Revisão: Hidronefrose fetal abordagem pós-natal, avanços e controvérsias Fetal hydronephrosis advances and controversies in the postnatal approach

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Revisão: Hidronefrose fetal abordagem pós-natal, avanços e controvérsias Fetal hydronephrosis advances and controversies in the postnatal approach"

Transcrição

1 152 J Bras Nefrol 2001;23(3): Revisão: Hidronefrose fetal abordagem pós-natal, avanços e controvérsias Fetal hydronephrosis advances and controversies in the postnatal approach Eduardo A Oliveira a, José SS Diniz a e Francesca M Mesquita b Resumo a Unidade de Nefrologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, MG, Brasil. b PAD da UFMG, MG, Brasil Eduardo A Oliveira Rua Patagônia, 515, apto Belo Horizonte, MG eduolive@medicina.ufmg.br Hidronefrose fetal. Anomalias do trato urinário. Uropatias. Diagnóstico pré-natal. Ultra-sonografia. Objetivo Avanços no diagnóstico pré-natal nas últimas duas décadas têm permitido o aprimoramento da detecção e o manejo das anormalidades do trato urinário. A ultra-sonografia pré-natal permite o reconhecimento de anormalidades urológicas que somente seriam identificadas tardiamente, quando surgissem sintomas de pielonefrite, dor abdominal e cólica renal. Métodos O estudo consistiu de uma revisão da literatura atual sobre o diagnóstico pré-natal das anomalias do trato urinário. Os dados obtidos foram confrontados com a experiência da Unidade de Nefrologia Pediátrica do HC/ UFMG na conduta e no seguimento de crianças portadoras de uropatias detectadas na investigação de hidronefrose fetal. Resultados Uma anormalidade envolvendo o trato urinário pode ser suspeitada, dependendo do critério ecográfico adotado, em uma a cada 100 gestações. Na conduta pré-natal devem ser considerados: o bem-estar fetal global; a idade gestacional; se a hidronefrose é unilateral ou bilateral; e o volume de líquido amniótico. Após o nascimento, deve ser iniciada a profilaxia antibiótica e obtidos exame ultra-sonográfico e uretrocistografia miccional. No caso de hidronefrose moderada ou grave, cintilografia renal também é recomendada. As uropatias mais freqüentes identificadas na investigação de hidronefrose fetal são obstrução de junção de ureteropélvica, refluxo vesicoureteral, rim displásico multicístico, megaureter primário e válvula de uretra posterior. A pesquisa da literatura e os dados do presente estudo mostram que a maioria dessas anormalidades pode ser conduzida de modo conservador, com a exceção clara da válvula de uretra posterior hidrone.p65 152

2 J Bras Nefrol 2001;23(3): Conclusão A ultra-sonografia fetal tem permitido a detecção das anomalias do trato urinário em neonatos quase sempre assintomáticos. No pós-natal, é necessária uma adequada investigação, além da determinação de quais anomalias precisarão de intervenção (cirúrgica ou conservadora). A melhor compreensão da história natural de uropatias possibilita uma abordagem mais conservadora dessas condições. Abstract Fetal hydronephrosis. Urinary tract anomalies. Uropathies. Prenatal diagnosis. Ultrasonography. Objective Advances in prenatal diagnosis in the last two decades resulted in an improvement of detection and management of urinary tract abnormalities. Prenatal ultrasonography allows to identify urological abnormalities that otherwise would not be seen until later in life, when symptoms of pyelonephritis, abdominal pain and renal colic occur. Methods A review of the current literature on prenatal diagnosis of the urinary tract anomalies was performed. Data obtained were compared with the records of the pediatric nephrology unit at the university hospital (Unidade de Nefrologia Pediátrica-HC-UFMG) regarding management and follow-up of children with uropathies detected while investigating for fetal hydronephrosis. Results Abnormalities involving the genitourinary tract may be suspected in as many as 1 in 100 pregnancies, depending on ultrasonographic criteria. For the fetal management it should be considered the following: fetal well being, gestational age, whether hydronephrosis is unilateral or bilateral, and the volume of amniotic fluid. After delivery, antibiotic prophylaxis should be administered and renal ultrasonography and voiding cystourethrogram should be performed. In case of moderate or severe hydronephrosis, an intravenous urogram is also recommended. The most frequent uropathies identified with fetal ultrasonography are ureteropelvic junction obstruction, vesicoureteral reflux, multicystic dysplastic kidney, primary megaureter, and posterior urethral valves. Data obtained in the literature review and from the pediatric nephrology unit s records indicate that the majority of these abnormalities can be conservatively managed, except for posterior urethral valves hidrone.p65 153

3 154 J Bras Nefrol 2001;23(3): Conclusions Prenatal ultrasonography has allowed the detection of uropathies in mostly asymptomatic neonates. Postnatally, it is necessary to determine the anomalies that require intervention, surgical or conservative. A better understanding of the natural history of uropathies has enables a more conservative approach to these conditions. Introdução Nos últimos 20 anos, a prática da nefrourologia pediátrica está, progressivamente, se modificando com o diagnóstico ecográfico fetal das anomalias do trato urinário. Desde 1975, quando Garret et al 1 descreveram dois casos de uropatia obstrutiva identificados intra-útero, há um crescente desenvolvimento no diagnóstico pré-natal e na abordagem fetal e neonatal dos pacientes afetados. Contudo, a interpretação das achados ecográficos fetais e a melhor abordagem pósnatal ainda não estão totalmente esclarecidas, assim como a compreensão da embriologia e da fisiologia do trato urinário fetal. Este artigo tem como objetivo rever os principais avanços ocorridos no manejo das nefrouropatias detectadas intra-útero. Abordagem no pós-natal Conduta no berçário Para um adequado manuseio pós-natal dos casos com diagnóstico pré-natal de hidronefrose, a equipe de medicina fetal deve manter os neonatologistas informados sobre as condições do feto e, para os casos suspeitos de obstrução uretral, sobre a necessidade de intervenção pós-natal imediata. Não deve ser negligenciado que alguns dos recém-nascidos podem necessitar de assistência ventilatória, especialmente quando ocorrer oligoidrâmnio. No pós-natal imediato, os recém-nascidos devem ser submetidos a um completo exame físico, incluindo palpação abdominal cuidadosa. Massa unilateral palpável no flanco pode ser secundária ao rim multicístico ou à estenose de junção ureteropélvica. Quando bilateral, pode ser secundária à obstrução ureteropélvica bilateral, que é rara, ou mais comumente ser causada por rins hidronefróticos ou displásicos devido à obstrução uretral, como nos casos de válvula de uretra posterior em meninos. Nesses casos, muitas vezes a bexiga pode também ser palpável, logo acima da sínfise púbica. Diante desse quadro, cabe também ao pediatra avaliar o jato urinário que, nos casos de válvula de uretra posterior, pode ser em gotejamento. Faz ainda parte da avaliação inicial um exame clínico completo, incluindo mensuração da pressão arterial com manguito apropriado para a idade. A avaliação laboratorial imediata inclui coleta de urina para avaliação de sedimentoscopia, bioquímica e cultura. É importante que se obtenha uma avaliação da função renal pela dosagem sérica de uréia e creatinina. Essa avaliação bioquímica deve ser postergada, se possível, até 72 horas de vida, uma vez que, nos três primeiros dias de vida, a creatinina do neonato reflete também a passagem transplancentária da creatinina materna. A profilaxia de infecção urinária deve ser iniciada imediatamente após a coleta de urina. A droga de primeira escolha é uma cefalosporina de primeira geração, como cefalexina ou cefadroxil, nas dose de 50 mg/dia a 100 mg/dia. 2 Apenas para os recém-nascidos com suspeita de obstrução uretral, ou seja, bexiga persistentemente palpável e jato urinário em gotejamento ou mesmo ausente, é necessária uma intervenção imediata, com alívio da obstrução do fluxo urinário. Diante desse quadro, é importante que se proceda à cateterização uretral até que se complete a propedêutica, estabelecendo o diagnóstico e o tratamento definitivos. Para os demais casos, a investigação pode ser obtida, seqüencialmente, dentro de uma abordagem racional. 3,4 Investigação por imagens Com a finalidade de obter o diagnóstico definitivo da uropatia responsável pela hidronefrose fetal, todo recém-nascido deve ser submetido a uma propedêutica de imagens, podendo incluir ultra-sonografia, exames radiológicos e de medicina nuclear. Evidentemente, nem todos os neonatos serão submetidos a todos esses exames. A extensão da investigação dependerá dos achados na ecografia fetal e no exame físico do recémnascido. As linhas gerais para o manuseio dos recém hidrone.p65 154

4 J Bras Nefrol 2001;23(3): Figura 1 Algoritmo para avaliação do trato urinário do neonato portador de hidronefrose fetal. DAP: diâmetro ântero-posterior; US: ultra-som; UCM: uretrocistografia miccional; UE: urografia excretora; DMSA: cintilografia estática; DTPA: cintilografia dinâmica; RVU: refluxo vesicoureteral. nascidos com hidronefrose fetal estão delineadas no algoritmo da Figura 1, adotado na Unidade de Nefrologia Pediátrica do HC da UFMG. Inicialmente, deve ser realizado um ultra-som dos rins e das vias urinárias. Esse exame deve ser completo, incluindo avaliação do trato urinário alto (volume e tamanho renal, parênquima renal, diferenciação corticomedular, presença e gravidade da hidronefrose) e baixo (dilatação ureteral, espessura da parede vesical, resíduo pós-miccional, inserção vesical dos ureteres). A gravidade da hidronefrose deve ser, preferencialmente, graduada de acordo com a escala padronizada pela Society for Fetal Urology. 5 Em suma, a ultra-sonografia deve ser completa e realizada por um ultra-sonografista experiente. Um cuidado importante, que não deve ser de forma alguma negligenciado, é o momento mais adequado de realizar a ultra-sonografia. O estudo propõe que, idealmente, exceto para os casos suspeitos de obstrução uretral (válvula de uretra posterior, atresia de uretra, síndrome de prune-belly), o ultra-som deva ser realizado no final da primeira semana de vida. Nesse período, ocorre uma oligúria transitória e, muitas vezes, uma pelve dilatada pode parecer normal à ecografia; assim, há um risco elevado de obter um exame falso-negativo. 2,6 O segundo exame a ser obtido é a uretrocistografia miccional (UCM). Essa deve ser realizada quando a criança estiver já em uso de quimioprofilaxia e sem o uso de bacteriúria. Uma questão importante e ainda polêmica é a avaliação da extensão da propedêutica, necessária quando a ultra-sonografia é normal. Alguns autores defendem que a UCM somente deve ser obtida diante de uma ultra-sonografia inicial alterada. 7-8 No ponto de vista deste estudo, essa conduta não se justifica. Recentemente, foi demonstrado que 30% a 70% dos casos de refluxo vesicoureteral não seriam detectados se o único exame realizado nos neonatos com hidronefrose fetal fosse a ultra-sonografia. 9 Se uma das vantagens da hidronefrose fetal é permitir que a equipe médica atue de maneira preventiva, impedindo, por exemplo, que neonatos e lactentes com refluxo vesicoureteral apresentem infecções urinárias de repetição, parece contraditório adotar uma conduta que poderia não diagnosticar mais da metade desses casos. Além disso, como demonstrado por Vates et al, 10 a UCM realizada de acordo com técnicas padronizadas e com a criança em uso de antibioticoterapia é suficientemente segura nessa faixa etária. Conseqüentemente, recomenda-se que todo recém-nascido com hidronefrose fetal seja submetido, no mínimo, a ultra-sonografia e UCM. Infelizmente, como ressaltado por Scott & Renwick, 11 muitos casos de RVU não estão sendo diagnosticados nos neonatos porque muitos serviços não têm dado a necessária importância aos caos de hidronefrose fetal leve ou moderada. Em um importante estudo prospectivo recentemente publicado, Jaswon et al 12 investigaram 104 neonatos com DAP maior ou igual a 5 mm. RVU foi o achado patológico mais freqüente, sendo diagnosticado em 22% dos casos. O mais relevante é que, dos 24 casos de RVU detectados, 61% apresentavam o ultra-som pós-natal normal. Em outras palavras, se a UCM não tivesse sido realizada, aproximadamente dois em cada três casos de refluxo não teriam sido diagnosticados. Caso o ultra-som inicial e a uretrocistografia miccional sejam normais, na maioria das vezes a propedêutica não necessita ser estendida. Quando há suspeita de um processo obstrutivo alto, especialmente obstrução de junção ureteropélvica, indica-se a realização de cintilografia dinâmica com 99 mtc-dtpa. Esse exame deve ser realizado preferencialmente após o período neonatal, quando os rins atingem maior maturidade funcional. Em recém-nascidos e lactentes jovens, tem sido recomendado um renograma diurético com outro marcador, denominado mercaptoacetil triglicina (MAG-3). 13 De todo modo, inúmeras variáveis afetam o resultado da cintilografia dinâmica, incluindo a idade do paciente, o estado de hidrata hidrone.p65 155

