVISÓRIA No- 582, DE 20 DE SETEMBRO DE 2012 MEDIDA PROVISÓRIA No- 582, DE 20 DE SETEMBRO DE 2012 Altera a Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, quanto à contribuição previdenciária de empresas dos setores industriais e de serviços; permite depreciação

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 9ª REGIÃO FISCAL

MINISTÉRIO DA FAZENDA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 9ª REGIÃO FISCAL SRRF/9ª RF/DISIT Fls. 20 19 SECRETARIA MINISTÉRIO DA FAZENDA DA RECEITA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 9ª REGIÃO FISCAL INTERESSADO **** PROCESSO Nº **** SOLUÇÃO DE CONSULTA SRRF/9ª

Leia mais

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 15, DE 22 DE JANEIRO DE 2009

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 15, DE 22 DE JANEIRO DE 2009 DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO 8ª Região Fiscal SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 15, DE 22 DE JANEIRO DE 2009 Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA. REGIME DE APURAÇÃO

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Direito de crédito PIS-COFINS sobre despesas de frete no regime de incidência não cumulativa

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Direito de crédito PIS-COFINS sobre despesas de frete no regime de incidência não cumulativa Direito de crédito PIS-COFINS sobre despesas de frete no regime de incidência não cumulativa 13/05/2014 Título do documento Sumário Sumário... 2 1. Questão... 3 2. Normas Apresentadas Pelo Cliente... 3

Leia mais

PIS/COFINS NÃO-CUMULATIVIDADE

PIS/COFINS NÃO-CUMULATIVIDADE PIS/COFINS NÃO-CUMULATIVIDADE PRINCÍPIO OU REGRA DE TRIBUTAÇÃO Professora Doutora Denise Lucena Cavalcante Gramado, 27/06/2008. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE Princípio constitucional que tem por finalidade

Leia mais

NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP

NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Não cumulatividade plena Dezembro/2015 PRINCÍPIOS ORIENTADORES 1. SIMPLIFICAÇÃO DA APURAÇÃO DO TRIBUTO 2. TRIBUTAÇÃO DO VALOR AGREGADO EM CADA ETAPA ECONÔMICA 3. NEUTRALIDADE

Leia mais

Comentário. Autor: Bruno Fajersztajn Marcio Pedrosa Junior

Comentário. Autor: Bruno Fajersztajn Marcio Pedrosa Junior Autor: Bruno Fajersztajn Marcio Pedrosa Junior POSIÇÃO DO STJ SOBRE O CONCEITO DE INSUMOS PARA FINS DE CRÉDITOS DE PIS E COFINS REsp N. 1.221.170 (REPETITIVO) No dia 22.2.201, o Superior Tribunal de Justiça

Leia mais

6ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

6ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO 6ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 178, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2008: EMENTA: DISTRIBUIDOR ATACADISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS E DE HIGIENE PESSOAL. CRÉDITOS. POSSIBILIDADE. Relativamente

Leia mais

2018 Bichara Advogados. É proibida duplicação ou reprodução sem a permissão expressa do Escritório.

2018 Bichara Advogados. É proibida duplicação ou reprodução sem a permissão expressa do Escritório. Previsões Legais e Normativas Lei nº 10.637/02 e Lei nº 10.833/03 Instruções Normativas RFB nº247/02 e nº 404/04 São insumos: bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 0 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 221 - Data 14 de agosto de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 183 - Data 31 de maio de 2019 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITO. INSUMO. EQUIPAMENTO

Leia mais

COORDENAÇÃO-GERAL DE TRIBUTAÇÃO

COORDENAÇÃO-GERAL DE TRIBUTAÇÃO COORDENAÇÃO-GERAL DE TRIBUTAÇÃO Solução de Consulta nº 368 - Cosit Data 14 de agosto de 2017 Processo Interessado CNPJ/CPF Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep CRÉDITOS DA NÃO CUMULATIVIDADE. BENS INCORPORADOS

Leia mais

NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP

NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP NOVA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP Não cumulatividade plena PRINCÍPIOS ORIENTADORES SIMPLIFICAÇÃO DA APURAÇÃO DO TRIBUTO TRIBUTAÇÃO DO VALOR AGREGADO EM CADA ETAPA ECONÔMICA NEUTRALIDADE ECONÔMICA DA COBRANÇA

Leia mais

INTERPRETAÇÃO TÉCNICA DO IBRACON Nº 01/04

INTERPRETAÇÃO TÉCNICA DO IBRACON Nº 01/04 INTERPRETAÇÃO TÉCNICA DO IBRACON Nº 01/04 CONTABILIZAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES PARA O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (PIS) E PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (COFINS) Em 31 de dezembro de 2002 e em

Leia mais

Orientações Consultoria De Segmentos Importação Por Conta e Ordem de Terceiros 09/05/14

Orientações Consultoria De Segmentos Importação Por Conta e Ordem de Terceiros 09/05/14 Importação Por Conta e Ordem de Terceiros 09/05/14 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 4 3.1 Instrução Normativa SRF nº 225

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 107 - Cosit Data 25 de março de 2019 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS NÃO CUMULATIVIDADE.

