Energia eólica impulsiona polo nacional de produção de geradores

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1 mobile.brasileconomico.com.br QUINTA-FEIRA, 10 DE JUNHO, 2010 ANO 2 Nº 198 DIRETOR RICARDO GALUPPO DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA R$ 3,00 Marcos de Paula/AE Juros Copom, chefiado por Henrique Meirelles, elevataxa básica para 10,25% ao ano. P48 Olimpíada Alto escalão da Rio 2016 começa a ser contratado pela Odgers & Berndston. P31 Agronegócio Grupo argentino Los Grobo amplia área plantada no Brasil para 80 mil hectares. P34 Energia eólica impulsiona polo nacional de produção de geradores Projeção de alta de 357% na geração elétrica pelo vento até 2013 atrai investimentos de fabricantes brasileiros e estrangeiros Fiat vai à Ásia comprar aço mais barato que o nacional O presidente mundial de compras da montadora, Gianni Coda, diz que, mesmo com o custo logístico e tributário, é possível conseguir valor até 15% menor com o produto da Coreia. As siderúrgicas instaladas no país informam que não temem as importações. P28 Evandro Monteiro Responsávelpormenosde1%daenergia consumida pelos brasileiros, a geração oriunda dos ventos é a que mais cresce no país, com previsão de dobrar a capacidade instalada somente neste ano. A rápida expansão do mercado passou a atrair não só consórcios produtores de energia, mas toda a cadeia de fabricantes de equipamentos, instalados principalmente nas regiões Nordeste e Sul. Entre os investidores estão grupos como GE, Alstom, Vestas, Wobben e Impsa. P4 Preços desaceleram em maio Depois do fim dos incentivos fiscais em março e da alta de juros, a economia dá sinais de acomodação e de expansão mais moderada no segundo semestre. Mesmo com a pressão dos preços de serviços, a inflação oficial, medida pelo IPCA, tende a ficar dentro da meta. P12 Nutrilatina reforça o caixa para aquisições Empresa curitibana criada em 1990 para fabricar suplementos alimentares, a dona da marca Diet Shake, informa crescimento anual de 35% nos últimos cinco anos e planeja ir às compras e entrada em novos mercados para P22 Custo das placas fotovoltaicas inibe desenvolvimento da energia solar no Brasil. Nikeéamaislembrada entre parceiras da CBF ÁFRICA DO SUL 2010 Em pesquisa realizada pelo Instituto QualiBest, a fabricante de artigos esportivos foi a mais citada pelos torcedores entre as dez parceiras da CBF, com o índice de 44%. P46 Odontoprev sai em busca do acionista de varejo Para aumentar a atratividade de suas ações, a empresa vai ampliar em quatro vezes o número de papéis que tem em bolsa. Dos mil acionistas da empresa de planos odontológicos, cerca de 700 são pessoas físicas. P40 Quando o Banco do Brasil investe na conservação da água, apoia mais que uma causa. Investe no futuro. 5 de junho. Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia. INDICADORES TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar Ptax (R$/US$) Dólar comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) Euro (US$/ ) Peso argentino (R$/$) 1,8415 1,8460 2,2083 1,1992 0,4699 1,8423 1,8480 2,2095 1,1993 0,4705 JUROS META EFETIVA Selic (a.a.) BOLSAS 9,50% VAR. % 9,40% ÍNDICES Bovespa Dow Jones Nasdaq FTSE 100 S&P 500 Hang Seng -0,51-0,41-0,54 1,15-0,60 0, , , , , , ,24 Saiba mais sobre o Programa Água Brasil no bb.com.br/sustentabilidade O Banco do Brasil está realizando uma oferta de ações. Leia cuidadosamente o prospecto antes de aceitar a oferta, em especial a seção Fatores de Risco. Central de Atendimento BB ou SAC Ouvidoria BB Deficiente Auditivo ou de Fala

2 2 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 NESTA EDIÇÃO Em alta Evandro Monteiro Empresas aderem à pegada hidrológica Daniel Derevecki A incorporação do conceito, que envolve também a conservação de matas nas bacias hidrográficas, tem a ver com uma possível escassez futura. P18 C&A muda e fica com jeito de butique Entre as novidades da varejista estão a consultoria de moda diretamente nos provadores e o atendimento personalizado a compradores de calçados. P24 Nutrilatina malha para chegar ao primeiro bilhão Ainda não faturamos R$ 1 bilhão, mas esse é o objetivo pra os próximos anos, afirma Marcello Chromiec, superintendente da fabricante da primeira linha de suplementos alimentares no país, ecujocrescimentoanualsemanteveem torno de 35% nos últimos cinco anos. Seu principal produto, o Diet Shake, tem hoje a companhia de outras marcas nutricionais e nutricosméticos que estimulam a queima de gorduras. Atento para o consumidor jovem, Chromiec criou para essa faixa a versão Young, que garante um emagrecimento saudável, substituindo até duas refeições diárias. P22 Febraban garante que ritmo de empréstimos será mantido Os bancos estão preparados para fornecer novos produtos para atender à demanda dos consumidores, sendo também de seu interesse o investimento em educação financeira, para uma expansão com maior qualidade, afirma Fábio Barbosa, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao descartar a hipótese de eventual retração nos empréstimos em função da alta dos juros pelo Banco Central. O crédito cresceu muito nos últimos dezanoseéumfatorimportantepara o crescimento da economia, diz. O Brasil está crescendo dentro do esperado e, segundo ele, isso começa a acontecer com uma maior taxa de investimento. P38 Marcela Beltrão Aço coreano mais barato que o nacional Gianni Coda, presidente mundial de compras da Fiat, diz que mesmo com os custos logístico e tributário, produto coreano tem preço 15% menor que o processado no Brasil. P28 Inflação acumulada chega a 3,09% O grupo alimentos foi o principal causador da desaceleração do índice no mês passado, saindo de uma alta de 1,45% em abril para 0,28% em maio. P12 Custos podem subir na indústria Aumento está relacionado com o aquecimento do consumo, escassez de mão-de-obra e alta do preço das commodities no mercado internacional. P13 Caio Ferreira Produção siderúrgica aumenta 84,8% De janeiro a abril, processamento de aços longos, principal insumo usado na fabricação de automóveis, atingiu 5 milhões de toneladas contra 2,7 milhões um ano antes. P29 Susana Gonzalez/Bloomberg Estatais mexicanas querem ir à bolsa Luis Téllez, presidente da Bolsa Mexicana de Valores, apontaasrestriçõesàsaçõesdeestatais,comoapemex, como uma das causas da fraqueza do mercado mexicano. P36 Rio 2016 já contrata para a Olimpíada Serão, ao todo, 4,5 mil profissionais que serão recrutados pela consultoria Odgers & Berndstson para a gestão, atendimento e logística do evento esportivo. P31 Los Grobo cresce até 60% no Brasil O grupo agrícola argentino pretende ampliar sua área plantada no país de 50 mil para 80 mil hectares, com terras de fundo da Vinci Partners. P34 Itil Expert valoriza profissionais Profissionais, como o consultor Cláudio Dodt, da Morphus Segurança da Informação, aumentam seus salários em até 20%, graças ao documento de origem inglesa. P30 Caixa atrai empresas pela internet Novo portal entra em funcionamento em setembro e faz parte do investimento de R$ 2 bilhões em tecnologia este ano,dosquaisr$500milhõesemnovosprodutos. P39 Bônus demográfico perto do fim Odontoprev propõe desdobrar ações Shopping centers também entram na rota das fusões Este ano, 14 shoppings entraram em operação no país, estando prevista a inauguração de mais 25 até dezembro, de acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop). Nabil Sahyoun, presidente da entidade, prevê fusões no setor, assim como aconteceu com supermercados e redes eletroeletrônicos. Algumas empresas já estão conversando, revela. Os 14 empreendimentos inaugurados receberam investimentos de R$ 1,7 bilhão. De acordo com Sahyoun, um das características das novas unidades é a preocupação ambiental, como, por exemplo, programas de reúso de água. P25 Estudo do BNDES indica que, em 15 anos, o número de aposentados poderá ultrapassar o de trabalhadores, com reflexo negativo na taxa poupança pública e privada. P16 AFRASE A economia brasileira não está superaquecida Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em entrevista, ontem, durante evento, em Viena, na Áustria. Seria contraproducente se o BNDES retraísse o apoio para investimentos, acrescentou. O lote padrão passaria de R$ 5,5 mil para R$ 1,3 mil, abrindo, assim, uma porta de entrada para os pequenos investidores pessoas físicas. P40 Antonio Milena

