RELATÓRIO FINAL PENSA - FIA - FEA USP

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1 Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial Fundação Instituto de Administração Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade Universidade de São Paulo Projeto: DIAGNÓSTICO SOBRE O SISTEMA AGROINDUSTRIAL DE CAFÉS ESPECIAIS E QUALIDADE SUPERIOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS RELATÓRIO FINAL PENSA - FIA - FEA USP Contratante: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Minas Gerais SEBRAE - MG SÃO PAULO SP JUNHO/2001

2 Equipe Pensa/USP Decio Zylbersztajn e Elizabeth M. M.Q. Farina (coordenadores) Maria Sylvia M. Saes (supervisão) 1 Maria Célia M. de Souza (consultora) 2 Eduardo E. Spers Roberto Fava Scare Rodrigo L. F. da Silveira Assistentes Marco Antonio Conejero Nathalia de F. Lazzarotto Marcelo Rodrigues Torres Sílvia Faga de Almeida Pesquisadores de Campo - MG 3 Antônio Augusto Dias de Moura Eduardo Martins Lima Gustavo Borges Silva Ferreira Micheline Cristina S. Oliveira Raul Amaro de Oliveira Lanari Ricardo Braga Woods Carvalho Pesquisadores de Campo - SP 4 Amanda Barreto José Fernando Anadão Lucimara B. Rodrigues Sílvia Tereza de Moura 1 Pesquisadora do Pensa e Coordenadora do Curso de Ciências Econômicas da FACESP/FECAP. 2 Instituto de Economia Agrícola Secretaria de Agrícultura e Abastecimento de São Paulo. 3 Estagiários do SEBRAE-MG. 4 Alunos da FACESP/FECAP. 2

3 AGRADECIMENTOS Várias pessoas e instituições tiveram um papel relevante na concepção e realização desse trabalho e a todas gostaríamos de externar os nossos agradecimentos. Nathan Herszkowicz (Sindicafé-SP), Simbrair de Deus Duarte (Sindicafé- MG); Ana Lúcia Arakaki, Ensei Uejo Neto e Reinaldo Caetano (Caccer), Ivan Franco Caixeta (ACOB); Marcelo Vieira, Washington Rodrigues e Guy Carvalho (BSCA); Miram Monteiro e Rogério Daros (Santo Antonio Estate Coffee); Supermercados Carrefour e Mart Plus em Belo Horizonte e Pão-de-Açúcar em São Paulo; Agradecimento especial para os produtores, torrefadores e consumidores, que por uma questão de sigilo não são nominalmente citados. Todos forneceram importantes informações, sem as quais esse trabalho não poderia ter sido realizado. 3

4 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS...3 SUMÁRIO EXECUTIVO INTRODUÇÃO EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS OBJETIVOS DA PESQUISA NOTAS METODOLÓGICAS TENDÊNCIAS MUNDIAIS DO MERCADO CONSUMIDOR DE CAFÉ E O AGRONEGÓCIO EM MINAS GERAIS CONSUMO DE CAFÉS ESPECIAIS NO MERCADO MUNDIAL CONSUMO DE CAFÉS ESPECIAIS NO MERCADO INTERNO AGRONEGÓCIO CAFÉ NO ESTADO DE MINAS GERAIS INVESTIMENTO EM QUALIDADE INDÚSTRIA DE TORREFAÇÃO E MOAGEM EM BUSCA DE UMA DEFINIÇÃO DE CAFÉS ESPECIAIS PARÂMETROS DE DIFERENCIAÇÃO DOS CAFÉS ESPECIAIS DIFERENCIAÇÃO POR QUALIDADE DA BEBIDA DIFERENCIAÇÃO POR QUALIDADE AMBIENTAL E SOCIAL DIFERENCIAÇÃO NO PROCESSO INDUSTRIAL E PELOS SERVIÇOS OFERECIDOS LEVANTAMENTO PRIMÁRIO VISÃO DOS AGENTES SOBRE O CONCEITO DE QUALIDADE

5 5.2. PRODUTORES DE CAFÉS ESPECIAIS E SUAS ASSOCIAÇÕES PRODUTORES RURAIS ASSOCIAÇÕES DE PRODUTORES RURAIS TORREFADORES VAREJISTAS CONSUMIDORES CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA COMPORTAMENTO GERAL DE COMPRA PERCEPÇÃO EM RELAÇÃO ÀS DEGUSTAÇÕES ANÁLISE DE PREFERÊNCIA DIFERENÇAS ENTRE SÃO PAULO E BELO HORIZONTE CONSIDERAÇÕES FINAIS QUESTÕES PARA APROFUNDAMENTO E SUGESTÕES PARA NOVOS ESTUDOS REFERÊNCIAS ANEXO ANEXO ANEXO

6 ÍNDICE DE TABELAS E QUADROS Tabela Consumo anual per capita de bebidas no mercado norte-americano (galões = 3,8 litros) Quadro Principais regiões produtoras de café arábica segundo classificação de bebida predominante Tabela Comparativo do parque cafeeiro nas principais regiões produtoras em Minas Gerais (1995/96 e 2001/02) Quadro 4.1-Principais parâmetros de diferenciação do café Tabela Conceito de Cafés Especiais no Agronegócio Café de Minas Quadro Associativismo entre produtores de cafés especiais Tabela Vantagens de se produzir cafés especiais Tabela Desvantagens de se produzir cafés especiais Tabela Fatores de aumento nos custos de produção depois que passou a produzir cafés de qualidade superior Tabela Tipos de certificados Quadro 5.7 Principais conclusões das entrevistas com os produtores de cafés especiais e suas associações Tabela 5.8. Distribuição das empresas segundo os tipos de café oferecidos e suas respectivas participações no total das entrevistas realizadas Tabela Distribuição das empresas segundo a quantidade de tipos de café oferecidos e suas respectivas participações no total das entrevistas realizadas Tabela 5.10 Composição usual dos blends processados pelas empresas que produzem café sem classificação gourmet, superior, tradicional e popular e suas respectivas participações Tabela Distribuição das empresas quanto às vantagens de se processar cafés especiais Tabela Distribuição das empresas quanto às desvantagens de se processar cafés especiais Tabela Média de café produzida, em kg, das empresas entrevistadas, segundo o tipo de café produzido

