Com Ambev, Flamengo inicia censo para conhecer torcedor

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 2,45 mi foi a renda de Palmeiras 2x0 Rosario Central, no Allianz Parque, pela Libertadores EDIÇÃO 454 Com Ambev, Flamengo inicia censo para conhecer torcedor O Flamengo quer ter informações do máximo possível de torcedores. Para isso, contou com a agência CSM/Golden Goal, que gere o programa de sócio-torcedor do clube, e com o apoio da Ambev, por meio do Movimento por um Futebol Melhor, para pedir que fãs da equipe façam um cadastro no site oficial do time. Ao responder o cadastro, formado por algumas perguntas simples, o torcedor ganha uma série de privilégios até o fim de abril. Estão incluídos na ação descontos nas lojas oficiais do clube e acesso aos benefícios do Movimento por um Futebol Melhor. E, para promover a campanha, o clube contou com o ex-jogador Zico; a ação foi lançada no aniversário do ídolo maior do clube. À Máquina do Esporte, o diretor de marketing do Flamengo, Bruno Spindel, explicou a ação: É uma oportunidade de falar diretamente com o torcedor. Nós queremos entender quem ele é, o que faz, para sabermos o que podemos oferecer e o que os patrocinadores podem oferecer. Hoje, o clube já conta com o cadastro de 1 milhão de torcedores. O plano é qualificar esses dados e conseguir informações de novos torcedores. Não há, no entanto, uma previsão de quantas pessoas devem particpar. Os benefícios oferecidos aparecem como um forma de atrair aqueles que não são sócios-torcedores. Com os dados, eu sei que tipo de benefício eu consigo oferecer. Compra muitas camisas de jogo? Eu mando as novidades para ele. Mora em Brasília e nunca foi ao jogo? Eu falo com ele quando formos jogar lá, afirma Spindel. Em 2009, o Grêmio fez una ação parecida, mas sem o auxílio dos benefícios aos torcedores. O plano era o mesmo: conhecer melhor os hábitos dos seguidores. Em um ano, o clube conseguiu cerca de 250 mil cadastros. Depois, ofereceu vantagens para que cada um virasse sócio-torcedor. Aos poucos, o conceito de CRM começa a ser aplicado. 1

2 O que há de errado nos públicos do São Paulo? Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte Não dá mais para conceber que o São Paulo, terceira maior torcida do país, um dos grandes times de uma das maiores cidades de mundo, jogue para 3 mil pessoas. Isso em um estádio que, apesar de velho, está no coração da capital paulista, cercada por avenidas e transporte público. O que há de errado? O primeiro problema está em não admitir que há um problema, que isso seria algo normal. Se um dos grandes do país paga R$ 100 mil para jogar, há algo muito errado. A lógica é simples: clubes como São Paulo, Corinthians, Flamengo e Palmeiras têm que jogar com 100% de ocupação nas arquibancadas. É o que fazem as grandes equipes e é o que torna o futebol sustentável. Por aqui, há vários problemas. O primeiro, claro, é o desinteresse do torcedor num duelo contra um time do interior do Estado. O bom público na Copa Libertadores mostra que vontade de ver um bom jogo existe. E se o interesse é baixo, o preço não pode ser alto. Contra o Mogi Mirim, o tíquete médio foi de R$ 42. Não faz nenhum sentido um ingresso caro para uma partida dessas. Mais do que qualquer outro clube brasileiro, o São Paulo sabe quais as vantagens de uma entrada acessível. Ainda entra no bloco a dificuldade do futebol do país em se promover. A partida contra o Mogi Mirim aconteceu numa terça-feira, dia pouco usado pelo futebol. Não é nenhum absurdo supor que muitos são-paulinos nem sabiam do jogo. Independentemente da razão, não cabe mais no contexto milionário do futebol no Brasil que o São Paulo atue num cenário de oitava divisão. Para melhorar entrega, Corinthians coloca Winner Play em exibição de vídeos POR REDAÇÃO O Corinthians mudou a entrega feita à Winner- Play em suas redes sociais. Agora, quem acompanha o time no Facebook verá o site de palpites esportivos na apresentação de gols do clube nas partidas. A ativação já foi feita nos dois últimos jogos, contra o Oeste de Itápolis, pelo Campeonato Paulista, e contra o Santa Fé-COL, pela Copa Bridgestone Libertadores. Por contrato, a Winner- Play tinha direito a inserções comerciais nas redes sociais do Corinthians. Até fevereiro, isso era feito de maneira convencional, com o anúncio do site no Facebook. Nesse caso, aparecia os prêmios distribuídos pelo parceiro, com o link para a página da empresa. Mas o clube resolveu mudar. Transformamos o post na apresentação do vídeo porque ele consegue engajar mais o torcedor. Assim, nós conseguimos melhorar a entrega para o patrocinador, diz o gerente de conteúdo digital do Corinthians, André Stepan. Dessa maneira, os vídeos de gols do time ganham um patrocínio específico, algo parecido com o que foi feito com a empresa alemã Henkel, no início de Mas, nesse caso, não existe nenhum acordo que envolva diretamente o conteúdo digital criado. Recentemente, alguns clubes comercializaram cotas de aporte focadas nas redes. Foi o caso do São Paulo, com a Gatorade, e, mais recentemente, do Flamengo com a Konami. Em 2011, o Santos fechou com a Netshoes para o canal de TV. 2