5 156 J Bras Nefrol 2001;23(3): ção e a técnica do exame. Diante dessa variabilidade, o Society for Fetal Urology desenvolveu um protocolo para realização do renograma diurético, com o objetivo de padronizar a metodologia do exame. 14 Embora a cintilografia renal dinâmica tenha sido um avanço na investigação da hidronefrose fetal, achase que o método ainda fornece resultados muitas vezes inconclusivos e necessita ser aprimorado. Em algumas ocasiões, a urografia excretora é um exame útil no estudo do trato urinário alto, como, por exemplo, para os casos de duplicação do trato urinário, ureter ectópico, megaureter primário e mesmo para os casos suspeitos de obstrução de junção ureteropélvica nos quais a cintilografia não foi esclarecedora. Pela experiência dos autores deste estudo, quase sempre ela contribui para os casos de obstrução de junção ureteropélvica (OJUP) com indicação cirúrgica. Como exame complementar, quando na propedêutica delineada acima foi detectada alguma uropatia, especialmente refluxo vesicoureteral, está indicada a realização de uma cintilografia estática com 99 mtc-dmsa, com o objetivo principal de avaliar o dano renal. A cintilografia renal estática é mais sensível do que a urografia excretora na detecção de cicatrizes e permite também uma avaliação quantitativa da função renal. 15 Causas de hidronefrose fetal Entre as uropatias mais freqüentemente detectadas na investigação da hidronefrose fetal, incluem-se obstrução de junção ureteropélvica, refluxo vesicoureteral, rim multicístico, megaureter primário e válvula de uretra posterior. Em uma série de 201 neonatos com hidronefrose fetal, investigados na Unidade de Nefrologia Pediátrica do HC-UFMG (UNP), a distribuição das uropatias mais freqüentes é semelhante à encontrada em vários outros estudos internacionais. A Figura 2 ilustra as principais causas de hidronefrose fetal detectadas na UNP-HC-UFMG. Na seqüência, serão abordados os principais avanços e as controvérsias que estão sendo obtidos com o diagnóstico pré-natal para cada uma das mais freqüentes anomalias detectadas. Obstrução de junção ureteropélvica (OJUP) Como mencionado, a obstrução de junção ureteropélvica (OJUP) é a uropatia mais freqüentemente associada à hidronefrose fetal na maioria das séries publicadas O diagnóstico pode ser suspeitado tanto Figura 2 Distribuição dos achados diagnósticos em crianças portadoras de hidronefrose fetal. OJUP: obstrução de junção ureteropélvica; RVU: refluxo vesicoureteral; VUP: válvula de uretra posterior. no feto quanto no neonato pela ultra-sonografia, quando se visualizam uma pelve renal dilatada e ectasia dos cálices. O grau de acometimento é proporcional à intensidade da obstrução e, quando severa, visualizase uma grande dilatação da pelve com afilamento concomitante do córtex renal. Os ureteres, em geral, não são visíveis, a bexiga fetal é normal, e a quantidade de líquido amniótico não se altera, especialmente quando o rim contralateral é normal. 18 A obstrução do ureter quase sempre não é completa e resulta de um estreitamento fibrótico intrínseco da junção entre o ureter e a pelve renal. O espectro das anormalidades é amplo, e esse quadro tem sido denominado de junção ureteropélvica anômala. 19 Esse espectro varia desde obstrução completa, rara, levando às alterações displásicas graves do parênquima renal, até a quadros de hidronefrose leve, não-obstrutiva, que melhoram espontaneamente ao longo de um tempo variável. O diagnóstico de hidronefrose fetal tem permitido melhor conhecimento da história natural da junção ureteropélvica anômala. O tratamento de escolha da OJUP associada à presença de sintomas como infecção urinária, hipertensão, litíase urinária e dor abdominal é a pieloplastia. 20 Entretanto, muitos neonatos assintomáticos têm sido diagnosticados como portadores de OJUP na investigação da hidronefrose fetal. Muitos estudos têm avaliado se a conduta conservadora, não cirúrgica, é segura no manejo da OJUP, nesses casos, assintomática. O estudo pioneiro de Rans hidrone.p65 156

6 J Bras Nefrol 2001;23(3): ley et al 21 demonstrou que apenas 30% das unidades renais tratadas conservadoramente tiveram de ser submetidas à pieloplastia, uma vez que houve declínio da função renal na segunda avaliação cintilográfica. Posteriormente, esses achados foram confirmados por outros estudos que demonstraram a necessidade de correção cirúrgica em 7% a 40% das unidades renais tratadas conservadoramente Mais recentemente, foram publicados os resultados do primeiro ensaio clínico multicêntrico realizado com objetivo de avaliar a melhor abordagem da obstrução de junção ureteropélvica. 24 Foram admitidos no estudo 32 recém-nascidos com hidronefrose grau III e função renal diferencial maior que 40% no renograma. Após um ano de seguimento, o grupo submetido ao tratamento cirúrgico apresentou melhora significativa da hidronefrose e do padrão da cintilografia em comparação com o grupo de tratamento conservador. Contudo, não houve diferença significativa na comparação da função renal em ambos os grupos. Assim, a conduta para os extremos do espectro da obstrução de junção ureteropélvica parece clara. Para os casos de hidronefrose grave (grau IV) padrão obstrutivo inequívoco no renograma e função renal alterada (avaliada pela cintilografia estática e dinâmica), a indicação de correção cirúrgica é consensual para a maioria dos autores. No entanto, o outro espectro, representado pelos casos de hidronefrose leve (grau I ou no máximo II) padrão não-obstrutivo na cintilografia e com função renal preservada, a conduta conservadora é segura. Contudo, para os casos situados no meio do espectro, com hidronefrose moderada a grave (grau II a IV), mas com padrão intermediário na cintilografia e função renal normal, a conduta ainda é controversa. A maioria dos autores concorda que, para esses casos, um período de observação clínica e reavaliação das imagens três meses após a investigação inicial podem ser benéficos, e um considerável número de pieloplastias podem ser evitadas. Contudo, os resultados dessa abordagem, adotada nos últimos anos, não são ainda claros. Assim, faltam estudos longitudinais para esclarecer qual a melhor abordagem para os casos de obstrução parcial da junção ureteropélvica. Refluxo vesicoureteral (RVU) Os achados ecográficos no trato urinário de um feto com RVU são variáveis, desde uma hidronefrose leve até a presença de ureteres grosseiramente dilatados, hidronefrose bilateral e megabexiga, mimetizando, assim, casos de válvulas de uretra posterior. 25 Alguns autores denominam esse quadro de síndrome do megaureter-megabexiga. 26 Recentemente, Fagerquist et al 27 demonstraram que uma disfunção miccional intra-útero pode ser o único sinal de RVU. Observação de hidronefrose leve (um diâmetro anteroposterior de pelve renal entre 4 mm a 10 mm), mesmo sem observação de dilatação ureteral, pode ser indicativa de RVU no feto Esses casos podem regredir e são responsáveis, em parte, pelo diagnóstico hidronefrose transitória intra-útero. Tabela 1 Consolidação das séries de casos de RVU fetal ( ) Autores N Ureteres Masculino Grau Dano Renal (I,II) / (III a V) (%) Paltiel et al Steele et al /25 - Anderson et al /49 62 Sheridan et al Schulman et al * Crabbe et al Burge et al /53 33** Ring et al /29 56 Scott Marra et al /32 50 Gunn et al /13 - Yeung et al / Oliveira et al /36 51 Total /408 *relato de pacientes, não de unidades renais **relato relativo à 21 unidades hidrone.p65 157

7 158 J Bras Nefrol 2001;23(3): Figura 3 Neonato submetido à investigação do trato urinário por apresentar hidroureteronefrose fetal bilateral e megabexiga. (A) US fetal na 34 a semana de gestação mostra hidronefrose bilateral (setas) e megabexiga (Bx); (B) UCM mostra RVU bilateral grau V; (C) na cintilografia por DMSA, pode ser observado rim direito hipocaptante; (D) cistografia radioisotópica direta com 30 meses de idade mostra presença de RVU bilateral atingindo as pelves renais; (E) a cintilografia por DMSA com 30 meses de idade mostra captação renal estável bilateral. O diagnóstico pré-natal do RVU tem contribuído para uma melhor compreensão da história natural dessa uropatia e de suas conseqüências, antes que fatores intervenientes, como infecção urinária, alterem o curso clínico do refluxo. Em muitos aspectos, o RVU diagnosticado na investigação da hidronefrose fetal difere daquele diagnosticado na investigação de infecção urinária. Nessas séries de 28 casos de RVU fetal, houve predomínio do sexo masculino (86%), de unidades renais com refluxo moderado a grave (87%) e de alto índice de dano renal, demonstrado na cintilografia estática (51%). 30 Deve ser ressaltado que os pacientes foram submetidos à cintilografia estática antes de qualquer episódio de infecção urinária. Outros autores têm relatado características semelhantes do refluxo fetal; em uma compilação da literatura de 12 séries de casos publicadas desde 1989, pode-se observar a consistência desses achados no presente estudo (Tabela 1) Um total de 448 neonatos (531 unidades renais) com RVU fetal foi compilado e analisado nessa revisão. Houve um claro predomínio do sexo masculino (81%); essa distribuição diverge daquela do refluxo diagnosticado após infecção urinária, quando predominou o sexo feminino. Várias hipóteses têm sido levantadas para explicar tal fato: o RVU seria subestimado no sexo masculino, pois eles seriam freqüentemente assintomáticos; outros autores argumentam a favor de uma obstrução uretral transitória intra-útero em meninos. Alguns achados de estudos urodinâmicos sugerem que uma alta pressão miccional intra-útero, nos fetos masculinos, poderia distorcer a junção ureterovesical, causando refluxo e dano renal. 43 A contribuição mais relevante do RVU fetal é a oportunidade de estudar o dano renal antes da ocorrência de infecção urinária. Nesta série, foi detectado dano renal em, aproximadamente, metade das unidades avaliadas (22/43), com lesão moderada em 60% dos casos e, intensa, em 40% (rim contraído). Nas séries compiladas, sete informaram o percentual de unidades renais com dano, variando de 23% 36 até 62%. 33 O presente estudo observou também uma associação significativa entre grau grave de refluxo e dano renal; essa correlação também foi observada por outros autores A Figura 3 mostra um caso de RVU fetal acompanhado nessa unidade. Deve ser notada a importante dilatação de todo o trato urinário fetal, mimetizando um quadro de válvula de uretra posterior. Na investigação pós-natal, foram diagnosticados RVU bilateral grau V e um rim direito hipocaptante. A criança foi mantida com profilaxia, evoluiu sem infecção urinária, e a avaliação aos 2 anos e 6 meses de idade mostrou persistência do refluxo e função renal estável avaliada pela cintilografia com DMSA. Esse caso ilustra o tipo de dano renal que tem sido observado com o refluxo fetal. Em geral, a unidade renal afetada encontra-se hipocaptante ou mesmo contraída e não apresenta cicatriz renal localizada, como ocorre nos casos de refluxo com infecção urinária. Até o presente estudo, não se conhece ainda se refluxo e dano renal associado são expressões meramente separadas da mesma anormalidade do desenvolvimento ou se há uma relação de causa/efeito entre eles. Com os novos conhecimentos trazidos pelo refluxo fetal, pode-se especular se dois quadros distintos estão presentes: um grupo, predominantemente meninos, com graus elevados de refluxo, lesão renal congênita e alta pressão miccional; e um grupo, predominantemente meninas, com graus de refluxo moderados, pressão miccional normal e infecções urinárias de repetição que levariam a uma nefropatia hidrone.p65 158