7 Tabela Distribuição das empresas nas diferentes faixas de café produzido (em quantidade) Tabela 5.15 Participação de cada tipo de café no total produzido Tabela 5.16 Participação média de cada tipo de café no total produzido Tabela Participação média de cada tipo de café no total na renda gerada Tabela 5.18 Distribuição das empresas segundo as faixas de preço que atua e o preço médio obtido em cada tipo de café Tabela Diferença média de preço de venda entre os diferentes tipos de café processados pela mesma empresa Tabela Participação média de cada tratamento nos diferentes tipos de café Tabela 5.21 Distribuição das empresas segundo a forma pela qual ocorre o fornecimento do café em grãos Tabela Distribuição das empresas segundo os motivos que levam não à existência de contratos formais com os fornecedores Tabela Distribuição das empresas de acordo com as iniciativas realizadas no processo de integração com os produtores de café especial Tabela Distribuição das empresas segundo a exigência ou não de certificados de origem e qualidade Tabela Distribuição das empresas quanto a forma da interferência nos resultados da empresa devido às variações na safra e/ou preço do grão Tabela 5.26 Distribuição das empresas quanto às formas de garantia do blend Tabela Distribuição das empresas quanto aos motivos pelos quais não existe provador contratado Tabela Distribuição das empresas segundo o destino do café produzido Tabela Distribuição das empresas segundo o estabelecimento pelo qual o café é negociado

8 Tabela Distribuição das empresas conforme o tipo de relação com os supermercadistas Tabela Distribuição das empresas conforme a expectativa da evolução do mercado de cafés especiais no País Tabela Distribuição das empresas conforme a expectativa quanto à sua evolução no mercado de cafés especiais Tabela Distribuição das empresas conforme a expectativa quanto à sua evolução no mercado exportador Quadro 5.34 Principais conclusões das entrevistas com os torrefadores Quadro 5.35 Principais conclusões das entrevistas com os varejistas Tabela Caracterização da Amostra dos Consumidores Tabela Hábito e Comportamento de Compra do Consumidor de Café Tabela Grau de importância das características Tabela Percepção em Relação aos Cafés Degustados Tabela Quantidade de Consumo de Café Diário e Hábito Fumar Tabela Características Psicográficas e Preferência em Relação á Degustação Tabela 5.42 Importância dos Atributos e as Respectivas Preferências pelos seus Níveis Tabela 5.43 Importância dos Atributos e as Respectivas Preferências pelos seus Níveis* Tabela Diferenças Comportamentais entre São Paulo e Belo Horizonte 121 Tabela Diferenças Comportamentais entre São Paulo e Belo Horizonte: Café Gourmet Tabela Diferenças Comportamentais entre São Paulo e Belo Horizonte: Café Superior Tabela Diferenças Comportamentais entre São Paulo e Belo Horizonte: Café Tradicional Quadro 5.48 Principais conclusões das entrevistas com os consumidores

9 SUMÁRIO EXECUTIVO Este documento apresenta o sumário do Diagnóstico do agronegócio de cafés especiais e de qualidade superior no Estado de Minas Gerais, realizado pelo Sebrae MG, em parceria com o Sindicafé MG e SP. O diagnóstico foi elaborado pelo PENSA Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial, da Universidade de São Paulo, a partir de dados secundários, trabalhos realizados anteriormente pelo PENSA e dados primários coletados em pesquisa de campo realizada em 2001, mediante entrevistas com 25 produtores de cafés especiais, 4 associações de produtores, 50 torrefadoras, 3 varejistas e 300 consumidores. A motivação para este estudo deve-se a mudanças no ambiente institucional e competitivo ocorridas na década de 90, que passaram a definir uma nova dinâmica para o tradicional sistema agroindustrial do café no Brasil. Tais mudanças criaram a possibilidade de parcela do agronegócio café se engajar em novas estratégias competitivas, seguindo as tendências de valorização de produtos com atributos diferenciados, seja por aspectos tangíveis ou intangíveis. As dificuldades para o crescimento desse mercado no Brasil foram relatadas por estudo anterior do PENSA sobre a competitividade do sistema agroindustrial café do Brasil. 5 Nessa ocasião observou-se que problemas de coordenação entre os agentes do agronegócio estariam inibindo uma maior inserção do País no segmento de cafés especiais, tanto no mercado interno como no externo, fazendose necessário a adoção e/ou fortalecimento de política públicas e privadas. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo geral definir e subsidiar estratégias de crescimento, diversificação, comunicação, venda e investimento para o agronegócio café de Minas Gerais, com enfoque nos cafés especiais e de qualidade superior. Como objetivos específicos, buscou-se: a) caracterizar e definir o consumidor de café, reconhecendo os principais atributos 5 SAES, M.S.M. & FARINA, E. M. M. Q. O Agribusiness do Café no Brasil, IPEA/PENSA, São Paulo: Editora Milkbizz,

10 que levam ao consumo desse produto; b) identificar e avaliar os condicionantes da competitividade, enfatizando em cada elo do agronegócio as formas de cooperação e interação entre os agentes da cadeia; c) selecionar os principais fatores direcionadores de competitividade; d) identificar estratégias empresariais e de políticas públicas para a melhoria da eficiência e competitividade do agronegócio do café em Minas, com ênfase em ações para implementação na esfera do SEBRAE-MG; e e) apontar uma agenda de ações públicas e/ou privadas de âmbito estadual, a partir dos resultados da pesquisa. TENDÊNCIAS MUNDIAIS DO MERCADO CONSUMIDOR DE CAFÉ E O AGRONEGÓCIO EM MINAS GERAIS Nos últimos 10 anos o consumo mundial total de café tem crescido a taxa de apenas 1,1% ao ano. Este comportamento está relacionado à instabilidade de sua oferta no mercado mundial e, principalmente, às mudanças observadas nos hábitos de consumo. Nos EUA, o maior consumidor mundial da bebida, entre 1980 e 2000, o consumo caiu de 2,0 para 1,7 xícaras per capita dia. Apesar da queda ou estagnação do consumo global de café nos países desenvolvidos, observa-se nesta última década, uma tendência de crescimento do consumo de cafés diferenciados, determinada seja pela qualidade da bebida (cafés gourmet e premium) ou pelo processo de produção (aromatizados, cappuccino, descafeinados e espresso, entre outros). No mercado interno, há uma série de fatores que têm inibido o crescimento do consumo de cafés especiais. Entre eles pode-se citar a imagem de que café é tudo igual, decorrente do tabelamento de preços que vigorou até o início dos anos Mas a desregulamentação do mercado e o fim do tabelamento de preços permitiram que, a partir de meados dos anos 90, os consumidores passassem a descobrir que café não é tudo igual, abrindo assim caminho para um segmento que vem crescendo 15% ao ano. 10