3 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 3 EDITORIAL MARTIN HACKETT, PRESIDENTE DA ZATIX Marcela Beltrão Ventos para girar a matriz energética do país Houve um tempo em que moradores da costa norte do Brasil passeavam pela praia em veleiros de areia. Eram empurrados em São Luiz do Maranhão, por exemplo, pelos ventos que vinham do mar. A atividade não se alastrou e os barcos de terra nunca alcançaram a fama e os fãs de seus colegas de água. A força dos ventos que os empurravam é uma pequena mostra, no entanto, do potencial eólico do Brasil. A geração desse tipo de energia começa, finalmente, a tomar força no país. Nos próximos dois anos, fabricantes nacionais de equipamentos devem colocar no mercado aerogeradores capazes de produzir megawatts (MW). Até o fim de 2009, gerávamos somente 700 MW. Os equipamentos, tanto nacionais quanto importados, serão responsáveis pela multiplicação do potencial eólico nacional. Este ano, a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) estima que a capacidade de geração brasileira duplicará. Até 2012, crescerá mais do que o dobro novamente, quando o país deverá gerar 3,2 mil MW. Será um incremento de 357% sobre Nos próximos dois anos podem desembarcar aqui unidades da GE, Alstom, Vestas e da indiana Suzlon Fruto de um aporte do Pátria Investimentos, que permitiu unir sete empresas numa mesma estrutura, a Zatix, de rastreamento e monitoramento de veículos, irá se expandir fora do país e chegar à receita de R$ 1 bilhão em 2013, informa Martin Hackett, presidente. P26 No entanto, a exploração de energia eólica é ainda ou continuará sendo, em dois anos pouco significativa quando se somam todas as fontes energéticas do país, com capacidade para gerar, hoje, até 110 mil MW. As hidrelétricas respondem por 70% desse total. A Wobben, primeira fabricante eólica a se instalar no Brasil, em São Paulo, está investindo para aumentar sua produção, como veremos a partir da página 4. A argentina Impsa também tem uma fábrica aqui, em Pernambuco, e espera incrementar sua fabricação. Estima-se que nos próximos dois anos também desembarquem aqui unidades da GE, da Alstom, da Vestas e da indiana Suzlon. Podem não ser as únicas. Diretores da XJ Group Corporation, subsidiária da estatal de energia chinesa State Grid Corporation, reuniram-se com o governador do Rio Grande do Norte, Iberê Ferreira Souza, para conversar sobre os projetos eólicos da região. redacao@brasileconomico.com.br BRASIL ECONÔMICO é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A. Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos Diretor-Presidente José Mascarenhas Diretor e Jornalista Responsável Ricardo Galuppo Redação, Administração e Publicidade Avenida das Nações Unidas, º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP), Tel. (11) Fax (11) Diretor de Redação Ricardo Galuppo Diretor Adjunto Costábile Nicoletta Editores Executivos Arnaldo Comin, Fred Melo Paiva, Gabriel de Sales, Jiane Carvalho, Thaís Costa Produção Editorial Clara Ywata Editores Fabiana Parajara e Rita Karam (Empresas), Carla Jimenez (Brasil), Cristina Ramalho (Outlook e FS), Laura Knapp (Destaque), Marcel Salim (On-line), Márcia Pinheiro (Finanças) Subeditores Claudia Bozzo (Brasil),Estela Silva, Isabelle Moreira Lima (Empresas), Luciano Feltrin (Finanças), Maeli Prado (Projetos Especiais), Phydia de Athayde (Outlook e FS) Repórteres Amanda Vidigal, Ana Paula Machado, Ana Paula Ribeiro, Carlos Eduardo Valim, Carolina Alves, Carolina Pereira, Cintia Esteves, Clarissa Oliveira, Claudia Bredarioli, Conrado Mazzoni, Daniela Paiva, Denise Barra, Domingos Zaparolli, Dubes Sônego, Elaine Cotta, Fabiana Monte, Fábio Suzuki, Françoise Terzian, Gabriel Penna, João Paulo Freitas, Juliana Elias, Karen Busic, Luiz Henrique Ligabue, Luiz Silveira, Lurdete Ertel, Marcelo Cabral, Maria Luiza Filgueiras, Mariana Celle, Mariana Segala, Marina Gomara, Martha S. J. França, Michele Loureiro, Micheli Rueda, Natália Flach, Natália Mazzoni, Nivaldo Souza, Paulo Justus, Priscila Machado, Regiane de Oliveira, Ruy Barata Neto, Thais Folego, Vanessa Correia Brasília Simone Cavalcanti, Sílvio Ribas Rio de Janeiro Daniel Haidar, Ricardo Rego Monteiro Arte Pena Placeres (Diretor), Betto Vaz(Editor), Cassiano de O. Araujo, Evandro Moura, Letícia Alves, Maicon Silva, Paulo Argento, Renata Rodrigues, Renato B. Gaspar, Tania Aquino, (Paginadores) Infografia Alex Silva (Chefe), Monica Sobral, Rubens Neto Fotografia Antonio Milena (Editor), Marcela Beltrão (Subeditora), Henrique Manreza, Murillo Constantino (Fotógrafos), Angélica Bueno, Thais Moreira (Pesquisa) Webdesigner Rodrigo Alves Tratamento de imagem Henrique Peixoto, Luiz Carlos Costa Secretaria/Produção Shizuka Matsuno Departamento Comercial Heitor Pontes (Diretor Executivo), Solange Santos (Assistente Executiva) Publicidade Comercial Gian Marco La Barbera (Diretor), Juliana Farias, Renato Frioli, Valquiria Resende, Wilson Haddad (Gerentes Executivos), Márcia Abreu (Gerente), Alisson Castro, Bárbara de Sá, Celeste Viveiros, Edson Ramão, Vinícius Rabello (Executivos de Negócios), Andreia Luiz (Assistente) Publicidade Legal Marco Panza (Diretor Comercial), Ana Alves, Carlos Flores, Celso Nedeher (Executivos de Negócios), Andreia Luiz (Assistente) Departamento de Marketing Evanise Santos (Diretora), Samara Ramos (Coordenadora) Operações Cristiane Perin (Diretora) Departamento de Mercado Leitor Flávio Cordeiro (Diretor), Nancy Socegan Geraldi (Assistente Diretoria), Carlos Madio (Gerente Negócios), Anderson Palma (Coordenador Negócios), Rodrigo Louro (Gerente MktD e Internet), Giselle Leme (Coordenadora MktD e Internet), Silvana Chiaradia (Coordenadora Tmkt ativo), Alexandre Rodrigues (Gerente de Processos), Denes Miranda (Coordenador de Planejamento) Central de atendimento e venda de assinaturas (capitais) (demais localidades). 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4 4 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 DESTAQUE ENERGIAS RENOVÁVEIS Geração eólica no Brasil busca nacionalização Fornecedores trabalham em ritmo acelerado para atender ao crescimento da demanda Empresas locais ampliam linha de produção, e estrangeiras anunciam instalação de novas fábricas no país Priscila Machado pmachado@brasileconomico.com.br Dentro de dois anos, os aerogeradores fabricados no Brasil poderão adicionar pelo menos mais megawatts (MW) à matriz energética do país, consolidando o movimento de nacionalização da cadeia eólica. Abertamente incentivada pelogovernofederaledefendida por ambientalistas, a geraçãodeenergiaapartirdos ventos é a fonte alternativa que mais cresce no Brasil. E os investimentos não param. A Wobben, primeira fabricante eólica a se instalar no Brasil, está retomando os investimentos. No segundo semestre, a empresa, sediada em Sorocaba, irá gerar 300 novos postos de trabalho destinados à sua linha de produção. De acordo com Fernando Scapol, gerente geral industrial da Wobben, a destinação de recursos para ampliação ou construção de novos parques depende do resultado do próximo leilão feito pelo governo federal. Se for favorável como o primeiro, haverá sem dúvida ampliação do parque, disse. A perspectiva da companhia é positiva, e só poderia. Dos 700 MW instalados no país, a empresa fez geradores para produzir 400 MW. Até 2012, sua capacidade de produção deverá ultrapassar 750 MW. Se isso significaaconsolidaçãodageração eólica no país, há cautela. Ainda não, mas falta pouco. O próximo leilão marcado para agosto vai ser mais um grande passo nessa direção, avaliou Scapol. Hoje, além da Wobben, a argentina Impsa também mantém uma fábrica brasileira, localizada na região de Suape, em Pernambuco, que deverá elevar a produção de 460MW para 600MW nos próximos dois anos. No mesmo período de dois anos devem ser instaladas ainda no Brasil unidades da GE, da Alstom, da Vestas e da indiana Suzlon. Estas são as já anunciadas, mas novos nomes continuam despontando. É o caso da Falta pouco para a consolidação da geração eólica no país. O próximo leilão marcado para agosto, será mais um grande passo nessa direção Fernando Scapol, gerente-geral industrial da Wobben CRESCIMENTO MW éototaldeenergiaque os aerogeradores produzidos no país serão capazes de gerar dentro de dois anos, segundo estimativas da Abeeólica. empresa XJ Group Corporation, subsidiária da gigante estatal de energia elétrica State Grid Corporation of China, que acabou de ingressar no Brasil por meio da compra de sete concessionárias de energia. Diretores da companhia se reuniram com o Iberê Ferreira Souza, governador do Rio Grande do Norte, interessados nos projetos eólicos desenvolvidos no estado. Na China, a empresa tem fábricas de aerogeradores. Outros fornecedores Além dos aerogeradores, fornecedores de outros componentes dos parques eólicos investem para acompanhar a demanda. A pernambucana Máquinas Piratininga, empresa metalúrgica situada em Jaboatão dos Guararapes, está investindo cerca de R$ 45 milhões na construção de uma nova fábrica que irá produzir 150 torres eólicas ao ano. Segundo Antonio Alves Neto, gerente comercial, a construção, que começa esse mês, deve terminar em dezembro e a unidade entra em operação em janeiro de Com a nova fábrica, vamos quadruplicar nossa produção que, atualmente, é de 50 torres ao ano. O investimento é para atender a demanda que estamos projetando, afirma. Outra fabricante de torres eólicas, a Tecnomaq, também irá aumentar sua produção. A companhia, que já aplicou R$ 30 milhões este ano para ampliar sua capacidade, prevê novo investimento de R$ 30 milhões para aumentar a oferta da sua fábrica de Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Apenas com a Suzlon a empresa já tem um contrato para a fabricaçãode75torres. DEMANDA MW é o volume de contratação em parques eólicos até 2019 previsto no Plano Decenal de Energia, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

5 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 5 LEIA MAIS A matriz eólica brasileira ainda é pequena, mas começa a crescer. Este ano duplicará e mais do que dobrará novamente até 2012, quando serão gerados 3,2 mil MW. Geradores como CEEE, do Rio Grande do Sul, e Cemig, de Minas Gerais, tentam atrair fabricantes de equipamentos de energia eólica para as regiões onde atuam. O uso de energia fotovoltaica é uma opção em várias partes do mundo, mas ainda é pouco utilizada no Brasil por causa de seu custo. Estima-se produção aqui de 15 MWp. Fotos: Divulgação Aerogerador e fotovoltaica têm espaço no varejo Empresa Energia Pura já realizou mais de mil vendas no Brasil para projetos residenciais Do jardim da Casa Branca, nos Estados Unidos, direto para a Praia Grande, em São Paulo. As mesmas minieólicas instaladas na casa oficial do presidente americano Barack Obama estão sendo implementadas em um prédio residencial no litoral paulista. Dois aerogeradores Skystream, de 2,4 quilowatt (kw) de potência cada, irão fornecer energia para as áreas comuns do Resort Residencial. Os equipamentos são importados pela Energia Pura Empreendimentos, única representante no Brasil da americana Southwest Windpower, gigante do segmento. Apesar de ter sido o mais recente e expressivo projeto da empresa brasileira, a venda desses geradores não foi o primeiro negócio da companhia. De acordo com Eduardo Konze, sócio-proprietário da Energia Pura, a empresa fundada em 1993 já realizou mais de mil vendas para todas as regiões do país. Nos últimos anos, sem dúvida, a empresa cresceu exponencialmente, aumentando de forma significativa as vendas em relação aos anos anteriores, afirmou Konze. Além de aerogeradores, a companhia também comercializa painéis solares fotovoltaicos, sempre para residências ou projetos de pequeno porte para autoprodutores. Entre os clientes estão a Petrobras, a Gafisa e o Solar dos Ventos, outro residencial, em Fernando de Noronha. Konze atribui o sucesso nos últimos anos aos investimentos que o país tem feito na área de energias alternativas. Quanto mais se fala de energia eólica, solar, mais as pessoas têm conhecimento de que é possível o consumo residencial, avaliou. Silenciosamente, este mercado tem se tornado tão dinâmicoapontodepartedasvendas realizadas pela Energia Pura COMO FUNCIONA Tecnologia é relativamente recente, mas é amplamente utilizada em vários países 1 2 O movimento gerado nas hélices pelo vento faz girar um eixo interno, ligado a um motor gerador. Neste gerador, a energia mecânica é transformada em eletricidade HÉLICE Todas as torres que compõem o parque são ligadas a um transformador, onde a eletricidade gerada nos motores é amplificada. A altura das hélices pode chegar a 80 metros TORRE Interessadosemtornar suas casas flex ou autossuficientes na geraçãodeenergia recebem aerogeradores até pelo correio NO BRASIL Fontes de energia Eólicas 0,70% Termelétricas 24,80% Fonte: Aneel MOVIMENTO Outros 5,00% Hidrelétricas 69,50% TOTAL 110 mil MW serem feitas via Sedex. Pessoas que querem tornar suas casas flex ou autossuficientes em energia recebem pelo correio aerogeradores de até R$ 30 mil, comvidaútilde20a25anos. O miniparque eólico de Praia Grande será responsável pela geraçãode20%daenergiaconsumida pela área comum do edifício. A implantação dos aerogeradores é pioneira no estado paulista. De acordo com Konze, ainda que pareça inusitado, já que a região não tem um potencial eólico reconhecido, em São Paulo há localidades com boa quantidade de ventos. P.M. GERADOR VENTO NO MUNDO Geração de energia eólica nos principais países, em mil MW ALEMANHA CHINA ESPANHA INDIA BRASIL EUA 74,7 0,7 Fonte: WWEA/ ,1 25,7 25,1 35,1 Infografia: Alex Silva SUBESTAÇÃO TRANSFORMADOR 3 A energia gerada em todo o parque eólico segue e para uma subestação 4 A subestação faz a interligação com o sistema de distribuição, por onde a energia é jogada na rede

