Corinthians monta projeto para elevar receita no curto prazo

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUINTA-FEIRA, 16 DE ABRIL DE 2015 NÚMERO DO DIA 12 mi é o valor mínimo que cada time que jogar a Liga dos Campeões receberá a partir de 2015/16 EDIÇÃO 237 Corinthians monta projeto para elevar receita no curto prazo POR DUDA LOPES Esta quinta-feira será um dia importante para o Corinthians. Após dois meses de nova gestão no marketing, o departamento apresentará a um grupo de empresários as novidades entre as propriedades comerciais do clube. Para isso, serão exibidos três pilares: sócio-torcedor, camarotes e cadeiras cativas e novos espaços de publicidade no uniforme. No próximo um ano e meio, vamos entender melhor o clube para termos uma maior geração de receita e uma maior valorização da marca Corinthians. O marketing mais criativo ficará no terceiro ano, quando queremos atingir a plenitude, com as contas menos apertadas. Pensaremos mais na internacionalização do time, por exemplo, afirma Marcelo Passos, diretor de marketing do clube, à Máquina do Esporte. O programa de sócio-torcedor atual será mantido; hoje ele possui 94 mil membros. Ainda assim, serão lançadas duas categorias. Uma para o torcedor que não quer frequentar o estádio (custo mensal de R$ 9) e outra para os que comprarem as cadeiras PSL (Direito Pessoal de Uso de Assento, em inglês), que finalmente serão comercializadas. Elas ficam no setor oeste, que ainda passava por obras. Além delas, os camarotes serão vendidos ao mercado. A integração do de marketing com o estádio é outra novidade. Promover o espaço será um dos desafios desta quinta-feira. A arena foi projetada para ser um centro de eventos. As pessoas não têm ideia de quão maravilhosa ela é, eu também não sabia. O quinto andar tem uma área de exposição que não deixa a desejar nem para o Anhembi. E, o melhor, você pode fazer ações integradas ao jogo, diz Passos. O uniforme não deve ter novidades. O clube venderá espaços como manga, ombro e calção. Propriedades sem exposição ainda estão sendo desenvolvidas. A previsão de arrecadação com as mudanças é um tema ainda delicado. Só temos dois meses de casa, é difícil falar em números. Temos metas agressivas e podemos melhorar muito a receita. 1

2 São Paulo fecha novo patrocínio sem dar exposição em camisa POR REDAÇÃO O São Paulo vem cumprindo a promessa de tirar a dependência de um patrocínio máster no uniforme, parceria que o time não conta desde a metade de Após a Gatorade, a diretoria tricolor apresentou um novo acordo que segue os mesmos moldes. Dessa vez, quem fechou foi a Copa Airlines, companhia aérea do Panamá. Apesar de o negócio não ser focado em exposição, o clube usou o espaço mais valorizado da camisa para mostrar o novo parceiro. Na partida contra o Danúbio, que foi transmitida pela Globo e válida pela Copa Libertadores, a marca da Copa Airlines estava no espaço do patrocínio máster. Assim como aconteceu com a Gatorade, o São Paulo deu enfoque nas redes sociais ao anunciar a nova parceira. Com 6 milhões de seguidores no Facebook e 2 milhões no Twitter, o clube anunciou que o acordo prevê ações estratégicas de comunicação em mídias digitais, tal qual o anterior. Mas, também do mesmo modo como foi acertado com a Gatorade, o contrato não é exclusivo para o meio digital. Haverá ações de relacionamento e publicidade. Além disso, o São Paulo poderá contar com a visibilidade da marca do time em voos da linha aérea. O contrato assinado entre São Paulo e Copa Airlines tem um ano de duração. A empresa investirá entre R$ 3 e R$ 5 milhões para fazer o relacionamento com os torcedores do clube paulista. Futebol Melhor vê saída de marcas e novos parceiros Danone e Netshoes deixaram o Movimento por um Futebol Melhor, grupo liderado pela Ambev que reúne programas de sócio-torcedor de mais de 50 times do país. A Centauro será a parceira no ramo de varejo esportivo, enquanto a Easy Taxi se junta para oferecer descontos em corridas de táxi contratadas a partir do aplicativo. O Movimento conta com 13 empresas de diferentes segmentos como parceiras. 2