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4 São Paulo faz jogo derradeiro no Pacaembu e vê fim de martírio No sábado, o São Paulo se despede do estádio do Pacaembu e, pelo menos financeiramente, não deverá ficar com saudades. Pelo Campeonato Paulista, a tradicional arena da capital paulista foi um pesadelo para o time, que retornará ao Morumbi após uma reforma no gramado de sua casa. Foram quatro jogos no Pacaembu, com média de público de 5,3 mil pessoas por partida. Contra o Mogi Mirim, com 3 mil pessoas, o São Paulo teve o seu pior público em dez anos. No fim, o clube pagou para jogar no Estadual. Sem considerar a próxima partida, do sábado, o São Paulo teve R$ 190 mil de prejuízo com os jogos no Pacaembu. Somente em aluguel de campo, o clube teve que pagar quase R$ 140 mil. Contra o Rio Claro, mais de 7 mil pagantes estiveram presentes no estádio, e o São Paulo teve o melhor resultado. Ainda assim, foi pouco: apenas R$ 26,6 mil. A exceção aconteceu na Copa Bridgestone Libertadores, o que indica que o principal problema é o desinteresse relacionado ao Campeonato Paulista. O São Paulo atuou duas vezes no Pacaembu pela competição sul-americana. Contra o César Valejo (PER) foram mais de 32 mil pagantes e uma renda próxima a R$ 2 milhões. Contra o The Strongest (BOL), mais de 26 mil pessoas estiveram presentes, o que gerou mais de R$ 1,5 milhão. Apesar do prejuízo, o tempo fora do Morumbi foi por um bom motivo. O clube paulista reformou completamente o gramado do estádio, com mudança de material e melhora na drenagem. Além disso, as medidas passarão a fazer parte do Padrão Fifa, o mesmo que é utilizado dentro das principais arenas do país. Fluminense apresenta hoje parceiro polêmico O Fluminense apresenta hoje, com grande festa, a partir das 19h, os novos uniformes que celebram a parceria entre a equipe carioca e a Dry World. A empresa canadense de material esportivo, que ocupa o lugar que era da Adidas até o ano passado, apresenta oficialmente o material com a presença de jornalistas e convidados. Os uniformes estão muito bonitos. Tenho certeza de que a torcida irá gostar. O Fluminense sempre se caracterizou por ser um clube pioneiro. É dessa forma que trabalho: pensando no melhor para o clube, inovando, sem medo de desafios, disse Peter Siemsen, presidente do Fluminense. Nesta temporada, a Dry World entrou de maneira agressiva no mercado brasileiro, abocanhando de uma vez os contratos de Fluminense, Atlético-MG e Goiás. Nos dois clubes, a marca causou polêmica. O acordo com o Goiás foi parar na Justiça, acionado pela Kappa, ex-fornecedora. E, no Atlético, a apresentação do uniforme gerou crise pelo apelo sexista do desfile de modelos. Teve uma frase muito bonita do Nelson Rodrigues sobre o Fluminense que me chamou a atenção. Ele disse que o clube tem a predestinação à glória. Acho que essa parceria nasce predestinada, afirmou Claudio Escobar, CEO da Dry World. 4

5 ABCD diz que tribunal único de doping sairá por lei até dia 18 POR ADALBERTO LEISTER FILHO Apesar da forte oposição dos STJDs de cada modalidade, a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) afirma que o tribunal centralizado para julgamentos de doping será instituído até o dia 18. Esse é o prazo dado pela Wada (Agência Mundial Antidoping) para o Brasil se enquadrar na norma. Pode ser via Medida Provisória ou uma emenda em legislação no Congresso. Não sei como será. É assunto que está sendo resolvido pelo Palácio do Planalto, disse Marco Aurélio Klein, secretário nacional da ABCD, para a reportagem da Máquina do Esporte. O assunto vem sendo discutido pela agência mundial com a Casa Civil e a AGU (Advocacia-Geral da União). Há duas semanas, a ABCD convidou os representantes dos tribunais esportivos para apresentar a proposta do tribunal unificado. Desde então, vem sendo bombardeada por críticas. Anteontem, a Fifa fez reunião na Suíça para examinar o assunto. É esperado que a federação apoie o STJD do futebol brasileiro, mas uma nota oficial a respeito do assunto, que era esperada para a quinta-feira, ainda não saiu. Iremos cumprir o que for determinado pela federação internacional da modalidade. É o que diz a lei brasileira ao prever a necessidade de observância de normas nacionais e internacionais em cada modalidade, afirmou Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD do futebol. Quarta-feira, o tribunal divulgou nota oficial manifestando seu repúdio à iniciativa da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) de criação de um Tribunal único para julgar doping no Brasil. Segundo a corte do futebol, a ideia da ABCD não encontra respaldo nas normas nacionais ou internacionais. De acordo com Klein, a ABCD não exige a corte unificada para casos de doping. É só a interlocutora da Wada, que exige isso. Não vamos nem indicar membros desse tribunal. Entendemos que o tribunal único tenha que ser 100% independente, disse. Na nova configuração, a ABCD irá centralizar todos os testes antidoping no país. Por ora, só o futebol se manteve autônomo. Warner usa clássico paulista para promover novo filme A Warner fechou um acordo com Corinthians e Santos para promover o filme Batman vs Superman: A Origem da Justiça, que estreia no dia 24. Os dois times, que se enfrentam no domingo, vão entrar em campo cada um com a inscrição com o nome de um dos heróis do filme na camisa. Os uniformes serão personalizados com as hashtags #Batman (Corinthians) e #Superman (Santos). O telão da Vila Belmiro, onde ocorre o jogo, vai exibir algumas partes do filme. Os perfis do Santos nas redes sociais também falarão sobre o lançamento do filme. A Warner tem usado os jogos de futebol para promover seus filmes. Em 2015, fez uma ação no telão da Arena Corinthians. 5