Revisão de Literatura PARNASIANISMO SIMBOLISMO. 2ª série Prof. Ana Santa Felicidade
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- Francisco Leonardo Barbosa Martini
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1 Revisão de Literatura PARNASIANISMO SIMBOLISMO 2ª série Prof. Ana Santa Felicidade
2 PARNASIANISMO arte pela arte = poetas davam extrema importância à perfeição formal A poesia, para o parnasiano, é sinônimo de beleza A poesia parnasiana, portanto, não denuncia e nem critica a sociedade Comparação do poeta com um ourives, joalheiro que lapida o poema até chegar ao estado máximo de perfeição formal *** CARACTERÍSTICAS: Objetividade temática: Musa! um gesto sequer de dor ou de sincero Luto jamais te afeie o cândido semblante! Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho, e diante De um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero. (Francisca Julia)
3 Perfeição formal comparação de poeta com ourives: Porque o escrever - tanta perícia, Tanta requer, Que oficio tal... nem há notícia De outro qualquer. (Olavo Bilac) Encadeamento enjambement E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos, presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha. (Olavo Bilac) Descrição detalhada: Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio. (Alberto de Oliveira) Retomada de temas greco-romanos: Luz da Grécia, pontífice de Apolo, Orfeu, despedaçada a lira ao colo [...]. (Olavo Bilac) Erotismo: Nua, de pé, solto o cabelo às costas, Sorri. Na alcova perfumada e quente, Pela janela, como um rio enorme [...]. (Olavo Bilac)
4 POETAS PARNASIANOS OLAVO BILAC Produção dividida em épocas ou blocos temáticos: 1 Retomada a temas românticos, lirismo: Ora (direis) ouvir estrelas! Certo Perdeste o senso! E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto E abro as janelas, pálido de espanto... 2 Nacionalismo / Patriotismo: Entrando as brenhas, teu amor procura Os índios, ora filhos, ora algozes, Aves pela inocência, e onças ferozes Pela bruteza, na floresta escura. Versificação, métrica e lirismo excepcionais são características da poética de Bilac.
5 RAIMUNDO CORREIA Musicalidade, sinestesia, pessimismo, subjetividade, angústia, dor e melancolia marcam a poesia de Correia. No poema As pombas (pág. 10) é possível perceber a angústia e a desilusão do poeta diante da vida, além da desesperança, pois as pombas, após o dia, retornam aos pombais, mas o dia que se passou, a vida que se viveu, o passado, não voltam, assim como a juventude. No poema Mal secreto (pág. 10) o poeta aborda as angústias e dores humanas e, principalmente, a falsidade dos que se dizem felizes. ALBERTO DE OLIVEIRA O mais formal de todos os poetas brasileiros parnasianos Lirismo, apuro formal, melancolia e pessimismo Descrições minuciosas de objetos, mulheres e elementos da natureza No poema Vaso grego (pág. 10) é perceptível a preocupação formal e também a descrição do objeto, além da temática grega sendo retomada através de nomes da mitologia grega.
6 PÁGINA 12 GABARITO COMENTADO 1) Corretas: (2) Sua principal característica era a valorização da arte pela arte, a busca pela perfeição. (8) A poesia parnasiana valorizava e primava pela versificação. Soma: 2+8 = 10 2) Alternativa D, pois o parnasianismo brasileiro seguiu os padrões e moldes europeus. 3) A valorização da arte pela arte faz com que o poeta parnasiano busque na linguagem as ferramentas necessárias para alcançar a tão almejada perfeição formal. 4) a) Tanto Raimundo Correia quanto Jorge de Lima aspiravam por uma literatura que exprimisse o Brasil, mas a literatura que se fazia no país, na época de cada um dos escritores, carecia, segundo eles, de genuína brasilidade. Ou seja, faltava verdadeiro sentido nacional à literatura brasileira, bem como na poesia parnasiana, que ignorava o Brasil, como lamentava Raimundo Correia, e faltava também autêntico e espontâneo sentido nacional à literatura modernista, apesar do forçado brasileirismo desta, como observa Jorge de Lima. b) Para Raimundo Correia, a falta de brasilidade da poesia parnasiana tornava seus produtos aleijados e raquíticos. O poeta considerava que tais produtos apresentavam todos os sintomas da decadência e parecem condenados, de nascença, à morte e ao olvido. Portanto, Raimundo Correia fazia, a respeito do Parnasianismo, um juízo ainda mais negativo do que aquele autorizado pela perspectiva histórica de hoje, mais de um século depois.
