BIÓPSIA ASPIRATIVA E CORE BIOPSY

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "BIÓPSIA ASPIRATIVA E CORE BIOPSY"

Transcrição

1 Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Biopatologia BIÓPSIA ASPIRATIVA E CORE BIOPSY 23 de Abril de 2007 Prof. Fernando Schmitt Na semana passada, na aula teórica, discutimos as aplicações da citopatologia na medicina clínica. E eu disse-vos que existem três grandes áreas onde a citologia é importante: citologia exfoliativa, que se dividia em ginecológica e não ginecológica, e a citologia aspirativa. E nós, na semana passada, discutimos a citologia exfoliativa, principalmente a citologia ginecológica, e hoje vamos estudar um pouco mais em detalhe a citologia aspirativa, chamada, então, citologia aspirativa por agulha fina. Nós podemos definir a citologia aspirativa, num sentido estrito, como um diagnóstico morfológico baseado num exame do material celular que foi puncionado, aspirado, estendido, fixado e corado. Isto é uma forma muito redutora de definir citologia aspirativa, se nós nos fixarmos apenas na técnica. Assim, as fronteiras da citologia aspirativa ampliam-se quando a interpretação morfológica é combinada com a história clínica, exame físico e com exames complementares, principalmente a imagiologia. E o diagnóstico final deve ser, sempre, o chamado team work, deve ser um diagnóstico que tenha em consideração todos aqueles aspectos. Portanto, a citologia realizada desta maneira chama-se Citologia Clínica. E um exemplo do que é a citologia clínica é este que vos vou demonstrar. Fig 2 Fig 1 Fig 3 Fig 4 Fig 5 1

2 Vocês vêem este doente (Fig.1), com múltiplos nódulos cutâneos e subcutâneos, uns maiores, outros mais pequenos, no tórax e abdómen. Foi-nos pedido que fizéssemos uma punção aspirativa de um destes nódulos. Nós puncionámos um nódulo, o nódulo foi puncionado, aspirado, estendido, fixado e corado. Agora imaginem-se perante este quadro morfológico e sem esta história clínica ou sem terem visto o doente. Estas células que vocês vêem aqui (Fig.2) são células do tipo epitelial, linfóide ou mesenquimatoso? Estas células são compridas, com núcleos alongados, a maior parte destas células não estão em grupo, estão soltas e isoladas e ainda vemos aqui um fragmento de colagéneo, elemento do estroma. Então, com estas dicas, já me sabem dizer: são epiteliais ou mesenquimatosas? Mesenquimatosas. Apesar de ser um esfregaço muito celular, não dá para ver aqui atipias, não há pleomorfismo, mitoses, ou seja, não vemos aqui características de malignidade. E, portanto, se nós não tivéssemos visto aquele doente, o máximo que poderíamos dizer dessa citologia é que se trata de uma neoplasia mesenquimatosa com características de benignidade. Ora, quais são as neoplasias mesenquimatosas com características de benignidade que vocês conhecem? Lipoma, está certo. Leiomioma e fibroma. Muito bem! Já não está mal! Prof. Sobrinho Simões: Srs. Doutores, condroma, rabdomioma, neurofibroma... 1 Isto é diferente... Vamos pegar nestas três que disseram: lipoma, leiomioma e fibroma. Isto podia ser um lipoma? Não, porque não tem células adiposas. Podia ser um leiomioma? Não, porque o leiomioma tem células musculares lisas. Aqui não se vê o citoplasma das células, porque muitas vezes os citoplasmas das células, num esfregaço, caem, não são identificáveis (isto é não é um corte histológico, é um esfregaço), mas poderia eventualmente ser um leiomioma, mas não tem muita cara... Podia ser um fibroma? Podia muito bem ser um fibroma: tem fragmentos de tecido conjuntivo, colagéneo, células alongadas com núcleo alongado... Agora, se juntarem este aspecto citológico de neoplasia benigna mesenquimatosa com a observação deste doente, sabendo apenas que a citologia veio de um dos nódulos do doente, não acende nem uma luzinha na cabeça de vocês? O que parece que o doente tem? Eu vou dar mais uma dica: além destes múltiplos nódulos, se eu vos disser que, nas costas, o doente tinha uma 1 Srs. Doutores, se vocês, nesta altura, não vão lá, estamos lixados! 2

3 mancha que chamamos mancha de café com leite, com áreas escuras e áreas claras... Então aí já pensamos na possibilidade de ser uma Neurofibromatose. E o que significa o nome neurofibromatose? Se eu dissesse que o doente tem uma lipomatose, o que é que vocês pensavam que ele tinha? Que tinha múltiplos lipomas. Se é uma neurofibromatose, é porque tem múltiplos neurofibromas. Então, se vocês olharem para o doente e associarem as características morfológicas desta citologia, vocês facilmente fazem o diagnóstico de neurofibroma. Um destes nódulos (Fig.3) foi, depois, retirado, é um nódulo bem delimitado (lembrem-se que é uma neoplasia benigna), fuso celular (Fig.4), e aqui (Fig.5) cora por imunohistoquímica para a proteína S100 que, em geral, cora os tecidos de origem neural. Este exemplo é só para vos mostrar que, associando os aspectos clínicos com os achados morfológicos, vocês conseguem, com a citologia aspirativa, fazer o diagnóstico de uma maneira muito mais fácil e rápida. Um ponto muito importante da citologia aspirativa é a técnica. Muitos erros e enganos que acontecem na citologia aspirativa acontecem muito mais na hora de colher o material do que na própria interpretação da lâmina. Portanto, nesta técnica, a colheita do material é muito importante. E o sucesso da citologia aspirativa depende de alguns passos prévios essenciais, como, por exemplo: conhecer a história clínica do doente, localizar de uma forma muito precisa o nódulo a ser aspirado, por palpação ou por imagem, verificar se a indicação da punção aspirativa está justificada. Por exemplo, na tireóide, para nódulos inferiores a 1 cm de diâmetro, em geral, a punção aspirativa não está indicada, só para nódulos de 1 cm ou mais, por causa da precisão da punção. 3

4 Hoje em dia, praticamente toda a citologia aspirativa guia a agulha através de métodos imagem, sendo o método de imagem mais comummente utilizado a ecografia. Mesmo nos nódulos palpáveis, preferimos guiar a punção através da ecografia, para se saber exactamente onde é que a agulha recolheu o material. O material usado para fazer a citologia aspirativa consiste numa seringa, em geral de 10 ml, num aparelho que nós usamos para colocar a seringa e para criar pressão negativa e em agulhas. E agora sim, por que é que nós dizemos que é citologia aspirativa por agulha fina? Porque o diâmetro da agulha não pode ultrapassar os 0,6 mm, ou seja, este é o diâmetro máximo de uma agulha considerada uma agulha fina. Sabem qual é o diâmetro da agulha usada para colheita de sangue? É 0.8 mm. Se eu vos disse que a citologia aspirativa é clínica, ela é também um método que exige que se acompanhe uma série de passos: história e exame físico bem feito; uma palpação bem feita do nódulo, se ele for palpável, ou uma localização precisa, se for por ecografia; aspiração do material com agulha; depois da aspiração do material, temos que o colocar em cima de uma lâmina, seja, fazer um esfregaço; depois do esfregaço, o material é fixado e corado e, finalmente, interpretado no microscópio. O sucesso deste método é maior quando um único indivíduo faz todos estes passos. Muitas vezes, não é um único indivíduo que faz, alguns aspiram e outros interpretam no microscópio. 4