11 A expansão desse mercado deve, entretanto, enfrentar alguns importantes desafios: a) maioria dos consumidores brasileiros ainda não conhece os cafés diferenciados, apesar de uma década de mercado desregulamentado. Para esses consumidores, o preço tem mais importância que a qualidade, refletindo a percepção de que o café é um produto homogêneo; b) concorrência acirrada entre as empresas de torrefação, que está gerando um forte processo de concentração da indústria e têm dificultado a compra de matéria-prima de melhor qualidade; c) o padrão de concorrência nos supermercados que tendem a valorizar os preços baixos. O AGRONEGÓCIO CAFÉ EM MINAS GERAIS Minas Gerais é o mais importante estado produtor de café do Brasil, com mais de 50% da produção total. A produção mineira de 14 milhões de sacas em média dos últimos cinco anos é superior à da média para o mesmo período do segundo maior produtor mundial, a Colômbia, cuja produção se situa ao redor de 11 milhões de sacas 6. A produção mineira está divida em quatro regiões: Sul e Oeste, Zona da Mata, Jequitinhonha, e Triângulo e Alto Paranaíba. Nos últimos seis anos houve um grande crescimento do plantio de café em todas as regiões produtoras. O cerrado mineiro é tido como a primeira região a empreender esforços coletivos visando a valorização da imagem de seu café. Foi por meio das ações do Conselho da Associações de Cafeicultores do Cerrado (Caccer), criado em 1992, que foi implementado o primeiro certificado de origem no Brasil, que delimitou as quatro regiões produtoras do estado. A estratégia do Caccer acabou sendo 6 Na safra 2000/01 o Vietnã superou a produção da Colômbia em 1 milhão de sacas. 11

12 adotada por produtores das outras regiões, que também passaram empreender ações para valorizar a qualidade dos cafés de sua região. Desde 1991, Alfenas sedia a Brazil Specialty Coffee Association (BSCA), cujo objetivo é mostrar que além de maior produtor mundial, o Brasil oferece cafés de altíssima qualidade. No sul de Minas foi criada a Associação Sulminas-Café em Além do estímulo à produção de cafés de qualidade, a associação tem como principal meta trabalhar na linha do café socialmente sustentável definido como um sistema de produção rentável e reprodutível, que não polui o meio ambiente e que gera empregos. Foi também nesta região que começaram a surgir os primeiros produtores de café orgânico do país, que formaram a ACOB Associação de Cafeicutura Orgânica do Brasil, com sede em Machado. As regiões das Montanhas de Minas (Zona da Mata) e Jequitinhonha também estão adotando medidas que pretendem revitalizar a produção que se caracteriza por um grande número de pequenos cafeicultores familiares. O café descascado tem se apresentado como uma opção para valorizar o café dessas regiões. No setor de processamento, a indústria de torrefação de Minas Gerais é composta por 280 empresas, o que corresponde a cerca de 16% do número total de torrefadoras brasileiras. As empresas mineiras industrializam cerca de 11% do total de café torrado e/ou moído produzido no Brasil. O estado é exportador de café e consome cerca de 9% do total no país. Ofertar qualidade ao consumidor brasileiro tem sido um desafio para as empresas devido ao histórico do agronegócio café. Ao mercado interno sempre coube a função de absorver os cafés de qualidade inferior que não alcançavam os padrões de qualidade que os classificassem para exportação. Para sustentar as iniciativas que estão sendo criadas é necessário um novo enfoque de relacionamento entre os agentes do agronegócio. A formação da imagem de qualidade junto ao consumidor não depende apenas do produto mas 12

13 depende também da consistência de uma política de formação de imagem e divulgação, assim como da constância e persistência desse relacionamento com o mercado (Washington Luiz Rodrigues, superintendente da Ipamena Agrícola). EM BUSCA DE UMA DEFINIÇÃO DE CAFÉS ESPECIAIS Não há uma definição precisa sobre o conceito de cafés especiais. Essa definição costuma envolver tanto parâmetros de qualidade da bebida, quase sempre relacionados a variedades, origens, tratos culturais e pós-colheita, quanto outros valores mais difíceis de serem identificados, como as condições em que os grãos foram produzidos. Isso significa que a qualidade do café está associada a características tangíveis, como propriedades físicas, sensoriais e locacionais, e intangíveis representadas por qualquer atributo que diferencie o produto diante do consumidor, como as condições tecnológicas, ambientais e sociais da produção dos grãos de café. Em suma, esse conceito engloba tanto um padrão de produto quanto de processo. No que se refere à qualidade da bebida, o café gourmet é reconhecido no mercado de especiais como indicador de qualidade superior, relacionado a características intrínsecas do grão verde como aroma, sabor, corpo, acidez e sabor residual. Refere-se a cafés preparados tipo 3 para melhor, de aspecto uniforme muito bom, com bebida mole/estritamente mole. É possível melhorar a qualidade do café por meio de mudanças tecnológicas, tanto na colheita, preferencialmente seletiva, como no pós-colheita, com cuidados no beneficiamento, na secagem e na separação para formar lotes segregados. Os cafeicultores orientados para o segmento de cafés gourmet, além das alterações de ordem tecnológica também enfrentam mudanças nas formas de comercialização. Cada lote necessita ser negociado quase que individualmente e muitos produtores, algumas cooperativas e/ou exportadores acostumados com grandes volumes resistem a essas transformações. 13

