AS RELAÇÕES INTER-ORGANIZACIONAIS E OS ESQUEMAS DE QUALIDADE ASSEGURADA NA PECUÁRIA DE CORTE
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- Juliana Palhares Viveiros
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1 AS RELAÇÕES INTER-ORGANIZACIONAIS E OS ESQUEMAS DE QUALIDADE ASSEGURADA NA PECUÁRIA DE CORTE Dr. Guilherme Cunha Malafaia Embrapa Gado de Corte
2 OBJETIVO Discutir dois grandes temas que impactam a competitividade da cadeia produtiva da pecuária de corte no Brasil. As relações inter-organizacionais e os Esquemas de Qualidade Assegurada (EQA)
3 Contextualização do Tema A importância do Brasil como um grande player no mercado mundial de carne bovina; Importância da bovinocultura para o agronegócio brasileiro (R$ 50 bilhões/ano 7,5 milhões de empregos gerados) ; Crescimento da demanda por carnes nos próximos anos (crescimento demográfico, aumento de renda e urbanização); Taxa de crescimento da produção nos países em desenvolvimento (61% produção em 2020);
4 Entretanto...
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6 Cadeia Produtiva da Carne Bovina é caracterizada pela falta de relacionamentos sistêmicos demarcados por: - Cooperação - Aprendizagem - Disseminação de Conhecimentos - Imediatismo - Comportamento Oportunístico, entre outros.
7 Mudanças no Comportamento do Consumidor
8 Mudanças no Comportamento do Consumidor
9 Mudanças no Comportamento do Consumidor
10 Oportunidades Mercadológicas O valor dos gastos dos britânicos com produtos verdes cresceu em 81% nos últimos anos; Em 1999, os ingleses desembolsavam 9,6 bilhões. Em 2009, as cifras estavam em 32,3 bilhões; O mercado norte-americano de produtos ecologicamente corretos está estimado hoje em US$ 227 bilhões.
11 Oportunidades Mercadológicas Um em cada três italianos e franceses considera a questão ambiental em suas decisões de compra; Um em cada cinco alemães e espanhóis valoriza o fator sustentabilidade na hora de escolher um produto ou uma marca; No Brasil, dois em cada dez brasileiros punem ou premiam empresas segundo os seus compromissos sustentáveis; Mas se utilizada uma amostragem de consumidores de classe A, mais escolarizados, essa proporção cresce, aproximando-se do padrão dos europeus e norte-americanos;
12 CADEIA PRODUTIVA: Abordagem Sistêmica Elos de Produção Foco no Cliente Produtores Distribuidores Consumidores Insumos Indústria Varejistas Informação Orientação MERCADO
13 Identificar oportunidades e criar estratégias para atuar na cadeia produtiva da pecuária de corte
14 ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS AÇÕES COLETIVAS (empresas, poder público, agência de desenv., universidades, escolas técnicas, outros agentes) RECURSOS DA REGIÃO (genética, clima, pasto, confiança, infra, Tradição, cultura, etc) EFICIÊNCIA COLETIVA ( fortalecimento das empresas ) Desenvolvimento da economia local/regional)
15 Necessidade de priorização de relacionamentos de cooperação em rede.
16 Neves & Castro, 2007 Ação Coletiva - Coerência
17 Exemplos de Ações Coletivas
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21 Os Ganhos nas Ações Coletivas Inovação e atualização tecnológica; Compras conjuntas de insumos (matérias primas; equipamentos; contratação de serviços especializados; etc.) Utilização conjunta de infra-estrutura, instalações, etc; Compartilhamento de canais de distribuição e de pontos de vendas
22 Esquemas de Qualidade Assegurada Os Esquemas de Qualidade Assegurada (EQA) tornam-se fundamentais para obtenção de vantagens competitivas, pois contemplam as estruturas, procedimentos, processos e recursos organizacionais necessários para implementar a garantia da qualidade do alimento
23 Esquemas de Qualidade Assegurada Rastreabilidade; Análise e Controle dos Pontos Críticos (HACCP); Abordagem Baseada em Riscos (ABR); Boas Praticas Agropecuárias em Bovinos de Corte BPA
24 Rastreabilidade Produtor Frigorífico Distribuidor Varejo Lotes de animais Lotes de carcaças Lotes de carcaças Lotes decortes de carne empacotada Incidente de contaminação mistura Contaminação detectada mistura Retirada obrigatória do mercado Contaminação potencial mistura Potencial retirada do mercado
25 HACCP As funções do HACCP são baseadas em sete princípios básicos: a)conduzirumaanálisedeperigo; b) identificar pontos críticos de controle; c) criar limites críticos para cada ponto de controle crítico; d) criar pontos de controle críticos que requerem monitoramento; e) criar ações corretivas; criar procedimentos de registro e; f) criar procedimentos para verificar se o sistema HACCP está trabalhando como foi determinado
26 ABR ABR integra procedimentos analíticos científicos que compõem o chamado framework da Análise de Riscos. A avaliação do risco compreende o desenvolvimento de um sistema de informação de risco através de métodos analíticos aceitos cientificamente. A administração do risco visa usar a informação de risco para definir uma apropriada ação para prevenir ou reduzir o risco. A comunicação do risco serve para garantir o fluxo da informação entre os outros dois componentes, bem como transmitir as informações para todos os stakeholders relevantes.