5 Quando é o mesmo que aspira o doente e interpreta no microscópio, as taxas de sucesso do método são bastante maiores. A história e exame clínico são muito importantes. Por exemplo, uma senhora com carcinoma da mama não podia ser operada, porque tinha um problema pulmonar que não permitia fazer anestesia. Ela fazia tratamento hormonal com tamoxifeno, pois era pós-menopáusica. Era acompanhada regularmente por punções aspirativas do nódulo da mama. Numa das consultas em que iria fazer uma nova punção da mama, ao ser examinada, foi-lhe detectado um nódulo subcutâneo, que, em princípio, seria uma metástase do carcinoma da mama ou um lipoma, embora não tivesse sido observado nas consultas prévias. Por isso, decidiu confirmar se aquilo era uma metástase do carcinoma da mama, fazendo uma citologia aspirativa de agulha fina deste nódulo. Que tipo de células observam aqui: epiteliais, linfóides ou mesenquimatosas? São linfóides. Na realidade, ela tinha um linfoma, uma segunda neoplasia. A palpação, quando o nódulo é palpável, é muito importante. Para fixar o nódulo, principalmente quando é móvel, usam-se dois dedos e a agulha vai entrar exactamente no meio. Quando o nódulo é muito pequeno (em geral são nódulos subcutâneos muito pequenos), temos que usar um único dedo para pressionar e fixar e a agulha entra de forma oblíqua, por baixo do dedo. A aspiração é muito importante, porque é nesta fase que se cometem os maiores erros técnicos da citologia por agulha fina. Portanto, estão a ver aqui um nódulo e a agulha é colocada dentro do nódulo. Quando a agulha estiver dentro do nódulo, puxam o êmbolo 5

6 da seringa, o que cria pressão negativa dentro da seringa e faz com que as células sejam aspiradas. E vocês vão movimentar a agulha em diferentes direcções. É muito importante que, antes de retirarem a agulha do nódulo, vocês soltem o êmbolo. Ao soltá-lo, como há pressão negativa (não há ar aqui dentro), ele volta à posição original. A punção aspirativa não é apunhalar o doente 2! Numa punção bem feita não deve vir sangue, não deve vir nenhum material para dentro da seringa. O material que queremos tem que ficar na agulha. A não ser que seja um cisto cheio de líquido. Neste caso, quando vocês colocam a agulha, o líquido enche a seringa. O líquido é, então, centrifugado e nós fazemos citologia do líquido. Este passo é muito importante, porque se vocês retirarem a agulha de dentro do nódulo com o êmbolo puxado, entra ar na agulha e empurra as células para dentro da seringa. Como esta seringa é de plástico, as células aderem ao plástico, sendo impossível retirá-las para as examinar. Por isso, é muito importante que, antes de se retirar a agulha, se solte o êmbolo para que ele volte à posição original. Só depois se retira a agulha de dentro do nódulo. Depois, vem outra etapa do exame, o esfregaço 3. Como se faz o esfregaço de sangue periférico, em hematologia? (o professor explicou com gestos). Num esfregaço 2...enquanto não vier sangue para dentro da seringa, o médico que não fica satisfeito! Tem que encher de sangue, principalmente os cirurgiões gostam de encher de sangue! Aí eles dão aquela agulhinha cheia de sangue, tem o material cheio de sangue. Depois vocês dizem Não tem material Mas, como? Eu entreguei a seringa cheia de sangue!!como vocês dizem que não tem material??? Não tem material do tumor, tem é sangue. 3 Muita gente acha que fazer o esfregaço é colocar o material em cima de uma lâmina e depois esfregar, como quem esfrega a roupa! 6

7 hematológico, o material é o próprio sangue, e o que o que hematologista quer é contar o número de células ou identificar alguma célula estranha, usando uma camada muito fininha do esfregaço e, por isso, utiliza aquela técnica. Aqui, este tipo de esfregaço é totalmente contra-indicado, porque no nosso material vamos ter células do tumor/lesão e sangue, misturados. Em geral, as células da lesão são mais pesadas que as células do sangue. Então, se vocês fizerem como num esfregaço hematológico, removem da lâmina as células tumorais e deixam ficar as do sangue. Vamos então ver como se faz... Lembram-se que retiraram a agulha com o êmbolo na posição original. A seguir, antes de fazer o esfregaço, é preciso destacar a agulha da seringa, puxar o êmbolo para encher a seringa de ar, colocar novamente a agulha na seringa e, finalmente, empurrar o material para cima da lâmina. Por vezes, o material não sai todo. Por isso, usamos uns truques: por exemplo, batemos com a agulha em cima da lâmina, com movimentos secos, ou, com uma agulha de insulina, mais fina, fazemos aspiração da própria agulha e depois colocamos o material na lâmina. E é assim que se faz o esfregaço: há uma lâmina receptora e uma lâmina que faz o esfregaço. Vocês colocam o bordo superior desta lâmina que faz o esfregaço junto ao material e fazem o movimento. Só que aqui há uma grande diferença relativamente ao esfregaço hematológico: antes do material chegar ao fim, vocês levantam a outra lâmina, de modo a não arrastar o material até ao fim da lâmina receptora. Quando o material é líquido, podemos concentrá-lo recorrendo a uma técnica: primeiro, com a outra lâmina, levamos todo o material lá para cima, voltamos até ao meio e, a partir do meio, fazemos aquele mesmo tipo de esfregaço, nunca trazendo esta lâmina até ao fim da outra. E assim fica feito o esfregaço. 7

8 1 2 3 O esfregaço de boa qualidade (1) tem o aspecto de um cometa e nunca vai até ao fim. Um exemplo de esfregaço de má qualidade é este que foi estendido por toda a lâmina e veio até ao fim (2); outro exemplo é este que está muito espesso, tem muito sangue(3). Se o esfregaço ficar mal feito, vamos ter que recolher novamente o material do doente. Depois, temos a fixação e a coloração. Na fixação e coloração, vocês podem ou deixar o material secar ao ar e depois este material é fixado só no momento da coloração (colorações hematológicas, como o May-Grünwald-Giemsa-MGG, o Leishman...) ou fixar em álcool 95 (colorações tipo Papanicolau, HE, imunocitoquímica) para fixar o material imediatamente (vocês fazem o esfregaço e colocam num recipiente com álcool ou usam spray; isto tem que ser muito rápido, porque se passar muito tempo entre o esfregaço e a fixação, o material fica danificado, sendo, neste caso, preferível não fixar e fazer coloração hematológica). Quando é que se faz um e quando é que se faz outro? Depende do serviço que vocês tiverem e de quão o patologista que vai interpretar estas laminas está treinado para um tipo de coloração ou outro. E chegámos ao último passo, a interpretação citológica. É evidente que vocês, além de colherem um bom material, esfregarem e fixarem, têm que saber o que significam aquelas células. Quando se pede para fazer uma citologia aspirativa (citologia clínica), o que é que o clínico quer saber daquele nódulo? Quer saber primeiro se é benigno ou maligno, depois 8

9 se é ou não curável, pode haver uma abordagem cirúrgica ou tem que ser feito outro tipo de tratamento? E são estes tipos de resposta que temos que dar nos diferentes pólipos. Aquilo que vêm agora é uma criança de um ano de idade, com múltiplos nódulos subcutâneos. É benigno ou maligno? Múltiplos nódulos subcutâneos numa criança de um ano, não parece muito bom! Se é curável e se se deve operar este nódulo, depende do diagnóstico. Nesta criança, estes nódulos são uma metastase de um neuroblastoma (um tumor maligno). Prof. Sobrinho Simões: Blastoma é sempre maligno. Agora vou mostrar-vos algumas aplicações da citologia aspirativa em alguns órgãos onde é usada com mais frequência: MAMA Na mama, a citologia aspirativa é um método simples, rápido, barato, efectivo, e é considerado o padrão de avaliação, tanto em lesões palpáveis, como em lesões não palpáveis (sendo que em lesões não palpáveis deve ser guiado, ou por ecografia, ou pela mamografia, uma técnica chamada de estereotaxia. (Lembrem-se que no seminário de mama já falámos nas biopsias guiadas por estereotaxia.) Neste órgão, a citologia aspirativa contribui para a decisão da conduta, tanto a nível clínico como cirúrgico, sendo o material obtido frequentemente após o diagnóstico primário. A mulher tem um nódulo, vocês puncionam e fazem o diagnóstico de carcinoma, de um cisto ou de um fibroadenoma. Como muitas vezes o planeamento terapêutico é feito antes da cirurgia, evidentemente que para nós deve ser o mais preciso possível. A citologia aspirativa por agulha fina e a biopsia por agulha grossa, mudaram um pouco a filosofia dos nódulos de mama. Há anos atrás, a mulher tinha um nódulo de mama e não se sabia o que era. Ia para o bloco operatório, tirava o nódulo e fazia um exame extemporâneo, para ver se era benigno ou maligno. Se fosse maligno, era 9