14 A qualidade superior da bebida também se relaciona com a origem dos plantios, com a valorização de atributos territoriais, como os solos, clima, altitude e temperatura de um determinado local, conferindo à bebida, características únicas, raras e especiais. A origem dos plantios pode ser identificada de modo informal, mostrando a origem específica de uma determinada fazenda ou região, ou ainda formal, por meio de legislação que delimite determinadas regiões geográficas. O estado de Minas foi pioneiro na formalização da denominação de origem, por meio do decreto que delimitou em 1996 as quatro regiões produtoras. A implantação do sistema, contudo, tem encontrado muitas dificuldades para implementar vários aspectos, entre eles os relacionados à exclusão dos produtos de qualidade inferior. A estratégia de diferenciação por denominação de origem tem que ser combinada com a adoção de um padrão de produto dentro de cada região. A diferenciação baseada em padrões de processo abrange sistemas produtivos com menor impacto no meio ambiente, como os sistemas orgânicos de cultivo, assim como responsabilidade social na produção cafeeira, que diz respeito à possibilidade de comercialização dos grãos no mercado solidário. Estes atributos de qualidade ambiental e social começam a fazer parte da pauta de diferenciação do café, podendo vir a se constituir em elementos importantes de concorrência do produto final. Desta forma, pode-se concluir que: O conceito de cafés especiais está intimamente ligado ao prazer proporcionado pela bebida. Destacam-se por algum atributo específico associado ao produto, ao processo de produção ou ao serviço a ele associado. Diferenciam-se por características como qualidade superior da bebida, aspecto dos grãos, forma de colheita, tipo de preparo, história, origem dos plantios, variedades raras e quantidades limitadas, entre outras. Podem também incluir parâmetros de diferenciação que se relacionam à sustentabilidade econômica, ambiental e social da produção, de modo a promover maior eqüidade entre os elos da cadeia 14

15 produtiva. Mudanças no processo industrial também levam à diferenciação, com adição de substâncias, como os aromatizados, ou com sua subtração, como os descafeinados. A rastreabilidade e a incorporação de serviços também são fatores de diferenciação e, portanto, de agregação de valor. LEVANTAMENTO PRIMÁRIO: PRINCIPAIS RESULTADOS O levantamento primário constou de entrevistas com os diferentes elos do sistema agroindustrial do café em Minas Gerais, considerando os produtores rurais e suas associações, torrefadores, varejistas e distribuidores. A visão dos diferentes agentes do segmento de cafés especiais sobre o conceito de qualidade privilegia as características físicas e sensoriais da bebida. A opinião de produtores, torrefadores e varejistas converge para aspectos como ausência de defeitos nos grãos e excelência da bebida em termos de sabor, corpo e aroma. Apesar da ênfase na qualidade superior da bebida, já há indícios de valorização de outros atributos, desde que devidamente reconhecidos e valorizados pelos consumidores. PRODUTORES RURAIS E SUAS ASSOCIAÇÕES Os resultados preliminares das entrevistas realizadas com produtores indicam que no segmento de especiais coexistem desde pequenos produtores, com área cultivada de 12 ha, até grandes, com 3300 ha. As variedades predominantes nos parques cafeeiros de Minas são Catuaí e Mundo Novo, seguidas de Bourbon, Acaiá, Catucaí e Icatu. A principal forma observada de beneficiamento do café é a natural, seguida do descascamento. A quase totalidade dos cafeicultores rebeneficia o café na própria fazenda ou em outro local, vendendo apenas o produto de qualidade inferior em bica corrida. Todos os produtores entrevistados estão organizados, pertencendo a pelo menos uma Associação e/ou Cooperativa de âmbito local ou regional. 15

16 Na visão dos cafeicultores, entre as principais vantagens de se produzir cafés especiais destacam-se o diferencial maior de preço obtido pelo produto, o relacionamento diferenciado com os compradores, maior facilidade de acesso ao mercado internacional e menor dependência dos canais tradicionais de comercialização. Quanto às desvantagens da produção desses cafés, destaca-se o aumento nos custos de produção como o fator negativo mais importante. Estes custos estão diretamente associados a mudanças nos métodos de beneficiamento e aquisição de equipamentos para o despolpamento, mudanças relevantes para elevar o padrão de qualidade dos grãos. Os produtores de café orgânico representam cerca de 30% dos cafeicultores entrevistados, sendo que quase 70% deles tem 100% de suas áreas de cultivo certificadas como orgânica. A expectativa dos cafeicultores é de crescimento do segmento de especiais, tanto no mercado externo como no interno, na medida em que haja maior reconhecimento de sua qualidade superior. A maior parte dos cafeicultores espera ampliar sua participação tanto no mercado internacional como no doméstico, buscando melhorar a qualidade do produto e atendendo às demandas sociais e ambientais. A participação média da produção de cafés especiais no mercado mundial é estimada pelas associações de cafeicultores em 10%, enquanto as estimativas de participação do Brasil nesse mercado alcança 1%, que efetivamente recebem adicional de preço, mas com potencial para atingir 5%. Com relação aos cafés orgânicos, a participação no país chega 0,2% da produção total. Estima-se que 60 a 70% da produção dos associados da BSCA é vendida como café especial. Para o Caccer, cerca de 20 a 25% da produção é comercializada como produto especial. Os associados da ACOB produziram 32 mil sacas de café orgânico em 1999 e 60 mil sacas em

17 Cerca de 0,5% da produção do cerrado é de café orgânico. Já a ACOB prevê que 60% do café orgânico produzido no país provêm de seus associados, localizados, em sua maioria, no Sul de Minas. A produção dos associados da BSCA comercializada internamente é praticamente irrisória. No mercado internacional a BSCA vende mais de 50% para países europeus, vindo a seguir Estados Unidos com cerca de 30% e Japão com quase 10%. Quanto aos cafés orgânicos, a ACOB estima que 80% é exportado e 20% destina-se ao mercado interno. TORREFADORES A maior parte das torrefadoras pesquisadas (88%) processam café tradicional. 7 Para estas empresas o principal fator que define o café gourmet é ser fabricado com 100% de café arábica. A torrefação de cafés especiais ocorre em 12 empresas (24% dos entrevistados). A grande maioria das torrefadoras (76%) não torra cafés especiais. As principais desvantagens do processamento destes cafés é o mercado ainda muito restrito, além da concorrência desleal das grandes torrefadoras, da dificuldade do consumidor em identificar a qualidade do café e da dificuldade para encontrar a matéria-prima adequada. Entre as principais vantagens apontadas pelas empresas que produzem cafés gourmet estão o relacionamento diferenciado com os compradores, o diferencial maior de preços e a maior possibilidade de planejar as vendas. Os cafés de origem e orgânicos também apresentam essas características. 7 Na pesquisa, os produtos foram, previamente, classificados em: a). Gourmet (bebida estritamente mole/ mole, 100% arábica, 0% de defeito pretos, verdes e ardidos); b). Superior (bebida mole/dura, até 15% de robusta, com até 10% de pretos, verdes e ardidos); c) Tradicional (bebida dura/riada /rio, até 30% de robusta, 25% de pretos, verdes e ardidos); e d) Popular/Combate (sem atributo de qualidade), segundo o PROGRAMA CAFÉS DO BRASIL. Programa de Educação do Mercado para o Café PEM. (2000). 17

