ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates
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- Maria dos Santos Pacheco de Abreu
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1 ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates
2 QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão futuro da oferta de eletricidade no Brasil? 3 4 Como fica a matriz elétrica na impossibilidade de exploração do potencial hidrelétrico? O que precisa ser feito para alcançar uma matriz elétrica que maximize segurança energética, minimize os preços para o consumidor e mantenha baixa emissão de carbono? 2
3 QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão futuro da oferta de eletricidade no Brasil? 3 4 Como fica a matriz elétrica na impossibilidade de exploração do potencial hidrelétrico? O que precisa ser feito para alcançar uma matriz elétrica que maximize segurança energética, minimize os preços para o consumidor e mantenha baixa emissão de carbono? 3
4 TWh BRL Trilhão EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS-HIDRELÉTRICA MATRIZ ELÉTRICA E CRESCIMENTO DO PIB PASSADO E PRESENTE OFERTA DE ELETRICIDADE E CRESCIMENTO DO PIB BRASIL EM ,6% Hidro Biomassa Gás Nuclear Carvão Petróleo Outras renováveis PIB (eixo direito) Fonte: EPE e IPEAData. Elaboração Instituto Acende Brasil, ,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Oferta de eletricidade = 570 TWh; 2,8 MWh/hab. PIB = BRL 5,5 trilhões (USD 2,4 trilhões) NOS ÚLTIMOS 20 ANOS A oferta de eletricidade cresceu em média 4,0% a.a e o PIB 3,1% a.a. A curva do crescimento do PIB é muito semelhante à curva do crescimento da oferta de energia elétrica. Destaca-se neste período o crescimento de biomassa (8,8%) e gás natural (12,3%) para gerar eletricidade. 4
5 Mt de CO 2 eq EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS-HIDRELÉTRICA EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA PASSADO E PRESENTE EMISSÕES BRASILEIRAS DE GEEs POR FONTE EMISSÕES DE GEEs DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Fonte: BRASIL, Ministério da Ciência e Tecnologia, Observatório do Clima. Elaboração Instituto Acende Brasil, GEEs EM 2013 Emissões totais = MtCO 2 e Aumento do despacho termelétrico em função do cenário hidrológico MAS... Emissões setor elétrico = 55 MtCO 2 e ou 3,5% do total em 2013 (eram 20 MtCO 2 e, ou 1,2% até 2010) INTENSIDADE ENERGÉTICA O Brasil emite 97 tco 2 e/gwh. A média global é 580 tco 2 e/gwh Para gerar eletricidade a China emite MtCO2e; os Estados Unidos 5.369; a Índia 1.626; e a Alemanha 762. O Brasil consumiu 0,11 tep para produzir USD de PIB. Média global: 0,19 tep (2011). Contribuem para a baixa intensidade de energia no Brasil: a pequena quantidade de energia para aquecimento (e refrigeração) e a grande participação de energia hidrelétrica na matriz. 5
6 QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão futuro da oferta de eletricidade no Brasil? 3 4 Como fica a matriz elétrica na impossibilidade de exploração do potencial hidrelétrico? O que precisa ser feito para alcançar uma matriz elétrica que maximize segurança energética, minimize os preços para o consumidor e mantenha baixa emissão de carbono? 6
7 MATRIZ ELÉTRICA FUTURO OFERTA DE ELETRICIDADE POR FONTE NO BRASIL CENÁRIO POLÍTICAS NOVAS A geração de eletricidade dobrará, atingindo TWh. A participação hidrelétrica cai de 81 para 62%. Gás Natural e Eólica são as fontes que mais crescem em participação. Passam de 5 para 15% e de 1% para 9%, respectivamente. POTÊNCIA INSTALADA ADICIONADA NO BRASIL CENÁRIO POLÍTICAS NOVAS Fonte: IEA. World Energy Outlook 2013, Em termos de potência: Serão acrescidos 146 GW em potência instalada. As duas fontes que mais contribuem para expansão são a hidráulica e o gás natural, com 69 e 30 GW. A eólica também tem um crescimento importante no período (22 GW adicionais). 7