10 imediatamente sujeita a mastectomia, se fosse benigno a cirurgia parava por ali. Isto era muito agressivo pois a mulher nunca sabia se ia acordar com ou sem mama. Para além disso, não podia discutir o tipo de cirurgia. Hoje em dia, como ela vai para o bloco com o diagnóstico, já pode discutir se vai fazer uma cirurgia conservadora, uma mastectomia com reconstrução A citologia aspirativa por agulha fina torna-se um método de high tech quando se associa aos métodos de imagem, uma vez que juntos permitem o diagnóstico de um carcinoma de dimensões muito pequenas, fazendo um diagnóstico muito precoce. E por isso, na abordagem dos nódulos da mama, usa-se o tripé diagnóstico, tendo em conta a clínica, a imagem e a citologia. Quando os três são benignos, o diagnóstico é de benignidade (não é necessário retirar o nódulo ou fibroadenoma, a não ser por uma questão estética). Pelo contrário, se os 3 forem malignos, a conduta é a cirurgia. Se houver discordância, tem que se fazer uma biopsia. Com a mamografia de rastreio, começaram a aparecer muitas lesões mamárias não palpáveis, que são classificadas pelos radiologistas (classificação de I-V). Se acharem que é benigno a mulher volta na próxima ronda da mamografia, se acharem que é maligno faz a citologia, e se for suspeito tem que ser estudado. Existem várias formas de estudar esta lesão: desde por citologia aspirativa por agulha fina, até cirurgia aberta para remoção do nódulo (era o que se fazia antigamente). Hoje em dia há uma série de outros métodos intermédios: citologia por agulha grossa, o chamado mamoton, que parece um aspirador que aspira o nódulo (muito agressivo e caro). 10

11 Um dos aspectos mais frequentes da mamografia, que levanta a possibilidade de malignidade, são as microcalcificações (sempre que forem retiradas deve documentar-se: fazer um biopsia, um RX dessa biopsia para ver se as microcalcificações lá estão, e depois, se possível, observar no corte histológico a presença da microcalcificação; porque se a agulha estiver no lugar errado faz-se um diagnóstico de um falso-negativo). Nos últimos anos tem havido uma grande pressão para substituir a citologia por agulha fina pela biopsia por agulha grossa (CNB). Na biopsia por agulha grossa extrai-se um cilindro de tecido. Os defensores desta técnica defendem que esta é melhor que a citologia aspirativa por agulha fina porque se obtém mais material, podem estudar-se os factores prognósticos e preditivos, e não é necessário treino para fazer a citologia (colheita, interpretação ). No entanto isto é um 11

12 loby tremendo a favor da citologia aspirativa por agulha grossa, uma vez que, sendo este um método mais caro, que necessita da compra de um aparelho, há um grande interesse da indústria na sua utilização. Entretanto, há muitos estudos a demonstrar que não há grandes diferenças entre as duas técnicas, na mama. A sensibilidade e especificidade são semelhantes, há falsos-positivos e falsos-negativos nos dois. Há uma situação em que a biopsia por agulha grossa é claramente superior à citologia aspirativa por agulha fina: as microcalcificações. Em todas as outras situações é melhor a citologia aspirativa por agulha fina. Tal como o nosso grupo comprovou, não é verdade que só se pode estudar factores preditivos, por exemplo receptores de estrogéneos e material de citologia aspirativa, por biopsia por agulha grossa. Evidentemente que, na biopsia por agulha grossa o aparelho faz quase tudo. Já o sucesso da citologia aspirativa por agulha fina está relacionado com a habilidade e a experiência de quem faz a aspiração. Nas lesões não palpáveis da mama, tanto o exame citológico do material de punção aspirativa como histológico de biopsia por agulha grossa não são muitas vezes o diagnóstico definitivo. O relatório final deve ser, de preferência, enquadrado em categorias diagnósticas, tal como acontece no exame radiológico: é maligno, benigno, não tem material, ou é suspeito, sendo necessário retirar a lesão. Tecido mamário com alterações fibro-císticas. Em relação aos cistos da mama, se for único, pode fazer-se diagnóstico e tratar ao mesmo tempo (esvaziando o cisto com a punção aspirativa). 12

13 E aqui vêm uma imagem do seminário com as células da metaplasia apócrina que comummente reverte para os cistos da mama. Metaplasia apócrina TIREÓIDE Bócio Colóide (difuso) Bócio multinodular Carcinoma papilar da tireóide 13

14 Carcinoma medular da tireóide Tireoidite de Hashimoto A tireóide pode ter patologia nodular ou difusa, onde eu posso ver um aumento de toda a glândula. A lesão pode ser clinicamente palpável ou apenas observável pela ecografia. Com a citologia por agulha fina faz-se diagnóstico da grande maioria das patologias da tireóide (ex: bócios colóides, tireoidite de Hashimoto ) e também de tumores (carcinomas papilares da tireóide, que classicamente têm esta inclusão dentro do núcleo ver imagem correspondente; carcinomas medulares da tireóide, através da comprovação de que produzem calcitonina ver imagem correspondente). Carcinoma folicular Celularidade abundante Arranjos microfoliculares Escasso colóide No entanto, há uma situação em que a citologia aspirativa por agulha fina da tireóide não consegue definir o diagnóstico: são os chamados tumores foliculares. Isto é uma citologia em que aparecem muitas células, formando folículos, com pouco colóide, não sendo possível definir, se é um adenoma folicular da tireóide ou um carcinoma. Porque na histologia, como é que se diferencia o adenoma do carcinoma? Através de dois 14

15 critérios: a invasão da cápsula e a invasão vascular (que não se vêm na citologia). Nesta situação recomenda-se a cirurgia, remove-se o lóbulo e só depois se estuda a cápsula para ver se há áreas de invasão. Vantagens da citologia aspirativa da tireóide: - Diagnóstico muito rápido; - Custo muito baixo; - Reduz muito as cirurgias desnecessárias (Depois veio a cintilografia: via-se se captava ou não iodo. Quando o nódulo não captava e era frio, em geral era maligno; quando era quente, era benigno. Esta técnica dá muitos falsos-negativos e falsos-positivos. Se imaginarem um cisto da tireóide, ele deve ser frio ou quente? Frio. É um cisto, como tal é o último a captar o iodo. Estes cistos eram antigamente interpretados como malignos e eram retirados. Deste modo, a citologia reduziu muito estas cirurgias desnecessárias.) - O risco é muito baixo, mesmo em doentes com contra-indicações cirúrgicas; - Os cistos podem ser diagnosticados e tratados; - Pode permitir a confirmação diagnostica de um caso inoperável; - Permite o acompanhamento de doenças funcionais como a tireoidite de Hashimoto. GÂNGLIOS LINFÁTICOS Faz-se citologia aspirativa por agulha fina para, por exemplo pesquisar um gânglio aumentado num doente previamente saudável, fazer o estadiamento dos tumores malignos, seguimento de tumores tratados, audiação do material para uma coloração ou uma investigação especial. Praticamente não existe contra-indicação para fazer uma citologia aspirativa por agulha fina. Nos gânglios, a citologia aspirativa por agulha fina tem um papel muito importante nas doenças infecciosas. Por exemplo, permite que se faça o diagnóstico da linfadenite granulomatosa, ou seja uma inflamação crónica dos gânglios com granulomas. Pode ter muitas causas: tuberculose, toxoplasmose, pode ser um fungo, uma micose sistémica que pode comprometer os gânglios. Este granuloma com muitos PMN aqui no fundo, é o granuloma de uma doença que é relativamente frequente em gânglios cervicais ou axilares a doença da arranhadela do gato causada por uma bactéria, a Bartonella. A citologia aspirativa dos gânglios linfáticos também pode fazer o diagnóstico de uma metastase. Vocês podem chegar ao diagnóstico do sítio primário desta metastase se, por 15

