Palavras chaves: Recurso didático; bioquímica; ensino médio.
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- Stella Canto Ventura
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1 A UTILIZAÇÃO DE RERCURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DA BIOQUÌMICA Juliana bezerra dos santos (UFPE/CAV) Valéria Bezerra da Silva (UFPE/CAV) Renata Priscila Alves da Silva (UFPE/CAV) Elis Carla de Moura Lima (EREM Antônio Farias) Resumo Os conteúdos de bioquímica no Ensino Médio apresentam questões que envolvem abstrações, dificultando as relações entre o universo microscópico e as funções orgânicas macroscópicas. O objetivo deste trabalho foi apresentar um relato de experiência acerca da utilização de recursos didáticos para ensinar o ciclo de Krebs, cadeia respiratória e a glicólise, em turmas de ensino médio na escola EREM Professor Antônio Farias, no município de Gravatá (PE). Foi formulado um esquema com tarjetas e setas no qual representavam os principais componentes de cada ciclo e como acontecia o processo no corpo humano. Os alunos montaram os esquemas em tamanho macro, participando ativamente da construção dos ciclos, auxiliando na compreensão dos conteúdos bioquímicos. Palavras chaves: Recurso didático; bioquímica; ensino médio. Introdução Especialmente no ensino de ciências e biologia, a utilização de estratégias e modelos didáticos durante a aula é fundamental, pois as disciplinas como biologia que são de caráter concreto e cientifico perdem o sentido quando estudadas só a teoria (MORTIMER, 1996). Conteúdos na área de bioquímica, como fotossíntese, glicólise e Ciclo de Krebs envolvem conceitos abstratos que exigem conhecimento científico das áreas de Biologia e Química (GOMES e MESSEDER, 2014). Isso tem causado um dilema para os professores envolvidos com o ensino nessa área, pois os alunos definem esses conteúdos como uma coleção de estruturas químicas e reações difíceis de serem assimiladas (BECKHAUSER et al., 2006).
2 Dessa forma, ensinar ciclo de Krebs, cadeia respiratória e a glicólise para alunos do ensino médio tem sido um grande desafio para os professores, já que são temas importantes para o entendimento dos avanços da biotecnologia e fundamentais para discussões sobre bioética, porém abstratos na percepção dos estudantes (MORONI et al., 2009). Para minimizar essa situação, a construção de recursos didáticos pelos alunos pode auxiliar na aprendizagem de conteúdos dessa natureza, visto que, aumenta a capacidade de compreensão e memorização de alguns fenômenos bioquímicos. A construção do conhecimento que, na escola, se dá mediante o processo ensino-aprendizagem deve acontecer de uma forma diferente da tradicional para que, esta dificuldade de compreensão seja superada por parte dos alunos. O jogo ou modelo deixa o ato de ensinar e aprender mais leve, quebrando a monotonia das aulas, e trazendo uma nova forma de aprender, diferente da qual os alunos estão habituados. O professor pode adotar procedimentos bastante simples, mas que exijam a participação efetiva do aluno (BRASIL, 2006). O objetivo deste trabalho foi apresentar um relato de experiência acerca da utilização de recursos didáticos para ensinar o ciclo de Krebs, cadeia respiratória e a glicólise, em turmas de ensino médio. Metodologia A utilização de recursos didáticos do tipo modelo ou esquemas podem ser uma excelente opção para auxiliar na exposição e compreensão de determinados fenômenos bioquímicos. Assim foram elaboradas tarjetas e setas que compõe um esquema completo do ciclo de Krebs, da cadeia respiratória e da glicólise, para que os alunos construíssem os esquemas macroscópicos logo após uma aula expositiva dialogada em sala. As estratégias de ensino foram desenvolvidas na Escola de Referência do Ensino Médio Antônio Farias, na cidade de Gravatá. Foram utilizados os seguintes materiais: Emborrachados; Papel ofício; Tesoura; Fita adesiva;
3 Caneta permanente. Foi formulado um esquema no qual as tarjetas e as setas representavam os principais componentes e eventos de cada ciclo (Figuras 1A e 1B) e como acontecia o processo no corpo humano. Então, os esquemas foram disponibilizados no auditório da escola e os alunos, que trabalhavam em duplas, tinham a oportunidade de montar os diversos ciclos (Figuras 1C e 1D). A B C D Figuras 1A e 1B: Recursos didáticos produzidos e utilizados para auxiliar o ensino de cadeia respiratória, ciclo da glicólise e o ciclo de Krebs. Figuras 1C e 1D: alunos do 1º ano do Ensino Médio da Escola de Referência Antônio Farias (Gravatá/PE) participando da construção passo a passo dos esquemas bioquímicos. Resultados e discussão De acordo com (MACHADO, et al., 2010), a bioquímica usa bastante a abstração e a imaginação para descrever os fenômenos que acontecem em nível molecular, sendo
4 difícil representar esses fenômenos apenas com quadro e giz e retroprojetor. A necessidade de fazer o aluno participar das ações de aprendizagem e utilizar os seus recursos mentais para construir ciclos bioquímicos, foram estratégias que auxiliaram os alunos do 1º ano do ensino médio Escola de Referência do Ensino Médio Antônio Farias a compreenderem o ciclo de Krebs, a cadeia respiratória e a glicólise de uma forma mais concreta. Foi nítido o envolvimento e o empenho dos alunos, ao montarem os esquemas e, o mais importante, esclarecer naquele momento as dúvidas remanescentes da aula teórica, já que este foi o principal objetivo do trabalho. Dessa forma, o ensino de biologia possibilitou o desenvolvimento de suas competências e permitiu compreender melhor o mundo, desenvolvendo a sua autonomia, além de formarem uma teia de conhecimento, servindo de suporte na construção de novos conhecimentos (GARRUTI E SANTOS, 2004). Conclusão O recurso didático por meio de esquemas favoreceu a mobilização e a reorganização de ideias dos alunos, tornando mais eficiente o trabalho do professor no enfrentamento dos obstáculos específicos dos conteúdos de bioquímica. Referências BERKHAUSER, PF.; ALMEIDA, E. M.; ZENI, A. L. O universo discente e o ensino de bioquímica. Revista Brasileira de Ensino de Bioquímica e Biologia Molecular, 2(6), BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio. Secretaria de Educação Básica. Departamento de Políticas de Ensino Médio. Brasília: MEC, GARRUTTI, E. A.; SANTOS, S. R. A interdisciplinaridade como forma de superar a fragmentação do conhecimento. Revista de Iniciação Científica da FFC, v. 4, n. 2, GOMES, L. M. J. B.; MESSEDER, J. C. Fotossíntese e respiração aeróbica: vamos quebrar a cabeça? Proposta de jogo. Revista do Ensino de Bioquímica, 12(2), 2014.
5 MORONI, F. T.; MORONI, R. B.; JUSTINIANO, S. C. B.; SANTOS, J. M. M. Pescando nucleotídeos: um novo jogo educativo para o ensino do processo de síntese proteica para estudantes do ensino médio. Revista Brasileira de Ensino de Bioquímica e Biologia Molecular, n. 1, MORTIMER, E. F. Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: para onde vamos? Investigações em Ensino de Ciências, v. 1, n. 1, p , 1996.
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