Trabalho da página 92 à 94
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- Daniel Ângelo Bergmann Sanches
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1 Trabalho da página 92 à 94 1.O que significa perguntar sobre a natureza dos valores? Significa perguntar se os valores existem nas coisas e ações e o sujeito os descobre ou se existem apenas no sujeito e este os projeta nas coisas. Se os valores são objetivos ou subjetivos. 2. Define teoria subjetivista e objetivista e assinala com um quais as teorias que podem ser classificadas de subjetivistas e objetivistas Teorias subjetivistas: Os valores não existem em si nem nas coisas, estão dependentes do sujeito, dos seus sentimentos/preferências e aprovações Psicologismo Emotivismo Naturalismo Ontologismo Teorias objetivistas: Os são objetivos, encontram-se na relação com os objetos, não dependendo do sujeito limitando-se este a descobri-los tal como descobre outras propriedades das coisas Página 1 de 7
2 3. Analisa cada uma das teorias de acordo com os parâmetros seguintes. Psicologismo Ideias principais Juízos de valor têm valor de verdade? Valor é uma a vivência/experiência pessoal do sujeito = sentimento/desejo/preferência/valoração Valores são subjetivos: não existem por si mesmos, nem nas coisas só existem porque o sujeito existe, dependem dele para existir SIM NÃO Os juízos de valor são enunciados subjetivos: nada enuncia sobre os objetos, mas sobre o estado psicológico do sujeito. Enunciar Aquele quadro é belo significa dizer Aquele quadro agrada-me ou Prefiro aquele quadro Depende do facto de descrever adequadamente os sentimentos de agrado/aprovação ou de desagrado/desaprovação do sujeito Página 2 de 7
3 1. Não consegue explicar a permanência de certos valores na vida dos homens. Por exemplo, o valor da lealdade, do bem, da justiça. 2. Torna toda a discussão ou acordos em matéria de valores impossível uma vez que: a) Ninguém poderia estar enganado em questões de ordem valorativa, pois todos os juízos eram igualmente verdadeiros. O subjetivismo torna-nos infalíveis em questões de valor. b) Criticar tornar-se-ia impossível. Dizer a alguém que defende que Torturar é muto bom está errado não faz sentido. Não poderíamos argumentar contra essa pessoa no sentido de dizer que está errada e corrigi-la. 3. Não distingue o valor (que pode ser objetivo) do ato de valorar ou experiência dos valores (que pode ser subjetiva). Ex: Se, estar frio e sentir frio são coisas diferentes, ser belo e experienciar como belo não podem ser coisas diferentes também? Página 3 de 7
4 Emotivismo Ideias principais Juízos de valor têm valor de verdade? O emotivismo é uma forma (extrema) de psicologismo Para os emotivistas os nossos juízos de valor nada declaram, são meras expressões dos nossos sentimentos. Dizer Aquele quadro é belo significa dizer viva aquele quadro Aquele quadro Ummm A pena de morte é injusta é apenas outro modo de dizer A pena de morte Buuu ou Abaixo a pena de morte SIM NÃO Porque os juízos de valor declaram nada nem acerca do objeto nem do sujeito. São meras expressões linguísticas das emoções. São como exclamações Dando um papel secundário à razão torna todo o debate moral impossível. É impossível apresentar razões a favor /contra qualquer posição que seja Naturalismo Ideias principais Juízos de valor têm valor de verdade? Os valores são propriedades naturais das coisas. Por exemplo, quando se diz Aquela pintura é bela, a beleza é uma propriedade objetiva do quadro tal como a sua forma, tamanho e matéria. O ser humano limita-se a descobrir os valores nas coisas tal como descobre propriedades como o peso ou o comprimento, etc. Os juízos de valor são como os juízos de facto (enunciam propriedades objetivas das coisas) SIM x NÃO Dependem de descrever adequadamente as características objetivas (cor, peso, tamanho) das coisas, entre as quais se inclui o seu valor Página 4 de 7
5 Não consegue explicar a diferença nos juízos de valor acerca de uma mesma realidade. Por ex. porque é que para dois sujeitos um quadro pode ser belo e não belo. Não consegue explicar porque é que, acerca das mesmas realidades, os juízos de valor podem mudar. Por exemplo, porque é na Idade Média um quadro não era considerado belo e, séculos, mais tarde já é considerado belo. Se os valores são objetivos os nossos juízos sobre eles não devia mudar. Ontologismo Ideias principais Juízos de valor têm valor de verdade? Posição objetivista radical: defende que os valores não são qualidades das coisas, nem são coisas (materiais), mas coisas de uma natureza especial. Os valores são entidades ideais ou essências. Sendo ideais, os valores existem num mundo à parte: o mundo ideal. Existindo num mundo à parte, os valores são independentes: 1. Da matéria, do tempo e do espaço: são imateriais, intemporais (não sujeitos ao tempo histórico), absolutos (não dependem de um ponto de vista), e imutáveis (perenes). As coisas valiosas mudam, mas os valores não. 2. Do sujeito e dos objetos: estes não têm valor em si mesmos, mas apenas na sua relação com os valores, isto é, enquanto corporizam e se assemelham/participam/aproximam do SIM NÃO Depende de 2 acordos: 1º Que uma certa realidade material estar ou não de acordo com do valor ideal. 2º Que o valor usado no juízo para descrever essa realidade material esteja de acordo com essa realidade Ex: se digo que alguém que mentiu agiu com justiça, o meu juízo é falso porque a ação à qual atribuo o valor de Justiça, não de está de acordo com a noção ideal de Justiça. Se digo que é Injusta já é verdadeiro. Página 5 de 7
6 valor ideal. Não há fundamento para defender a existência dos valores num mundo inteiramente separado do mundo real: sendo verdade que a justiça não depende dos atos justos, que sentido tem uma justiça que não se corporiza em atos justos? Teoria relacional dos valores Ideias principais Os juízos de valor têm valor de verdade SIM x NÃO Os valores não são coisas Os valores não são qualidades naturais das coisas Os valores só se podem manifestar nas coisas e para um sujeito Os valores necessitam de duas condições: o Objetos com qualidades objetivas (brilho, consistência, resistência, sabor, etc.), que determinam o valor potencial dos mesmos. o Um sujeito, com certas necessidades e preferências que aquelas qualidades objetivas satisfazem, e que o levam a valorizá-las, determinando assim o seu valor concreto. Depende de descrever adequadamente o valor que o sujeito, de facto, atribui às coisas em função das propriedades que reconhece nelas para satisfação das suas necessidades e preferências Acaba por ser uma teoria subjetivista dos valores na medida em que a valorização atribuída às coisas depende do sujeito e dos seus contextos de vida. Está sujeita às mesmas objeções que o subjetivismo. o Exemplo: a raridade, o brilho e a incorruptibilidade do ouro levam o homem a valorizá-lo estética e utilitariamente Página 6 de 7
7 Os valores existem pois como relação (um sujeito valoriza certas propriedades de objetos) Os valores dependem assim da situação concreta do homem concreto: valorizam-se os contextos socioculturais e históricos em que ocorre essa valoração. Por exemplo o ouro não tinha o mesmo valor para os índios e para os colonizadores europeus, porque para a cultura índia, baseada na troca direta, o dinheiro e os metais preciosos nada valiam a não ser decorativamente. Para a cultura europeia o ouro tinha um valor económico e monetário alto. Página 7 de 7
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