16 exemplo, pensarem na localização do gânglio e do aspecto morfológico. Mas por exemplo, se virem uma metastase cervical de um carcinoma numa doente relativamente jovem, vão pensar na possibilidade de ser um tumor da tireóide. As metastases que têm células com nucléolos muito grandes e um pigmento acastanhado no citoplasma são provavelmente de um melanoma. Se por exemplo tiverem uma metastase de um adenocarcinoma, na região supraclavicular esquerda, vão pensar em quê? Carcinoma gástrico. Em relação aos tumores primários dos gânglios, a citologia aspirativa por agulha fina muitas vezes não faz o diagnóstico definitivo do tumor. A citologia aspirativa pode dizer: isto é um linfoma (já devem ter ideia que a classificação dos linfomas exige muitas vezes olhar para a arquitectura do gânglio e exige que se façam técnicas adicionais, e por isso a citologia aspirativa até pode dizer que é um linfoma, ou até que é um linfoma de Hodgkin, mas muito frequentemente exige a retirada para estudo histológico). Mas há outras situações em que a citologia aspirativa pode ser muito importante, situações que são, por vezes, de emergência médica, como acontece no linfoma linfoblástico, um linfoma que muitas vezes acomete o mediastino de crianças. E ao acometer o mediastino ele cresce muito rapidamente e pode comprimir a veia cava, dando um quadro clínico chamado sdr. da veia cava superior. Esta um situação de emergência médica (a criança pode morrer em insuficiência respiratória). Nessa situação, a citologia aspirativa por agulha fina é muito importante pois faz o diagnóstico deste linfoma, e este linfoma linfoblástico pode ser tratado imediatamente com drogas, para reduzir a massa tumoral (embora não seja o tratamento definitivo da doença), de forma a que o doente pare com a síndrome da veia cava, sendo depois abordado novamente para um diagnóstico definitivo. Dei-vos alguns exemplos (mama, tireóide e gânglios), mas praticamente qualquer sítio onde uma agulha pode chegar pode ser aspirado de forma a fazer o diagnóstico: Exemplos: Lipoma 16

17 Este senhor tem um nódulo no pescoço: o que é que parecem estas células? Adipócitos, portanto isto é um lipoma (não tem sinais de malignidade). Às vezes também se faz biopsias aspirativas a órgãos profundos, exigindo evidentemente maior cuidado do que com os órgãos superficiais, uma vez que aumenta o risco de complicações. Este era um doente que tinha sido operado à 5 anos por um adenocarcinoma do cólon. Este doente voltou à consulta com queixas respiratórias, febre, foi feito um RX e ele tinha um nódulo no pulmão. Pensou-se numa metástase. Estranhamente este era um nódulo único, e este doente não tinha qualquer outra manifestação de recidiva da doença, não tinha metástases no fígado, não tinha mais nenhum sinal. Mas tinha febre, e por isso, antes de fazer quimioterapia o clínico fez uma citologia aspirativa por agulha fina daquele nódulo. Qual foi a surpresa, que este era um granuloma por uma infecção fúngica do pulmão. Se o doente tivesse feito quimioterapia iria diminuir a imunidade com consequente disseminação fúngica, que poderia ser fatal. Este é então um caso em que a citologia aspirativa foi muito importante para fazer o diagnóstico definitivo da doença. - Biópsia do tipo "core-needle" - Citologia aspirativa por agulha fina - Esfregaço citológico - Imunocitoquímica - Neurofibromatose - Fibroma - Leiomioma - Lipoma - Neurofibroma - Pólipo - Metastase - Neuroblastoma - Mama - Mamografia GLOSSÁRIO - Exame extemporâneo - Fibroadenoma - Metaplasia apócrina - Tireóide - Bócio colóide (difuso) - Bócio multinodular - Carcinoma papilar - Carcinoma medular (tireóide) - Tireoidite de Hashimoto - Carcinoma folicular - Invasão - Linfadenites - Melanoma - Adenocarcinoma Ora aqui está mais uma aulinha desgravada! Espero que vos seja muito útil! Boa sorte a todos para esta última etapa! **Ana Luísa Aires**Ana Lúcia Cordeiro** 17

MANUAL COLHEITA E REMESSA DE MATERIAL

MANUAL COLHEITA E REMESSA DE MATERIAL MANUAL COLHEITA E REMESSA DE MATERIAL CITOPATOLOGIA O exame citológico oferece inúmeras vantagens, sendo atualmente um método que auxilia o médico veterinário no diagnóstico, prognóstico e procedimentos

Leia mais

Introdução à patologia. Profª. Thais de A. Almeida 06/05/13

Introdução à patologia. Profª. Thais de A. Almeida 06/05/13 Introdução à patologia Profª. Thais de A. Almeida 06/05/13 Patologia Definição: Pathos: doença. Logos: estudo. Estudo das alterações estruturais e funcionais nas células, tecidos e órgãos visando explicar

Leia mais

Doença nodular da tiroideia

Doença nodular da tiroideia 11º Curso Pós-Graduado NEDO 2010 Endocrinologia Clínica Diabetes Doença nodular da tiroideia Zulmira Jorge Serviço Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. H. Santa Maria NEDO - Núcleo Endocrinologia Diabetes

Leia mais

O que é e qual a Testes sua importância e diagnóstico Factores de riscotratamento Sintomas

O que é e qual a Testes sua importância e diagnóstico Factores de riscotratamento Sintomas O que é e qual a Testes sua importância e diagnóstico Factores de riscotratamento Sintomas O que é e qual a sua importância O cancro da mama é um tumor maligno um cancro que afecta sobretudo as mulheres

Leia mais

Nódulo de Tireoide. Diagnóstico:

Nódulo de Tireoide. Diagnóstico: Nódulo de Tireoide São lesões comuns à palpação da tireoide em 5% das mulheres e 1% dos homens. Essa prevalência sobe para 19 a 67% quando utilizamos a ecografia. A principal preocupação é a possibilidade

Leia mais

CONDUTAS CLÍNICAS PARA ACOMPANHAMENTO DE ACORDO COM RESULTADO DO EXAME CITOPATOTÓGICO

CONDUTAS CLÍNICAS PARA ACOMPANHAMENTO DE ACORDO COM RESULTADO DO EXAME CITOPATOTÓGICO CONDUTAS CLÍNICAS PARA ACOMPANHAMENTO DE ACORDO COM RESULTADO DO EXAME CITOPATOTÓGICO ADEQUAÇÃO DA AMOSTRA AMOSTRA SERÁ CONSIDERADA INSATISFATÓRIA ausência de identificação na lâmina ou na requisição;

Leia mais

Qual é a função do cólon e do reto?

Qual é a função do cólon e do reto? Câncer de Cólon Qual é a função do cólon e do reto? O cólon e o reto constituem o intestino grosso, que possui um importante papel na capacidade do organismo de processar os alimentos. O intestino grosso

Leia mais

O QUE É? O RETINOBLASTOMA

O QUE É? O RETINOBLASTOMA O QUE É? O RETINOBLASTOMA Retina O RETINOBLASTOMA O QUE SIGNIFICA ESTADIO? O QUE É O RETINOBLASTOMA? O Retinoblastoma é um tumor que se desenvolve numa zona do olho chamada retina. A retina é uma fina

Leia mais

Ygor Vieira de Oliveira. Declaração de conflito de interesse

Ygor Vieira de Oliveira. Declaração de conflito de interesse Ygor Vieira de Oliveira Declaração de conflito de interesse Não recebi qualquer forma de pagamento ou auxílio financeiro de entidade pública ou privada para pesquisa ou desenvolvimento de método diagnóstico

Leia mais

NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, A LUTA É CONTRA O CÂNCER

NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, A LUTA É CONTRA O CÂNCER NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, A LUTA É CONTRA O CÂNCER Enviado por LINK COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 08-Mar-2016 PQN - O Portal da Comunicação LINK COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL - 08/03/2016 O Dia Internacional

Leia mais

Dr. Ruy Emílio Dornelles Dias

Dr. Ruy Emílio Dornelles Dias Colelitíase Pedras na Vesícula Biliar O QUE É A VESÍCULA BILIAR E O QUE ELA FAZ? A vesícula é uma pequena saculação (como uma bexiga murcha) que se encontra junto ao fígado e sua função é armazenar bile,

Leia mais

O que é citologia e histologia?

O que é citologia e histologia? Vera Andrade http://histologiavvargas.wordpress.com/ 1. O que é Citologia e Histologia? 2. Qual a sua importância e a relação com as outras ciências? 3. Como é preparado o material para seu estudo? Outras

Leia mais

CAPÍTULO 2. CÂnCER DE MAMA: AVALIAÇÃO InICIAL E ACOMPAnHAMEnTO. 1. INTRODUçãO

CAPÍTULO 2. CÂnCER DE MAMA: AVALIAÇÃO InICIAL E ACOMPAnHAMEnTO. 1. INTRODUçãO CAPÍTULO 2 CÂnCER DE MAMA: AVALIAÇÃO InICIAL E ACOMPAnHAMEnTO 1. INTRODUçãO O sistema TNM para classiicação dos tumores malignos da mama foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952.