6 6 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 DESTAQUE ENERGIAS RENOVÁVEIS Fonteéaquemais cresce no país A capacidade de geração a partir de usinas eólicas dobrará no Brasil apenas neste ano. Até 2012, terá mais do que duplicado novamente Juliana Elias jelias@brasileconomico.com.br A participação da energia eólica na matriz brasileira ainda é pequena, mas seu crescimento é rápido. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o número de parques de geração a partir da fonte no Brasil encerraram 2009 com um total de 700 megawatts (MW). Apenas este ano, essa capacidade irá dobrar, chegando a 1,4 mil MW. Até 2012, terá mais do que dobrado de novo, indo para 3,2 mil MW: serão 357% a mais do que em Isso faz da energia eólica a fonte que mais cresce no Brasil mesmo se comparada a outras tecnologias alternativas que, como ela, são relativamente recentes e ainda estão em processo de consolidação na matriz elétrica brasileira, como as usinas de biomassa. Enquanto as eólicas terão dobrado seu parquede2010a2012,apotênciaa partir da biomassa irá crescer 17% (de 5,3 mil para 6,3 mil MW), considerados os projetos que já estão contratados. O ritmo de crescimento da eletricidade a partir dos ventos também deixa bem para trás a evolução das termelétricas, tipo de usina mais contratada da metade da década para cá. As térmicas movidas a óleo combustível, por exemplo, irão ampliar sua capacidade em 55% de 2010 a 2012 (de 3,3 mil para 5,2 mil MW), e aquelas abastecidas por gás, em 11,2% (de 8,8 mil para 9,9 mil MW). Aforteexpansãodovento como fonte de energia é sentida dentro da própria Abeeólica, que está passando por uma grande reestruturação, visando justamente comportar sua mudança súbita de porte, com criação de novas diretorias e filiais pelo país. Há dois anos, tínhamos 10 associados, hoje são 61, dimensiona o novo presidente da instituição, Ricardo Simões. Entre as associadas estão desde geradoras e distribuidoras interessadas no modelo (como Oaumentoda eletricidade gerada a partir do vento deixa para trás também a evolução das termelétricas. No entanto, sua exploração ainda é pouco significativa no cômputo geral Cemig, MPX e EDP) até grandes indústrias de equipamentos que, mais recentemente, começaram a trazer para o Brasil projetos de fábricas locais (caso da Alstom, Siemens e Vestas). Baixa representatividade Apesar do forte ritmo de crescimento, a exploração da energia eólica ainda é muito pouco significativa para o país. Os 700 MW atuais suficientes para abastecer uma cidade pouco menor que o Rio de Janeiro representamapenas0,6%de toda a energia gerada hoje no Brasil: um total de 110 mil MW, galgados principalmente nas hidrelétricas, que respondem por

7 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 7 Rodrigo Baleia/Folhapress Em 2012, ventos devem gerar 3,2 MW de energia no Brasil, 357% a mais do que em 2009 Geradores querem atrair fornecedores CEEE tenta driblar limitação logística para expandir; Cemig quer eólica em Minas Gerais Priscila Machado pmachadoabrasileconomico.com.br A entrada ou expansão da atividade eólica já é uma realidade para grande parte das companhias geradoras de energia no país. O desafio que elas esperam superar agora é atrair os fornecedores de equipamentos para suas regiões de atuação. A Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE) concentra suas atividades na região de maior potencial eólico do país. No entanto, ainda tem sua expansão limitada por questões logísticas. José Francisco Pereira Braga, diretor de transmissão e distribuição CEEE, destaca que a maior parte dos equipamentos usados para geração eólica são importados, mas que a empresa já está trabalhando para implantar indústrias de componentes no estado. Estamos trabalhando nesse sentido e mantendo conversascomagamesaeavestas, afirmou o diretor da CEEE. Segundoele,oestadodoRio Grande do Sul estaria disposto a fazer incentivos para atrair essas companhias. Também temos uma grande disponibilidade de área em Rio Grande, completou. Nova fronteira Quem também está em busca de alianças é a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Com a finalização do mapeamento do potencial eólico do estado, a companhia busca parceiros para investir na sua casa. Segundo Cleber Teixeira, gerente de estruturação de empreendimento de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e outras fontes alternativas de CEEE busca empresa fornecedora de equipamentos para Região Sul. Gamesa e Vestas estão na mira da companhia energia da Cemig, a empresa irá conversar com interessados em investir em projetos na região. A companhia já é parceira da argentina Impsa em empreendimentos no Ceará. Ainda sobre o segmento eólico, Teixeira afirmou que a Cemig pode aparecer como parceira de projetos já inscritos no leilão de energia renováveis marcado para o mês de agosto. Estamos tentando. Ainda estamos em conversação, disse o gerente, sem revelar nomes de possíveis aliados. 70% do total. Mesmo quando já estiver quatro vezes maior, em 2012, a participação continuará pequena, na faixa de 2,5%. De qualquer forma, pontua Simões, o potencial e a importância da fonte são gigantescos, vide o comparecimento que há nos leilões de energia. Promovidos pelo governo desde 2005, estes leilões têm o objetivo de contratar a eletricidade que deverá ser instalada nos próximos anos no país. Até aqui, teve forte ênfasenacontrataçãodetermelétricas, movidas a gás, carvão e óleo. A tendência é que, a partir de agora, fontes alternativas e renováveis, como a eólica, ao lado de biomassa e das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), passem a ocupar esse espaço. O primeiro leilão voltado para eólicas ocorreu em dezembro passado, e, para agosto deste ano, já há dois outros marcados. O fato de a energia eólica ser coadjuvante não tira sua importância, diz o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. O consumodeenergianobrasilaindavai crescer muito, tanto pelo avanço econômico quanto pelo consumo per capita. E o país não pode prescindir de nenhuma fonte, principalmente de uma como a eólica, que é limpa, renovável e está sendo desenvolvida em todo o mundo. PRINCIPAIS PROGRAMAS NO PAÍS Pró-eólica O Programa Emergencial de Energia Eólica (Pró-Eólica) foi o primeiro plano de estímulo a esse tipo de energia no Brasil. Foi criado no rastro da crise energética deflagrada após o apagão ocorrido naquele ano. O pacote previa incentivos da Eletrobras a empreendimentos do gênero, e foi o responsável pelos primeiros grandes projetos de parques eólicos realizados no país. Proinfa O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), sancionado no final de 2003, criou linhas de financiamento específicas, por meio do BNDES, a projetos voltados para a geração de energia a partir de fontes renováveis. Além das eólicas, incluiu também biomassa e PCHs. É dele que vem quase a totalidade dos projetos que há instalados hoje. Leilões Em dezembro do ano passado ocorreu o primeiro leilão voltado para projetos de energia eólica. Foi contratado 1,8 mil MW, a ser implantado até julho de A entrada da fonte nos leilões do governo garante o incentivo anovosprojetos.paraagosto, já há outros dois programados. O leilão de energia reserva, que incluirá também biomassa e PCH, teve 14 mil MW inscritos, dos quais 10 mil MW em eólicas.