18 A maior quantidade média produzida por ano é de café tradicional (511 ton). Seguem-se os cafés popular, superior e gourmet (340 ton, 235 ton e 138 ton, respectivamente). A menor média constatada foi de café orgânico (10,8 ton). A maior parcela da renda dessas empresas é gerada pelo café tradicional. A parcela mais significativa das torrefadoras, em todos os tipos de café, submetem o produto exclusivamente ao tratamento torrado e moído. A torra do café para espresso é pequena, mesmo no caso de empresas que produzem gourmet. Para as torrefadoras, o ganho médio do café gourmet é de aproximadamente 150%, 99% e 96% sobre o café popular, tradicional e superior, respectivamente. Além disso, nota-se que o diferencial de preço entre o café orgânico e o superior é de 139%. A maior parte das empresas obtém sua matéria-prima diretamente do produtor, especialmente nas empresas de café superior (74%). Os corretores são responsáveis pelo fornecimento de cerca de 40% dos grãos às empresas, principalmente no caso das que torram café popular. Somente cerca de 25% das empresas possuem contratos formais de fornecimento de cafés especiais com produtores. Os principais motivos para a ausência desse tipo de contrato foi a oferta suficiente de matéria-prima e a aposta na flutuação dos preços de mercado como forma de obtenção de margens, sendo arriscado fixar um preço no contrato. A metade das torrefadoras declarou ter parcerias importantes com produtores de cafés especiais. Na maioria delas, observou-se que as iniciativas relacionadas a esse processo de integração ocorreram principalmente com as visitas ao local de produção e com a troca de experiências sobre aspectos técnicos da produção. Entre as empresas que processam cafés especiais, 50% preferem adquirir matéria-prima de alguma região específica, sendo as mais citadas o Cerrado 18

19 Mineiro, pela qualidade superior dos grãos, e o Sul de Minas, pela forte tradição regional. A outra metade declarou que não tem preferência por regiões específicas porque a qualidade depende de vários outros fatores. Certificados de origem ou de qualidade não são exigidos pela grande maioria das torrefadoras. A certificação só é exigida no caso de café orgânico. Para a maior parte das empresas variações na safra e/ou preço do grão teriam interferência nos resultados da empresa, sobretudo em sua rentabilidade e políticas de comercialização. Para evitar essas variações as torrefadoras procuram manter estoques com negociações informais. Apenas 34% das empresas tem um provador contratado para avaliar a qualidade do café. As demais têm o serviço terceirizado. Quanto à distribuição do café processado pelas torrefadoras, a maior parte do café gourmet (57%), superior (47%), tradicional (49%) e popular (40%) tem destino municipal. Entre as empresas com produção de orgânico e de origem, as negociações são realizadas principalmente no âmbito nacional, seguido pelas vendas internacionais. Cerca da metade das vendas ocorre para supermercados de bairro, o que não se aplica aos cafés superior, orgânico e de origem. As negociações das torrefadoras de superior ocorrem principalmente com vendas institucionais. Quanto aos orgânicos e os de origem, a maior parte dos negócios é feita com grandes redes de supermercados. Cerca de 36% das empresas mantêm relacionamento profissional com os supermercados enquanto 14% alegam ter uma relação conflituosa. Os contratos com os supermercadistas são geralmente realizados sem degustação e sem consignação. As negociações ocorrem com um prazo de entrega de até 5 dias, com período de fornecimento semanal e prazo de pagamento de 30 dias. As empresas acreditam em crescimento da participação dos cafés especiais no mercado interno. Porém, apenas 24% delas acreditam no crescimento da empresa no mercado. Uma possível razão para um crescimento mais lento do 19

20 mercado seria a falta de interesse do consumidor e a forte concorrência. Parte delas não pretende investir e parcela menor pretende entrar no mercado de especiais ou lançar novas marcas. A maioria das empresas não tem expectativas quanto ao mercado externo. Parcela reduzida pretende iniciar exportações ou vem realizando esforços para entrada no mercado ou aumento de sua participação. VAREJISTAS Nos supermercados a participação dos cafés especiais comercializada é insignificante. Entretanto, na percepção dos supermercadistas as vendas dos cafés especiais devem crescer bastante, principalmente, nos grandes centros do Sul do País e na região Sudeste, em especial em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo. No Nordeste a expectativa é de crescimento lento não só pela questão da renda, mas particularmente pelo hábitos alimentares. Apesar de o consumidor estar atento às inovações, os supermercadistas sugerem que as empresas invistam em divulgação dos cafés especiais. O consumidor brasileiro ainda tem conceitos equivocados, como o de identificar qualidade com café extra-forte. Muitos consumidores também não entendem o que significa café orgânico. Com poucas exceções, não há um trabalho efetivo das empresas em orientar o cliente sobre o produto. Um dos fatores limitantes para um melhor relacionamento entre supermercados e torrefadoras deve-se ao fato de a maior parte dos fornecedores não utilizar ECR (Efficient Consumer Response) 8. CONSUMIDORES Na análise dos consumidores foram utilizados três questionários. O primeiro buscou caracterizar o consumidor de café. O segundo tinha o objetivo de captar a opinião do consumidor sobre três diferentes qualidades de cafés por meio de desgustação. O terceiro buscou determinar os padrões de preferências dos 8 ECR é uma tecnologia que permite uma relação direta com os fornecedores de forma a 20