Leia mais

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço D I R E T R I Z E S 2 0 07 Antonio Jose Gonçalves A Disciplina de Cirurgia de

Leia mais

O que fazer perante:nódulo da tiroideia

O que fazer perante:nódulo da tiroideia 10º Curso Pós-Graduado NEDO 2010 Endocrinologia Clínica ASPECTOS PRÁTICOS EM ENDOCRINOLOGIA O que fazer perante:nódulo da tiroideia Zulmira Jorge Serviço Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. H. Santa

Leia mais

SAÚDE DA MULHER: CÂNCER DO COLO DO ÚTERO. Profª Dra. Ma. Auxiliadora Freire Siza. É a parte inferior do útero que o conecta à vagina.

SAÚDE DA MULHER: CÂNCER DO COLO DO ÚTERO. Profª Dra. Ma. Auxiliadora Freire Siza. É a parte inferior do útero que o conecta à vagina. SAÚDE DA MULHER: CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Profª Dra. Ma. Auxiliadora Freire Siza O que é o colo do útero? É a parte inferior do útero que o conecta à vagina. Produz muco que durante uma relação sexual ajuda

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006 Avaliando a Validade do Diagnóstico e de Testes de triagem Introdução

Leia mais

Supressão de vistas em peças prismáticas e piramidais

Supressão de vistas em peças prismáticas e piramidais Supressão de vistas em peças prismáticas e piramidais A UU L AL A Em determinadas peças, a disposição adequada das cotas, além de informar sobre o tamanho, também permite deduzir as formas das partes cotadas.

Leia mais

CAPÍTULO 11 INTERPRETAÇÃO DO LAUDO CITOLOGICO CERVICO VAGINAL. José Eleutério Junior Francisco das Chagas Medeiros Raquel Autran Coelho

CAPÍTULO 11 INTERPRETAÇÃO DO LAUDO CITOLOGICO CERVICO VAGINAL. José Eleutério Junior Francisco das Chagas Medeiros Raquel Autran Coelho CAPÍTULO 11 INTERPRETAÇÃO DO LAUDO CITOLOGICO CERVICO VAGINAL José Eleutério Junior Francisco das Chagas Medeiros Raquel Autran Coelho É através do laudo citológico que se sabe se vai haver necessidade

Leia mais

Tempo previsto: 1h30min.

Tempo previsto: 1h30min. (TLB I 10ºano) Tempo previsto: 1h30min. Visto que se considera inconveniente a utilização de sangue humano nas aulas, isto é, fazer um esfregaço sanguíneo e aplicar as técnicas de coloração adequadas,

Leia mais

Citopatologia em medicina clínica

Citopatologia em medicina clínica Citopatologia em medicina clínica Na aula de hoje nos vamos discutir alguns aspectos do uso da citopatologia na medicina clínica. Quando falamos em citopatologia, referimo-nos a três grandes grupos; uma

Leia mais

Interpretação do Laudo Citologico Cervico Vaginal. InTERPRETAÇÃO DO LAUDO CITOLOGICO CERVICO VAGInAL

Interpretação do Laudo Citologico Cervico Vaginal. InTERPRETAÇÃO DO LAUDO CITOLOGICO CERVICO VAGInAL Unidade 3 - Ginecologia Interpretação do Laudo Citologico Cervico Vaginal CAPÍTULO 15 InTERPRETAÇÃO DO LAUDO CITOLOGICO CERVICO VAGInAL É através do laudo citológico que se sabe se vai haver necessidade

Leia mais

O que é citologia, histologia e embriologia?

O que é citologia, histologia e embriologia? Vera Andrade http://histologiavvargas.wordpress.com/ 1. O que é Citologia, Histologia e Embriologia? 2. Qual a sua importância e a relação com as outras ciências? 3. Como é preparado o material para seu

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [LEPTOSPIROSE]

www.drapriscilaalves.com.br [LEPTOSPIROSE] [LEPTOSPIROSE] A Leptospirose é uma doença infecciosa grave. 2 leptospirose É causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans, que tem vários subtipos (chamados sorovares). Esses sorovares têm diferentes

Leia mais

HPV Vírus Papiloma Humano. Nome: Edilene Lopes Marlene Rezende

HPV Vírus Papiloma Humano. Nome: Edilene Lopes Marlene Rezende HPV Vírus Papiloma Humano Nome: Edilene Lopes Marlene Rezende O HPV (papiloma vírus humano) é o agente causador de uma doença sexualmente transmissível (DST). Condiloma Acuminado vulgarmente conhecida

Leia mais

Mielografia. Técnica em Radiologia: Antonia Ariadne Email: ariadnesouza3@gmail.com

Mielografia. Técnica em Radiologia: Antonia Ariadne Email: ariadnesouza3@gmail.com Mielografia Técnica em Radiologia: Antonia Ariadne Email: ariadnesouza3@gmail.com Mielografia O sistema nervoso é composto de cérebro, medula espinhal, nervos, gânglios e órgãos dos sentidos espaciais,

Leia mais

É estimado que 5% a 10% das mulheres nos EUA são. submetidas a cirurgia por tumor ovariano durante sua vida, e. 13% a 21% desses são malignos.

É estimado que 5% a 10% das mulheres nos EUA são. submetidas a cirurgia por tumor ovariano durante sua vida, e. 13% a 21% desses são malignos. É estimado que 5% a 10% das mulheres nos EUA são submetidas a cirurgia por tumor ovariano durante sua vida, e 13% a 21% desses são malignos. NIH Consensus Conference, JAMA; 273(6): 491-97, 1995. TUMORES

Leia mais

Gaudencio Barbosa R3CCP HUWC

Gaudencio Barbosa R3CCP HUWC Gaudencio Barbosa R3CCP HUWC Pacientes com carcinoma de celulas escamosas (CEC) comumente se apresentam com massa cervical O primario geralmente é revelado após avaliação clínica O primário pode ser desconhecido

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [ESPOROTRICOSE]

www.drapriscilaalves.com.br [ESPOROTRICOSE] [ESPOROTRICOSE] 2 Esporotricose A Esporotricose é uma doença (micose superficial) que acomete cães e gatos e é causada pelo fungo Sporothrix schenkii. É um fungo com distribuição mundial e é encontrado

Leia mais

Síndrome de Guillain-Barré

Síndrome de Guillain-Barré Enfermagem em Clínica Médica Síndrome de Guillain-Barré Enfermeiro: Elton Chaves email: eltonchaves76@hotmail.com Síndrome de Guillain-Barré É uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico

Leia mais

Acesse: http://fuvestibular.com.br/

Acesse: http://fuvestibular.com.br/ Vai uma raspadinha aí? Na aula anterior você aprendeu que existem operações de usinagem na indústria mecânica que, pela quantidade de material a ser retirado, têm que ser necessariamente feitas com o auxílio

Leia mais

Hipertensão Arterial. Promoção para a saúde Prevenção da doença. Trabalho elabora do por: Dr.ª Rosa Marques Enf. Lucinda Salvador

Hipertensão Arterial. Promoção para a saúde Prevenção da doença. Trabalho elabora do por: Dr.ª Rosa Marques Enf. Lucinda Salvador Hipertensão Arterial Promoção para a saúde Prevenção da doença Trabalho elabora do por: Dr.ª Rosa Marques Enf. Lucinda Salvador O que é a Pressão Arterial? É a pressão que o sangue exerce nas paredes das

Leia mais

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Medicina Hospital São Lucas SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA José Antônio de Figueiredo Pinto DEFINIÇÃO Lesão arredondada, menor que 3.0 cm

Leia mais

Cuidados com a saúde: como prevenir e diagnosticar o câncer

Cuidados com a saúde: como prevenir e diagnosticar o câncer Cuidados com a saúde: como prevenir e diagnosticar o câncer O QUE É? TUMOR Termo empregado originalmente para denominar crescimento causado pela inflamação. Tumor benigno: Massa localizada de células com

Leia mais

DNA, o nosso código secreto

DNA, o nosso código secreto Ciências Naturais 9ºAno Texto de apoio DNA, o nosso código secreto Nome: Data: Imagina que poderias ter nas mãos uma célula e abrir o seu núcleo como se abre um baú. Lá dentro, encontrarias uma sequência

Leia mais

Escalas ESCALAS COTAGEM

Escalas ESCALAS COTAGEM Escalas Antes de representar objectos, modelos, peças, etc. Deve-se estudar o seu tamanho real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade. Existem coisas que podem ser representadas no papel

Leia mais

Trabalhar em pé dá dor nas pernas?