8 J Bras Nefrol 2001;23(3): adquirida. Assim, o RVU fetal abre novas perspectivas de pesquisas clínicas e experimentais na tentativa de se elucidar a gênese do comprometimento da função renal e outras conseqüências dessa uropatia. Rim multicístico displásico (RMD) O rim multicístico displásico (RMD) é a anomalia cística mais freqüentemente identificada intra-útero, apresentando uma incidência estimada em um para nascidos vivos. 44 Essa anomalia é conseqüência da alteração no desenvolvimento renal de origem embriológica, resultando em uma massa de cistos não funcionante circundada por tecido fibroso. 45 O RMD aparece no ultra-som fetal como uma massa paraespinhal contendo cistos múltiplos, arredondados, periféricos e não-comunicantes. Parênquima renal normal não é observado entre os cistos. O rim pode estar aumentado de tamanho, ocupando uma significativa porção do abdômen fetal, ou ser pequeno e atrófico Na maioria dos casos, a lesão é unilateral, mas pode haver anomalias associadas presentes no rim contralateral, como casos de: ectasia da pelve, OJUP, RVU, ureterocele e outros O principal diagnóstico diferencial deve ser feito com a obstrução da junção ureteropélvica. Essa diferença pode representar sérias dificuldades no feto, e o diagnóstico definitivo quase sempre será realizado no período neonatal, utilizando ultra-sonografia e cintilografia renal Percebe-se também uma confusão freqüente entre rim multicístico displásico e doença policística. Muitos ultra-sonografistas e clínicos tratam essas entidades distintas como sinônimos. A doença policística é hereditária (pode ser recessiva ou dominante), sempre bilateral e, em geral, os cistos não são visualizados na ecografia inicial. Nesta, chamam a atenção os rins aumentados de volume e hiperecogênicos. O RMD é quase sempre unilateral, não é hereditário, e os cistos são as alterações que chamam a atenção na ultra-sonografia. Portanto, essas entidades são quadros distintos, com curso clínico e tratamento muito diferentes, e os profissionais que atuam na área devem procurar identificá-las corretamente. O tratamento do RMD modificou-se nos últimos anos. Até meados da década de 80, a abordagem de pacientes portadores de rim multicístico consistia quase sempre em nefrectomia. 50 Desde então, com os avanços na ultra-sonografia fetal, essa conduta vem sendo substituída pelo seguimento clínico e ecográfico das crianças acometidas. 44 Alguns estudos têm demonstrado ser o tratamento conservador e uma opção segura, sendo que a maioria dos rins estudados apresenta involução parcial ou completo desaparecimento Entretanto, ainda há controvérsias quanto à melhor abordagem Há relatos de complicações associadas à displasia multicística, especialmente hipertensão arterial e transformação maligna. Numa revisão abrangendo um período de 20 anos, Gordon et al 44 encontraram apenas seis relatos de transformação maligna associados ao rim multicístico. Em uma revisão mais recente, encontraram-se outros três casos, melhor documentados, de tumor de Wilms em crianças com rim multicístico Na mesma revisão de Gordon et al, foram identificadas nove crianças que desenvolveram hipertensão. Outros autores têm relatado casos esporádicos de associação entre rim multicístico e hipertensão arterial Na unidade em que se realizou o presente estudo, optou-se, nos últimos anos, pelo tratamento conservador. Um total de 20 crianças está sendo acompanhado com uma mediana de seguimento de 33 meses. 60 Nesse período, não foram observados episódios de infecção do trato urinário, aumento dos níveis pressóricos e achados clínicos ou ecográficos de transformação maligna. Das 20 crianças incluídas no estudo, 19 foram submetidas ao controle ultra-sonográfico anual. Em 13 (68%), foi constatada involução parcial do volume do rim afetado, e, em outras quatro (21%), houve involução completa. A média de idade da época de involução parcial ou total da unidade afetada foi 18 meses de idade. Em 16 casos (84%), o rim contralateral apresentou hipertrofia compensatória, com volume acima dos parâmetros esperados para a idade. A Figura 4 ilustra um caso de involução progressiva do rim, afetada após 24 meses de observação em nessa unidade. Em uma extensa revisão da literatura, compilaramse outros 14 trabalhos da literatura referentes à abordagem conservadora do rim multicístico e ao seguimento por ultra-sonografia seriada. 44,46,60-69 Nesta revisão, observou-se que, de um total de 605 unidades renais avaliadas por ultra-sonografia seriada, 49% apresentaram involução parcial, 15% involução completam, e 36% mantiveram ou aumentaram de volume. Assim, 64% dos RMD desapareceram ou reduziram de volume com o seguimento. Até o presente estudo, a abordagem conservadora tem se mostrado como uma prática segura. Recentemente, um estudo comparativo entre casos submetidos a tratamento cirúrgico e conservador não demons hidrone.p65 159

9 160 J Bras Nefrol 2001;23(3): Figura 4 Neonato submetido à ultra-sonografia seriada por apresentar RMD detectado intra-útero. (A) US com 20 dias de vida mostra rim direito multicístico displásico; (B) US com 13 meses de idade mostra redução do volume da unidade renal e do número de cistos; (C) US com 26 meses mostra involução quase total do rim D. trou qualquer diferença na freqüência de complicações. 69 É importante ressaltar, contudo, que essas crianças devem ser acompanhadas com ultra-som e devem ter a pressão arterial medida por um tempo prolongado, tendo em vista o desconhecimento acerca da evolução natural do rim multicístico. Megaureter primário (MUP) Megaureter primário (MUP) é causado por um segmento aperistáltico do ureter distal, o qual não permite a propulsão normal da urina. 2 O diagnóstico fetal é obtido pela observação ecográfica de dilatação ureteral, ou, às vezes, apenas a dilatação da pelve e/ou dos cálices renais pode ser identificada na ultra-sonografia fetal, sendo o ureter dilatado diagnosticado na investigação pós-natal. Antes da expansão da ultra-sonografia fetal, crianças com megaureter usualmente apresentavam infecção urinária, dor abdominal e hematúria. 70 Naquela época, a abordagem de rotina do megaureter consistia em correção cirúrgica, uma vez que se presumia haver uma obstrução no fluxo urinário no ureter distal. 71 Entretanto, a história natural do megaureter assintomático não era conhecida, e, portanto, a conduta cirúrgica era isenta de controvérsias. Esse contexto tem se alterado nos últimos dez anos. Na maioria das vezes, o MUP é identificado na investigação da hidronefrose fetal em neonatos assintomáticos, e, nos últimos anos, tem havido relatos de regressão espontânea de megaureter primário Distinção entre dilatação do trato urinário associada à obstrução significativa e dilatação que representa apenas variação anatômica permanece um problema desafiador para nefrourologistas pediátricos. Nos casos de MUP, assim como nos casos de OJUP, como destacou-se anteriormente, tem-se encontrado muita dificuldade para definir o que é uma obstrução do trato urinário e quais pacientes se beneficiariam da conduta conservadora ou de um tratamento cirúrgico mais precoce. Assim como na OJUP, a conduta mais aceita tem sido combinar o ultra-som, a cintilografia e a urografia excretora na tomada de decisão quanto ao tratamento cirúrgico ou conservador. Nos casos de MUP, analisou-se que a urografia excretora, realizada com técnica adequada para lactentes, tem um papel fundamental no diagnóstico e na definição da melhor conduta. De todo modo, após o advento da ultra-sonografia fetal, essa abordagem tem sido mais conservadora, consistindo em exames clínicos, laboratoriais e ecográficos periódicos. Alguns estudos demonstraram que essa abordagem conservadora é uma opção segura, com a maioria dos ureteres regredindo, espontaneamente, em um tempo de seguimento variável. Nesta casuística, MP representou, aproximadamente, 6% das causas de hidronefrose fetal (Figura 2). Recentemente, avaliaram-se oito casos (11 unidades renais), que foram tratados conservadoramente neste estudo e tiveram um seguimento em longo prazo. 74 A mediana de seguimento foi de 75 meses, e, nesse período, não houve deterioração da função renal. Duas crianças apresentaram hipertensão arterial transitória no primeiro ano de vida, sendo que houve necessidade de terapia anti-hipertensiva para uma delas. Os dados da ultra-sonografia mostraram uma regressão espontânea do diâmetro transverso de 81% dos ureteres avaliados. A média do diâmetro transverso dos ureteres foi de 13,6 mm no período neonatal e de 8,4 mm no final do seguimento. A cintilografia estática mostrou preservação do parênquima renal em todos os casos. Na Tabela 2, pode ser observada uma compilação de estudos referentes ao manejo do MUP Foram analisados dez estudos (incluindo o estudo acima mencionado), com um total de 304 pacientes, sendo 232 (77%) do sexo masculino. Um total de 70 pacien hidrone.p65 160

10 J Bras Nefrol 2001;23(3): Tabela 2 Compilação da literatura relativa a casos de megaureter ( ) Autores N Sexo Ureteres Conduta inicial Melhora da masculino Conservadora / cirúrgica dilatação (%)* Babut et al /25 83 Keating et a /10 94 Rickwood et al /6 85 Mollard et al /35 54 Cozzi et al /6 90 Anton-Pacheco et al /0 96 Liu et al /0 43 Arena et al /3 90 Sheu et al / Oliveira et al /0 81 Total / *relativo aos casos tratados de maneira conservadora tes apresentava megaureter bilateral; assim, 374 unidades renais foram compiladas. Destas, 268 (72%) foram tratadas conservadoramente, e 82% regrediram espontaneamente. Deve ser notado que o percentual de melhora foi muito próximo daquele observado neste estudo. Conseqüentemente, a maioria dos casos de MUP pôde ser tratada conservadoramente, com seguimento clínico e laboratorial periódicos, avaliação de imagens (ultra-sonografia, cintilografia renal e urografia excretora) e uso de quimioprofilaxia profilática em longo prazo. Mais recentemente, uma complicação observada é que, a despeito da aderência à profilaxia, alguns casos apresentam infecções urinárias de repetição com difícil manejo. O presente estudo avalia que, para esses casos, é indicada a correção cirúrgica. O tratamento cirúrgico consiste na excisão do segmento ureteral aperistáltico e reimplante do ureter na bexiga. Deve ser ressaltado que a correção cirúrgica precoce, especialmente em lactentes abaixo de dois meses, tem uma alta taxa de complicações. Assim, verifica-se que a melhor conduta é um período de observação clínica, ficando a opção cirúrgica para os casos com infecções urinárias e/ou deterioração da função renal. Válvula de uretra posterior (VUP) Nesta casuística de hidronefrose fetal, a VUP foi responsável por 9% dos casos (Figura 2). Em uma análise de sobrevida de recém-nascidos portadores de hidronefrose fetal realizada neste estudo, a presença de obstrução uretral determinou um pior prognóstico. 82 A VUP representa a mais grave uropatia obstrutiva que pode ser reconhecida na ultra-sonografia fetal. As válvulas de uretra são folhetos de tecido que se abrem, em leque, distalmente, da uretra prostática para o esfíncter urinário externo. 2 Um adequado manejo para essas crianças requer uma identificação acurada do problema no pré-natal para permitir uma pronta intervenção, seja no feto ou logo após o nascimento. O diagnóstico definitivo da VUP será obtido no recémnascido pela uretrocistografia miccional. O espectro dos achados ecográficos no feto com obstrução uretral é variável. O diagnóstico deve ser suspeitado na presença de megabexiga, espessamento da parede vesical, megaureter e hidronefrose bilateral. A observação de uma uretra posterior distendida é pouco freqüente. 83 A quantidade de líquido amniótico pode também ser variável, dependendo da gravidade da obstrução e do grau de displasia renal. Recentemente, demonstrou-se que a combinação de megabexiga e oligoidrâmnio apresenta uma alta especificidade na predição de obstrução uretral 98,5%, mas com uma sensibilidade de apenas 60%. Para os casos de pior prognóstico que evoluíram com falência renal e/ou óbito, essa combinação de variáveis revelou ter uma alta sensibilidade e especificidade: 90% e 99%, respectivamente. 82 Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento dessa uropatia, o percentual de mau prognóstico, em relação à função renal e à sobrevida, é ainda alto, variando entre 30% e 60% Recentemente, avaliou-se o curso clínico de 15 casos de VUP, detectados no prénatal e acompanhados neste estudo. 86 A média de tempo de seguimento foi de 40 meses. Do total de 15 pacientes, cinco foram seguidos por mais de cinco anos. Sete crianças (47%) desenvolveram insuficiência renal hidrone.p /10/01, 15:56

