PLANEJAMENTO E AGREGAÇÃO DE VALOR EM EMPREENDIMENTOS RURAIS
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- Adriana Monteiro Pais
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1 PLANEJAMENTO E AGREGAÇÃO DE VALOR EM EMPREENDIMENTOS RURAIS Profª Caroline P. Spanhol
2 CONTEXTUALIZAÇÃO Necessidade de eficiência e eficácia; Competitividade A gerência do negócio assume grande importância, mas nos empreendimentos rurais é mais difícil de ser realizada: variações climáticas, sazonalidade, perecibilidade dos produtos; Importância de planejar com segurança os rumos do negócio. A agroindústria exige produtos com qualidade, sem misturas de variedades, especificação de propriedades físicas/químicas, uso de embalagens seguras, práticas e atraentes aos consumidores.
3 CARACTERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS RURAIS Empreendimento rural tradicional Utiliza equipamentos agrícolas rudimentares, a estrutura organizacional é familiar e as decisões são estritamente empíricas, sujeitas a alto grau de incerteza. Não existe flexibilidade na escolha do tipo de produção, pois é definida com base no histórico familiar. A produtividade é inferior a média.
4 CARACTERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS RURAIS Agronegócio em transição Preocupação de permanência no mercado e de tornar o empreendimento competitivo; Maior proximidade com o mercado consumidor; Os objetivos do empreendimento rural devem estar alinhados com os dos demais segmentos da cadeia produtiva. Para se atingir este estágio, o produtor rural depende cada vez mais da capacidade gerencial.
5 CARACTERIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS Agronegócio moderno RURAIS Caracteriza-se como um empreendimento que superou a etapa de transição, estando alinhado com seu mercado consumidor e suficientemente flexível para se ajustar as novas demandas. Aquele que apresenta equilíbrio entre seus aspectos de capacitação gerencial, adequação tecnológica e desempenho econômico. Os aspectos econômicos representam o ponto mais vulnerável dos empreendimentos rurais modernos.
6 O PLANEJAMENTO O que planejar? Baseia-se no conhecimento dos fins desejados, dos recursos disponíveis e do potencial das diferentes combinações de recursos. Por que planejar? Fornece direção Reduz o impacto da mudança Minimiza o desperdício Fixa padrões para facilitar o controle Auxílio em algumas decisões O que fazer? Como? Quando? Quanto? Para quem? Por que? Por quem?
7 O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
8 O PLANEJAMENTO NO EMPREENDIMENTO RURAL Os empreendimentos rurais estão sujeitos: Dependência dos recursos naturais, sazonalidade do mercado e das safras, perecibilidade dos produtos, ciclo biológico de vegetais e animais e tempo de maturação dos produtos. Impossibilidade de mudanças imediatas. Empreendimentos que têm suas atividades planejadas obtêm melhores resultados na gestão de seus negócios (VILCKAS; NANTES, 2006).
9 PLANEJAMENTO NO EMPREENDIMENTO O que produzir? RURAL Características dos recursos disponíveis (solo, água, infraestrutura de transporte, possibilidade de consórcio entre culturas em uma mesma área, acesso aos insumos, investimentos disponível etc). Características das condições de mercado Quanto produzir? Associada à decisão do que produzir, à demanda ou a restrições do mercado e a área. Para quando produzir? As empresas rurais vinculadas a cadeias agroindustriais têm datas ou períodos de entrega determinados, mesmo considerando os riscos das variações climáticas existentes. Esforços significativos para controlar os desvios climáticos.
10 Interferências dos agentes da cadeia produtiva sobre a produção rural
11 Pacotes Tecnológicos Requisitos e informações de preço Insumos Produção Rural O que e como produzir Quanto produzir Processamento Distribuição Informações Contratos Produtos Fonte: Nantes e Scarpelli (2001).
12 DESTINO DO EMPREENDIMENTO RURAL O destino usual da produção rural é a agroindústria ou os canais de distribuição. O destino é determinado pela escala de produção. Produtores em escala Pequenos produtores Varejo Agroindústria Associação/cooperativa de pequenos produtores Fonte: Nantes e Scarpelli (2001)
13 AGREGAÇÃO DE VALOR Valor pode ser definido a partir de três perspectivas: preço, comportamento do consumidor e estratégia. Preço = trade off entre os benefícios e o investimento Comportamento do consumidor = definido de acordo com a satisfação das necessidades e desejos do consumidor em relação ao produto adquirido. Estratégia = refere-se a quanto os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que a empresa está disposta a oferecer. Agregação de valor = busca pela diferenciação, descomoditização.
14 AGREGAÇÃO DE VALOR Utilização de normas de padronização Ex: coloração, grau de maturação, tamanho etc. Embalagens de transporte e comercialização Industrialização da produção Construção da marca Para o produtor: maior facilidade para processar pedidos, proteção legal de características exclusivas dos produtos, certa proteção contra a concorrência, segmentação de mercado, fortalecimento da imagem da empresa. Para os distribuidores: maior facilidade de comercialização de produtos, indicação de determinados padrões de qualidade, fortalecimento das preferências do comprador e identificação dos fornecedores. Para os clientes: facilidade para distinguir diferenças de qualidade e compras mais eficientes.
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17 LIMITES A AGREGAÇÃO DE VALOR Aumento dos Custos Processamento, embalagem, manuseio, padronização, aditivos etc. Novos concorrentes (diferente daquela do mercado de commodities) A rentabilidade pode ser prejudicada por conta do menor giro, uma vez que são produtos destinados a um mercado mais restrito.
18 REFERÊNCIAS NANTES, J.F.D., SCARPELLI, M. Gestão da Produção Rural no Agronegócio. In: BATALHA, M. O. (Coordenador) Gestão Agroindustrial. São Paulo: Atlas, SCARPELLI, M. Planejamento e Controle da Produção. In: BATALHA, M. O. (Coordenador) Gestão Agroindustrial. São Paulo: Atlas, VILCKAS, M., NANTES, J.F.D. Planejamento e Agregação de Valor nos Empreendimentos Rurais. In: ZUIN, L.F., QUEIROZ, T.R. (Org.). São Paulo: Saraiva, 2006.
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