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4 Mercado da manipulação de resultados é um mal ao esporte DA REDAÇÃO POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de conteúdo da Máquina do Esporte No final de 1999, preocupado com o crescimento do uso de doping no esporte, o COI patrocinou a criação da Wada (Agência Mundial Antidoping). Pouco mais de 15 anos depois, o esporte se mantém inerte diante de um novo mal que ameaça o esporte: a manipulação de resultados. Segundo a Universidade Sorbonne, esse mercado movimenta por ano 700 milhões no mundo, sendo que mais de 70% desse valor é fruto de jogos armados. Para o Centro Internacional de Segurança no Esporte (ICSS na sigla em inglês), esse quinhão é ainda maior: 80% do dinheiro movimentado pelo setor está manchado pela máfia das apostas. Futebol e tênis são os maiores alvos. Como mostra o livro Jogo Roubado, lançado recentemente no Brasil, as iniciativas das organizações esportivas para coibir esse crime ainda são tímidas. Diante da ameaça de manipulação na Copa do Mundo da África do Sul, a Fifa esboçou uma atuação mais efetiva. Os esforços, porém, foram logo abandonados. Vem do criticado Qatar a única iniciativa que busca um combate global ao problema, o ICSS. A entidade já firmou convênios com ONU, Unesco e Conselho Europeu, além de abrir escritórios em Londres, Paris, Genebra e Doha. É pouco. A Interpol ainda não se conscientizou sobre a gravidade desse crime. Os governos, por sua vez, não perceberam o manancial de evasão de impostos e lavagem de dinheiro. E finalmente, as entidades esportivas não podem esquecer da luta pela lisura do jogo. Manipular resultados subverte os valores do esporte da mesma maneira que o doping. Flamengo lança loja virtual com Centauro e encerra hegemonia da Netshoes POR REDAÇÃO O Flamengo fechou com a Centauro para o gerenciamento de sua loja online. A empresa de varejo, em parceria com a Adidas, fornecedora de material esportivo do clube carioca, administrará o site que fará vendas de produtos licenciados. A Centauro será a responsável por toda a operação da loja online, desde a venda até a entrega do produto ao consumidor. A empresa também fará a comunicação direta com o torcedor. O negócio coloca fim a uma hegemonia da Netshoes no mercado. A rede de loja virtual de esportes era praticamente detentora de um monopólio entre os clubes de futebol, operando as lojas virtuais de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Vasco, entre outros clubes. Com o Flamengo, a Centauro entra para começar a fazer frente ao principal concorrente. Em nota, a empresa explicou que criar lojas virtuais distintas estava nos planos da equipe da Centauro havia mais de um ano. Apesar da parceria do Flamengo com a Adidas, outros produtos licenciados serão comercializados. Neste primeiro momento, são mais de mil itens oferecidos. Por parte da fabricante esportiva, haverá oferta de uniformes oficiais do clube, bolas e chuteiras. Agora, a Centauro negocia com outros clubes, além de portais de notícias. Com o Lance!, por exemplo, foi fechado um acordo para a venda de produtos que levem a marca do diário. 4

5 Com Estácio, Guga consolida projeto de patrocínios pessoais POR ERICH BETING Esse é um momento epecial e ao mesmo tempo desafiador. São mais de 430 mil alunos, é uma oportunidade gigantesca de me aproximar deles, continuar contagiando com aquela história bonita de sucesso nas quadras, de família, valores. Será um prêmio para mim estar perto deles. O depoimento em vídeo para anunciar a parceria com a Estádio revela um pouco do projeto de posicionamento de Gustavo Kuerten para o mercado. O acordo com a instituição de ensino faz parte do projeto de Guga em se comunicar com o público por meio de empresas que tenham algum vínculo com sua história. A Estácio, sétima empresa que patrocina o ex-tenista, atende o braço de educação que a marca Guga Kuerten pretende abraçar. Educar para transformar, afirma o tricampeão de Roland Garros. O acordo com a rede de ensino fecha um dos pilares vagos dentro do projeto comercial de Guga. Baseado em três pilares: a imagem do tenista, os projetos sociais e a educação, GUGA POSA DURANTE EVENTO COM CRIANÇAS ATENDIDAS PELO INSTITUTO GUGA KUERTEN Guga maneja seus acordos tendo mão de Guga e diretor da empresa que gerencia seus negócios. esse posicionamento como regra. Para o lado social, o ex-jogador Nossa maior missão na empresa Guga é perenizar a imagem, tem acordos com Aurora, Correios e Coral. Já o vínculo para compartilhando os seus atributos, diz Rafael. O acordo com a explorar a imagem de Guga é feito por Itaú, Lacoste e Hublot. Estácio é a maneira encontrada Hoje a gente está querendo para Guga se aproximar dos colocar um objetivo máximo [de jovens entre 18 e 25 anos, que parceiros] para compartilhar os não chegaram a vê-lo jogar, mas valores que queremos. Se eu tiver sabem um pouco da sua história. uma proposta do dobro de valor, O ex-jogador ainda negocia mas que me mantém restrito ao para outras oportunidades de patrocínio, turbinadas pelo interesse público que já tenho, não vale a pena, afirma Rafael Kuerten, ir- das marcas nas Olimpíadas Empresa tem 32 funcionários e agência própria Um dos motivos que faz Gustavo Kuerten ter sete patrocinadores pessoais e manter ativa a sua imagem sete anos após abandonar as quadras é a estrutura que foi montada em torno do atleta. O Grupo Guga Kuerten conta hoje com 32 funcionários, sete deles no marketing. Temos praticamente uma estrutura própria de agência. Preferimos ter isso para poder respirar e pensar no Guga durante todo o tempo, diz Luciano Faustino, responsável pelo departamento. A ideia é que o grupo possa atender os parceiros de Guga e também planejar ações de marketing. Algumas agências são chamadas esporadicamente para trabalhar em projetos específicos. 5