8 8 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 DESTAQUE ENERGIAS RENOVÁVEIS Alto custo inibe avanço da energia solar no país Divulgação Uso da tecnologia fotovoltaica ainda é restrito a projetos sociais e científicos João Paulo Freitas jpfreitas@brasileconomico.com.br A transformação da luz solar em eletricidade também conhecida como geração fotovoltaica é uma opção energética em ascensão. Segundo dados da Photon International, publicação especializada no tema, só no ano passado foram fabricados 12,3 gigawatts (GW) em células solares no mundo, um crescimento de 56% em relação a O valor é praticamente a potência da usina hidrelétrica de Itaipu. No Brasil, porém, o uso desse tipo de energia ainda é pequeno. Segundo Marco Antonio Galdino, pesquisador do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobras, as estimativas mais atualizadas apontam uma potência total instalada de cerca de 15 megawatts pico (MWp) em sistemas fotovoltaicos no Brasil. As concessionárias de distribuição de energia têm usado a tecnologia para levar eletricidade a regiões distantes. É a alternativa encontrada para contornar o elevado custo da ampliação da rede em determinadas áreas do país, como a região norte. De acordo com Galdino, da potência fotovoltaica total instalada no país, somente 200 quilowatts pico (KWp) estão conectados à rede elétrica, justamente o modo mais relevante de utilização da tecnologia. Em países como Alemanha e Japão, as pessoas recebem incentivos para colocar seus telhados para produzir eletricidade. Este é o grande mercado mundial atualmente. Todos se tornam produtores independentes, diz Adriano Moehlecke, coordenador do Centro Brasileiro para Desenvolvimento da Energia Solar Fotovoltaica (CB-Solar), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Legislação ausente No Brasil, porém, as instalações fotovoltaicas conectadas à rede existem apenas para fins de ensino e pesquisa. Isso ocorre, principalmente, devido à ausência de marcos legais. Do ponto de vista institucional, precisaria haver uma regulamentação, o que ainda Mesmo em desvantagem se comparada ao sistema eólico, captação de energia por meio de células fotovoltaicas está em rápida expansão. No mundo, produção já atinge volume anual equivalente à usina de Itaipu POTÊNCIA LUMINOSA A energia fotovoltaica é a conversão direta da radiação solar em eletricidade, um processo que começa nas células solares MÓDULO FOTOVOLTAICO É constituído de várias células solares. O acabamento é feito com alumínio e plástico, que garantem ao conjunto durabilidade superior a 30 anos SISTEMA FOTOVOLTAICO AUTÔNOMO Proporciona energia elétrica em locais isolados. É constituído essencialmente de um conjunto de módulos e baterias recarregáveis associadas a controladores de carga. Durante o dia, os módulos produzem energia. O excedente é armazenado em baterias. Durante a noite e nos dias nublados, usa-se a eletricidade armazenada Fonte: Núcleo Tecnológico de Energia Solar (NT-Solar), da PUC-RS não existe, afirma Altino Ventura Filho, secretário de planejamento e desenvolvimento energético do Ministério de Minas e Energia (MME). Já Moehlecke acredita que apenas isso não basta. Se tivermos um programa de uso de energia solar sem um apoio à produção de sistemas fotovoltaicos, mataremos uma possível indústria nacional antes mesmo de ela nascer, diz. ALUMÍNIO TEDLAR SISTEMAS CONECTADOS À REDE ELÉTRICA Especialistas no assunto apontamdiversascausasparao baixo aproveitamento que o país ainda faz da radiação solar como opção de geração de energia. A principal é o custo da tecnologia. O Brasil tem abundância de fontes para produção de energia elétrica. Nesse sentido, não se justifica incorporarmos uma que ainda possui um custo muito superior, diz Ventura Filho. EVA VIDRO CÉLULA SOLAR Basicamente é composta de lâminas de silício, com impurezas negativas ou positivas. o que cria um campo elétrico no interior do material. A incidência de radiação solar produz corrente elétrica se o dispositivo estiver conectado a um circuito externo São voltados ao atendimento da população que já usa a rede convencional. Os módulos podem ser colocados no telhado ou nas fachadas de casas e edifícios. Este sistema troca energia com a rede. No momento em que a produção é maior que o consumo, o sistema "vende" para a companhia elétrica. Quando é inferior, "compra" Segundo Galdino, trabalhos acadêmicos indicam que a energia fotovoltaica passará a ser competitiva num prazo de 10 anos. Mesmo assim, ele defende a incorporação da tecnologia à matriz energética nacional. Precisamos aproveitar o momento atual para entrar nesse mercado, produzindo módulos aqui, tanto para o consumo interno quanto para a exportação, afirma. Módulos fotovoltaicos em Campo Formoso (BA): opção de energia onde a rede elétrica não chega MERCADO EM EXPANSÃO Potência fotovoltaica instaladas em 2009* (em gigawatt pico - GWp) Alemanha 8,76 Espanha 3,42 Japão 2,62 EUA 1,62 Itália 0,90 PRODUÇÃO MUNDIAL DE CÉLULAS SOLARES (EM GWP) , , , , , , , , , ,9 Infográficos: Rubineto ,3 * Segundo estimativa do Cepel /Eletrobras Fonte: Revista Photon International

9 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 9 Copa pode estimular uso da tecnologia Pesquisadores da PUC-RS planejam inaugurar fábrica de células solares até final de 2012 Os preparativos para a realização da Copa do Mundo no Brasil podem impulsionar o mercado de módulos fotovoltaicos e ajudar a criar uma indústria nacional de célulassolares.essaéaavaliação de Adriano Moehlecke, coordenador do Centro Brasileiro para Desenvolvimento da Energia Solar Fotovoltaica (CB-Solar), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Alguns estádios brasileiros planejam obter certificações de sustentabilidade e visam, entre outras coisas, adotar sistemas fotovoltaicos. A Cemig está envolvida em um deles. Nossa meta é instalar, até o final de 2012, uma usina fotovoltaica em cima do estádio Mineirão, diz Alexandre Heringer Lisboa, gestor de alternativas energéticas da concessionária. Estamos encerrando um estudo de viabilidade técnica para ver qual vai ser a potência final. São oportunidades como essa que fazem Moehlecke correr com seu plano de levantar uma fábrica de células solares e módulos fotovoltaicos. Segundo Alguns estádios brasileiros planejam adotar sistemas fotovoltaicos. A Cemig está envolvida em um deles e, até o final de 2012, deve instalar uma usina fotovoltaica em cima do Mineirão ele, o Brasil ainda não possui uma indústria capaz de produzir esse tipo de equipamento. Acho que 2013 é uma boa data para a fábrica começar a funcionar. Em 2014 teremos Copa. Em 2016, Olimpíadas. Esses eventos serão marcos para a tecnologia fotovoltaica no país, afirma. Tal cronograma visa ainda antecipar a queda internacional do preço desse tipo de equipamento e uma possível inundação do mercado local por produtos importados, o que dificultaria a criação de um parque tecnológico nacional voltado à área. Plano de negócio Em 2005, Moehlecke e Izete Zanesco, também coordenadora do CB-Solar, instalaram uma planta piloto para a produção de células solares e módulos fotovoltaicos no Parque Científico e Tecnológico da PUC-RS, o Tecnopuc. O Fernando Gomes Célula solar produzida na PUC-RS: R$ 6 milhões investidos na planta-piloto projeto recebeu um total de R$ 6 milhões de Petrobras, Eletrosul, Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Na etapa atual, de elaboração do plano de negócios para a criação da fábrica, os pesquisadores contam com apoio de CEEE, Eletrosul e Finep. Há investidores privados interessados no projeto, mas Moehlecke ainda não revela nomes.

10 10 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 OPINIÃO José Dirceu Advogado e ex-ministro da Casa Civil Adriano Pires Diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura Roberto Falkenstein Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli na América Latina Qual receita seguir O pré-sal no Senado Novos materiais Há três semanas, predominavam na Europa as sensações de alívio e entusiasmo com o pacote de 110 bilhões de euros de socorro à Grécia. A contrapartida amarga teve ares de déjà vu: congelamento de salários dos servidores, aumento de impostos, corte em aposentadorias, fim de benefícios e flexibilização das leis trabalhistas. Típica receita passada pelos países ricos aos emergentes nos anos No entanto, o ambiente europeu vem se transformando em um mar de dúvidas. Relatórios recentes no mercado não trazem mais perspectivas consoladoras. Pairam incertezas quanto ao futuro europeu e a capacidade de contaminação de outros centros. Os questionamentos sobre a viabilidade do euro como moeda única voltaram. Teme-se que a solvência fiscal europeia atinja o Japão e os EUA, países que ainda estão em situação de fragilidade e amargam alto desemprego vide o patamar da bolsa americana desde 20 de maio, que mais parece um teto de operações. Nos EUA, o fortalecimento do dólar e a crise europeia devem agravar ainda mais a situação de emprego. A bem-sucedida receita brasileira do governo Lula nos projeta como uma referência econômica na próxima década Além disso, as perspectivas são de redução do ritmo de crescimento mundial em 2010, notadamente na China. Há igualmente demora do G20 para agir e, quando age, é mais para regular bancos e controlar déficits do que para estabilizar os mercados. A consequência é estresse financeiro elevado, por conta do aumento dos spreads de risco e custo maior do capital. Contudo, o mais preocupante tem sido a reação na Europa. As medidas adotadas são, na verdade, velhos placebos econômicos, ou pior, podem provocar um choque anafilático: corte acelerado de despesas e retirada de estímulos ao aquecimento da produção, como na Alemanha, por exemplo, que anunciou o maior ajuste fiscal desde a Segunda Guerra Mundial. Não se vislumbra no horizonte qualquer reforma que signifique atividade econômica aquecida. Em outras palavras, a Europa está a caminho de uma deflação, e o resultado é perda ainda maior da capacidade de equacionar o déficit fiscal. Do outro lado do Atlântico, no Brasil, os mais recentes números do IBGE revelam que a economia cresceu 9% no primeiro trimestre de 2010, ante o mesmo período de 2009, no ritmo mais forte de expansão pós-crise. Nossa taxa de investimento atingiu 18% do PIB nos primeiros três meses do ano. Entre 2009 e 2010, houve crescimento de: 14,6% na indústria, 5,9% no setor de serviços e 5,1% no agropecuário. O mercado interno ajudou a sustentar esse crescimento (o consumo das famílias teve aumento de 9,3% no primeiro trimestre), mas as exportações de bens e serviços também subiram (14,5%). A bem-sucedida receita brasileira do governo Lula nos projeta como referência econômica na próxima década. É preciso manter essa receita, mas adotando medidas como: reduzir juros; manter o crescimento apoiado no mercado interno; destinar mais recursos para educação e inovação; buscar novos mercados; e acelerar, via PAC, a infraestrutura. O panorama é promissor, mas não podemos mudar o rumo. Esta semana, os projetos do pré-sal deverão ser votados no Senado Federal. Da mesma forma que na Câmara, as discussões dos projetos no Senado foram pueris. Havia uma esperança que no Senado, devido à presença maior da oposição, fossem discutidas questões de fundo como a criação da Petrosal e seu poder de veto, a volta do monopólio da Petrobras, a capitalização da estatal, as reais vantagens da troca do modelo de concessão pelo de partilha. Porém, esses temas não foram tratados nas comissões técnicas e tampouco ocorreram audiências públicas. A preocupação única continuou sendo a questão da distribuição dos royalties que pode agradar alguns governadores e prefeitos edesagradaroutros.élamentávelvermosacâmarae agora o Senado aprovando, tendo como critério o ano eleitoral, medidas que vão mudar a cara do setor no país e que com certeza irão penalizar gerações futuras. Se a Câmara e o Senado tivessem analisado com o mínimo de cuidado os quatro projetos enviados governo, verificariam a existência de dois pontos comuns a todos. O direcionamento para uma reestatizaçãodosetoreamudançadeumestadoqueparticipa da renda petroleira através da arrecadação de impostos para um estado que vai obter a mesma renda pela comercialização do petróleo e do gás natural. No contexto da volta aos anos 50, o governo propõe restituir parte do monopólio que a Petrobras havia perdido com a Lei 9.478, através da adoção dos contratos de partilha da produção. A Petrobras passaria a ser a única operadora dos campos do pré-sal que ainda não foram licitados, com uma participação mínima de 30%. Além da perda de eficiência, essa novidade tende a afastar investimentos das tradicionais empresas petrolíferas, que poderão não aceitar ser meras parceiras financeiras da Petrobras. Por outro lado, o novo modelo poderá atrair empresas estatais, que têm grande disponibilidade de capital. A Petrobras também passa a ser um monopsônio, se transformando na única compradora das indústrias fornecedoras de bens e serviços para o pré-sal. O mercado de petróleo e a própria Petrobras já são suficientemente atraentes para a captação de recursos privados O projeto que cria a nova estatal propõe para a empresa funções de gestora dos contratos de partilha e dos contratos de comercialização. A primeira função é exercida pela ANP, só que em relação aos contratos de concessão. A segunda faz com que a Petrosal reencarne o antigo IAA e o IBC, que só deixaram heranças malditas. No contexto do projeto de lei que visa capitalizar a Petrobras, cogita o poder executivo de ceder cinco bilhões de barris equivalentes de petróleo, extraídos a partir da camada do pré-sal, para privilegiar a estatal e seus acionistas privados, concedendo-lhe, sem prévia licitação, a prerrogativa de explorar diretamente os blocos. O mercado de petróleoeaprópriapetrobrasjásãosuficientemente atraentes para a captação de recursos privados, não sendo necessário o governo capitalizar a empresa com recursos públicos. Melhor seria utilizar os instrumentos tradicionais do mercado de capitais para que a população venha a investir na Petrobras. O aquecimento global afeta o nosso dia a dia e coloca em risco o futuro das próximas gerações. A reversão deste cenário depende da mudança de hábitos de todas as pessoas, enquanto cidadãos e consumidores. Os setores industriais podem contribuir com avanços mais contundentes do ponto de vista ecológico e nós, da indústria automobilística, precisamos capitanear esta transformação, pois temos papel importante na economia global, tanto em geração de empregos quanto em avanços tecnológicos. Novos tipos de plásticos, modificados por nanotecnologia, também surgem como opção no esforço de emagrecer os carros Os projetos de novos veículos já visam reduzir as emissões, incorporando novos materiais, tecnologias e reciclabilidade, sem deixar de lado segurança e performance. O maior desafio que envolve toda a cadeia nos próximos anos é a busca por matérias-primas de origem renovável: os biomateriais. Uma forma de reduzir as emissões é desenvolver carros mais leves, usando materiais tão resistentes quanto o aço, como alumínio e fibra de carbono. Mas ainda são caros e seu uso está concentrado nos carros de luxo e superesportivos. Novos tipos de plásticos, modificados por nanotecnologia, também surgem como opção no esforço de emagrecer os carros e, embora sejam de origem fóssil, possuem alta reciclabilidade. No caso da indústria pneumática, o desafio é ser 100% sustentável. Para caminhar nesta direção, a despeito do grau de dificuldade, grande parte da matéria-prima deverá ser proveniente de fontes renováveis, não mais do petróleo. Um dos projetos no longo prazo é a utilização de alga marinha como fonte de material para a produção de borracha sintética. A aposta nesse biomaterial se concretiza porque, em termos de volume, ele se reproduz 80% mais rápido que o eucalipto, por exemplo. Esta solução ainda está em fase de pesquisa, mas pode ser viabilizada num horizonte de dez anos. Neste momento, para contribuir na redução das emissões dos automóveis, a indústria pneumática disponibiliza um produto com compostos diferenciados, com menor resistência à rolagem, que contribui para reduzir o consumo de combustível. As outras características do pneu, como aderência e frenagem, não são prejudicadas. Testes feitos na pela Cetesb em um circuito em estrada comprovou uma redução de 5% do consumo. Já no em trajeto urbano, o resultado foi diminuição de 3%. Mas é preciso ir além e também gerar menos CO 2 na produção. Hoje, o pneu normal de um automóvel produz 80 kg de CO 2, considerando toda a sua cadeia produtiva, desde as matérias-primas, a linha de produção, passando pelos veículos que rodam dentro das fábricas e os que fazem o transporte até o usuário final. É uma conta bem complexa. Mas o objetivo é chegar a uma redução de 25% em dois anos. Num futuro não muito distante, o automóvel será 100% reciclável. Na Europa, o índice já passa dos 90%. Mas lá, há recicladores, para onde quase a totalidade dos carros produzidos é encaminhada. O Brasil deverá, no longo prazo, caminhar na mesma direção.