21 consumidores. Para isso, o consumidor de acordo com a sua preferência ordenava cartões que continham conjuntos de atributos distintos 9. A maioria dos consumidores da amostra estudada 10 conhece o Selo de Pureza da ABIC (79%) e o leva em consideração no momento da compra (61%). Este resultado também foi confirmado na análise de preferência. Apesar do reconhecimento do Selo de Pureza, os critérios mais utilizados na escolha de um café na hora da compra foram o sabor (25%) e a marca (23%), seguido da qualidade (17%) e do preço (16%). Na análise de preferência os resultados são semelhantes, embora o preço tenha tido uma importância maior. Vale observar que a grande maioria se mostrou sensibilizada em pagar mais por um café de melhor qualidade (92%). As duas situações que melhor caracterizam o consumo de café são os horários destinados às refeições (37%) e o consumo sempre que tem vontade (48%). Quanto à quantidade, houve muita semelhança entre as proporções consideradas como consumidores eventuais (até 3 xícaras, 34%), médios (de 3 a 5 xícaras, 28%) e freqüentes (mais de 5 xícaras, 37%). Entre as características sensoriais, o sabor foi considerado a mais importante (86%). O segundo fator mais importante foi o aroma (71%), seguido do corpo (51%) e da cor da bebida (41%). Na degustação, o café tipo gourmet foi o considerado mais gostoso que os demais tipos, com 43% de preferência, seguido pelo tradicional (32%) e superior (23%). As médias foram consideradas estatisticamente diferentes entre si, a um intervalo de confiança de 95%. Ou seja, pode-se dizer com 95% de confiança que possibilitar o acompanhamento de estoques e reposição automática de mercadorias. 9 A análise de preferência do consumidor foi feita por meio de cartões com diferentes atributos do café vendido no supermercado, como preço, tipo (gourmet, tradicional e orgânico), identificação (pureza, origem e marca), preparo (coado e espresso) e embalagem (almofada e vácuo). 10 Pesquisa de campo com degustação realizada com 300 consumidores em 4 supermercados, sendo 2 em Belo Horizonte e 2 em São Paulo. 21

22 os consumidores percebem na média que o gourmet é mais gostoso que o tradicional, que por sua vez, é mais gostoso que o superior. Duas hipóteses podem ser formuladas com relação ao resultado geral da degustação: a existência de percepção de diferenciais gostos das três amostras de cafés e a existência de padrões distintos de preferência. Em ambos os casos, estratégias de segmentação e diferenciação por outras variáveis tangíveis deveriam ser adotadas. Em relação ao aroma, o gourmet foi considerado o melhor, sendo que o tipo superior também apresentou um nível bom e regular significativo, além do maior consenso (menor variância) por parte dos consumidores. Quanto ao sabor (adocicado versus amargo), o tipo tradicional foi considerado mais adocicado e o gourmet mais amargo, sendo o superior, na média, considerado como intermediário. Também em relação ao sabor (forte versus fraco), o tipo tradicional se mostrou mais forte e o gourmet mais fraco, sendo o superior considerado intermediário. Apesar de os consumidores, de uma forma geral, terem preferido o café gourmet como o mais gostoso, com relação aos atributos aroma e sabor houve uma diversidade dos resultados que pode demonstrar uma dificuldade de percepção por parte do consumidor em relação a estes atributos. A análise das preferências por atributos foi feita com base na metodologia denominada Conjoint Analysis, crescentemente utilizada em pesquisas de mercado. Foi utilizado para a análise o café acondicionado em embalagens de 500g. Para os cinco atributos escolhidos, o fator de maior importância na escolha do consumidor foi o preço (30%), seguido pela identificação e pelo tipo de café, ambos com 22%. A menor importância na escolha recaiu sobre a forma de preparo (14%) e a embalagem do produto (10%). 22

23 Quanto aos preços, a preferência é decrescente à medida que aumenta o valor, demonstrando uma clara sensibilidade do consumidor a esse atributo. No que se refere ao tipo de café, entre orgânico, gourmet e tradicional, o mais preferido foi o tradicional, seguido dos dois últimos. Na análise da escolha conjunta, com relação à identificação (origem, pureza e marca), o Selo de Pureza teve maior importância que a marca e a origem. A principal diferença apresentada entre o comportamento dos consumidores de Belo Horizonte e São Paulo em relação aos atributos diz respeito ao fato de que o consumidor da capital mineira tem preferência pela marca enquanto o consumidor paulista prefere o Selo de Pureza. De modo geral, os resultados parecem indicar a hipótese de dificuldade de percepção de atributos sensoriais por parte dos consumidores. Eles ainda são bastante sensíveis a preços, embora se mostrem dispostos a pagar mais por uma bebida de melhor qualidade. PRINCIPAIS CONCLUSÕES Ao longo da caracterização e análise dos segmentos do agronegócio dos cafés especiais foram identificados diversos fatores que poderão subsidiar futuras ações no sentido de fomentar o consumo do produto e melhorar a sua eficiência e competitividade. A seguir estão colocadas as principais conclusões da pesquisa e as ações que delas decorrem: A grande maioria dos consumidores se mostrou sensibilizada a pagar mais por um café de melhor qualidade, entretanto o preço baixo é o fator de maior importância na escolha do consumidor Ações: Aumentar a capacidade de distinção da percepção destes atributos tanto em seus aspectos tangíveis como nos intangíveis. Na degustação, o café tipo gourmet foi considerado o mais gostoso, seguido pelo tradicional e superior 23

24 Ações: Campanhas institucionais de esclarecimento. O fortalecimento das regras de rotulagem e/ou certificação deveria ser adotada, visando esclarecer o consumidor, além de estratégias individuais para disponibilizar e mostrar os cafés especiais para o mercado. Ou seja, há uma necessidade de maior informação para o consumidor quanto às características e padrões de qualidade de modo a melhorar sua percepção e com isso melhorar o posicionamento das marcas em cada segmento. Principais critérios na escolha do café são sabor e marca Ações: Estratégia individual (firma) no sentido de manutenção do padrão de qualidade. A clara identificação do padrão e sua estabilidade, combinados com investimentos em outros elementos de diferenciação mais tangíveis e de mais fácil compreensão e percepção por parte do consumidor, pode melhorar a diferenciação percebida e valorizada. A decisão de consumo é na sua maioria definida pela vontade Ações: Ações de merchandising em locais específicos para incentivar a compra por impulso e investimentos em pesquisas que identifiquem e segmentem os sabores mais preferidos pelos consumidores. Estratégias de indução ao consumo de cafés em determinados momentos podem ser adotadas. A maior parte dos consumidores conhece e leva em consideração o Selo Pureza no momento da compra Ações: Estratégias coletivas visando o aumento do consumo geral de café deveriam aproveitar a imagem positiva do Selo de Pureza. Na verdade esse selo é mais importante para os cafés médios e inferiores, já que identifica apenas pureza. Os cafés especiais podem prescindir do selo, mas teriam que manter padrões bem definidos e estáveis. 24