Trabalhar em pé dá dor nas pernas? A U A UL LA Acesse: http://fuvestibular.com.br/ Trabalhar em pé dá dor nas pernas? Muitos trabalhadores e estudantes são obrigados a permanecer na mesma posição por longos períodos. Alguns ficam sentados,

Leia mais

Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data: 23 de Outubro de 2008. Tema da Aula Teórica: Tumores da Tiróide Autores: Ana Maçãs e Rita Nair Diaz Equipa Revisora:

Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data: 23 de Outubro de 2008. Tema da Aula Teórica: Tumores da Tiróide Autores: Ana Maçãs e Rita Nair Diaz Equipa Revisora: Anotadas do 5º Ano 2008/09 Data: 23 de Outubro de 2008 Disciplina: Cirurgia II Prof.: Dr. José Rocha Tema da Aula Teórica: Tumores da Tiróide Autores: Ana Maçãs e Rita Nair Diaz Equipa Revisora: Temas

Leia mais

Conjuntos mecânicos II

Conjuntos mecânicos II A UU L AL A Conjuntos mecânicos II Nesta aula trataremos de outro assunto também relacionado a conjuntos mecânicos: o desenho de conjunto. Introdução Desenho de conjunto Desenho de conjunto é o desenho

Leia mais

ACERVO DIGITAL FASE II. Histologia do Sistema Respiratório

ACERVO DIGITAL FASE II. Histologia do Sistema Respiratório ACERVO DIGITAL FASE II Histologia do Sistema Respiratório I Material: Traquéia Técnica: Hematoxilina-Eosina Observação com aumento total de 40x: Neste campo microscópico é possível observar-se a mucosa

Leia mais

SOLUÇÕES N2 2015. item a) O maior dos quatro retângulos tem lados de medida 30 4 = 26 cm e 20 7 = 13 cm. Logo, sua área é 26 x 13= 338 cm 2.

SOLUÇÕES N2 2015. item a) O maior dos quatro retângulos tem lados de medida 30 4 = 26 cm e 20 7 = 13 cm. Logo, sua área é 26 x 13= 338 cm 2. Solução da prova da 1 a fase OBMEP 2015 Nível 1 1 SOLUÇÕES N2 2015 N2Q1 Solução O maior dos quatro retângulos tem lados de medida 30 4 = 26 cm e 20 7 = 13 cm. Logo, sua área é 26 x 13= 338 cm 2. Com um

Leia mais

Medidas Antropométricas em crianças

Medidas Antropométricas em crianças Medidas Antropométricas em crianças Prof a Raquel Simões A. Nutricional Profa. Raquel Simões 1 Medidas Antropométricas - crianças Peso Estatura / Comprimento Perímetro cefálico Perímetro Torácico Perímetro

Leia mais

Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é permitida através de autorização por escrito de

Copyright de todos artigos, textos, desenhos e lições. A reprodução parcial ou total deste ebook só é permitida através de autorização por escrito de 1 Veja nesta aula uma introdução aos elementos básicos da perspectiva. (Mateus Machado) 1. DEFINIÇÃO INTRODUÇÃO A PERSPECTIVA Podemos dizer que a perspectiva é sem dúvida uma matéria dentro do desenho

Leia mais

Gerenciamento de Acesso Vascular PDP

Gerenciamento de Acesso Vascular PDP Gerenciamento de Acesso Vascular PDP Com o gerenciamento de acesso vascular PDP você vai além da inserção de um cateter. O VeinViewer é uma ferramenta excelente no Pré, Durante e Pós acesso. A veia mais

Leia mais

ALTERAÇÕES DE INTESTINO DELGADO EM GATOS

ALTERAÇÕES DE INTESTINO DELGADO EM GATOS Nº 17 Fevereiro/2016 ALTERAÇÕES DE INTESTINO DELGADO EM GATOS Pedro V. P. Horta. Formado em Medicina Veterinária pela FMVZ-USP Residência em clínica médica de pequenos animais na FMVZ-USP Mestrado em clínica

Leia mais

PULSOS Fisiologia. Sistema Circulatório. Aorta Artérias Arteríolas Capilares Vénulas Veias Cavas

PULSOS Fisiologia. Sistema Circulatório. Aorta Artérias Arteríolas Capilares Vénulas Veias Cavas PULSOS Fisiologia Sistema Circulatório Aorta Artérias Arteríolas Capilares Vénulas Veias Cavas 1 PULSO Definições: movimento vibratório rítmico; expansão e retracção regulares e repetidas de uma artéria,

Leia mais

Sistema Cardiovascular. Prof. Dr. Valcinir Aloisio Scalla Vulcani Medicina Veterinária Universidade Federal de Goiás Regional Jataí

Sistema Cardiovascular. Prof. Dr. Valcinir Aloisio Scalla Vulcani Medicina Veterinária Universidade Federal de Goiás Regional Jataí Sistema Cardiovascular Prof. Dr. Valcinir Aloisio Scalla Vulcani Medicina Veterinária Universidade Federal de Goiás Regional Jataí SISTEMA CARDIOVASCULAR Introdução Componentes: - sistema vascular sanguíneo,

Leia mais

Capítulo 6 Sistemas Computadorizados de Auxílio ao Diagnóstico Médico

Capítulo 6 Sistemas Computadorizados de Auxílio ao Diagnóstico Médico 25 Capítulo 6 Sistemas Computadorizados de Auxílio ao Diagnóstico Médico Existem diversos tipos de aplicações já desenvolvidas envolvendo o uso de processamento de imagens médicas, a fim de auxiliar o

Leia mais

Representação de rugosidade

Representação de rugosidade Representação de rugosidade A UU L AL A Existem vários tipos de superfície de peças. Qual o melhor meio para identificar rapidamente cada um desses tipos e o estado das superfícies? Essa questão foi resolvida

Leia mais

Efeito do exercício no ritmo cardíaco

Efeito do exercício no ritmo cardíaco Efeito do exercício no ritmo cardíaco Objectivos Demonstrar competências na interpretação de fenómenos científicos Realizar experiências controladas executando, coleccionando, registando dados. Explicar

Leia mais

Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo Coordenação da Atenção Básica ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE BUCAL

Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo Coordenação da Atenção Básica ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE BUCAL Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo Coordenação da Atenção Básica ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE BUCAL DIAGNÓSTICO PRECOCE E PREVENÇÃO DO CÂNCER BUCAL Cidade de São Paulo, 2008 Ações educativas e inspeção

Leia mais

Circuitos Aritméticos

Circuitos Aritméticos Circuitos Aritméticos Semi-Somador Quando queremos proceder à realização de uma soma em binário, utilizamos várias somas de dois bits para poderemos chegar ao resultado final da operação. Podemos, então,

Leia mais

EBV - Sumário. José Miguel Azevedo Pereira - Virologia Teórica. Características morfológicas e estruturais. Características clínicas (MNI, linfomas)

EBV - Sumário. José Miguel Azevedo Pereira - Virologia Teórica. Características morfológicas e estruturais. Características clínicas (MNI, linfomas) EBV - Sumário Características morfológicas e estruturais Características clínicas (MNI, linfomas) Patogénese da infecção Latência do EBV - controlo da infecção Potencial oncogénico do EBV Diagnóstico da

Leia mais

O HPV é um vírus que ataca homens e mulheres. Existem mais de 200 tipos diferentes de

O HPV é um vírus que ataca homens e mulheres. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV O que é o Papiloma Vírus Humano (HPV)? O HPV é um vírus que ataca homens e mulheres. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, dos quais cerca de 40 tipos afetam a área genital. Alguns causam verrugas

Leia mais

Imagiologia Mamária. Manuela Gonçalo. Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves. Serviço de Radiologia HUC

Imagiologia Mamária. Manuela Gonçalo. Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves. Serviço de Radiologia HUC Imagiologia Mamária Manuela Gonçalo Serviço de Radiologia HUC Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves Imagiologia Mamografia (M. Digital) (referência) Diagnóstico Rastreio Ecografia R.M. Galactografia