11 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 11 Damien Meyer/AFP O golpe no alto luxo A crise econômica atingiu fortemente a marca Versace. A empresa informou que as perdas do grupo em 2009 alcançaram 49,6 milhões, ou US$ 60 milhões. A empresa anunciou um grande plano de reestruturação para se proteger dos planos financeiros, que envolve o fechamento de 250 lojas, quase um quarto dos pontos de venda da grife. O mercado de roupas de luxo e acessórios viu suas vendas caírem de 336 milhões em 2008 para 268 milhões no ano passado. Sam Yeh/AFP TELA MULTITOQUE Para que lápis e papel, ou mesmo um mouse? Somente as mãos e uma dessas telas da empresa de tecnologia 3M, apresentada ontem durante a feira Display Taiwan 2010, dão conta do recado. Duas pessoas podem desenhar simultaneamente no display, que custará US$ ENTREVISTA STELLA KOCHEN SUSSKIND Presidente da Shopper Experience e da divisão latino-americana da Mystery Shopping Providers Association Pesquisador secreto terá certificação Associação internacional vai passar a emitir selo de qualidade para pesquisas que avaliam serviços a pedido de empresas Maeli Prado mprado@brasileconomico.com.br A pesquisa cliente secreto é aquela em que um consumidor avalia serviços ou produtos a pedido da própria empresa contratante sem conhecimento dos funcionários, é claro. Está em franca expansão no Brasil, mas esse crescimento embute um risco: a sua má utilização, com pesquisadores sem know how para realizá-la. A Mystery Shopping Providers Association, que reúne esses pesquisadores, vai passar a emitir no Brasil uma certificação para garantir essa qualidade, diz Stella Kochen Susskind, também presidente da Shopper Experience. A demanda pela cliente secreto vem crescendo? Sim. Empresas de segmentos Divuilgação Bancos, lavanderias e até hospitais veterinários vêm se interessando por essas pesquisas que nunca mostraram interesse nesse tipo de pesquisa estão começandoaseinteressar.ofoco era muito no varejo, mas isso vem se expandindo para os bancos e serviços, como hotéis, companhias aéreas, lavanderias e até hospitais veterinários. Quanto a Shopper Experience vai faturar este ano? Este ano está muito bom. Até agora, crescemos mais de 120% na comparação com o mesmo período do ano passado. Como funciona a certificação que vocês vão passar a emitir? É uma espécie de selo de qualidade para as empresas de pesquisas que se dedicam a esse ramo. Os problemas das empresas não qualificadas é que muitas vezes os profissionais não tem condições de fazer uma análise a partir dos relatórios. Depois tem a coisa do amadorismo, de mandar a tia, a irmã passarem na loja para avaliar os serviços. É necessário ter perfil de consumo e ser crítico.

12 12 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 BRASIL Acomodação da economia reduz temor de inflação Especialista alerta, porém, para pressões em função do crescimento acima do potencial brasileiro este ano Eva Rodrigues O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,43% em maio,amenoraltadoanoe0,14 ponto percentual inferior que a taxa de 0,57% verificada em abril. Com o resultado, o indicador oficial da inflação do País acumula 3,09% de alta no ano e gera controvérsia entre analistas sobre o nível de pressões a serem enfrentadas no decorrer do segundo semestre. Com projeção de alta de 5,2% para o IPCA no ano, o economista da LCA, Fábio Romão, observa que a tendência para o segundo semestre é de alimentos em processo de baixa, continuidade no movimento de diluição das altas em vestuário e saúde e cuidados pessoais, assim como a desaceleração dos custos de habitação. Teremos alguma pressão de alimentos e bebidas por conta da sazonalidade no final do ano. Mas, a atividade econômica crescendo de forma mais moderada em função da antecipação de consumo com a redução do IPI e dos efeitos iniciais do ciclo de aperto monetário contribui para um cenário de inflação sem riscos preponderantes, aponta. Mesmo o dissídio de categorias importantes no segundo semestre do ano, como bancários e metalúrgicos, já está incorporado na projeção da LCA. A questão é que uma inflação correndo acima da meta dificulta a negociação. E mesmo que um volume muito grande de categorias consiga ganho real, o intervalo desse ganho não deve ser grande, pondera. Já a economista do Grupo Santander Brasil, Tatiana Pinheiro, discorda que as pressões inflacionárias estarão arrefecidas no segundo semestre do ano. Se olharmos somente para o item serviços que está rodando num patamar de 6,8% de inflação em 12 meses, aliado a uma expectativa de crescimento de PIB de mais Divulgação Fábio Romão Economista da LCA De um modo geral, com a atividade econômica crescendo de forma mais moderada em função da antecipação de consumo ocorrida com a redução do IPI e também por conta dos efeitos iniciais do ciclo de aperto monetário, temos um cenário de inflação sem riscos preponderantes ALIMENTOS 0,28% O grupo alimentos, com peso de 22,9%noIPCA,foioprincipal fator de descompressão do índice ao sair de uma alta de 1,45% em abril para 0,28% em maio. de 7%(acima do potencial brasileiro), é muito difícil falar em menor pressão inflacionária. Na avaliação da economista, somente no quarto trimestre do ano a política monetária restritiva do governo deve ter efeito sobre a inflação. Tivemos uma inflação média mensal de 0,28% no segundo semestre de 2009 e não vejo possibilidade de que essa média seja menor agora, a menos que tenhamos um choquemuitograndeeacriseda Europa gere uma contração de demanda parecida com a do ano passado, afirma. A previsão do Santander é de IPCA fechando o ano em 5,5%. O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, mostra inquietação com os núcleos do IPCA que vinham apresentando comportamentos diferenciados e agora estão todos apontando para cimaenumpatamarde5%em 12 meses. Se olharmos o índice de difusão (mede quantos itens tiveram inflação positiva) de 60,9% é um bom sinal porque está próximo da média histórica, mas os núcleos apontando todos para cima nos trazem uma impressão menos positiva do índice, diz. O banco fez uma ligeira alteração na projeção do IPCA para 2010, de 5,63% para 5,65%, próxima à do último boletim Focus de 5,64%. Gonçalves acredita que a crise experimentada pela Europa pode sim trazer conforto do ponto de vista da alta de preços por aqui. A crise vai trazer crescimento mais fraco. E menor demanda global significa menos pressão inflacionária, diz. HABITAÇÃO 0,78% O vilão de maio no IPCA foi oitemhabitação,comalta de 0,78% ante 0,08% de abril, especialmente por conta de aluguel, condomínio e energia.