11 162 J Bras Nefrol 2001;23(3): crônica, e seis (40%) faleceram no período de seguimento. Vários fatores têm sido associados a um pior prognóstico nos casos de VUP: diagnóstico pré-natal antes da 24ª semana de gestação; hidronefrose fetal bilateral grave; oligoidrâmnio; refluxo vesicoureteral bilateral; função renal alterada no período neonatal; e nível de creatinina após o alívio da obstrução Na revisão da literatura sobre o prognóstico da VUP, observou-se que os casos detectados mais precocemente, incluindo aqueles detectados na investigação da hidronefrose fetal, apresentam um pior prognóstico. Compilaram-se 11 estudos que avaliaram a evolução em médio e longo prazo dos pacientes portadores de VUP. 83,85,87,89,90,92,96 Enquanto 89 casos de VUP foram diagnosticados no ultra-som pré-natal, 48% (43/ 89) evoluíram com perda de função renal e/ou óbito; dos 690 casos que foram diagnosticados no pós-natal, apenas 23% (159/690) apresentaram tal evolução. Alguns casos de obstrução uretral podem necessitar de intervenção intra-uterina. No pós-natal, após confirmação do diagnóstico pela UCM, o tratamento da VUP consiste em imediato alívio da obstrução, por meio de uma sonda uretral. É importante enfatizar que, com o alívio da obstrução, podem ocorrer distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos. Esses distúrbios são secundários às alterações de túbulos renais e devem ser prontamente corrigidos. As alternativas cirúrgicas para o alívio da obstrução incluem: fulguração transuretral das válvulas; vesicostomia cutânea; e derivação urinária alta (ureterostomia). 97 Alguns estudos sugerem que a imediata ablação das válvulas seria a terapêutica mais favorável em longo prazo, com relação à função renal. 98 Contudo, neste estudo, realizou-se mais freqüentemente a vesicostomia cutânea com a correção definitiva em recém-nascidos com, em média, um ano de idade. Verificou-se que o prognóstico está mais associado aos danos renais ocorridos intra-útero do que propriamente ao método de tratamento inicial. Discussão O estudo da anatomia fetal por meio da ultra-sonografia obstétrica vem se tornando uma avaliação de rotina no período pré-natal. Ao mesmo tempo, além do aumento da freqüência da utilização da ultra-sonografia nos cuidados do pré-natal, os avanços tecnológicos têm melhorado na resolução dos equipamentos, permitindo a observação detalhada da anatomia fetal. Assim, é esperado que a identificação pré-natal das uropatias e outras malformações do trato urinário tendam a ser mais freqüentes. Os avanços no diagnóstico pré-natal, nas últimas duas décadas, têm permitido um aperfeiçoamento do diagnóstico e manejo das anomalias do trato urinário. Além disso, têm contribuído para uma melhor compreensão da história natural das uropatias. 99 Esse novo contexto permite uma abordagem mais conservadora de uropatias, o que ficou patente na presente revisão. Como foi analisado, o tratamento e seguimento adequados serão determinados após estabelecido o diagnóstico, a partir de investigação apropriada. Devese ressaltar que mesmo os neonatos com ultra-sonografia e UCM normais devem ser acompanhados, no mínimo, seis meses por uma equipe médica com experiência em nefrologia infantil. Para essas crianças, temse indicado a realização de outra ultra-sonografia antes de interromper o seguimento. Para as outras crianças, a conduta a ser adotada será, como analisou-se, estabelecida após o diagnóstico definitivo da uropatia. De modo geral, é necessário um acompanhamento clínico/laboratorial a cada três ou quatro meses, com avaliação do crescimento, da pressão arterial e da aderência à quimioprofilaxia. O objetivo principal da equipe médica deve ser de uma atuação na prevenção secundária, procurando reconhecer as anomalias que podem potencialmente afetar a função renal, causar urosepsis e comprometer o desenvolvimento da criança. Agradecimentos Esta revisão contou com o apoio da Fapemig, da Pró-reitoria de Pós-graduação e da Pró-reitoria de Graduação da UFMG. Referências 1. Garrett WJ, Kossoff G, Osborn RA. The diagnosis of fetal hydronephrosis, megaureter and urethral obstruction by ultrasonic echography. Br J Obstet Gynaecol 1975;82: Elder JS. Antenatal hydronephrosis. Fetal and neonatal management. Pediatr Clin North Am 1997;44: Gloor JM. Management of prenatally detected fetal hydronephrosis. Mayo Clin Proc 1995;70: Owen RJ, Lamont AC, Brookes J. Early management and hidrone.p /10/01, 15:56

12 J Bras Nefrol 2001;23(3): postnatal investigation of prenatally diagnosed hydronephrosis. Clin Radiol 1996;51: Fernbach SK, Maizels M, Conway JJ. Ultrasound grading of hydronephrosis: introduction to the system used by the Society for Fetal Urology. Pediatr Radiol 1993;23: Laing FC, Burke VD, Wing VW, Jeffrey RB-Jr, Hashimoto B. Postpartum evaluation of fetal hydronephrosis: optimal timing for follow-up sonography. Radiology 1984;152: Walsh G, Dubbins PA. Antenatal renal pelvis dilatation: a predictor of vesicoureteral reflux? AJR Am J Roentgenol 1996;167: Yerkes EB, Adams MC, Pope JCT, Brock JW-3rd. Does every patient with prenatal hydronephrosis need voiding cystourethrography? J Urol 1999;162: Tibballs JM, De Bruyn R. Primary vesicoureteric refluxhow useful is postnatal ultrasound? Arch Dis Child 1996;75: Vates TS, Shull MJ, Underberg-Davis SJ, Fleisher MH. Complications of voiding cystourethrography in the evaluation of infants with prenatally detected hydronephrosis. J Urol 1999;162: Scott JE, Renwick M. Screening for fetal urological abnormalities: how effective? BJU Int 1999;84: Jaswon MS, Dibble L, Puri S, Davis J, Young J, Dave R, et al. Prospective study of outcome in antenatally diagnosed renal pelvis dilatation. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1999;80:F Taylor A-Jr, Clark S, Ball T. Comparison of Tc-99m MAG3 and Tc-99m DTPA scintigraphy in neonates. Clin Nucl Med 1994;19: Conway JJ. Well-tempered diuresis renography: its historical development, physiological and technical pitfalls, and standardized technique protocol. Semin Nucl Med 1992;22: Goldraich NP, Ramos OL, Goldraich IH. Urography versus DMSA scan in children with vesicoureteric reflux. Pediatr Nephrol 1989;3: Tam JC, Hodson EM, Choong KK, Cass DT, Cohen RC, Gruenewald SM, et al. Postnatal diagnosis and outcome of urinary tract abnormalities detected by antenatal ultrasound. Med J Aust 1994;160: Oliveira EA, Cabral ACV, Leite HV, Rabelo EAS, Colosimo EA, Oliveira RBB, et al. Hidronefrose fetal: abordagem pósnatal e seguimento. J Pediat (Bras) 1997;73: Duval JM, Milon J, Coadou Y, Blouet JM, Langella B, Bourgin T, et al. Ultrasonographic anatomy and diagnosis of fetal uropathies affecting the upper urinary tract. I. Obstructive uropathies. Anat Clin 1985;7: Homsy YL, Williot P, Danais S. Transitional neonatal hydronephrosis: fact or fantasy? J Urol 1986;136: DiSandro MJ, Kogan BA. Neonatal management. Role for early intervention. Urol Clin North Am 1998;25: Ransley PG, Dhillon HK, Gordon I, Duffy PG, Dillon MJ, Barratt TM. The postnatal management of hydronephrosis diagnosed by prenatal ultrasound. J Urol 1990;144: Madden NP, Thomas DF, Gordon AC, Arthur RJ, Irving HC, Smith SE. Antenatally detected pelviureteric junction obstruction. Is non-operation safe? Br J Urol 1991;68: Takla NV, Hamilton BD, Cartwright PC, Snow BW. Apparent unilateral ureteropelvic junction obstruction in the newborn: expectations for resolution. J Urol 1998;160: Palmer LS, Maizels M, Cartwright PC, Fernbach SK, Conway JJ. Surgery versus observation for managing obstructive grade 3 to 4 unilateral hydronephrosis: a report from the Society for Fetal Urology. J Urol 1998;159: Reuter KL, Lebowitz RL. Massive vesicoureteral reflux mimicking posterior urethral valves in a fetus. JCU J Clin Ultrasound 1985;13: Willi UV, Lebowitz RL. The so-called megaureter-megacystis syndrome. AJR Am J Roentgenol 1979;133: Fagerquist M, Sillen U, Blomberg SG. Postnatal vesicoureteral reflux in a boy with urinary bladder dysfunction as the only prenatal sonographic sign. Ultrasound Obstet Gynecol 1997;9: Anderson NG, Abbott GD, Mogridge N, Allan RB, Maling TM, Wells JE. Vesicoureteric reflux in the newborn: relationship to fetal renal pelvic diameter. Pediatr Nephrol 1997;11: Marra G, Barbieri G, Moioli C, Assael BM, Grumieri G, Caccamo ML. Mild fetal hydronephrosis indicating vesicoureteric reflux. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 1994;70:F Oliveira EA, Diniz JS, Silva JM, Rabelo EA, Pontes AK, Souza MF. Features of primary vesicoureteric reflux detected by investigation of foetal hydronephrosis. Int Urol Nephrol 1998;30: Paltiel HJ, Lebowitz RL. Neonatal hydronephrosis due to primary vesicoureteral reflux: trends in diagnosis and treatment. Radiology 1989;170: Steele BT, Robitaille P, DeMaria J, Grignon A. Follow-up evaluation of prenatally recognized vesicoureteric reflux. J Pediatr 1989;115: Anderson PA, Rickwood AM. Features of primary vesicoureteric reflux detected by prenatal sonography. Br J Urol 1991;67: Sheridan M, Jewkes F, Gough CS. Reflux nephropathy in the first year of life-the role of infection. Pediatr Surg Int 1991;6: Schulman CC, Hall M, Collier F, Avni EF. Fetal vesicoureteric reflux: diagnosis and management. J Urol 1991;145:301A. 36. Crabbe DC, Thomas DF, Gordon AC, Irving HC, Arthur RJ, Smith SE. Use of 99mtechnetium-dimercaptosuccinic acid to study patterns of renal damage associated with prenatally detected vesicoureteral reflux. J Urol 1992;148: Burge DM, Griffiths MD, Malone PS, Atwell JD. Fetal vesicoureteral reflux: outcome following conservative postnatal management. J Urol 1992;148: hidrone.p /10/01, 15:56