8 POTENCIAL HIDRELÉTRICO BRASILEIRO POTENCIAL HIDRELÉTRICO POR BACIA HIDROGRÁFICA O Brasil explorou apenas um terço do seu potencial hidrelétrico, estimado em 245 GW. Grande parte do potencial restante é na bacia do rio Amazonas e está sujeito a uma série de desafios sociais e ambientais. Se não houvesse restrições, os 69 GW de expansão hidrelétrica previstos no cenário da IEA praticamente esgotariam o potencial hidrelétrico em A capacidade instalada de hidrelétricas aumenta mais do que qualquer outra fonte até Atinge 110 GW em 2020 e 151 GW em A energia hidráulica continua sendo a principal fonte de eletricidade no Brasil, mesmo que a sua participação caia de 81% em 2011 para 62% em Fonte: IEA. World Energy Outlook 2013,
9 FATORES QUE LIMITAM O DESENVOLVIMENTO DE HIDRELÉTRICAS POTENCIAL HIDRELÉTRICO, TERRAS INDÍGENAS E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Embora a energia hidráulica continue sendo a principal fonte para as próximas décadas, há fatores que limitam o seu crescimento: Localização do potencial remanescente, concentrado na região amazônica, longe dos principais centros de carga e próximo a áreas sensíveis do ponto de vista ambiental e social; Preocupações com deslocamento e interferências em terras indígenas. Do potencial hidrelétrico previsto no PDE 2023, 71% está localizado próximo a terras indígenas; Impactos em ecossistemas de floresta tropical; Conexão de recursos remotos aos distantes centros de consumo (transmissão). Fonte: Aneel. Elaboração Instituto Acende Brasil,
10 QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão futuro da oferta de eletricidade no Brasil? 3 4 Como fica a matriz elétrica na impossibilidade de exploração do potencial hidrelétrico? O que precisa ser feito para alcançar uma matriz elétrica que maximize segurança energética, minimize os preços para o consumidor e mantenha baixa emissão de carbono? 10
11 PARA 2035, A PREVISÃO É Os projetos hidrelétricos, mesmo com todo o rigor do processo de licenciamento ambiental, permanecem controversos, com o seu planejamento e construção sujeitos a questionamentos judiciais e obstruções. Isto provoca atrasos e aumento dos custos dos empreendimentos e reduz o ritmo da expansão hidrelétrica. CENÁRIO POLÍTICAS NOVAS EM 2035 Aumento de 69 GW em hidrelétricas Nuclear mais Carvão Mineral: totalizam 9 GW Participação de renováveis: 79% Emissões do Setor Elétrico: 94 MtCO 2 e Emissões de 87 gco 2 /kwh 11
12 SE POUCAS HIDRELÉTRICAS FOREM CONSTRUÍDAS Para avaliar a redução no ritmo de construção de hidrelétricas no Brasil, a IEA elaborou o cenário Poucas Hidros. No gasto em combustíveis o aumento seria de USD 27 bilhões. MUDANÇAS NA POTÊNCIA INSTALADA E NA ENERGIA GERADA NA COMPARAÇÃO ENTRE OS CENÁRIOS POLÍTICAS NOVAS E POUCAS HIDROS EM 2035 MUDANÇAS NAS EMISSÕES DE GEEs NA COMPARAÇÃO ENTRE OS CENÁRIOS POLÍTICAS NOVAS E POUCAS HIDROS EM Redução Aumento 100% 60 80% 40 60% 40% 20 20% - Hidro Carvão Mineral Nuclear Gás Natural Eólica Biomassa PV Potência [GW] Geração Eletricidade [TWh] -20% 0% Emissões de GEEs Setor Elétrico Intensidade GEEs Setor Elétrico Participação renováveis Setor Elétrico Fonte: IEA, World Energy Outlook 2013, Elaboração Instituto Acende Brasil. 12
13 SE POUCAS HIDRELÉTRICAS FOREM CONSTRUÍDAS Para avaliar a redução no ritmo de construção de hidrelétricas no Brasil, a IEA elaborou o cenário Poucas Hidros. No gasto em combustíveis o aumento seria de USD 27 bilhões. MUDANÇAS NA POTÊNCIA INSTALADA E NA ENERGIA GERADA NA COMPARAÇÃO ENTRE OS CENÁRIOS POLÍTICAS NOVAS E POUCAS HIDROS EM 2035 MUDANÇAS NAS EMISSÕES DE GEEs NA COMPARAÇÃO ENTRE OS CENÁRIOS POLÍTICAS NOVAS E POUCAS HIDROS EM Redução Aumento 100% 60 80% 40 60% 40% 20 20% - Hidro Carvão Mineral Nuclear Gás Natural Eólica Biomassa PV Potência [GW] Geração Eletricidade [TWh] -20% 0% Emissões de GEEs Setor Elétrico Intensidade GEEs Setor Elétrico Participação renováveis Setor Elétrico Fonte: IEA, World Energy Outlook 2013, Elaboração Instituto Acende Brasil. 13