13 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 13 Ricardo Stuckert/PR Lula diz diz que não deixará inflação voltar O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que vai atuar para não deixar os níveis de inflação subirem. Farei qualquer coisa para não deixar a inflação voltar, disse Lula em discurso em Natal (RN), ao inaugurar instalações de Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O presidente alertou ainda que o processo eleitoral não deve corromper o progresso econômico do país. Ele justificou que eventual volta da inflação prejudicaria principalmente o bolso do pequeno. FIA: O MBA com a marca do conhecimento. A referência em escola de negócios Tel.: Henrique Manreza Preços de alimentos, que deram o tom da inflação nos últimos meses, mostram tendência de queda Construção civil é alvo de preocupação Preços em alta inflação atinge 1,57% em maio, puxada por indústria O Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou alta de 1,57% em maio, ante variação de 0,72% em abril. O resultado, que sintetiza a inflação para o produtor, o consumidor e o setor de construção civil, foi divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A alta foi pressionada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e pelo Índice Nacional de Custo de Construção Civil (INCC), que tiveram aceleração. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou redução do ritmo de crescimento, passando de 0,76% em abril para 0,21% em maio. O núcleo do IPC registrou variação de 0,47% no período, a mesma apurada em abril. Isso significa que houve uma certa estabilização da inflação para o consumidor na comparação mensal. Analistas apontam, porém, que os outros dois índices que compõem o IGP-DI manterão tendência de alta, pressionando a inflação geral também em junho. IGP-DI Preços sobem por conta do atacado Fonte: FGV MAIO ABRIL Índice Geral de Preços 1,57% 0,72% Produtor 2,06% 0,68% Consumidor 0,21% 0,76% Construção Civil 1,81% 0,84% Alta no custo de materiais deve se tornar próxima vilã da inflação para o setor Carolina Alves calves@brasileconomico.com.br Enquanto a inflação para o consumidor vem desacelerando, para o produtor ela deve pesar mais nos próximos meses. O cenário previsto envolve dois segmentos em específico, construção civil e indústria. Isso por conta do aquecimento do consumo, do aumento do custodemãodeobraedopreço das commodities no mercado internacional. Ademandaemaltaeaaprovação de dissídio coletivo em São Paulo devem puxar o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) já em junho, segundo análise da consultoria Rosenberg & Associados. Somente no mês de maio, custos de mãode-obra, que subiram 3,13%, foram a principal influência da inflação do setor. O preço dos serviços também aumentou, passando de 0,18% em abril para 0,57% em maio, conforme levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado ontem. Com isso, o INCC atingiu 1,81% no período. No começo do ano é comum que o custo de mão de obra pressione a inflação. Porém, no segundosemestreéopreçodo material de construção que deve puxar o índice, explica Rogério César de Souza, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Isso é agravado pela oferta, que é restrita a poucas empresas no Brasil. Desta forma, qualquer aquecimento de consumo eleva os preços de imóveis substancialmente, complementa. Indústria Puxado principalmente por matérias-primas, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou alta de 2,06% em maio, ante uma taxa de 0,68% em abril. Somente para o minério de ferro, a elevação foi de 75,19%, enquanto no mês anterior o insumo havia registrado deflação de 1,56%. Já o farelo de sojapassoudeumaquedade 5,95% para um crescimento de 7,71% no período. O aumento do minério é pontual. Em junho Competição na indústria segura repasses de custos para o consumidor final Rogério César de Souza, economista do Iedi o mercado continuará a sentir o efeito dos preços, recentemente reajustados pelas produtoras. Depois disso, a alta já terá sido absorvida e, portanto, amenizada no índice, explica o analista de mercado Jason Vieira, da Cruzeiro do Sul Corretora. Por outro lado, ele alerta para a demanda das commodities agrícolas. Ela se manterá aquecida no mercado internacional, o que tende a valorizar os preços ainda mais. Desta forma, enquanto o minério tende a pressionar menos os custos para o atacado no segundo semestre, soja, por exemplo, manterá a inflação em alta. Entretanto, o repasse desses custos ao consumidor não deve ser feito em breve. A competitividade da indústria está cada vez mais forte, o que tem segurado o reajuste, analisa Souza.

14 14 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 BRASIL ELEIÇÕES Senado aprova projeto acabando com punições a quem não votar O Senado aprovou ontem projeto que acaba com punições para eleitores que não votarem ou não justificarem a ausência à urna para votar. Atualmente, quem não justificar o voto ou deixar de apresentar prova de votação na última eleição está proibido, por exemplo, de se inscrever em concurso público, tomar posse em cargo ou função pública, participar de licitações e obter carteira de identidade ou passaporte. Henrique Manreza IBGE Produção industrial teve melhor resultado em Goiás. Maior perda foi no Paraná A produção industrial caiu em sete das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE em abril ante março. A perda mais acentuada nessa base de comparação foi registrada pelo Paraná (-14,7%). Amazonas (-4,2%), Rio de Janeiro (-3,4%), Pernambuco (-2,6%), Espírito Santo (-1,9%) e Rio Grande do Sul (-1,1%) também registraram quedas superiores à média global (-0,7%). O melhor resultado em abril ante o mês anterior ficou com Goiás (4,5%). Felipe O Neill Segundo Richard Newell, moratória na região afetada pelo vazamento da BP trará queda na produção de petróleo Desastre no Golfo é marco divisor Embora o Brasil saia favorecido no episódio, com investimentos para o pré-sal, preços devem subir no setor Ricardo Rego Monteiro, do Rio rmonteiro@brasileconomico.com.br O Brasil deve se beneficiar do vazamento do Golfo do México, caso o governo americano decida estender o prazo da moratória de novas perfurações na região, de seis meses para um ano. Se isso ocorrer, a vicepresidente do Federal Reserve de Dallas (Fed, o banco central americano), Mine Yücel, adverte que poderá ocorrer um fluxomigratóriodeinvestimentos para outras regiões promissoras do mundo, como o pré-sal da Bacia de Santos. A má notícia, de acordo com a economista, é que, nesse caso, também é possível esperar um aumento dos preços do petróleo no mercado internacional. Especialistas do setor identificam a maior oferta de sondas de perfuração, no mundo, como outro benefício do vazamento para a atividade exploratória global. Embora esteja longe de identificar qualquer benefício do episódio, Omowomi IIledare, Isso tudo não vai representar o fim da exploração de petróleo em alto-mar, até porque os EUA não podem se dar ao luxo de suspender uma atividade que responde por 25% de sua produção total Omowomi Illedare, diretor do Centro de Estudos de Energia diretor do Center for Energy Studies, confirma que 33 sondas de perfuração encontram-se paradas como reflexo da moratória decretada pelo governo americano. Só a anglo-holandesa Shell, lembra o especialista, responde por cinco. Illedareeaespecialistaem petróleo do Fed, Mine Yücel, participaram do International Association for Energy Economics (IAEE), realizado nesta semana, no Rio. Para Mine, por pior que tenham sido as consequências do ponto de vista ambiental, o vazamento da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum (BP), teve pouco impacto sobre os preços internacionais. O cenário, ressalva a vice-presidente da Fed, poderá mudar com a extensão do prazo estipulado pelo governo americano para investigar as responsabilidades do acidente. Para a vice-presidente do Fed, os preços do petróleo no mercado internacional estão limitados a US$ 70 devido aos reflexos da crise mundial, que desacelerou o consumo nos mercados americano e europeu. Embora veja com preocupação os efeitos da especulação no mercadofuturodeóleo,admite que tais reflexos diminuíram, nos últimos anos, com a crise mundial. Hoje, os preços estão mais determinados pela correlação entre oferta e demanda de petróleo do que propriamente pelas operações no mercado futuro, ressaltou Mine. Apesar da ressalva, a representante do governo americano não deixa de defender mudanças que contribuam para aumentar a transparência nas regras de funcionamento do mercado futuro de petróleo. Tais mudanças, confirmou, devem contribuir para facilitar a identificação de investidores e a procedência do capital envolvido. Se essas mudanças ocorrerem como consequência das discussões internacionais sobre maior regulação financeira, será positivo para o mundo, afirmou a vice-presidente do Fed. Para o diretor do Center for Energy Studies, na Louisiana, o vazamento já provocou mudanças definitivas no setor, com o enrijecimento das normas de segurança e meio ambiente não só nos Estados Unidos, mas também em países como a Noruega. Embora admita que tais práticas deverão contribuir para o encarecimento da atividade, ressalva que estão longe de inviabilizar a exploração em altomar. Isso tudo não vai representar o fim da exploração de petróleo em alto mar, até porque os EUA não podem se dar ao luxo de suspender uma atividade que responde por 25% de sua produção total, afirma. Morador de um dos estados mais afetados pelo vazamento da BP, o especialista adverte que o episódio já provocou problemas para a economia local, como a perda de empregos e rentabilidade para a cadeia de fornecedores e o setor deserviços.dopontodevista da indústria petrolífera, enumera o encarecimento dos custos com seguros como outra das consequências do episódio.

15 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 15 NA LEI Contas do governo federal estão no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, diz TCU O TCU aprovou ontem, com 15 ressalvas, as contas do governo referentes a Entre as ressalvas estão, por exemplo, deficiências nos dados que deveriam subsidiar a análise dos resultados de programas do governo e o baixo percentual de arrecadação das multas aplicadas pela administração pública. Mesmo assim, o tribunal concluiu que o governo está enquadrado nos parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal. LEGISLAÇÃO TSE decide hoje se Ficha Limpa vale já para eleições 2010 Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide hoje se a lei do Ficha Limpa será válida já para as eleições deste ano. O texto, sancionado na última sexta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impede a candidatura de políticos condenados em segunda instância na Justiça. O projeto é resultado de iniciativa popular, que enviou à Câmara dos Deputados um abaixo-assinado de 1,6 milhão de assinaturas. NA BDO O QUE É IMPORTANTE PARA VOCÊ É IMPORTANTE PARA NÓS. AUDIT TAX ADVISORY (11) Produção em queda e preços em alta Consultor do presidente dos EUA minimizou efeito do acidente em relação à produção de óleo A produção de petróleo do Golfo do México deverá cair 26 mil barris/dia no quarto trimestre deste ano, como consequência do vazamento da plataforma Deepwater Horizon, no último dia20deabril. O diagnóstico consta do relatório divulgado nesta semana pela comissão governamental instituída pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para investigar as causas do acidente. Divulgado ontem pelo diretor-geral do U.S Energy Information Administration, Richard Newell, o documento também projeta uma redução O mercado de petróleo é muito dinâmico. Se tivesse ocorrido alguma alteração relevante, já teria sido verificada Richard Newell, diretor-geral do US Energy Information Administration de 70 mil barris/dia do volume extraído da região. Newell, que participou ontemdoencerramentodoseminário promovido pela International Association for Energy Economics (IAEE), no Rio, justificou a queda como consequência da moratória de seis meses na região, decretada pelo governo americano. Até novembro, nenhuma nova plataforma poderá ser instalada nas águas do Golfo do México. Além disso, foi determinada a suspensão da produção em 33 poços em águas profundas. Minimizar impacto O relatório, de acordo com Newell, deverá ser atualizado à medida que prosseguir o trabalho da comissão. O documento revela, entre outros detalhes, que o acidente provocará, ainda, a redução de 8 bilhões de pés cúbicos/dia da produção de gás nos últimos quatro meses deste ano. O problema, diagnosticou a comissão, é que essa perda poderá chegar a 74 bilhões de pés cúbicos/dia em Apesar dos números, o principal conselheiro da área energética do governo Obama fez questão de minimizar o impacto do acidente, do ponto de vista econômico. Newell lembrou que as perdas detectadas pelo relatório equivalem a só 0,1% da produção mundial de líquidos. Não acredito que tenha havido um impacto substancial no preço do petróleo, afirmou Newell. R.R.M. EXPLORAÇÃO OFFSHORE Prazo Embora tenha negado discussões no governo para ampliar o prazo da moratória, Richard Newell admitiu que, se as regras para exploração offshore ou o prazo de moratória mudar, a comissão terá que refazer os cálculos do relatório. De qualquer forma, o executivo evitou qualquer avaliação do impacto do acidente para outros mercados, como o Brasil. O governo está concentrado, agora, em estancar o vazamento que afeta o Golfo, que responde por um terço da produção americana de petróleo.