25 Na análise de preferência foram identificados grupos distintos de consumidores: os mais sensíveis a preços, às marcas ou ao Selo Pureza Ações: As firmas deveriam adotar estratégias de segmentação do mercado buscando discriminar preços de acordo com as preferências dos consumidores. Não há um consenso entre as torrefadoras do que seja cafés especiais no que diz respeito a cafés de qualidade superior Ações: Estudo e criação de regras muito bem definidas com relação à certificação e à sua operacionalização para sinalizar aos consumidores de forma clara os atributos desejados em cada segmento de mercado. Boa parte das torrefadoras processa café tradicional de forma exclusiva e não tem expectativa de ingressar no mercado de cafés especiais no mercado interno e externo. A concorrência desleal foi citada como um dos fatores que impedem o investimento em especialidades. Ações: Fontes de financiamento para capacitação das empresas torrefadoras e ações conjuntas entre produtores rurais, torrefadores e pequeno varejo, com o objetivo de reduzir custos de transação para a criação de mercados alternativos de consumo de cafés especiais e para o ingresso no mercado internacional de café torrado deveriam ser adotas. Estudo sobre os canais alternativos de comercialização no mercado internacional devem ser realizados, aproveitando a tendência do consumidor valorizar a procedência (rastreabilidade) do produto. A inserção no mercado internacional poderia ocorrer por meio de um pool de empresas pequenas e produtores rurais de grupos estratégicos bem definidos, a exemplo do que tem sido realizado, embora ainda de forma incipiente, pela Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) e Santo Antonio Estate Coffee (SAEC). No mercado nacional deve-se adotar ações no sentido de fortalecer o varejo de qualidade 25

26 Mercado consumidor ainda restrito Ações: Estratégias privadas, públicas e coletivas que incentivem a produção e transmitam informação para o consumidor. O consumidor brasileiro tem conceitos equivocados, como o de identificar qualidade com café extra forte e não sabe o que é café orgânico Ações: Campanhas de esclarecimentos para mudar tais crenças consolidadas junto ao consumidor. A preferência menor pelo tipo de café orgânico e gourmet deve-se ao fato de serem produtos novos, que demandam estratégias de longo prazo para permitir a experiência e mudança de hábito. A maior parte das torrefadoras não utiliza tecnologia de informação, o que os deixa muito atrasados em comparação com o varejo Ações: Investimentos em tecnologia de informação. Pode-se também citar o exemplo do programa Sincovaga que organiza um pool de empresas de pequeno porte para negociar com os supermercados e viabilizar a adoção de transmissão eletrônica de dados. A produção de cafés especiais implica em aumento dos custos de produção e tratos culturais mais complexos Ações: Financiamento de custeio e investimento, pesquisa, capacitação da mãode-obra, campanhas de qualidade da produção, com ênfase na colheita e póscolheita. A certificação, além de valorizar do produto e garantir a existência de algum atributo, é uma exigência do mercado exterior. É crescente a necessidade de certificação para atributos sociais e ambientais 26

27 Ações: Marketing institucional, além do fortalecimento e difusão de padrões de produção que protejam o meio ambiente e promovam a responsabilidade social. O uso de certificados é necessário nos casos de padrões associados a processos. Ações coletivas no sentido de estabelecer regras de acreditação e certificação, compatíveis com as internacionais serão imprescindíveis. 27

28 1. INTRODUÇÃO Este documento apresenta o diagnóstico do agronegócio de cafés especiais e de qualidade superior no Estado de Minas Gerais, realizado pelo Sebrae MG, em parceria com o Sindicafé MG e SP. O diagnóstico foi elaborado pelo PENSA Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial, da Universidade de São Paulo, a partir das seguintes fontes: dados secundários; trabalhos realizados anteriormente pelo PENSA; documentos disponíveis e dados primários coletados em pesquisa de campo realizada em 2001, mediante entrevistas com produtores de cafés especiais, associações de produtores, torrefadores, varejistas e consumidores. 1.1 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Nos anos 90, importantes mudanças no ambiente institucional e competitivo passaram a definir uma nova dinâmica para o tradicional sistema agroindustrial do café do Brasil. Tais mudanças foram desencadeadas pela desregulamentação do mercado cafeeiro, marcada por três acontecimentos: a) a quebra dos Acordos Internacionais do Café (AICs); b) a extinção do Instituto Brasileiro do Café (IBC), órgão nacional que definia a política para o setor, orientando e coordenando as estratégias do sistema desde a produção agrícola até a comercialização do produto; e c) o fim do tabelamento de preços no mercado brasileiro. As regras do jogo definidas pelos AICs e implementadas pelo IBC tinham como objetivo sustentar os preços do café, o que no plano nacional, podia ser traduzido pela captação da maior quantidade possível de dólares por saca de café exportado, de forma a gerar receitas para subsidiar o processo de industrialização brasileiro. Isto implicava que, dada a importância do café para a economia nacional, principalmente como fonte de receita cambial, as políticas adotadas pelo IBC estavam atreladas às decisões macroeconômicas e de política comercial. O foco da regulamentação era maximizar o volume de café exportado em um único padrão comercial, conhecido mundialmente como Santos 4. O café de 28