14 SE POUCAS HIDRELÉTRICAS FOREM CONSTRUÍDAS Para avaliar a redução no ritmo de construção de hidrelétricas no Brasil, a IEA elaborou o cenário Poucas Hidros. No gasto em combustíveis o aumento seria de USD 27 bilhões. MUDANÇAS NA POTÊNCIA INSTALADA E NA ENERGIA GERADA NA COMPARAÇÃO ENTRE OS CENÁRIOS POLÍTICAS NOVAS E POUCAS HIDROS EM 2035 MUDANÇAS NAS EMISSÕES DE GEEs NA COMPARAÇÃO ENTRE OS CENÁRIOS POLÍTICAS NOVAS E POUCAS HIDROS EM Redução Aumento 100% 60 80% 40 60% 40% 20 20% - Hidro Carvão Mineral Nuclear Gás Natural Eólica Biomassa PV Potência [GW] Geração Eletricidade [TWh] -20% 0% Emissões de GEEs Setor Elétrico Intensidade GEEs Setor Elétrico Participação renováveis Setor Elétrico Fonte: IEA, World Energy Outlook 2013, Elaboração Instituto Acende Brasil. 14
15 QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1 2 Qual o padrão atual da oferta de eletricidade no Brasil? Qual o padrão futuro da oferta de eletricidade no Brasil? 3 4 Como fica a matriz elétrica na impossibilidade de exploração do potencial hidrelétrico? O que precisa ser feito para alcançar uma matriz elétrica que maximize segurança energética, minimize os preços para o consumidor e mantenha baixa emissão de carbono? 15
16 DESAFIOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS A inundação de grandes áreas por reservatórios é um ponto importante em novos empreendimentos hidrelétricos, e desequilibra a balança no planejamento do setor, que acaba privilegiando projetos a fio-d água. Novos modelos de construção de hidrelétricas e maiores esforços para envolver as comunidades locais podem diminuir o impacto da construção e operação de projetos em regiões ambientalmente sensíveis, como a Amazônia. EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA O desafio para o Brasil é manter o seu perfil de baixo carbono para a geração de eletricidade. O equilíbrio dos argumentos pode ser influenciado se o resultado de limitações à energia hidrelétrica aumentar a geração de eletricidade utilizando combustíveis fósseis e, consequentemente, as emissões de CO 2. 16
17 DESAFIOS DIVERSIDADE DE FONTES As fontes precisam competir em igualdade de condições. Os custos das ampliações e dos reforços na transmissão para escoar a energia da respectiva usina devem ser incorporados aos preços dos leilões. Isto tornará a competição entre as fontes mais isonômica, pois levará em conta o preço final da energia para o consumidor. A Energia Nuclear pode ser uma alternativa importante na era pós-hidrelétrica, porém os obstáculos (custos, inflexibilidade, financiamento e participação privada) precisam ser debatidos rápida e abertamente. SEGURANÇA ENERGÉTICA: a oferta de eletricidade por termelétricas precisa ser avaliada constantemente e os leilões precisam refletir a participação ideal que garanta o equilíbrio entre segurança energética e modicidade tarifária. É importante valorizar a sazonalidade (período seco e úmido) e a despachabilidade (despacho na base ou na ponta da demanda de energia) da fonte utilizada. 17
18 QUESTÕES PARA O DEBATE QUAIS SERÃO OS EFEITOS DA REDUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO HIDRELÉTRICA NA MATRIZ ELÉTRICA? QUAIS SERÃO AS FONTES QUE SUBSTITUIRÃO AS HIDRELÉTRICAS NO FUTURO? QUAIS AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS PARA LIDAR COM ESSA TRANSIÇÃO? COMO ISSO AFETARÁ O PLANEJAMENTO E A OPERAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO? COMO CONCILIAR OS TRÊS OBJETIVOS DE SEGURANÇA ENERGÉTICA, MODICIDADE TARIFÁRIA E BAIXAS EMISSÕES DE CARBONO? QUAIS SERÃO OS PRINCIPAIS DESAFIOS SOCIOAMBIENTAIS? COMO FICARÃO AS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA? QUAL SERÁ O IMPACTO SOBRE A TARIFA DE ENERGIA? 18
19 Este slide será preenchido pelo Instituto Acende Brasil
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