16 16 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 BRASIL PROJETO Imposto sobre grandes fortunas avança mais uma etapa na Câmara A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou ontem projeto de lei que cria o chamado imposto sobre grandes fortunas. Pelo texto, o imposto incidirá sobre patrimônio superior a R$ 2 milhões. A alíquota do novo tributo deve variar de 1% a 5% e não será permitida a dedução, no Imposto de Renda, dos valores recolhidos. O projeto, de autoria da bancada do PSOL, será discutido e votado pelo plenário da Câmara. Valter Campanato/ABr CIDADANIA DIGITAL Diretor da PF diz que novo documento de identificação trará segurança O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa, disse ontem que o novo documento de identificação civil vai reduzir as fraudes e a meta é chegar a 80% de eficácia em segurança. Com esse documento não haverá dúvidas da legitimidade do indivíduo, afirmou durante o 2º Congresso da Cidadania Digital, em Brasília. A nova identidade reunirá dados como o RG, o CPF, o Título de Eleitor e a Carteira de Habilitação. País desperdiça 20 anos de bônus demográfico Falta uma década e meia para o Brasil ter mais idosos que jovens, um nó com impactos negativos sobre a economia Elaine Cotta ecotta@brasileconomico.com.br Nos anos 1940, as mulheres brasileiras tinham, em média, seis filhos. Essa taxa caiu para 3,5 nos anos 1980 e para dois no início dos anos E a expectativa é que daqui para a frente as brasileiras tenham entre um e dois filhos, no máximo. Ao mesmo tempo, estamos vivendo mais. Enquanto nos anos 1940, a expectativa de vida era de 42 anos, hoje ela é de 73. Ou seja, no futuro teremos mais idosos e menos jovens, cenário que já é realidade em países europeus, como a Espanha. Nesse ritmo, em 15 anos poderemos dar fim ao bônus demográfico que se intensificou nos anos 1990, afirma Jorge Arbache, que analisou o fenômeno em estudo para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O bônus demográfico existe quando a população economicamente ativa leia-se os jovens é maior que a de idosos, ou as pessoas com mais de 65 anos que recebem aposentadoria. Isso permite um equilíbrio entre o que se contribui para a previdênciaeoquesepagaaos aposentados. O problema é que o Brasil nunca aproveitou esse bônus para tornar a previdência superavitária, diz Arbache. Nos quatro primeiros meses deste ano, o déficit da Previdência já soma R$ 17,2 bilhões - alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado e a expectativa do governo é de que ele bata em R$ 50 bilhões até o final do ano em 1998, o déficit foi de R$ 7 bilhões. E a tendência é de déficit crescente nos próximos anos. Efeito dominó O bônus demográfico brasileiro atingiu o auge nos anos 1990, quando 35% da população tinha menos de 15 anos e 4,8% mais de 65 anos, segundo dados do IBGE. Mas de lá para cá, o número de nascimento de crianças foi diminuindo. O lado bom do bônus Oaumentoda proporção de idosos terá substanciais reflexos na taxa de poupança pública e privada, além de efeitos negativos sobre a competitividade da economia brasileira demográfico é que a economia fica mais competitiva graças à maior oferta de mão de obra no mercado de trabalho. Numa economia formal, esse aumento do emprego também eleva as receitas com as contribuições previdenciárias e o nível de poupança da economia. Mas,nocasodobrasileiro,os lucrosdessebônusnãoestão sendo bem aproveitados. Um outro estudo, feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que apenas metade dos trabalhadores contribui com a previdência. Ou seja, a maior formalização do emprego ainda não é capaz de equilibrar as contas. Ao mesmo tempo, a proporção de idosos que passaram a receber aposentadoria saltou de 80,7% para 85,4% entre 1992 e A proporção do gasto público destinado à seguridade social cresce desde 1990 era de 6,9% do PIB em 1995 e de 9,4% em Futuro em risco E o resultado dessa fórmula, alerta Arbache, não traz boas perspectivas. O aumento da proporção de idosos terá substanciais reflexos na taxa de poupança pública e privada, além de efeitos negativos sobre a competitividade da economia brasileira, diz. O mais arriscado deles é a queda na taxa de poupança, que já não é das mais elevadas, pois os idosos tendem a poupar menos e consumir mais. Isso obrigará o país a usar poupança externa para financiar consumo, vulnerabilidade que parecia ter ficado no passado. Em recente declaração, o exministro da Fazendo Delfim Neto resumiu o problema: o Brasil vai envelhecer antes de ficar rico. Ou seja, o Brasil corre o risco de incorporar características de uma economia madura e estagnada antes mesmo de ter conseguido alcançar metas sólidas de distribuição e elevação da renda e de melhora na qualidade de vida da população. A POPULAÇÃO BRASILEIRA DO FUTURO Número de jovens tende a cair e de idosos a aumentar 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0-0,2 POPULAÇÃO TAXA MÉDIA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO, EM % Encolhimento da população a partir de , Fontes: IBGE e BNDES RAZÃO DE DEPENDÊNCIA IDOSOS 65 ANOS OU MAIS, EM % Período a partir do qual se observa rápido aumento da população relativa de idosos

17 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 17 PRAZO Ministro do Planejamento diz que reajuste a aposentados deve ficar nos 6,14% O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem acreditar ser mais provável que o reajuste dos aposentados fique em 6,14% do que em 7,7%, como aprovado pelo Congresso. De acordo com o ministro, esses 6,14% representam a inflação mais 2,5 pontos porcentuais de ganho real. Seguno o ministro, o presidente que tem prazo até dia 15 fará uma reunião até o fim da semana para decidir o reajuste. Henrique Manreza PERSPECTIVA Otimismo dos empresários da construção civil volta aos níveis pré-crise Os empresários da construção civil seguem otimistas neste início de ano, com a sondagem trimestral da FGV/Ibre e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) retornan do ao maior nível da série histórica em maio. O indicador nacional dos entrevistados sobre o desempenho de suas empresas subiu 5% no trimestre, para 59,95 pontos, mesmo nível atingido em maio de André Az/O Dia O aumento da expectativa de vida dos brasileiros fará com que no futuro o país tenha mais idosos do que jovens ROMBO O déficit da Previdência neste ano deve alcançar a marca de R$50 bi CONTRIBUIÇÃO Do total de trabalhadores, contribuem apenas 52,6% BENEFÍCIOS Abasedeidososquerecebem aposentadoria subiu para 85,4% Generosidade europeia é mau exemplo Para estudioso, problemas do Velho Continente passam pelo excesso de benefícios O atual sistema previdenciário brasileiro precisa ser repensado se o Brasil quiser evitar um caos nas contas públicas num futuro que nem é tão de longo prazo assim. No estudo que fez para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Jorge Arbache, sugere entre as alternativas 1) flexibilização na legislação trabalhista para encorajar o empregoemtempoparcialeotrabalho por conta própria; 2)revisão da idade mínima de aposentadoriaeoregimeeotempo de contribuição e 3) revisão ou retirada gradual dos subsídios aos aposentados e pensionistas deformaaseadequaremàestrutura demográfica das próximas décadas. A nossa Previdência é bastante generosa, diz Arbache, lembrando que parte dos problemas econômicos vividos hoje pela Europa é fruto do excesso de generosidade dos planos de previdência implantados há 30, 40 anos. Um plano como o dos franceses que se aposentam jovens, por exemplo, é ótimo no curto prazo, mas não se sustenta no longo prazo, diz. ALTERNATIVA Empreender Uma das alternativas para evitar o caos previdenciário é flexibilizar as leis trabalhistas e encorajar o emprego em tempo parcial e o trabalho por conta própria. Capitalização Arbache sugere ainda que o sistema previdenciário brasileiro teria de passar por um processo de capitalização que incentivasse as pessoas a poupar mais,a exemplo de como funciona o modelo chileno. Em essência, ele transformou um regime compulsório de repartiçãoemumregimequeéao mesmo tempo compulsório e de capitalização. Nele, os trabalhadores têm a opção de ter aprevidênciapúblicaeaprivada,paraaqualénecessário fazer aportes extras de capital. No Brasil, a possibilidade de unir os sistemas público e privado vem sendo discutida pelo governo federal, que ensaia o projeto de uma reforma da Previdência, mas que não deve sair do papel neste ano. Uma reforma efetiva, se sair do papel, ficará para o candidato que vencer as eleições presidenciais de outubro. Constituição A questão mais difícil de uma reforma previdenciária é que, para que seja eficaz, teria de contar com mudanças na Constituição. Isso exige um capital político muito alto, que boa parte das candidatos não está disposta a pagar,conclui. E.C.