Leia mais

Data 19 de maio de 2016 Processo Interessado CNPJ/CPF

Data 19 de maio de 2016 Processo Interessado CNPJ/CPF Erro: Origem da referência não encontrada Fls. 362 361 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 64 - Cosit Data 19 de maio de 2016 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA

Leia mais

Exclusão do ICMS e do ISS da base de cálculo do PIS/COFINS. Gustavo Froner Minatel Mestre PUC/SP

Exclusão do ICMS e do ISS da base de cálculo do PIS/COFINS. Gustavo Froner Minatel Mestre PUC/SP Exclusão do ICMS e do ISS da base de cálculo do PIS/COFINS Gustavo Froner Minatel Mestre PUC/SP RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.706-15/03/17 Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto da Relatora,

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 12.794, DE 2 DE ABRIL DE 2013. Mensagem de veto Conversão da Medida Provisória nº 582, de 2012 Vigência Altera a Lei n o 12.546,

Leia mais

Boletim de Atualização Tributária BOLETIM DE ATUALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA. Código das Melhores Práticas de

Boletim de Atualização Tributária BOLETIM DE ATUALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA. Código das Melhores Práticas de BOLETIM DE ATUALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA Código das Melhores Práticas de N 23 Data 05.08.2016 Período Governança pesquisado: Atos publicados entre 29.07.2016 a 05.08.2016 LEGISLAÇÃO FEDERAL Não houve. RECEITA

Leia mais

582, DOU1)

582, DOU1) Medida Provisória n 582, de 20 de setembro de 2012 (Pág. 2 - DOU1) Altera a Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, quanto à contribuição previdenciária de empresas dos setores industriais e de serviços;

Leia mais

Exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo do PIS, COFINS, CPRB, IRPJ lucro presumido: repercussões das decisões do STJ e do STF Gustavo Brigagão

Exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo do PIS, COFINS, CPRB, IRPJ lucro presumido: repercussões das decisões do STJ e do STF Gustavo Brigagão Exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo do PIS, COFINS, CPRB, IRPJ lucro presumido: repercussões das decisões do STJ e do STF Gustavo Brigagão Base de cálculo PIS/COFINS - CF/88 Redação original do art.

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IPI Parte 2. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IPI Parte 2. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Tributos Federais IPI Parte 2 Será que o STF manteve o entendimento do STJ? "Conforme bem esclarecido por Marco Aurélio Greco (.) a fabricação das embalagens é "evento que se encontra

Leia mais

SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED

SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED SISTEMA PUBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL - SPED OUT/2010 REGIME NÃO-CUMULATIVO REGIME CUMULATIVO TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA VENDAS COM SUSPENSÃO VENDAS A ALÍQUOTA ZERO VENDAS COM ISENÇÃO

Leia mais

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº /SP

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº /SP AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0022351-88.2013.4.03.0000/SP RELATÓRIO Trata-se de agravo de instrumento interposto pela UNIÃO FEDERAL contra decisão que, em mandado de segurança, deferiu a liminar para determinar

Leia mais

Orientações Consultoria de Segmentos Registros 1300 e 1700 da EFD Contribuições.docx

Orientações Consultoria de Segmentos Registros 1300 e 1700 da EFD Contribuições.docx Registros.docx 04/10/2013 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas Apresentadas pelo Cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 5 3.1. Parecer da Receita Federal... 6 4. Conclusão... 7 5. Informações

Leia mais

O CONCEITO DE INSUMO Marcelo Magalhães Peixoto

O CONCEITO DE INSUMO Marcelo Magalhães Peixoto O CONCEITO DE INSUMO Marcelo Magalhães Peixoto Presidente Fundador da APET Associação Paulista Estudos Tributários Advogado e Contabilista Sócio da Magalhaes Peixoto Advogado Mestre em Direito Tributário

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO APELAÇÃO CÍVEL Nº 0006632 02.2013.4.03.6100/SP 2013.61.00.006632 8/SP RELATORA APELANTE ADVOGADO APELADO(A) ADVOGADO No. ORIG. : Desembargadora Federal

Leia mais

Boletim de Atualização Tributária BOLETIM DE ATUALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA. Código das Melhores Práticas de

Boletim de Atualização Tributária BOLETIM DE ATUALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA. Código das Melhores Práticas de BOLETIM DE ATUALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA Código das Melhores Práticas de N 19 Data 17.06.2016 Período Governança pesquisado: Atos publicados entre 10.06.2016 a 17.06.2016 LEGISLAÇÃO FEDERAL Data da publicação:

Leia mais

PALESTRA ANEFAC - IBRACON. Tema: Medida Provisória 627/13 - PIS/COFINS

PALESTRA ANEFAC - IBRACON. Tema: Medida Provisória 627/13 - PIS/COFINS PALESTRA ANEFAC - IBRACON Tema: Medida Provisória 627/13 - PIS/COFINS Até 1998 PIS e COFINS incidiam sobre o faturamento à 2,65%; Era cumulativo; Poucas exceções; Legislação relativamente simples; Ônus

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.395.442 - PE (2013/0243127-7) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS AGRAVANTE : BOX COMÉRCIO DE MOTOS LTDA ADVOGADO : ÉLDER GUSTAVO TAVARES RODRIGUES E OUTRO(S) AGRAVADO : FAZENDA

Leia mais

SOBRESTAMENTO RICARF ART. 62-A, 1º

SOBRESTAMENTO RICARF ART. 62-A, 1º RICARF Art. 62-A Art. 62-A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos

Leia mais

Painel III: IPI, PIS e COFINS

Painel III: IPI, PIS e COFINS Painel III: IPI, PIS e COFINS Conceito de Receita Bruta e Verbas de Marketing Rodrigo Cardozo Miranda, ex-conselheiro da 3ª Turma da CSRF, Diretor Jurídico da WHirlpool S/A rodrigo_miranda@whirlpool.com

Leia mais