13 164 J Bras Nefrol 2001;23(3): Ring E, Petritsch P, Riccabona M, Haim-Kuttnig M, Vilits P, Rauchenwald M, et al. Primary vesicoureteral reflux in infants with a dilated fetal urinary tract. Eur J Pediatr 1993;152: Scott JE. Fetal ureteric reflux: a follow-up study. Br J Urol 1993;71: Marra G, Barbieri G, Dell Agnola CA, Caccamo ML, Castellani MR, Assael BM. Congenital renal damage associated with primary vesicoureteral reflux detected prenatally in male infants. J Pediatr 1994;124: Gunn TR, Mora JD, Pease P. Antenatal diagnosis of urinary tract abnormalities by ultrasonography after 28 weeks gestation: incidence and outcome. Am J Obstet Gynecol 1995;172: Yeung CK, Godley ML, Dhillon HK, Gordon I, Duffy PG, Ransley PG. The characteristics of primary vesico-ureteric reflux in male and female infants with pre-natal hydronephrosis. Br J Urol 1997;80: Thorup JM. Urodynamics in boys after prenatally diagnosed vesicoureteric reflux. Pediatr Surg Int 1995;11: Gordon AC, Thomas DF, Arthur RJ, Irving HC. Multicystic dysplastic kidney: is nephrectomy still appropriate? J Urol 1988;140: Kissane JM. Renal cysts in pediatric patients. A classification and overview. Pediatr Nephrol 1990;4: Hashimoto BE, Filly RA, Callen PW. Multicystic dysplastic kidney in utero: changing appearance on US. Radiology 1986;159: Romero R, Pilu G, Jeanty P, Ghidini A, Hobbins JC. The urinary tract and adrenal glands. In: Romero R, Pilu G, Jeanty P, Ghidini A, Hobbins JC, eds. Prenatal diagnosis of congenital anomalies. Norwalk: Appleton & Lange; p Kleiner B, Filly RA, Mack L, Callen PW. Multicystic dysplastic kidney: observations of contralateral disease in the fetal population. Radiology 1986;161: Kaneko K, Suzuki Y, Fukuda Y, Yabuta K, Miyano T. Abnormal contralateral kidney in unilateral multicystic dysplastic kidney disease. Pediatr Radiol 1995;25: Bloom DA, Brosman S. The multicystic kidney. J Urol 1978;120: Carey PO, Howards SS. Multicystic dysplastic kidneys and diagnostic confusion on renal scan. J Urol 1988;139: Pedicelli G, Jequier S, Bowen AD, Boisvert J. Multicystic dysplastic kidneys: spontaneous regression demonstrated with US. Radiology 1986;161: Rickwood AM, Anderson PA, Williams MP. Multicystic renal dysplasia detected by prenatal ultrasonography. Natural history and results of conservative management. Br J Urol 1992;69: Gough DC, Postlethwaite RJ, Lewis MA, Bruce J. Multicystic renal dysplasia diagnosed in the antenatal period: a note of caution. Br J Urol 1995;76: Webb NJ, Lewis MA, Bruce J, Gough DC, Ladusans EJ, Thomson AP, et al. Unilateral multicystic dysplastic kidney: the case for nephrectomy. Arch Dis Child 1997;76: de Oliveira-Filho AG, Carvalho MH, Sbragia-Neto L, Miranda ML, Bustorff-Silva JM, de Oliveira ER. Wilms tumor in a prenatally diagnosed multicystic kidney. J Urol 1997;158: Homsy YL, Anderson JH, Oudjhane K, Russo P. Wilms tumor and multicystic dysplastic kidney disease. J Urol 1997;158: Susskind MR, Kim KS, King LR. Hypertension and multicystic kidney. Urology 1989;34: Angermeier KW, Kay R, Levin H. Hypertension as a complication of multicystic dysplastic kidney. Urology 1992;39: Oliveira EA, Diniz JSS, Vilasboas AS, Rabelo EAS, Silva JMP, Filgueiras MTF. Multicystic dysplastic kidney detected by fetal sonography: conservative management and followup. Pediatr Surg Int 2001;17: Avni EF, Thoua Y, Lalmand B, Didier F, Droulle P, Schulman CC. Multicystic dysplastic kidney: natural history from in utero diagnosis and postnatal followup. J Urol 1987;138: Bachmann H, Winkielman J, Olbing H. Unilateral multicystic kidney dysplasia: follow-up during the first two years of life. Contrib Nephrol 1988;67: Strife JL, Souza AS, Kirks DR, Strife CF, Gelfand MJ, Wacksman J. Multicystic dysplastic kidney in children: US follow-up. Radiology 1993;186: Wacksman J, Phipps L. Report of the Multicystic Kidney Registry: preliminary findings. J Urol 1993;150: Sapin E, Moulinier F, Mikaelian JC, Bargy F, Helardot PG. Dysplastic multicystic kidney: should the classic treatment (nephrectomy) be changed after prenatal diagnosis? Pediatr Surg Int 1994;9: al-khaldi N, Watson AR, Zuccollo J, Twining P, Rose DH. Outcome of antenatally detected cystic dysplastic kidney disease. Arch Dis Child 1994;70: Cochat P. La dysplasie rénale multikystique: etude multicentrique. Ann Pédiatr 1994;41: Heymans C, Breysem L, Proesmans W. Multicystic kidney dysplasia: a prospective study on the natural history of the affected and the contralateral kidney. Eur J Pediatr 1998;157: Rudnik-Schoneborn S, John U, Deget F, Ehrich JH, Misselwitz J, Zerres K. Clinical features of unilateral multicystic renal dysplasia in children. Eur J Pediatr 1998;157: Hanna MK, Jeffs RD. Primary obstructive megaureter in children. Urology 1975;6: Peters CA, Mandell J, Lebowitz RL, Colodny AH, Bauer SB, Hendren WH, et al. Congenital obstructed megaureters in early infancy: diagnosis and treatment. J Urol 1989;142: hidrone.p /10/01, 15:56

14 J Bras Nefrol 2001;23(3): Babut JM, Fremond B, Sameh A, Vidal V. Primary megaureter in the neonate with prenatal or postnatal diagnosis. Z Kinderchir 1988;43: Keating MA, Escala J, Snyder HMd, Heyman S, Duckett JW. Changing concepts in management of primary obstructive megaureter. J Urol 1989;142: Oliveira EA, Diniz JSS, Rabelo EAS, Silva JMP, Pereira AK, Filgueiras MTF, et al. Primary megaureter detected by prenatal ultrasonography: conservative management and prolonged follow-up. Int Urol Nephrol 2000;32: Rickwood AM, Jee LD, Williams MP, Anderson PA. Natural history of obstructed and pseudo-obstructed megaureters detected by prenatal ultrasonography. Br J Urol 1992;70: Mollard P, Foray P, De Godoy JL, Valignat C. Management of primary obstructive megaureter without reflux in neonates. Eur Urol 1993;24: Cozzi F, Madonna L, Maggi E, Piacenti S, Bonanni M, Roggini M, et al. Management of primary megaureter in infancy. J Pediatr Surg 1993;28: Anton-Pacheco J, Gomez FA, Aransay BA, Lopez VF, Encinas AG. Diuresis renography and follow-up of nonobstructive primary megaureter. Eur J Pediatr Surg 1993;17: Liu HY, Dhillon HK, Yeung CK, Diamond DA, Duffy PG, Ransley PG. Clinical outcome and management of prenatally diagnosed primary megaureters. J Urol 1994;152: Arena F, Baldari S, Proietto F, Centorrino A, Scalfari G, Romeo G. Conservative management in primary neonatal megaureter. Eur J Pediatr Surg 1997;8: Sheu JC, Chang PY, Wang NL, Tsai TC, Huang FY. Is surgery necessary for primary non-refluxing megaureter? Pediatr Surg Int 1998;13: Oliveira EA, Diniz JS, Cabral AC, Pereira AK, Leite HV, Colosimo EA, et al. Predictive factors of fetal urethral obstruction: a multivariate analysis. Fetal Diagn Ther 2000;15: Hayden SA, Russ PD, Pretorius DH, Manco-Johnson ML, Clewell WH. Posterior urethral obstruction. Prenatal sonographic findings and clinical outcome in fourteen cases. J Ultrasound Med 1988;7: Parkhouse HF, Barratt TM, Dillon MJ, Duffy PG, Fay J, Ransley PG, et al. Long-term outcome of boys with posterior urethral valves. Br J Urol 1988;62: Jee LD, Rickwood AM, Turnock RR. Posterior urethral valves. Does prenatal diagnosis influence prognosis?. Br J Urol 1993;72: Oliveira EA, Diniz JSS, Rabelo EAS, Silva JMP, Cabral ACV, Pereira AK, et al. Seguimento a longo prazo da válvula de uretra posterior detectada intra-útero. J Bras Nefrol 2001; 23: Hutton KA, Thomas DF, Arthur RJ, Irving HC, Smith SE. Prenatally detected posterior urethral valves: is gestational age at detection a predictor of outcome? J Urol 1994;152: Hutton KA, Thomas DF, Davies BW. Prenatally detected posterior urethral valves: qualitative assessment of second trimester scans and prediction of outcome. J Urol 1997;158: Reinberg Y, de Castano I, Gonzalez R. Prognosis for patients with prenatally diagnosed posterior urethral valves. J Urol 1992;148: Warshaw BL, Hymes LC, Trulock TS, Woodard JR. Prognostic features in infants with obstructive uropathy due to posterior urethral valves. J Urol 1985;133: Onuora VC, Mirza K, Koko AH, Al Turki M, Meabed AH, Al Jawini N. Prognostic factors in Saudi children with posterior urethral valves. Pediatr Nephrol 2000;14: Williams DI, Whitaker RH, Barratt TM, Keeton JE. Urethral valves. Br J Urol 1973;45: Atwell JD. Posterior urethral valves in the British Isles: a multicenter B.A.P.S. review. J Pediatr Surg 1983;18: Connor JP, Burbige KA. Long-term urinary continence and renal function in neonates with posterior urethral valves. J Urol 1990;144: Lortat-Jacob S, Fekete CN, Dumez Y, Muller F, Aubry MC, Aubry JP. Prenatal diagnosis and neonatal management of posterior urethral valves: apropos of 33 case reports. Acta Urol Belg 1990;58: Pompino HJ, Bodecker RH, Trammer UA. Urethral valves during the first year of life a retrospective, multicenter study. Eur J Pediatr Surg 1995;5: Sadeck LS, Bunduki V, Giron AM, Falcão MC. Diagnóstico e abordagem perinatal das anomalias nefro-urológicas. J Bras Nefrol 1988;20: Smith GH, Canning DA, Schulman SL, Snyder HM-3rd, Duckett JW. The long-term outcome of posterior urethral valves treated with primary valve ablation and observation. J Urol 1996;155: James CA, Watson AR, Twining P, Rance CH. Antenatally detected urinary tract abnormalities: changing incidence and management. Eur J Pediatr 1998;157: Última versão em 13/04/2001. Aceito em 09/01/2001. Fonte de financiamento: Fapemig (Processo nº CDS-2287/97). Conflito de interesses inexistente hidrone.p /10/01, 15:56

DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DAS ANOMALIAS CONGÊNITAS DO TRATO URINÁRIO CONTRIBUIÇÕES DE 20 ANOS DE ESTUDOS LONGITUDINAIS

DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DAS ANOMALIAS CONGÊNITAS DO TRATO URINÁRIO CONTRIBUIÇÕES DE 20 ANOS DE ESTUDOS LONGITUDINAIS DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DAS ANOMALIAS CONGÊNITAS DO TRATO URINÁRIO CONTRIBUIÇÕES DE 20 ANOS DE ESTUDOS LONGITUDINAIS 1989-2009 Faculdade de Medicina UFMG 2009 Introdução Ontogênese Epidemiologia Repercussão

Leia mais

ABORDAGEM DA OBSTRUÇÃO DE JUNÇÃO URETEROPÉLVICA IDENTIFICADA NA INVESTIGAÇÃO DE HIDRONEFROSE FETAL

ABORDAGEM DA OBSTRUÇÃO DE JUNÇÃO URETEROPÉLVICA IDENTIFICADA NA INVESTIGAÇÃO DE HIDRONEFROSE FETAL OBSTRUCTION OF URETEROPELVIC JUNCTION IDENTIFIED BY AN INVESTIGATION OF FETAL HYDRONEPHROSIS GUILHERME T. APOCALYPSE*, ELI A. S. RABELO**, JOSÉ S. S. DINIZ***, VIVIANE S. P. MARINO****, CARLOS J. R. SIMAL*****,

Leia mais

Hidronefrose fetal: abordagem pós-natal e seguimento

Hidronefrose fetal: abordagem pós-natal e seguimento 0021-7557/97/73-04/252 Jornal de Pediatria Copyright 1997 by Sociedade Brasileira de Pediatria ARTIGO ORIGINAL Hidronefrose fetal: abordagem pós-natal e seguimento Fetal hydronephrosis: postnatal management

Leia mais

Foto Prof. Dr. Silvio Tucci Jr.