Leia mais

Doença de base 2. CARACTERIZAÇÃO DAS LESÕES

Doença de base 2. CARACTERIZAÇÃO DAS LESÕES Doença de base As patologias de base dos pacientes corresponderam ao grupo ao qual pertenciam. Assim, o diabetes mellitus e a insuficiência venosa crônica, isolados ou associados a outras patologias, como

Leia mais

INFECÇÕES PRIMÁRIAS DA CORRENTE SANGUÍNEA CRITÉRIOS NACIONAIS. Dra Rosana Rangel SMSDC/RJ 2011

INFECÇÕES PRIMÁRIAS DA CORRENTE SANGUÍNEA CRITÉRIOS NACIONAIS. Dra Rosana Rangel SMSDC/RJ 2011 INFECÇÕES PRIMÁRIAS DA CORRENTE SANGUÍNEA CRITÉRIOS NACIONAIS Dra Rosana Rangel SMSDC/RJ 2011 Objetivos Definir infecção primária de corrente sanguínea (IPCS); Diferenciar infecção primária e secundária

Leia mais

Diagnóstico e Conduta nas Lesões Intraepiteliais Cervicais de Alto Grau

Diagnóstico e Conduta nas Lesões Intraepiteliais Cervicais de Alto Grau Diagnóstico e Conduta nas Lesões Intraepiteliais Cervicais de Alto Grau Curso de Atualização em PTGI 20/06/09 Instituto de Ginecologia - UFRJ Susana Aidé História natural da NIC Progressão Progressão Regressão

Leia mais

Acesso às Consultas Externas do Serviço de Estomatologia do Hospital de Santa Maria do Centro Hospitalar Lisboa Norte

Acesso às Consultas Externas do Serviço de Estomatologia do Hospital de Santa Maria do Centro Hospitalar Lisboa Norte Acesso às Consultas Externas do Serviço de Estomatologia do Hospital de Santa Maria do Centro Hospitalar Lisboa Norte O Serviço de Estomatologia do Hospital de Santa Maria (SE do HSM) do Centro Hospitalar

Leia mais

Protocolos para tórax. Profº Claudio Souza

Protocolos para tórax. Profº Claudio Souza Protocolos para tórax Profº Claudio Souza Indicações Quando falamos em tomografia computadorizada para o tórax temos uma grande variedade de protocolos para estudos diversos, como por exemplo: estudo vascular

Leia mais

Definir febre. Identificar os aspectos peculiares da avaliação e condução de pacientes com febre no ambiente de atenção primária à saúde / atenção

Definir febre. Identificar os aspectos peculiares da avaliação e condução de pacientes com febre no ambiente de atenção primária à saúde / atenção Definir febre. Identificar os aspectos peculiares da avaliação e condução de pacientes com febre no ambiente de atenção primária à saúde / atenção básica. Reconhecer os elementos fundamentais da avaliação

Leia mais

relatam sentir somente a dor irradiada, não percebendo que sua origem está na coluna. Portanto, todo indivíduo com queixa de dor irradiada

relatam sentir somente a dor irradiada, não percebendo que sua origem está na coluna. Portanto, todo indivíduo com queixa de dor irradiada FISIOTERAPIA Coluna e Dores Irradiadas Dores musculoesqueléticas localizadas em pontos distantes da coluna podem ser causadas por distúrbios da própria coluna. Márcia Maria Cruz Problemas da coluna se

Leia mais

CARACTERÍSTICAS DOS AMILOPLASTOS

CARACTERÍSTICAS DOS AMILOPLASTOS Escola Secundária Padre António Martins Oliveira de Lagoa Técnicas Laboratoriais de Biologia CARACTERÍSTICAS DOS AMILOPLASTOS Pedro Pinto Nº 20 10ºA 16/01/2003 Introdução Esta actividade serviu para estudar

Leia mais

Estrutura dos músculos e tecidos anexos. Prof. Sandra R. S. T. de Carvalho Departamento de Zootecnia - UFSC

Estrutura dos músculos e tecidos anexos. Prof. Sandra R. S. T. de Carvalho Departamento de Zootecnia - UFSC Estrutura dos músculos e tecidos anexos Prof. Sandra R. S. T. de Carvalho Departamento de Zootecnia - UFSC CARNE tecido muscular tecido conjuntivo tecido epitelial tecido nervoso Tecido muscular células

Leia mais

Filariose Linfática. - Esses vermes, chamados de filarídeos, não são geo-helmintos. Eles precisam de um vetor (mosquito) para completar seu ciclo.

Filariose Linfática. - Esses vermes, chamados de filarídeos, não são geo-helmintos. Eles precisam de um vetor (mosquito) para completar seu ciclo. Filariose Linfática Parasito Reino: Animalia Filo: Nemathelminthes Classe: Nematoda Família: Onchocercidae Gênero: Wuchereria Espécies: Wuchereria bancrofti - Esses vermes, chamados de filarídeos, não

Leia mais

Localização da Celulite

Localização da Celulite Localização da Celulite A celulite pode localizar-se em várias regiões do corpo. Existe uma predilecção pela região glútea, a região lateral da coxa, a face interna e posterior da coxa, o abdómen, a nuca,

Leia mais

É importante saber por que certas coisas são o que são. Quer dizer, saber por que acontecem de um jeito e não de outro. O arco-íris, por exemplo.

É importante saber por que certas coisas são o que são. Quer dizer, saber por que acontecem de um jeito e não de outro. O arco-íris, por exemplo. 1. É importante saber por que certas coisas são o que são. Quer dizer, saber por que acontecem de um jeito e não de outro. O arco-íris, por exemplo. O arco-íris pode parecer muito estranho se você não

Leia mais

Fisiopatologia Laboratorial

Fisiopatologia Laboratorial Fisiopatologia Laboratorial Exames Complementares de Diagnóstico Exames Complementares Diagnóstico Para Quê? Controlo Prognóstico Rastreio Diagnóstico Exames Laboratoriais Permite identificar a Doença

Leia mais

MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL

MATEMÁTICA ENSINO FUNDAMENTAL CEEJA MAX DADÁ GALLIZZI PRAIA GRANDE - SP PARABÉNS!!! VOCÊ JÁ É UM VENCEDOR! Voltar a estudar é uma vitória que poucos podem dizer que conseguiram. É para você, caro aluno, que desenvolvemos esse material.

Leia mais

ORIENTAÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS ARQUITETÔNICAS

ORIENTAÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS ARQUITETÔNICAS ORIENTAÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS ARQUITETÔNICAS Este resumo foi preparado listando as informações mais importantes para que se desenvolvam desenhos de arquitetura com clareza, critério e precisão.

Leia mais

Sistema Respiratório Humano

Sistema Respiratório Humano Sistema Respiratório Humano Sistema Respiratório Os alimentos contêm a energia necessária para nossas atividades. Essa energia é liberada por meio de uma transformação química conhecida como respiração

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO DIA - 20/12/2009 CARGO: MASTOLOGISTA C O N C U R S O P Ú B L I C O - H U A C / 2 0 0 9 Comissão de Processos

Leia mais

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde;

Leia mais

PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO. Dr. Mauro Esteves -

PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO. Dr. Mauro Esteves - PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO Dr. Mauro Esteves - mauro.rad@hotmail.com PET-CT no nódulo pulmonar solitário nódulo pulmonar - definição opacidade nodular 3 cm de diâmetro circundada por tecido pulmonar

Leia mais

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A

SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A número 09- setembro/2015 DECISÃO FINAL RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é

Leia mais

Probabilidade pré-teste de doença arterial coronariana pela idade, sexo e sintomas

Probabilidade pré-teste de doença arterial coronariana pela idade, sexo e sintomas Pergunta: Quais são as principais indicações do teste ergométrico? Resposta: Há décadas o ECG de esforço vem sendo o principal instrumento no diagnóstico da doença cardíaca isquêmica estável e sua indicação

Leia mais

Veja 20 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1 O VÍRUS 1. O que é a gripe H1N1? 2. Como ela é contraída? 3. Quais são os sintomas?