7 PÁGINA 12 GABARITO COMENTADO 5) Alternativa D, pois a busca pela perfeição parnasiana era evidenciada pelo apuro formal e porque foi Olavo Bilac, com a obra Poesias, que iniciou o Parnasianismo brasileiro. 6) a) Os dois poemas de Raimundo Correia se assemelham no que diz respeito às características tipicamente parnasianos, como o evidente apuro formal, a preferência pelo soneto e o tom melancólico e pessimista de ambos. Portanto, os dois poemas atendem à proposta simbolista, na medida em que abordam, de maneira eficiente, a temática da efemeridade da vida relacionada com a melancolia por esse fato As pombas e a fragilidade do discurso humano, ou seja, a falsidade dos ditos felizes Mal secreto. b) As duas primeiras estrofes são objetivas pois falam da revoada das pombas e de sua rotina, ou seja, trazem uma abordagem cotidiana de um fato cotidiano. Já os dois tercetos finais, ao relacionarem a revoada das pombas com os sonhos e a juventude, o fazem de modo subjetivo, transcendental e lírico. A relação entre o concreto e o imaterial só poderia, por se tratar de poesia, ser feita através da subjetividade. c) A falsidade humana, principalmente das pessoas que se consideram felizes. Na verdade, o poeta afirma, de modo subjetivo, que a felicidade é utópica, como confirmado nos tercetos finais do soneto.
8 SIMBOLISMO O simbolismo nasce da frustração e do descontentamento do homem com o social, o contexto histórico. *** CARACTERÍSTICAS: Subjetivismo anímico: Era um arpejo de harpa todo o espaço; mirava-a longamente, traço a traço, no seu fulgor de arcanjo proibido.. (Alphonsus de Guimaraens) Surgia a lua, além, toda de cera... Ai como suave então me parecera a voz do amor que eu nunca tinha ouvido. MUSICALIDADE: figuras de linguagem e rimas Em suaves, lentos lamentos De acentos Graves, Suaves... (Eugênio de Castro)
9 MISTICISMO/ESPIRITUALIDADE: Virgem, Regina, eucaristia, Coeli, Vinho é o clarão que teu amor impele. (Cruz e Souza) SINESTESIA e CROMATISMO Nem luz de astro nem luz de flor somente: um misto De astro e flor. Que olhos tais e que tais lábios, certo, (E só por serem seus) são muito mais do que isto... Ela é a tulipa azul do meu sonho deserto. (Alphonsus de Guimaraens) TEMAS DECADENTES: poeta desajustado socialmente Saudades desta dor que em vão procuro Do peito afugentar bem rudemente, Devendo, ao desmaiar sobre o poente, Cobrir-me o coração dum véu escuro!... (Camilo Pessanha) MAIÚSCULAS ALEGORIZANTES: É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguemse; embriaguem-se sem descanso. Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. (Baudelaire) LINGUAGEM REBUSCADA; IMATERIALIDADE; TRANSCENDENTALISMO.
10 POETAS SIMBOLISTAS CAMILO PESSANHA = morte, dor, solidão e efemeridade da vida. Onde ides a correr; melancolias? ANTÔNIO NOBRE = cotidiano. EUGÊNIO DE CASTRO = formalidade parnasiana. CRUZ E SOUZA = dramas existenciais, fuga = poesia libertária. ALPHONSUS DE GUIMARAENS = religiosidade, influência trovadoresca.
11 PÁGINA 31 GABARITO COMENTADO 7) Alternativa D. O Simbolismo é uma estética calcada na subjetividade e nas sensações, abusa da sugestão, da sinestesia e da musicalidade. 8) V V V F F. IV = O Simbolismo brasileiro não teve a grandiosidade do europeu, pois seus dois maiores representantes não sobressaíram, pois Cruz e Souza era negro e sofreu preconceito e Alphonsus de Guimaraens permaneceu isolado em uma cidade de interior. V = O movimento caracteriza-se como uma reação à época realista, combatendo a objetividade, a ciência naturalista e a frieza parnasiana. 9) Alternativa E. Os dois últimos versos confirmam a resposta. 10) O fragmento apresenta-se como uma espécie de descrição, de captura de um momento por meio das sensações do eu lírico, como se observa nos dois últimos versos.
12 Pierre Puvis de Chavannes
13 Paul Gauguin
14 O Ciclope, Odilon Redon
15 A Aparição - Gustave Moreau
16 O grito - Munch
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