Foto Prof. Dr. Silvio Tucci Jr. Foto Prof. Dr. Silvio Tucci Jr. Divisão de Urologia Colocações A dilatação do trato urinário afeta de 1 a 2% de todas gestações Taxa de natalidade EUA 4 milhões/ano 40 a 80.000 crianças com dilatação

Leia mais

INSTRUÇÃO DE TRABALHO HOSPITAL MATERNIDADE DONA REGINA - TO PROTOCOLO MÉDICO/ASSISTENCIAL Hidronefrose antenatal PROCEDIMENTO DE GESTÃO

INSTRUÇÃO DE TRABALHO HOSPITAL MATERNIDADE DONA REGINA - TO PROTOCOLO MÉDICO/ASSISTENCIAL Hidronefrose antenatal PROCEDIMENTO DE GESTÃO Página: 1 de 7 1 Objetivo Estabelecer algoritmo adequado na abordagem de hidronefrose antenatal, a partir de medidas de suporte, e de orientações quanto ao que deve ser feito e solicitado de exames quando

Leia mais

ANOMALIAS DO TRATO URINÁRIO UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL

ANOMALIAS DO TRATO URINÁRIO UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL ANOMALIAS DO TRATO URINÁRIO UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL Investigação Imagens Anomalias obstrutivas do trato urinário Obstrução da junção ureteropélvica Obstrução

Leia mais

Diagnóstico pré-natal de malformações nefro-urológicas

Diagnóstico pré-natal de malformações nefro-urológicas Diagnóstico pré-natal de malformações nefro-urológicas Paula Matos Curso de Inverno SPP, Março 2012 As malformações urológicas são a patologia fetal mais detectada nas ecografias obstétricas incidência

Leia mais

Malformações do trato urinário

Malformações do trato urinário Malformações do trato urinário 17/08/2017 - Dra. Marcela Noronha Devido à origem embriológica do trato urinário, muitas malformações podem ocorrer. Algumas delas são simples e frequentes, já outras são

Leia mais

infecção urinária e dano ao parênquima renal, as evidências de estudos clínicos e experimentais

infecção urinária e dano ao parênquima renal, as evidências de estudos clínicos e experimentais Artigo Original CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS ORIAIS À ADMISSÃO DE 483 CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM REFLUX UXO VÉSICO-URETERAL PRIMÁRIO: ESTUDO RETROSPECTIVO JOSÉ MARIA PENIDO SILVA, JOSÉ SILVÉRIO

Leia mais

DILATAÇÕES URINÁRIAS FETAIS (DUF) Protocolo elaborado por Alexandra Matias, Helena Jardim e Carlos Mariz

DILATAÇÕES URINÁRIAS FETAIS (DUF) Protocolo elaborado por Alexandra Matias, Helena Jardim e Carlos Mariz DILATAÇÕES URINÁRIAS FETAIS (DUF) Protocolo elaborado por Alexandra Matias, Helena Jardim e Carlos Mariz INTRODUÇÃO A ecografia prénatal de rotina permite detectar precocemente dilatações do tracto urinário

Leia mais

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal Compartilhe conhecimento: Devemos ou não continuar prescrevendo antibiótico profilático após diagnóstico da primeira infecção urinária? Analisamos recente revisão sistemática e trazemos a resposta. Em

Leia mais

Infecção do Trato Urinário na Infância

Infecção do Trato Urinário na Infância Universidade Estadual do Oeste do Paraná Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas Curso de Medicina Hospital Universitário do Oeste do Paraná HUOP Liga Médico-Acadêmica de Pediatria (LIPED) Infecção

Leia mais

Hidronefrose Antenatal: Avaliação Pós-Natal

Hidronefrose Antenatal: Avaliação Pós-Natal Hidronefrose Antenatal: Avaliação Pós-Natal Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia Colégio Brasileiro de Radiologia Elaboração Final: 25 de junho de 2006 Participantes: Giron AM, Monti PR, Lara RC,

Leia mais

XVI Reunião Clínico - Radiológica. Dr. RosalinoDalasen.

XVI Reunião Clínico - Radiológica. Dr. RosalinoDalasen. XVI Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen www.digimaxdiagnostico.com.br CASO 1 Paciente: M. G. A., 38 anos, sexo feminino. Queixa: Infecção do trato urinário de repetição. Realizou ultrassonografia

Leia mais

Urologia Fundamental CAPÍTULO. Megaureter. Ricardo Jordão Duarte Francisco Tibor Dénes

Urologia Fundamental CAPÍTULO. Megaureter. Ricardo Jordão Duarte Francisco Tibor Dénes Urologia Fundamental CAPÍTULO 39 Megaureter Ricardo Jordão Duarte Francisco Tibor Dénes UROLOGIA FUNDAMENTAL INTRODUÇÃO O termo megaureter foi utilizado pela primeira vez por Caulk, em 1923, para descrever

Leia mais

Correlação entre o Diagnóstico Morfológico Pré e Pós-natal das Nefrouropatias Fetais

Correlação entre o Diagnóstico Morfológico Pré e Pós-natal das Nefrouropatias Fetais RBGO (6): 3653, 000 Correlação entre o Diagnóstico Morfológico Pré e Pósnatal das Fetais Trabalhos Originais Correlation between Pre and Postnatal Morphologic Diagnosis of Fetal Nephrouropathies Alamanda

Leia mais

Utilização da Urorressonância para a Avaliação da Hidronefrose Neonatal

Utilização da Urorressonância para a Avaliação da Hidronefrose Neonatal Maurício Hachul Professor Titular da Disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro Unisa - SP Professor Afiliado da Disciplina de Urologia da Escola Paulista de Medicina

Leia mais

Exames de imagem na avaliação de anomalias urológicas em lactentes com hidronefrose fetal: avanços e controvérsias

Exames de imagem na avaliação de anomalias urológicas em lactentes com hidronefrose fetal: avanços e controvérsias Artigo de Revisão Review Article Exames de imagem na avaliação de anomalias urológicas em lactentes com hidronefrose fetal: avanços e controvérsias Imaging for evaluation of urologic abnormalities in infants

Leia mais

Mal formações do trato urinário. Luciana Cabral Matulevic

Mal formações do trato urinário. Luciana Cabral Matulevic Mal formações do trato urinário Luciana Cabral Matulevic Refluxo Vésico-Ureteral Fluxo anormal de urina da bexiga para o trato urinário superior Achado isolado ou associado a outras malformações Causas

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO PEDIATRIA UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO PEDIATRIA UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO PEDIATRIA UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES o papel das uropatias/infecção urinária

Leia mais

Revisão/Atualização em Nefrologia Pediátrica: Diagnóstico e abordagem perinatal das anomalias nefro-urológicas

Revisão/Atualização em Nefrologia Pediátrica: Diagnóstico e abordagem perinatal das anomalias nefro-urológicas 60 J. Bras. Nefrol. 1998; 20(1): 60-67 Revisão/Atualização em Nefrologia Pediátrica: Diagnóstico e abordagem perinatal das anomalias nefro-urológicas Lilian dos Santos R. Sadeck, Victor Bunduki, Amilcar

Leia mais

XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen.

XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen. XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen www.digimaxdiagnostico.com.br CASO CLÍNICO 1 Pcte do sexo feminino com queixa de dor abdominal difusa. Coronal Sagital Laudo Aspecto compatível

Leia mais

Megaureter e Refluxo Vésico-ureteral

Megaureter e Refluxo Vésico-ureteral Megaureter e Refluxo Vésico-ureteral Francisco Tibor Dénes Professor Livre Docente Chefe da Unidade de Uropediatria Divisão de Urologia-HCFMUSP HCFMUSP URO Megaureter Definição Dilatação e tortuosidade

Leia mais

CURSO CLÍNICO DA HIDRONEFROSE FETAL ISOLADA:

CURSO CLÍNICO DA HIDRONEFROSE FETAL ISOLADA: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO CLÍNICO DA HIDRONEFROSE FETAL ISOLADA: ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO GRAZIELA DE MIRANDA COELHO Belo Horizonte 2007 GRAZIELA DE MIRANDA COELHO CURSO CLÍNICO DA

Leia mais

I Data: 24/05/05. II Grupo de Estudo: III Tema: IV Especialidade(s) envolvida(s):

I Data: 24/05/05. II Grupo de Estudo: III Tema: IV Especialidade(s) envolvida(s): Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 016/05 Tema: Ultra-sonografia dinâmica de vias urinárias I Data: 24/05/05 II Grupo de Estudo: Silvana Márcia Bruschi Kelles Lélia Maria de Almeida Carvalho

Leia mais

Diagnóstico pré-natal das anomalias do tracto urinário: dez anos de experiência

Diagnóstico pré-natal das anomalias do tracto urinário: dez anos de experiência Acta Pediatr. Port., 2002; 5 Vol. 33: 311-15 Diagnóstico pré-natal das anomalias do tracto urinário: dez anos de experiência JUDITE BATISTA, MARGARIDA ABRANCHES, ALZIRA SILVA, J. FERRA DE SOUSA Unidade

Leia mais

Megaureter: Diagnóstico e Tratamento

Megaureter: Diagnóstico e Tratamento Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia Elaboração Final: 27 de junho de 2006 Participantes: Calado AA, Macedo Jr A, Streit D O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira

Leia mais

DISPLASIA RENAL MULTIQUÍSTICA Em Defesa De Uma Experiência Conservadora

DISPLASIA RENAL MULTIQUÍSTICA Em Defesa De Uma Experiência Conservadora ARTIGO ORIGINAL Acta Med Port 2011; 24(S2): 549-556 DISPLASIA RENAL MULTIQUÍSTICA Em Defesa De Uma Experiência Conservadora Filipa CALDEIRA, Carla JUVANDES, Margarida PINTO, Manuela BRAGA, Paulo CALHAU

Leia mais

Tomografia computadorizada

Tomografia computadorizada Tomografia computadorizada Análise da Imagem Imagem 1: Tomografia computadorizada de abdome e pelve, reconstrução coronal, sem meio de contraste, evidenciando o rim e a junção ureteropélvica direitas.

Leia mais

A evolução do refluxo vesico-ureteral com diagnóstico perinatal

A evolução do refluxo vesico-ureteral com diagnóstico perinatal 0873-9781/08/39-3/106 Acta Pediátrica Portuguesa Sociedade Portuguesa de Pediatria CASUÍSTICA A evolução do refluxo vesico-ureteral com diagnóstico perinatal Henrique Leitão 1, António Jorge Correia 2,

Leia mais

Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc

Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc Imagem 01. Cintilografia Renal Estática Imagens (99mTc-DMSA) Paciente do sexo feminino, 10 anos de idade, apresenta enurese noturna, incontinência urinária

Leia mais

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor. Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor. É-lhe fornecida pela Sociedade Portuguesa de Nefrologia Pediátrica no contexto do Curso de Nefrologia

Leia mais

Dilatações piélicas e caliciais de diagnóstico pré-natal: Evolução de 2 a 5 anos

Dilatações piélicas e caliciais de diagnóstico pré-natal: Evolução de 2 a 5 anos Acta Pediatr. Port., 2002; N." 5 Vol. 33: 317-22 ARTUR ALEGRIA, LUÍSA LOPES, TERESA COSTA, ANA MARGARIDA SARMENTO, RICARDO ARAÚJO, ELO] PEREIRA Serviço de Pediatria da Maternidade Júlio Dinis. Serviço

Leia mais

Válvulas da uretra posterior: Casuística do Serviço de Urologia do Hospital Maria Pia

Válvulas da uretra posterior: Casuística do Serviço de Urologia do Hospital Maria Pia Acta Urológica 2006, 23; 4: 41-46 41 Artigos Originais Válvulas da uretra posterior: Casuística do Serviço de Urologia do Hospital Maria Pia 1 2 3 4 Alberto Palácios, Ribeiro de Castro, Vítor Cavadas,

Leia mais

ACURÁCIA DIAGNÓSTICA DE EXAMES ECOGRÁFICOS NA IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS UROLÓGICAS EM CRIANÇAS COM HIDRONEFROSE FETAL: UM ESTUDO PROSPECTIVO

ACURÁCIA DIAGNÓSTICA DE EXAMES ECOGRÁFICOS NA IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS UROLÓGICAS EM CRIANÇAS COM HIDRONEFROSE FETAL: UM ESTUDO PROSPECTIVO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ACURÁCIA DIAGNÓSTICA DE EXAMES ECOGRÁFICOS NA IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS UROLÓGICAS EM CRIANÇAS COM HIDRONEFROSE FETAL: UM ESTUDO PROSPECTIVO Cristiane dos Santos Dias

Leia mais

Artigo de Investigação Médica. Mestrado Integrado em Medicina DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DE MALFORMAÇÕES NEFRO- UROLÓGICAS: QUAL O PROTOCOLO IDEAL?