Veja 20 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1 O VÍRUS 1. O que é a gripe H1N1? 2. Como ela é contraída? 3. Quais são os sintomas? Veja 20 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1 Ela já avançou por 11 Estados, matou 45 pessoas no país e tem provocado filas de horas por vacinas em hospitais e clínicas particulares de São Paulo. Veja

Leia mais

16/04/2013 PATOLOGIA DAS DOENÇAS GRANULOMATOSAS- BIÓPSIA CIRÚRGICA. Padrão Nódulos DOENÇAS GRANULOMATOSAS PULMONARES CAUSAS

16/04/2013 PATOLOGIA DAS DOENÇAS GRANULOMATOSAS- BIÓPSIA CIRÚRGICA. Padrão Nódulos DOENÇAS GRANULOMATOSAS PULMONARES CAUSAS PATOLOGIA DAS DOENÇAS GRANULOMATOSAS- BIÓPSIA CIRÚRGICA IX CURSO NACIONAL DE DOENÇAS PULMONARES INTERSTICIAIS MARÇO DE 2013 SÃO PAULO-SP Ester N. A. Coletta Professora Adjunta do Departamento de Patologia

Leia mais

Artrose do Ombro ou Artrose Gleno Umeral

Artrose do Ombro ou Artrose Gleno Umeral Artrose do Ombro ou Artrose Gleno Umeral Artrose é o termo genérico usado para relatar o desgaste da cartilagem que recobre uma articulação. Diferentemente de outras articulações como joelho e quadril,

Leia mais

HERANÇAS AUTOSSÔMICAS

HERANÇAS AUTOSSÔMICAS 1 HERANÇAS AUTOSSÔMICAS CONCEITOS Célula Diplóide ou 2n = possui o número duplo de cromossomos. Células Haplóide ou n = possui o número impar de cromossomos. Células somáticas = células do corpo. Cromossomos

Leia mais

Diabetes. Hábitos saudáveis para evitar e conviver com ela.

Diabetes. Hábitos saudáveis para evitar e conviver com ela. Diabetes Hábitos saudáveis para evitar e conviver com ela. diabetes É uma doença crônica, caracterizada por um distúrbio do metabolismo da glicose (açúcar). Consiste no aumento dos níveis de glicose no

Leia mais

Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência.

Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência. Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência. Para examinar a transmissão de uma doença em populações humanas, precisamos claramente de poder medir a frequência não só da ocorrência da doença como

Leia mais

Frente Parlamentar de Combate ao Câncer

Frente Parlamentar de Combate ao Câncer Frente Parlamentar de Combate ao Câncer Dep. BRUNO CUNHA LIMA Presidente Dep. Camila Toscano Dep. Renato Gadelha Dep. Frei Anastácio Dep. Zé Paulo de Santa Rita Dep. Estela Bezerra Dep. Charles Camaraense

Leia mais

Deformidades dos Pés Joanetes

Deformidades dos Pés Joanetes Deformidades dos Pés Joanetes O joanete é uma das situações mais comuns entre os problemas encontrados nos pés. É natural que uma situação tão freqüente esteja acompanhada de dúvidas e mitos. Nosso objetivo

Leia mais

Escola Secundária Morgado Mateus Vila Real

Escola Secundária Morgado Mateus Vila Real Escola Secundária Morgado Mateus Vila Real Cuidados Humanos e de Saúde Básicos Página1 / Resumo 1 de CHSB / Prof. Ricardo Montes Ano Lectivo 2009/2010 Sinais Vitais Os sinais vitais são indicadores das

Leia mais

PASSO A PASSO CÂMBIO PARA INVESTIMENTO EM FOREX ENVIANDO RECURSOS AO EXTERIOR PARA INVESTIMENTO NO MERCADO FOREX

PASSO A PASSO CÂMBIO PARA INVESTIMENTO EM FOREX ENVIANDO RECURSOS AO EXTERIOR PARA INVESTIMENTO NO MERCADO FOREX PASSO A PASSO CÂMBIO PARA INVESTIMENTO EM FOREX ESSE MATERIAL FOI CRIADO PARA ORIENTAR PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS DE COMO ENVIAR RECURSOS AO EXTERIOR COM A FINALIDADE DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS, ESPECIFICAMENTE

Leia mais

CADASTRO. Quem pode se inscrever para fazer esses cursos? Qualquer professor em exercício da rede pública estadual ou municipal.

CADASTRO. Quem pode se inscrever para fazer esses cursos? Qualquer professor em exercício da rede pública estadual ou municipal. CADASTRO O que é a Plataforma Paulo Freire? A Plataforma Paulo Freire é um sistema desenvolvido pelo Ministério da Educação para que o professor faça sua pré-inscrição em cursos de graduação, especialização,

Leia mais

Nesse caso, responda aos itens a seguir:

Nesse caso, responda aos itens a seguir: 01 Uma mulher de 39 anos de idade, obesa mórbida, foi submetida à gastroplastia redutora. Evoluiu, no pós-operatório imediato, com dor abdominal intensa, hipotensão arterial, queda da saturação de oxigênio

Leia mais

O PAPEL DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NO PÓS-OPERATÓRIO A ESTETICISTA COMO TÉCNICA DE RECUPERAÇÃO

O PAPEL DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NO PÓS-OPERATÓRIO A ESTETICISTA COMO TÉCNICA DE RECUPERAÇÃO O PAPEL DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NO PÓS-OPERATÓRIO A ESTETICISTA COMO TÉCNICA DE RECUPERAÇÃO A DLM Desenvolvida por Emil e Estrid Vodder na década de 30. Trabalho experimental que serviu para o desenvolvimento

Leia mais

Química - 9º ano. Água Potável. Atividade complementar sobre as misturas e suas técnicas de separação

Química - 9º ano. Água Potável. Atividade complementar sobre as misturas e suas técnicas de separação Química - 9º ano Atividade complementar sobre as misturas e suas técnicas de separação Água Potável A água é o constituinte mais característico da terra. Ingrediente essencial da vida, a água é talvez

Leia mais

Alguns Apontamentos Sobre Cálculo Combinatório

Alguns Apontamentos Sobre Cálculo Combinatório Alguns Apontamentos Sobre Cálculo Combinatório 1 O objectivo do Cálculo Combinatório é resolver problemas do tipo: quantas matriculas de carro é possível fazer em Portugal ; quantos números de telefone

Leia mais

Diagnóstico laboratorial das infecções fúngicas

Diagnóstico laboratorial das infecções fúngicas Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Projeto de Extensão Diagnóstico laboratorial das infecções fúngicas Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Doutor em Biotecnologia Jequié 2015 Introdução Diagnóstico

Leia mais

Preparativos antes da montagem

Preparativos antes da montagem Preparativos antes da montagem Manter o local da montagem seco e livre de poeira. Observar a limpeza do eixo, alojamento e das ferramentas. Organizar a área de trabalho. Selecionar as ferramentas adequadas

Leia mais

ACD Loteca Chaves e Filtro PRO 1.0 Dicas

ACD Loteca Chaves e Filtro PRO 1.0 Dicas ACD Loteca Chaves e Filtro PRO 1.0 Dicas Antes de fazer a sua jogada, atualize os resultados e a programação de jogos, clicando nos botões Atualiza. É necessário estar conectado à Internet. Faça muitos

Leia mais

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 6. Curso de Combinatória - Nível 2. Jogos. 1. Simetria. Prof. Bruno Holanda

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 6. Curso de Combinatória - Nível 2. Jogos. 1. Simetria. Prof. Bruno Holanda Polos Olímpicos de Treinamento Curso de Combinatória - Nível 2 Prof. Bruno Holanda Aula 6 Jogos Quando falamos em jogos, pensamos em vários conhecidos como: xadrez, as damas e os jogos com baralho. Porém,

Leia mais

Objectivos de Aprendizagem. No final desta lição, você será capaz de: Definir o conceito de solubilidade.

Objectivos de Aprendizagem. No final desta lição, você será capaz de: Definir o conceito de solubilidade. Lição N o 4 Solubilidade Objectivos de Aprendizagem No final desta lição, você será capaz de: Definir o conceito de solubilidade. Material de apoio necessário para completar a lição: 4 copos 1 colherinha

Leia mais

É utilizada há vários séculos e baseia-se na selecção artificial para obter variedades de plantas com características vantajosas.

É utilizada há vários séculos e baseia-se na selecção artificial para obter variedades de plantas com características vantajosas. Reprodução selectiva tradicional É utilizada há vários séculos e baseia-se na selecção artificial para obter variedades de plantas com características vantajosas. Em cada geração, são promovidos os cruzamentos

Leia mais