Argumentação e Filosofia Argumentação, verdade e ser
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- Mauro Paranhos da Costa
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1 Argumentação e Filosofia Argumentação, verdade e ser
2 Índice 1. Filosofia, retórica e democracia Introdução 2. Argumentação, verdade e ser Resumo 3. Ser e realidade 4. Linguagem e Realidade 5. A linguagem instaura a realidade 6. Os Filósofos 7. Análise de imagens 8. Conclusão
3 Filosofia, retórica e democracia Introdução A argumentação é assegurada pela divergência de perspectivas, apresentando-se como processo mais salutar e eficaz de solucionar as questões humanas. Este processo argumentativo consiste na apresentação de uma ou mais teses ou pontos de vista, os quais ficam sujeitos ao juízo crítico dos participantes no processo. As teses fazem-se acompanhar de argumentos evidenciadores do seu grau de razoabilidade. A validade desses argumentos terá de ser legitimada pela crítica a que se submete no decorrer do diálogo e não pela via demonstrativa ou laboratorial. Por isso se constitui a argumentação como sustentáculo imprescindível à dinâmica inerente à vivência em sociedades democráticas. Argumentação, verdade e ser Resumo Tudo o que existe à nossa volta, tudo aquilo que sentimos, tudo aquilo que exige um reconhecimento por parte dos nossos cinco sentidos, a cidade em que moramos, a casa onde vivemos é real. Ser e realidade Tudo o que foi mencionado é real, tudo tem existência, embora a realidade de cada uma destas coisa seja diferente da realidade das outras. O ser humano constantemente manipula objectos, desempenhando papéis, desenvolvendo actividades, passando por emoções, imaginando coisas, etc. Contudo, o Homem
4 confronta-se com estas situações sabendo distingui-las umas das outras, e dando conta que todas elas apresentam um tipo de realidade diferente, fazendo parte da realidade, existindo, participando do ser. o O que é ser? Ser é, portanto, tudo o que é real, tudo o que possui realidade, tudo o que está aí, tudo quanto existe. O Homem crê na existência da realidade, tomando-a como algo, de evidente, como algo que se nos impõe e que seria absurdo pensar que não existe. Contudo, se reflectirmos um pouco mais sobre a realidade, não irão faltar dúvidas, questões, problemas. Muitos filósofos o têm feito. São vocacionados para as questões metafísicas, logo, para as questões que caracterizam o ser enquanto ser. Assim, esses filósofos adoptam uma perspectiva ontológica, colocando questões com vista ao esclarecimento daquilo que é o facto de as coisas existirem, daquilo que é em si a realidade. Por outro lado, os não-filósofos não adoptam essa orientação metafísica, limitando-se a distinguir o mundo que lhes é exterior e o seu mundo interior.
5 Deste modo consideram-se dois reais diferentes: Aquele que pressupõe a existência de um mundo físico: Qualquer indivíduo, qualquer situação, objecto, facto, acontecimento, distinto de nós e acerca do qual podemos dizer que é alguma coisa ou que é algo for a de nós. In Um outro olhar sobre o Mundo de Maria Antónia Abrunhosa e Miguel Leitão, edições ASA, p.249 Aquele que pressupõe a existência de um mundo psicológico: Qualquer percepção, imagem, intenção, lembrança, ideia, sonho ou projecto que, por aparecer na nossa consciência, podemos dizer que é alguma coisa em nós ou que é algo em nós. In Um outro olhar sobre o Mundo de Maria Antónia Abrunhosa e Miguel Leitão, edições ASA, p.249 Linguagem e Realidade É na convivência e comunicação com os outros que cada ser humano Vê a realidade exterior, transformando-a na sua realidade, criando o seu mundo. Esta interpretação do que nos rodeia implica a utilização de conceitos que encontramos definidos no sistema de representações que a sociedade nos apresenta através da linguagem. Seja qual for a configuração quem elaboremos de realidade, ela é sempre estruturada e expressa por um sistema de linguagem. A linguagem é não apenas uma
6 forma de expressar a realidade mas também uma forma de criar a própria realidade. A linguagem instaura a realidade O homem e o mundo constituem-se na e pela linguagem. Esta é a actividade fundacional e organizativa do homem e do mundo. Pela palavra nos abrimos ao mundo. A realidade torna-senos acessível, familiar, à medida que vamos designando, definindo, classificando e hierarquizando as coisas. As palavras encarregam-se de descrever a realidade. O ser das coisas revela-se na linguagem. Daí que os enunciados linguísticos sejam vistos como proposições referentes a objectos reais: Linguagem Realidade Substantivos Adjectivos Verbos Conjunções Objectos Qualidades Acções Relações
7 Os Filósofos A propósito da tradução da realidade pela linguagem, B. Russel defende a existência de uma relação isomórfica entre ambas. Há correspondência entre o mundo real e o da linguagem, pelo que a abordagem da realidade se faz, segundo este autor, a partir dos enunciados linguísticos. No contexto das relações entre linguagem e realidade, alguns filósofos de Viena, designadamente Schlick e Carp se param os enunciados com sentido dos enunciados sem sentido, sendo a verificação empírica o critério que os delimita. Os enunciados com sentido são susceptíveis de comprovação e podem traduzir-se uma linguagem de cariz lógico-formal. Wittgenstein defendia que a utilização contextualizada das expressões linguísticas é que é a chave da sua interpretação.
8 Análise de imagens Marcas como a Armani souberam impor-se como marcas de prestígio, como referencia para os que desejam pertencer a classes de estatuto sócio-económico superior. É a marca que se pretende adquirir, independentemente do produto a que a etiqueta possa estar afixada. A marca é uma espécie de assinatura, reveladora da pessoa a quem pertence o produto. As pessoas implicadas na publicidade insistem muito mais na promoção da marca que na do produto. O que interessa é criar um vínculo da pessoa com a marca, gerando uma relação de fidelidade. A publicidade tem como valor principal traduzir uma realidade que é expressa através da utilização de este tipo de linguagem. Neste caso a publicidade da Armani tem como objectivo dar a conhecer um produto (perfume) que é um objecto que faz parte do nosso real, do nosso contexto de realidade. A imagem actua como tradução dessa realidade em cima referida.
9 Conclusão Concluindo assim o trabalho, posso dizer que a linguagem é responsável por exprimir a realidade. E são utilizados vários tipos de linguagem para exprimir uma mesma ou várias realidades. A publicidade é um tipo de linguagem utilizado para fazer um consumir aderir a um produto, estabelecendo assim uma relação de fidelidade entre esse mesmo consumidor e a marca do produto. A realidade representa tudo aquilo que nos caracteriza, tudo o que sentimos, tudo o que tocamos, os locais onde vamos, os objectos que compramos. Existem assim, dois tipos de realidade, a que se insere num mundo físico ( é algo fora de nós ), e a que se insere num mundo psicológico ( é algo em nós ).
10 Bibliografia Web: ssell.jpg peid=4 Livros: Um outro olhar sobre o Mundo volume 2 de Maria Antónia Abrunhosa e Miguel Leitão, edições ASA
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