29 melhor qualidade era misturado com o de pior para aumentar a quantidade embarcada, de forma que o Brasil ficou conhecido como um produtor de um padrão de café de qualidade média (commodity), importante na formação da base dos blends 11 das torrefadoras internacionais. Ao mercado interno, o segundo maior consumidor de café do mundo, restava o papel secundário de absorver o café não exportável por questões de qualidade ou os excedentes gerados quando havia oferta abundante do produto no mercado interno. O tabelamento de preços do café no varejo, também ligado às determinações macroeconômicas de combate à inflação, restringia qualquer tentativa de segmentação do mercado. O café era considerado um produto homogêneo pelos responsáveis pela regulamentação, e, como tal, o tabelamento de preços não incentivava o uso de matérias-primas de qualidade superior. Com o novo ambiente institucional surgiu a possibilidade de parcela do agronegócio café se engajar em novas estratégias competitivas, seguindo as tendências do mercado consumidor de valorizar produtos com atributos diferenciados, seja por aspectos tangíveis ou intangíveis. Os atributos de diferenciação no café apresentam uma ampla gama de conceitos, que vão desde características físicas, como origens, variedades, cor e tamanho, até preocupações de ordem ambiental e social, como os sistemas de produção e as condições da mão-de-obra sob os quais o café é produzido. Os cafés especiais englobam padrões de produto e de processo. Os primeiros demandam sistemas observáveis e verificáveis de monitoramento. Os de processo, como não podem ser observáveis e verificáveis a baixos custos, exigem a certificação de terceiros. Estima-se que o segmento denominado de cafés especiais, incluindo-se aí os aromatizados, cappuccinos e outras bebidas que têm como base o café, representa atualmente cerca de 12% do mercado internacional (PASCOAL, 1999). 11 Blend é a mistura de grãos de diferentes variedades e/ou procedências com a finalidade de 29

30 Na produção rural, o mercado de cafés especiais tem a vantagem de possibilitar, ou em alguns casos, priorizar a pequena produção como principal agente produtivo. No processamento industrial os nichos de mercado também podem ser explorados com vantagens por empresas de médio e pequeno porte. A escala de produção, que implica em custos decrescentes, não é a variável principal de competição. A competição ocorre nesses casos pela raridade, o que deve levar à obtenção de rendas monopolísticas. Essa característica singular do mercado de cafés especiais o torna particularmente interessante como objeto de estudo, já que o seu desenvolvimento pode configurar-se em uma importante alternativa de renda para pequenos e médios empresários do agronegócio café. Contudo, em estudo realizado pelo PENSA sobre competitividade do sistema agroindustrial café do Brasil, observou-se que problemas de coordenação entre os agentes inibem uma maior inserção do País no segmento de cafés especiais, tanto no mercado interno como no externo. Nos Estados Unidos, o primeiro consumidor de café mundial, do total dos cafés em grão considerados de qualidade superior, apenas 5% é procedente do Brasil. No mercado interno o consumo de cafés com atributos diferenciados ainda é considerado inexpressivo (SAES & FARINA, 1999). 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA Esse diagnóstico tem como objetivo geral definir e subsidiar estratégias de crescimento, diversificação, comunicação, venda e investimento para o sistema agroindustrial do café de Minas Gerais, com enfoque nos cafés especiais e de qualidade superior. Os objetivos específicos são: a) Caracterizar, definir e diferenciar o consumidor de café, reconhecendo os principais atributos que levam ao consumo desse produto; dar à bebida as características desejadas por um determinado grupo de consumidores. 30

31 b) identificar e avaliar os condicionantes da competitividade, enfatizando a interação e formas de cooperação entre os elos da cadeia; c) selecionar os principais fatores direcionadores de competitividade; d) identificar estratégicas empresariais e de políticas públicas para a melhoria da eficiência e competitividade do agronegócio do café em Minas, com ênfase em ações para implementação na esfera do SEBRAE-MG. e) Apontar uma agenda de ações de âmbito estadual, a partir dos resultados da pesquisa. O trabalho está organizado em cinco partes, além desta introdução. A segunda parte apresenta a metodologia de trabalho. A terceira traz um panorama geral do sistema agroindustrial do café para a partir daí inserir a produção cafeeira de Minas Gerais. Esse diagnóstico será analisado tendo como base trabalhos já realizados. A quarta parte discute os parâmetros de qualidade de cafés especiais, a fim de verificar as condições para a sua produção no Brasil e a possibilidade de inserção dos segmentos rural e torrefador no processo de produção diferenciada. A quinta parte apresenta o diagnóstico da produção de cafés especiais em Minas, resultado das entrevistas e questionários realizados com produtores de cafés especiais, torrefadores, varejistas e consumidores ligados a esse segmento. Buscou-se com isso identificar os possíveis gargalos existentes entre os elos do sistema orientados para produtos diferenciados. Por fim, nas considerações finais são sugeridas, com base nas informações anteriores, propostas de políticas públicas que permitam o desenvolvimento e consolidação desse segmento no Estado ampliando e fortalecendo o consumo de cafés de qualidade superior no mercado interno. 31

32 2. NOTAS METODOLÓGICAS Para atingir os objetivos propostos a pesquisa foi realizada por meio de dados secundários e primários. Os dados secundários 12 foram utilizados na terceira parte do trabalho, em que foi realizada uma breve caracterização do agronegócio do café, com enfoque especial no consumo de cafés especiais e na caracterização do sistema produtivo mineiro. A definição de parâmetros de qualidade de cafés especiais, apresentada na quarta parte do trabalho teve como base além das informações secundárias, o levantamento de dados primários com pesquisa de campo. Foram entrevistados representantes de quatro associações de produtores de cafés especiais sediadas em Minas Gerais: Conselho das Associações dos Produtores de Café do Cerrado (CACCER), Santo Antonio Estate Coffee (SAEC), Associação de Cafeicultores Orgânicos do Brasil (ACOB) e Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) 13. As quatros associações representam diferentes aspectos de diferenciação: café de origem genérica, de origem específica, orgânico e gourmet, respectivamente. Foram também aplicados 25 questionários com produtores mineiros de cafés especiais e com 50 torrefadores do Estado. Nos questionários procurou-se saber qual a percepção dos agentes sobre o conceito de cafés especiais e caracterizar cada um dos elos da cadeia café. Estes questionários foram utilizados para a elaboração da quarta parte, em que se buscou identificar as dificuldades e as vantagens de se produzir cafés especiais e de qualidade superior. Por fim, foram realizadas duas entrevistas com 3 varejistas e com 300 consumidores de café. Na pesquisa de campo foi feita degustação com 150 consumidores na cidade de São Paulo e 150 em Belo Horizonte, em quatro supermercados, dois em cada cidade. São Paulo fez parte da amostra pelo fato de 12 A análise teve como base os estudos realizados pelo PENSA/USP e documentos do Sindicato de Café e da Associação Brasileira da Indústria de Café, conforme citado na bibliografia. 13 O Caccer possui cerca de associados, a ACOB possui 14 sócios, sendo que um deles é uma associação de pequenos produtores que conta com cerca de 120 membros, a SAEC tem 20 32

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