Artigo de Investigação Médica. Mestrado Integrado em Medicina DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DE MALFORMAÇÕES NEFRO- UROLÓGICAS: QUAL O PROTOCOLO IDEAL? Artigo de Investigação Médica Mestrado Integrado em Medicina DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DE MALFORMAÇÕES NEFRO- UROLÓGICAS: QUAL O PROTOCOLO IDEAL? Sara Sarmento Rodrigues 6º Ano Profissionalizante Instituto

Leia mais

Involução espontânea da hidronefrose isolada

Involução espontânea da hidronefrose isolada artigo original Involução espontânea da hidronefrose isolada Spontaneous involution of hydronephrosis Cristiane Nahas Lara Camargos 1 ; Eduardo Araujo de Oliveira 2 ; Magno Meirelles Ribeiro 3 RESUMO 1

Leia mais

Diagnóstico Pré-Natal de Malformação Nefro-Urológica Casuística da Maternidade Bissaya Barreto

Diagnóstico Pré-Natal de Malformação Nefro-Urológica Casuística da Maternidade Bissaya Barreto Acto Pediam. Port., 2000; N." 1, Vol. 31: 5-9 Diagnóstico Pré-Natal de Malformação Nefro-Urológica Casuística da Maternidade Bissaya Barreto GABRIELA MIMOSO, CONCEIÇÃO RAMOS Unidade de Diagnóstico Pré-Natal

Leia mais

CEF-CENTRO DE ESTUDOS EM MEDICINA FETAL CLÍNICA FETUS UROPATIAS OBSTRUTIVAS: OBSTRUÇÃO DE JUNÇÃO URETEROPÉLVICA, OBSTRUÇÃO DE

CEF-CENTRO DE ESTUDOS EM MEDICINA FETAL CLÍNICA FETUS UROPATIAS OBSTRUTIVAS: OBSTRUÇÃO DE JUNÇÃO URETEROPÉLVICA, OBSTRUÇÃO DE CEF-CENTRO DE ESTUDOS EM MEDICINA FETAL CLÍNICA FETUS UROPATIAS OBSTRUTIVAS: OBSTRUÇÃO DE JUNÇÃO URETEROPÉLVICA, OBSTRUÇÃO DE JUNÇÃO URETEROVESICAL, URETEROCELE, REFLUXO VESICOURETERAL VIVIAN MELO SÃO

Leia mais

CURSO CLÍNICO DO REFLUXO VESICOURETERAL PRIMÁRIO EM 735 CRIANÇAS E ADOLESCENTES

CURSO CLÍNICO DO REFLUXO VESICOURETERAL PRIMÁRIO EM 735 CRIANÇAS E ADOLESCENTES JOSÉ MARIA PENIDO SILVA CURSO CLÍNICO DO REFLUXO VESICOURETERAL PRIMÁRIO EM 735 CRIANÇAS E ADOLESCENTES UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Belo Horizonte 2006 JOSÉ MARIA PENIDO SILVA CURSO CLÍNICO DO

Leia mais

REFLUXO VÉSICO-URETERAL CODIFICAÇÃO E COBERTURA NA SAÚDE COMPLEMENTAR

REFLUXO VÉSICO-URETERAL CODIFICAÇÃO E COBERTURA NA SAÚDE COMPLEMENTAR REFLUXO VÉSICO-URETERAL CODIFICAÇÃO E COBERTURA NA SAÚDE COMPLEMENTAR DUT 115. ANGIO-RM ARTERIAL DE MEMBRO INFERIOR A partir de 02.01.2018, com a publicação da RN 428, haverá previsão de cobertura para

Leia mais

Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG RESUMO

Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG RESUMO Artigo Original Estudo Retrospectivo de Coorte de 739 Crianças Com Refluxo Vesicoureteral Primário Retrospective Cohort Study of 739 Children With Primary Vesicoureteral Reflux José Maria Penido Silva

Leia mais

Ureterocele. Projeto Diretrizes. Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia

Ureterocele. Projeto Diretrizes. Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia Elaboração Final: 26 de junho de 2006 Participantes: Calado AA, Macedo Jr A, Streit D O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira

Leia mais

Síndrome de Prune Belly: relato de caso

Síndrome de Prune Belly: relato de caso Revista de Medicina e Saúde de Brasília RELATO DE CASO Prune Belly Syndrome: a case report Guilherme Sales Gonçalves 1, Gleim Dias de Souza 2, Luciana Rodrigues Queiroz Souza 3, Victor de Sá Fernandes

Leia mais

Abordagem de lesões quísticas renais na infância

Abordagem de lesões quísticas renais na infância Abordagem de lesões quísticas renais na infância E. Rosado, D. Penha, P. Cabral, P. João, A. Tavares Serviço de Imagiologia do Hospital Prof. Dr. Fernando da Fonseca Directora de Serviço: Dra. Manuela

Leia mais

Cicatrizes renais em crianças com refluxo vesicoureteral primário

Cicatrizes renais em crianças com refluxo vesicoureteral primário 0021-7557/03/79-04/355 Jornal de Pediatria Copyright 2003 by Sociedade Brasileira de Pediatria Jornal de Pediatria - Vol. 79, Nº4, 2003 355 ARTIGO ORIGINAL Cicatrizes renais em crianças com refluxo vesicoureteral

Leia mais

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL Módulo 1 Palestrante: Dr. Luis Miguel Abranches Monteiro Urologia Moderador: Prof. Carlos Martins Medicina Geral e Familiar 01 Abril 2017 URO/2017/0010/PTp,

Leia mais

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias 11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias Enunciado Paciente do sexo feminino, 8 anos, há 2 dias com hematúria macroscópica e dor abdominal difusa leve à esclarecer. Pressão arterial

Leia mais

tract in children: lessons from the last 15 years Michael Riccabona Pediatr Radiol (2010) 40:947 955

tract in children: lessons from the last 15 years Michael Riccabona Pediatr Radiol (2010) 40:947 955 Obstructive diseases of the urinary tract in children: lessons from the last 15 years Michael Riccabona Pediatr Radiol (2010) 40:947 955 Resumo A obstrução do tracto urinário é um problema frequente em

Leia mais

INFECÇÃO URINÁRIA EM ADULTO

INFECÇÃO URINÁRIA EM ADULTO Página: 1 de 6 1. Definição: É o comprometimento de uma ou mais estruturas do sistema urinário geralmente de etiologia bacteriana. 2. Diagnóstico: 2.1 Clínico Início abrupto dos sintomas a seguir sugerem

Leia mais

Sangramento retroperitoneal por ruptura de cisto renal após trombólise intra-arterial de membro inferior direito: Relato de Caso

Sangramento retroperitoneal por ruptura de cisto renal após trombólise intra-arterial de membro inferior direito: Relato de Caso Introdução A utilização de trombolíticos na oclusão arterial aguda (OAA) de membros inferiores vem demonstrando bons resultados. Mesmo quando não parece haver revascularização total, o procedimento parece

Leia mais

REFLUXO VESICOURETERAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

REFLUXO VESICOURETERAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE

Leia mais

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética Imagem 01. Ressonância Margnética do Abdomen Imagem 02. Angiorressonância Abdominal Paciente masculino, 54 anos, obeso, assintomático, em acompanhamento

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RIO. Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RIO. Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RIO Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RIO É caracterizada pela multiplicação bacteriana

Leia mais

As funções dos rins incluem. Objetivos da aula. Medicina Nuclear Nefrourologia 17/10/2011. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc.

As funções dos rins incluem. Objetivos da aula. Medicina Nuclear Nefrourologia 17/10/2011. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. Objetivos da aula Medicina Nuclear Nefrourologia Conhecer sucintamente as principais técnicas e métodos com aplicação clínica na área da nefrourologia. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://www.walmorgodoi.com

Leia mais

CASO CLÍNICO DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA NÃO ATEROSCLERÓTICA

CASO CLÍNICO DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA NÃO ATEROSCLERÓTICA apresenta Adriano José de Souza Ecocenter Medicina Diagnóstica (Hospital Socor) Clínica Radiológica Conrad Belo Horizonte adrianosouza.vasc@gmail.com COMENTÁRIOS E DISCUSSÃO - PROFESSOR NICOS LABROPOULOS

Leia mais

Trauma Urogenital Proteus 2016

Trauma Urogenital Proteus 2016 Trauma Urogenital Proteus 2016 Fernando Ferreira Gomes Filho Medico do Departamento de Urologia - Faculdade de Medicina de Botucatu Unesp Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia Trauma Renal

Leia mais

Estenose da Junção Pieloureteral

Estenose da Junção Pieloureteral Estenose da Junção Pieloureteral Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia Colégio Brasileiro de Radiologia Elaboração Final: 27 de junho de 2006 Participantes: Hachul M, Ikari O, Leslie B, Pedro RN, Souza

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO CÓLICA NEFRÉTICA. Área: Médica Versão: 1ª

PROTOCOLO MÉDICO CÓLICA NEFRÉTICA. Área: Médica Versão: 1ª Página: 1 de 8 1. Introdução: A causa mais frequente da cólica nefrética é a passagem do cálculo pelo trato urinário, sendo a incidência anual de 16 casos para cada 1000 pessoas. O reconhecimento rápido

Leia mais

INTESTINO GROSSO 29/03/2017 INTESTINO GROSSO INTESTINO GROSSO. Ceco, cólon, reto e canal anal Ceco canino saca-rolha ; C

INTESTINO GROSSO 29/03/2017 INTESTINO GROSSO INTESTINO GROSSO. Ceco, cólon, reto e canal anal Ceco canino saca-rolha ; C PROFA. DRA. JULIANA PELOI VIDES Ceco, cólon, reto e canal anal Ceco canino saca-rolha ; C normalmente contém gás intraluminal Ceco felino difícil visualização, curto Cólon: Ascendente Transversa Descendente

Leia mais

REFLUXO VESICOURETERAL EM CRIANÇAS: ARTIGO DE REVISÃO. VESICOURETERAL REFLUX IN CHILDREN: A REVIEW DOI: /rmu.v1i

REFLUXO VESICOURETERAL EM CRIANÇAS: ARTIGO DE REVISÃO. VESICOURETERAL REFLUX IN CHILDREN: A REVIEW DOI: /rmu.v1i REVISÃO/REVIEW REFLUXO VESICOURETERAL EM CRIANÇAS: ARTIGO DE REVISÃO VESICOURETERAL REFLUX IN CHILDREN: A REVIEW DOI: 10.5380/rmu.v1i1.40682 Juliane Nery 1, Fábio Augusto Nascimento 1, Renato Tâmbara Filho

Leia mais

CASO CLÍNICO: INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

CASO CLÍNICO: INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO CASO CLÍNICO: INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO CASO CLÍNICO Identificação L.R.O.P. Sexo feminino Branca 2 anos Natural e procedente de Macéio Informante : a mãe CASO CLÍNICO Q. P: Febre e dor ao urinar HDA:

Leia mais

USG do aparelho urinário: hidroureteronefrose bilateral, bexiga repleta com volume estimado de 350 ml com paredes espessadas e trabeculadas.

USG do aparelho urinário: hidroureteronefrose bilateral, bexiga repleta com volume estimado de 350 ml com paredes espessadas e trabeculadas. 01 Concurso Menino de sete anos de idade chega ao ambulatório de pediatria para investigação de baixa estatura. Na história patológica pregressa, a mãe referiu vários episódios de infecções urinárias tratadas

Leia mais

Arquivos Catarinenses de Medicina

Arquivos Catarinenses de Medicina Arquivos Catarinenses de Medicina ISSN (impresso) 0004-2773 ISSN (online) 06-4280 ARTIGO ORIGINAL Perfil dos pacientes submetidos à pieloplastia no Hospital Infantil Joana de Gusmão de 1990 à 2009, um

Leia mais

Posterior urethral valve - Clinical and surgical aspects

Posterior urethral valve - Clinical and surgical aspects Revista Válvula de Uretra Médica Posterior de - Aspectos Minas clínicos Gerais e cirúrgicos 1 Artigo de Revisão Posterior urethral valve - Clinical and surgical aspects Ariádna Andrade Saldanha da Silva

Leia mais

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha. Tumores renais 17/08/2017 - Dra. Marcela Noronha As neoplasias do trato urinário em crianças quase sempre são malignas e localizam-se, em sua maioria, no rim. Os tumores de bexiga e uretra são bastante

Leia mais

Litíase Renal. Introdução. Tipos de Cálculo

Litíase Renal. Introdução. Tipos de Cálculo Litíase Renal Introdução Litíase renal é uma doença frequente que acomete mais homens que mulheres (atualmente em proporção inferior a 2:1) e pode estar localizada nos rins, ureter, bexiga e uretra. A

Leia mais

Triagem Neonatal para hipotireoidismo congênito: campanha para maior cobertura e detecção precoce de afetados

Triagem Neonatal para hipotireoidismo congênito: campanha para maior cobertura e detecção precoce de afetados Léa Maria Zanini Maciel Triagem Neonatal para hipotireoidismo congênito: campanha para maior cobertura e detecção precoce de afetados DIA 3 do Recém Nascido - Dia do Teste do Pezinho O Hipotireoidismo

Leia mais

Planejamento na NPC: eu prefiro TC. Anuar Ibrahim Mitre

Planejamento na NPC: eu prefiro TC. Anuar Ibrahim Mitre Planejamento na NPC: eu prefiro TC Anuar Ibrahim Mitre Planejamento na NPC: eu prefiro TC Localização do cálculo Tamanho do cálculo Avalia dureza do cálculo Avalia repercussão ao trato urinário Avalia

Leia mais

Em Memória: Professor José Silvério Santos Diniz ( )

Em Memória: Professor José Silvério Santos Diniz ( ) Pró-memória PrO-memOrY Em Memória: Professor José Silvério Santos Diniz (1935-2011) In Memoriam: Professor José Silvério Santos Diniz (1935-2011) Autores Eduardo Araújo Oliveira 1 Ana Cristina Simões e