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28 Conceitos Boas Práticas Agropecuárias (BPA). É um conjunto de normas e de procedimentos a serem observados, para tornar os sistemas de produção mais eficientes e rentáveis, além de assegurar ao mercado consumidor o fornecimento de alimentos seguros, produzidos de forma sustentável. Alimentos seguros. São aqueles com atributos de qualidade de interesse do consumidor e livres de resíduos de qualquer natureza (química, física, microbiológica e radiológica) ou de qualquer outra substância que possa acarretar problemas à saúde humana.
29 Objetivo Geral do Programa Aumentar a rentabilidade e a competitividade dos sistemas produtivos, além de facilitar o acesso a mercados diferenciados, mediante a identificação e a incorporação, em tempo hábil, das tecnologias adequadas. Vantagens para o setor produtivo Redução dos custos de produção, aumento da rentabilidade e acesso a mercados que valorizam alimentos seguros, oriundos de sistemas de produção sustentáveis. Vantagens para a Embrapa e entidades parceiras Direcionar, de forma eficaz, ações de geração e/ou transferência de tecnologia para o fortalecimento do setor produtivo.
30 RECONHECIMENTO OFICIAL Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Ministério do Meio Ambiente Ministério do Trabalho e Emprego Portaria Interministerial Nº. 36 (25/01/2011) Instituiu o Programa Nacional de Fomento às Boas Práticas Agropecuárias - PRÓ- BPA Objetivo Geral Desenvolver e promover a inclusão das Boas Práticas Agropecuárias nas propriedades rurais das diversas cadeias pecuárias do país.
31 Ações Propriedades rurais mais eficientes e rentáveis 1. Conscientização dos produtores rurais 2. Capacitação de técnicos e trabalhadores 3. Incorporação de procedimentos e de tecnologias em BPA 4. Emissão de laudo de implantação (1) Facilitar o acesso a mercados diferenciados Certificação da propriedade rural. (associações)
32 EVOLUÇÃO Sistemas Integrados de Produção Certificação das propriedades Implantação das BPA Ações de conscientização e capacitação Certificação da Cadeia Produtiva Mercados diferenciados Rentabilidade / competitividade Adesão dos produtores rurais Adesão voluntária
33 Lista de verificação
34 LISTA DE VERIFICAÇÃO VERSÃO Janeiro/2010 Pontos de Controle N A NA O R+ R 01. Gestão da Propriedade Rural Função Social do Imóvel Rural Gestão dos Recursos Humanos Gestão Ambiental Instalações Rurais Manejo Pré-Abate/Bem-Estar Animal Formação e Manejo de Pastagens Suplementação Alimentar Identificação Animal Controle Sanitário Manejo Reprodutivo Total NA= não aplicáveis; O = Obrigatórios; R+ = Altamente Recomendáveis; R = Recomendáveis
35 Critérios de Atendimento As propriedades que atenderem os requisitos do Programa BPA recebem um laudo de implantação da Embrapa e da entidade parceira, o qual poderá ser classificado nas categorias bronze, prata ou ouro, de acordo com o percentual de itens atendidos. Ouro Prata Bronze 80% dos O 60% dos R+ 20% dos R 90% dos O 70% dos R+ 20% dos R 100% dos O 80% dos R+ 20% dos R
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37 0001/MS 13/mar/2008 Estados: MS, RS, TO, PA, BA, etc. Verso
38 Voltar
39 ABR ABR integra procedimentos analíticos científicos que compõem o chamado framework da Análise de Riscos. A avaliação do risco compreende o desenvolvimento de um sistema de informação de risco através de métodos analíticos aceitos cientificamente. A administração do risco visa usar a informação de risco para definir uma apropriada ação para prevenir ou reduzir o risco. A comunicação do risco serve para garantir o fluxo da informação entre os outros dois componentes, bem como transmitir as informações para todos os stakeholders relevantes.
40 Considerações
41 Considerações
42 Uma mensagem... É mais fácil aceitar falsidades simples do que verdades complexas. Não existem soluções fáceis. Somente soluções inteligentes!!!
43 Muito Obrigado!
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