18 18 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 INOVAÇÃO & SUSTENTABILIDADE SEXTA-FEIRA TECNOLOGIA SÁBADO EDUCAÇÃO Fabricantes de bebidas querem Empresas como a Ambev investem no conceito moderno de pegada hidrológica; outras estabelecem metas de Martha San Juan França mfranca@brasileconomico.com.br Talvez você não saiba, mas quando toma uma xícara de café está consumindo 140 litros de água; uma taça de vinho significa um gasto de 120 litros e um pãozinho consome 40 litros. Parece muito? Não, se for considerado além do produto final, toda a água utilizada para plantar, colher, transportar o insumo principal e seus ingredientes. Tudo isso faz parte da pegada hidrológica, um novo conceito que começa a ser incorporado à vida das empresas prevendo-se um universo futuro de escassez. A pegada hidrológica mede a quantidade de água que sustenta o ciclo de vida, explica o engenheiro Eduardo Mário Mendiondo, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. No caso de um suco, por exemplo, a água que se usa para lavar a fruta e preparar o suco mais aquela do insumo usado em todo o processo de produção, da irrigação à lavagem após a colheita, que nós chamamos de água virtual porque está virtualmente incorporada à mercadoria. Cadeia de fornecedores Na Ambev, empresa para a qual a água é essencial não só no processo industrial, mas principalmente na composição da cerveja, reduzir o consumo, evitar o desperdício e promover a reutilização não foi suficiente. A empresa foi atrás de seus fornecedores para saber onde seria possível reduzir o gasto sem prejudicar a produção. Isso valeu para uma lista de 50 elos da cadeia de suprimentos da cerveja, desde insumos agrícolas, como cevada, lúpulo e malte, até fornecedores de latas de alumínio, vidro e papel. Parte das fábricas da Coca-Cola Brasil possuem lagos compeixesnasaída de suas estações de tratamento de efluentes para demonstrar sucesso do programa A fabricante de cerveja é a primeira empresa brasileira a medir a sua pegada hidrológica segundoametodologiadowater Footprint Network (WFN), uma rede de organizações privadas e não governamentais com sede na Holanda, criada justamente para padronizar a ferramenta de cálculo do consumo da água. Com a assistência da USP de São Carlos, a empresa pretende fazer um cálculo detalhado de quanto gasta de água para fabricar a garrafa retornável tradicional de 600 mililitros e a lata de 350 mililitros, que representam 80% do volumetotaldomercado. A água representa 95% do insumo utilizado na cerveja e, portanto, é natural que façamos todo o esforço para garantiraquantidadeeaqualidade adequadas para o negócio, explica Sandro Basilli, diretor de sustentabilidade da companhia. O resultado desse trabalho será apresentado em setembro. É uma experiência pioneira no Brasil e também pouco conhecida em outros países, diz Basilli. Se der certo, poderá ser replicada nas fábricas de outros países. Estações de tratamento A preocupação com o uso da água não é prerrogativa da Ambev, embora a companhia seja a primeira a medir o consumo segundo os padrões da WFN. Coca-Cola, Schincariol, Cervejaria Petrópolis também têm programas de objetivos para diminuir os gastos. A nossa meta é consumir um litro e meio de água por litro de PEGADA HIDROLÓGICA ENVOLVE CONSERVAÇÃO DE MATAS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS Infografia: Monica Sobral CADEIA DE PRODUÇÃO A Water Footprint Network criou uma ferramenta capaz de medir o quanto de água está embutido em cada bem de consumo. Veja os valores para alguns produtos: 140 litros litros 1 xícara de café 70 litros 1 copo de suco de laranja 1 maçã 170 litros 1 litro de leite litros 1 pãozinho (30 g) 1 hambúrguer 40 litros 75 litros 1 copo de cerveja (250 ml) 90 litros 1 pãozinho com um pedaço de queijo 1 kg de arroz 3 mil litros Fonte: 1 copo de vinho (125 ml) 120 litros

19 Quinta-feira, 10 de junho, 2010 Brasil Econômico 19 SEGUNDA-FEIRA ENGENHARIA TERÇA-FEIRA EMPREENDEDORISMO QUARTA-FEIRA GESTÃO garantia de água LUCIANO MARTINS COSTA Jornalista e escritor, consultor em estratégia e sustentabilidade diminuição de consumo e reutilização de efluentes bebida até 2020, diz José Mauro Moraes, diretor de meio ambiente da Coca-Cola (média atual de 2 litros por um litro de refrigerante). Os fabricantes de bebida concentraram esforços na reutilização da água em diversas etapas da linha de produção, tendo como ferramenta principal as estações de tratamento de efluentes. No caso da Coca-Cola, 16 fábricas possuem lagos com peixes na saída de suas estações para demonstrar o sucesso do programa. OUTROS EXEMPLOS Vinícola chilena adere ao projeto O conceito da pegada hidrológica se espalha para outros países da América Latina. A Concha y Toro, principal vinícola chilena, começa a calcular seus gastos com água seguindo a metodologia da rede Water Footprint Network (WFN). Como a Ambev, que tem a assessoria da USP de São Carlos, a vinícola fez parceria com a Fundación Chile. Segundo Rodrigo Acevedo, responsável pelo projeto na fundação, pretendemos contribuir para futuros padrões mundiais com o uso dessa tecnologia na produção do vinho. Pelo menos 80 companhias e instituições participam da rede WFN. Uma delas, a Raisio, da Finlândia, inovou ao imprimir na embalagem de um de seus cereais, feito de aveia, a quantidade de água utilizada na cadeia de produção. Fotos: Divulgação A conservação da água envolve a manutenção das reservas naturais das bacias hidrográficas. Empresas investem em recuperação de matas ciliares. A SOS Mata Atlântica é parceira da Coca-Cola no programa Água das Florestas Tropicais que promove a recuperação de matas ciliares na Serra do Japi, em São Paulo (fotos). O programa prevê o reflorestamento de 3 mil hectares, com investimentoder$27 milhões até 2011 e plantio de 3,3 milhões de mudas. A ONG também é parceira do Grupo Schincariol, que mantém uma fazenda no município de Itu (SP) e em outras áreas da região para reflorestamento. A Ambev fez parceria com a WWF Brasil para a conservação de nascentes na bacia do Rio Corumbá, no Distrito Federal. Moinho se move além das boas intenções Alguém que desembarcasse na Terra após uma viagem interplanetária de dez anos teria certamente muita dificuldade para entender a linguagem corrente no mundo dos negócios. A urgência ambiental, revelada nesse período e reforçada em fevereiro de 2007 com a divulgação do 4º relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, vem popularizando uma série de conceitos até então restritos ao universo dos cientistas e de um punhado de outros profissionais interessados na questão da sustentabilidade. As metodologias para medição da pegada hídrica são a evolução do conjunto de doze cenários preparados em 1972 por um grupo de pesquisadores sob coordenação de Dennis Meadow, então professor do Massachusetts Institute of Technology, como parte da sistematização de questões levantadas quatro anos antes por governantes, empresários e cientistas num encontro em Roma. A rigor, a reunião histórica do Clube de Roma, de 1968, já trazia estudos preocupantes sobre o futuro de escassez de muitos recursos naturais, entre eles, a água potável. Uma das inovações do Clube de Roma foi o conceito global de recursos econômicos, ou seja, pela primeira vez, foi proposta, em caráter de sugestão para os governantes mundiais, a gestão compartilhada do patrimônio natural. Foram consideradas as evidências de que o consumo não poderia seguir crescendo exponencialmente, sob pena de comprometer o futuro da humanidade. O futuro, projetado naquela ocasião, é o nosso presente, uma vez que boa parte dos cenários então desenhados se referia às primeiras décadas do século XXI. Assim como a pegada de carbono, que já compõe a estratégia de muitas empresas e começa a fazer diferença nas escolhas do consumidor, a questão do consumo de Como a pegada de carbono, que já compõe a estratégia de muitas empresas, a questão do consumo de água tende aseincorporar às preocupações dos gestores água tende a se incorporar às preocupações dos gestores. Como toda nova oportunidade, estimula soluções inovadoras para velhos problemas que nem mesmo eram percebidos como tais. Por exemplo, transformando um desumidificador em fábrica de água, como fez o inventor Norman Pedro Queiroga ao criar o H2O Pure, equipamento que fornece continuamente água potável a partir da umidade do ar. No caso das grandes empresas, cujas operações exigem alto consumo de água, como as fábricas de papel e celulose, o cuidado com a pegada hídrica trata de assegurar o reproveitamento do recurso para redução de custos e mitigação de problemas ambientais. Já para as indústrias de bebidas e refrigerantes, assegurar a preservação das fontes é essencial para garantir o negócio. Assim como o conceito da pegada de carbono revelase uma forma de reduzir perdas, mas também uma fonte de riqueza; de alguma maneira, a pegada hídrica começa a se apresentar como preocupação indutora de desenvolvimento sustentável: atrás desse desafio renova-se o interesse pela preservação ou recuperação dos cursos d água, o que deve estimular ações mais efetivas pela oferta de melhores condições sanitárias para a população. No Brasil, onde a fartura sempre induziu ao desperdício, a Política Nacional de Recursos Hídricos conceitua, desde 1997, que a água é um bem de domínio público dotado de valor econômico. Mas, como sempre, o moinho não se move apenas com boas intenções.

20 20 Brasil Econômico Quinta-feira, 10 de junho, 2010 ENCONTRO DE CONTAS LURDETE ERTEL Porto dos piratas Fotos: Giuseppe Cacace/AFP Reprodução AFP O terminal portuário de Vitória, no Espírito Santo, se tornou a principal porta de entrada de matéria-prima da indústria da pirataria de mídia digital (CDs e DVDs) no país. Segundo dados divulgados ontem, o porto capixaba recebeu 52% do total de mídias virgens importadas pelo país em Balanço da Associação Antipirataria Cinema e Música (APCM) e da Associação Brasileira de Software (Abes) mostra que a pirataria faz girar um volume financeiro superior ao tráfico de drogas no Brasil: no ano passado, a venda de produtos pirateados gerou US$ 522 bilhões, contra US$ 360 bilhões movimentados pelo narcotráfico. Do total de filmes comprados pelos brasileiros, 59% são cópias falsificadas o que explica o fechamento de 3,5 mil locadoras nos últimos dois anos no país. Já no mercado da música, 48% dos artigos são piratas. Cimento e tecnologia contra as marés Guindastes e betoneiras trabalham a todo vapor nos arredores de Veneza, na Itália, para concluir até o próximo ano o megaprojeto de construção de um complexo para refrear as cheias na mais famosa cidade de canais do mundo. Batizado de Sistema Mose (Modulo Sperimentale Elettromeccanico), o projeto está esparramando nas três entradas da Lagoa de Veneza conjuntos de 79 comportas basculantes com 30 metros de altura e 20 metors de comprimento. O sistema será acionado sempre que a maré subir mais do que 1,10 m sobre o nível médiodomaradriático oquecostuma fazer a água extrapolar os canais e invadir também a parte seca da cidade turística e seus monumentos tombados. A obra foi iniciada em 2004 em meio a intensa polêmica com ambientalistas, preocupados com os danos ao ecossistema da laguna. Controverso também foi o valor da obra: US$ 6 bilhões. Nada feito Goraram os planos da Realesis de construir um shopping center noterrenodemaisde9hectares onde funciona o Hospital Ulysses Pernambucano, em Recife (PE). O projeto, confirmado em fevereiro pela Santa Casa de Misericórdia, causou mobilização popular, que acaba de culminar na desapropriação da área para acriaçãodeumparquepúblico. Chega de lenga-lenga O empresário Paulo Haddad, diretor-presidente do Estaleiro Promar Ceará, deu ultimato àprefeituradefortaleza:quer saber nesta semana se o projeto pode ou não ancorar na cidade. Vídeoshow do amor O cantor Nando Reis, em parceria com a agência de marketing digital GrudaemMim, vai escolher mensagens e declarações de amor em vídeos, que devem ter até dez segundos e serem postados pelo YouTube, para o vídeoshow do single Pra Você Guardei o Amor. O vídeo selecionado será exibido durante os shows da turnê do disco Drês. Os links com os vídeos dos fãs poderão ser enviados até o dia 31 de julho e os ganhadores serão anunciados em até cinco dias úteis após o término do Concurso. Pra Você Guardei o Amor é um dueto cantado por Nando e Ana Cañas. Police Headquarters Unterfranken/AFP Este ano tá difícil, com pequenas lesões, e tenho recebido muita cobrança da torcida. Tem hora quedávontade de chutar o balde. Tenho consciência de que não merecia estarnacopa Ronaldo Fenômeno, em entrevista à Marília Gabriela, que vaiaoarnodia13.

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