Leia mais

GILBERTO JOSÉ RODRIGUES PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS À PIELOPLASTIA NO HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO NO PERÍODO DE

GILBERTO JOSÉ RODRIGUES PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS À PIELOPLASTIA NO HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO NO PERÍODO DE I GILBERTO JOSÉ RODRIGUES PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS À PIELOPLASTIA NO HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO NO PERÍODO DE 1990-2009 Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, como

Leia mais

Ectopia renal cruzada com fusão: Relato de dois casos e revisão da literatura

Ectopia renal cruzada com fusão: Relato de dois casos e revisão da literatura Relato de Caso Case Report Ectopia renal cruzada com fusão: Relato de dois casos e revisão da literatura Crossed renal ectopia with fusion: Report of two cases and review of the literature Autores Claudia

Leia mais

Artigo resumido: Successful renal transplantation in children under 6 years of age

Artigo resumido: Successful renal transplantation in children under 6 years of age J Bras Nefrol 2001;23(2):137-42 137 Resumos de artigos: Nefrologia pediátrica Artigo resumido: Successful renal transplantation in children under 6 years of age Dall Amico R, Ginevri F, Ghio L, Murer L,

Leia mais

Infecções do Trato Urinário

Infecções do Trato Urinário Infecções do Trato Urinário Introdução O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. A infecção do trato urinário (ITU) é caracterizada como uma inflamação provocada por um agente

Leia mais

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA ENTRE HOMENS E MULHERES NO MUNICÍPIO DE AGUAÍ EM PACIENTES QUE UTILIZAM O SUS

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA ENTRE HOMENS E MULHERES NO MUNICÍPIO DE AGUAÍ EM PACIENTES QUE UTILIZAM O SUS TÍTULO: INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA ENTRE HOMENS E MULHERES NO MUNICÍPIO DE AGUAÍ EM PACIENTES QUE UTILIZAM O SUS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO:

Leia mais

INFECÇÃO URINÁRIA. BIBLIOGRAFIA: EXAME DE URINA E PATOLOGIAS ASSOCIADAS Nadilson Cunha

INFECÇÃO URINÁRIA. BIBLIOGRAFIA: EXAME DE URINA E PATOLOGIAS ASSOCIADAS Nadilson Cunha INFECÇÃO URINÁRIA BIBLIOGRAFIA: EXAME DE URINA E PATOLOGIAS ASSOCIADAS ÍNDICE Epidemiologia Sintomatologia Etiologia Diagnóstico Diagnóstico diferencial Fatores facilitadores Refluxo Vésico Uretral (RVU)

Leia mais

Infeção Urinária. Divulgar normas de orientação clínica para diagnóstico, tratamento e seguimento da infecção urinária em Pediatria.

Infeção Urinária. Divulgar normas de orientação clínica para diagnóstico, tratamento e seguimento da infecção urinária em Pediatria. Objectivo: Divulgar normas de orientação clínica para diagnóstico, tratamento e seguimento da infecção urinária em Pediatria. Aplicabilidade: Médicos e enfermeiros do Hospital Pediátrico de Coimbra. Siglas,

Leia mais

Uretrocistografia Retrograda em Pediatria: Experiência do HFF

Uretrocistografia Retrograda em Pediatria: Experiência do HFF Acta Radiológica Portuguesa, Vol.XVI, nº 3, pág. 1-, Jul.-Set., Uretrocistografia Retrograda em Pediatria: Experiência do HFF Voiding Cystouretrography in Pediatric Population: Experience at HFF Joana

Leia mais

EXAME DE URETROGRAFIA CONTRASTADA PARA DIAGNÓSTICO DE RUPTURA URETRAL EM CANINO RELATO DE CASO

EXAME DE URETROGRAFIA CONTRASTADA PARA DIAGNÓSTICO DE RUPTURA URETRAL EM CANINO RELATO DE CASO 97 ISSN: 23170336 EXAME DE URETROGRAFIA CONTRASTADA PARA DIAGNÓSTICO DE RUPTURA URETRAL EM CANINO RELATO DE CASO ADAMS, M. I. 1, SANTOS, G. A. dos. 2 Resumo: O estudo teve como objetivo relatar, através

Leia mais

Índice. 1. Resumo/Abstract Introdução Objetivos Métodos Lista de Abreviaturas Epidemiologia..

Índice. 1. Resumo/Abstract Introdução Objetivos Métodos Lista de Abreviaturas Epidemiologia.. Índice 1. Resumo/Abstract...3 2. Introdução..7 3. Objetivos 8 4. Métodos..9 5. Lista de Abreviaturas... 9 6. Epidemiologia.. 10 7. Embriologia.....11 8. Fisiopatogenia..14 9. Genética 17 10. Apresentação

Leia mais

Uropatias obstrutivas bilaterais fetais: sinais ultrassonográficos durante a gravidez e evolução pós-natal

Uropatias obstrutivas bilaterais fetais: sinais ultrassonográficos durante a gravidez e evolução pós-natal Cleisson Fá b i o Andrioli Pe r a lta 1 Mário d e Figueiredo Neto 2 Simone Ravac c i Hi da lg o 3 Lourenço Sbragia Neto 4 Iz i l da Ro d r i g u e s Machado Ro s a 5 Emílio Fr a n c i s c o Marussi 6 Ri

Leia mais

Exames complementares em nefrologia pediátrica: Interpretação e conduta

Exames complementares em nefrologia pediátrica: Interpretação e conduta Exames complementares em nefrologia pediátrica: Interpretação e conduta Mariana Affonso Vasconcelos - Nefrologista pediátrica do HC/UFMG - Pediatra UTIP Materdei - Pediatra Maternidade Odete Valadares

Leia mais

Curso clínico da válvula de uretra posterior detectada intra-útero: seguimento a longo prazo

Curso clínico da válvula de uretra posterior detectada intra-útero: seguimento a longo prazo 1 Curso clínico da válvula de uretra posterior detectada intra-útero: seguimento a longo prazo Eduardo A Oliveira a, José SS Diniz a, Eli AS Rabêlo a, José MP Silva a, Antônio CV Cabral b, Alamanda K Pereira

Leia mais

Diagnóstico Pré-Natal de Dilatação Pielocalicial e o Refluxo Vesicouretérico

Diagnóstico Pré-Natal de Dilatação Pielocalicial e o Refluxo Vesicouretérico UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Ciências da Saúde Diagnóstico Pré-Natal de Dilatação Pielocalicial e o Refluxo Vesicouretérico Helena Isabel Marques Alves Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Leia mais

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas. Data: 10/04/2013

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas. Data: 10/04/2013 Universidade Federal de São Paulo Escola Paulista de Medicina Departamento de Diagnóstico por Imagem Setor Abdome Journal Club Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas Data: 10/04/2013

Leia mais

Modelos de predição em anomalias congênitas dos rins e do trato urinário: Necessidade de cirurgia e progressão para doença renal crônica

Modelos de predição em anomalias congênitas dos rins e do trato urinário: Necessidade de cirurgia e progressão para doença renal crônica MARIANA AFFONSO VASCONCELOS Modelos de predição em anomalias congênitas dos rins e do trato urinário: Necessidade de cirurgia e progressão para doença renal crônica Tese a ser apresentada ao Programa de

Leia mais

Laparoscopia e Litíase Urinária

Laparoscopia e Litíase Urinária Laparoscopia e Litíase Urinária Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia Elaboração Final: 23 de junho de 2006 Participantes: Castilho LN, Rodrigues PRM O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação

Leia mais

Disciplina de Nefrologia Pediátrica Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP

Disciplina de Nefrologia Pediátrica Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Prof Dra Marcia Camegaçava Riyuzo Disciplina de Nefrologia Pediátrica Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP unesp Infecção urinária Crescimento de microorganismos no trato

Leia mais

WILLIAM SCHNEIDER DA CRUZ KRETTLI

WILLIAM SCHNEIDER DA CRUZ KRETTLI UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Saúde da Mulher WILLIAM SCHNEIDER DA CRUZ KRETTLI ESTUDO LONGITUDINAL DA ASSOCIAÇÃO ENTRE ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS

Leia mais

Tratamento da ITU na Infância

Tratamento da ITU na Infância Definições: Infecção Urinária Baixa= Cistite: Infecção limitada a bexiga Tratamento da ITU na Infância Infecção Urinária Alta=Pielonefrite Infecção atinge o parênquima renal Para fins de conduta terapêutica,

Leia mais

Objetivo. Exame contrastado Urografia Excretora. Indicações 15/04/2011. Anatomia. Contra-indicação. Preparo do paciente

Objetivo. Exame contrastado Urografia Excretora. Indicações 15/04/2011. Anatomia. Contra-indicação. Preparo do paciente Objetivo Exame contrastado Urografia Excretora É o estudo radiológico contrastado dos rins, ureteres e bexiga e necessita de um ótimopreparo intestinal, na véspera do exame. Indicações Anatomia Cálculo

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE IDOSO INTERNADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE IDOSO INTERNADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PACIENTE IDOSO INTERNADO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA Paulo César Gottardo 1, Ana Quézia Peixinho Maia¹, Igor Mendonça do Nascimento

Leia mais

THE LICH-GREGOIR ANTIREFLUX PROCEDURE: EXPERIENCE FROM 118 CASES

THE LICH-GREGOIR ANTIREFLUX PROCEDURE: EXPERIENCE FROM 118 CASES Clinical Urology Brazilian Journal of Urology Official Journal of the Brazilian Society of Urology Vol. 26 (4): 372-377, July - August, 2000 THE LICH-GREGOIR ANTIREFLUX PROCEDURE: EXPERIENCE FROM 118 CASES

Leia mais

Cintilografia com hemácias marcadas com 99mTc-PYP

Cintilografia com hemácias marcadas com 99mTc-PYP Análise das Imagens Cintilografia com hemácias marcadas com 99mTc-PYP Imagem 1: Análise da Imagem 1: Cintilografia com hemácias marcadas com 99m Tc-PYP para pesquisa de hemorragia digestiva: concentração

Leia mais

Duplicação De Uretra Em Criança Com Sintomas Urinários Obstrutivos

Duplicação De Uretra Em Criança Com Sintomas Urinários Obstrutivos Duplicação De Uretra Em Criança Com Sintomas Urinários Obstrutivos Matheus Maciel Braga*, Rogério Saint-Clair Pimentel Mafra, Luiz Ronaldo Alberti, José Henrique Dallacqua Santiago, Moacir Astolfo Tibúrcio.

Leia mais

Mauricio Zapparoli Departamento de Clínica Médica Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná. DAPI Diagnóstico Avançado por Imagem

Mauricio Zapparoli Departamento de Clínica Médica Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná. DAPI Diagnóstico Avançado por Imagem Mauricio Zapparoli Departamento de Clínica Médica Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná DAPI Diagnóstico Avançado por Imagem Urografia Excretora Necessita Contraste Iodado (alergias/função

Leia mais

ABSCESSO RENAL OU PERI-RENAL - DRENAGEM PERCUTÂNEA, DRENAGEM DE ABSCESSO RENAL / PERI-RENAL (SUS)

ABSCESSO RENAL OU PERI-RENAL - DRENAGEM PERCUTÂNEA, DRENAGEM DE ABSCESSO RENAL / PERI-RENAL (SUS) 1 - Nome Procedimento ABSCESSO RENAL OU PERI-RENAL - DRENAGEM PERCUTÂNEA, DRENAGEM DE ABSCESSO RENAL / PERI-RENAL (SUS) Descrição do procedimento Abscesso renal ou peri-renal - drenagem percutânea CIDs

Leia mais

INTRODUÇÃO LESÃO RENAL AGUDA

INTRODUÇÃO LESÃO RENAL AGUDA INTRODUÇÃO Pacientes em tratamento imunossupressor com inibidores de calcineurina estão sob risco elevado de desenvolvimento de lesão, tanto aguda quanto crônica. A manifestação da injuria renal pode se

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Trato urinário superior Rins Ureteres Professora: Juliana Peloi Vides Trato urinário inferior Bexiga Uretra FREQUENTES!!! Parênquima renal Pelve renal Ureteres Bexiga Uretra

Leia mais

As dúvidas mais comuns sobre a infecção urinária

As dúvidas mais comuns sobre a infecção urinária As dúvidas mais comuns sobre a infecção urinária 17/08/2017 - Dra. Marcela Noronha Esse texto tem caráter informativo e foi feito para que você fique por dentro dos principais pontos quando falamos sobre

Leia mais