MERCADO PARA A CRIAÇÃO DE POEDEIRAS EM SISTEMAS DO TIPO ORGÂNICO, CAIPIRA E CONVENCIONAL

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1 MERCADO PARA A CRIAÇÃO DE POEDEIRAS EM SISTEMAS DO TIPO ORGÂNICO, CAIPIRA E CONVENCIONAL ISIS MARIANA PASIAN; AUGUSTO HAUBER GAMEIRO. FMVZ/USP, SÃO PAULO, SP, BRASIL. isismari@yahoo.com.br APRESENTAÇÃO ORAL AGRICULTURA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL MERCADO PARA A CRIAÇÃO DE POEDEIRAS EM SISTEMAS DO TIPO ORGÂNICO, CAIPIRA E CONVENCIONAL GRUPO DE PESQUISA: Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável RESUMO O presente projeto tem como objetivo estudar a viabilidade da produção de poedeiras no Brasil em três diferentes sistemas: o convencional, o caipira e o orgânico. Atualmente observa-se que o consumidor tem ficado mais exigente em relação à qualidade dos produtos de origem animal que vem consumindo. Após o surgimento de problemas sérios como dioxinas em frangos, encefalopatia espongiforme bovina ou doença da vaca louca e, atualmente, a gripe aviária, a preocupação em relação aos produtos de origem animal aumentou. Com isso novos produtos vêm ganhando mercado, pois são produzidos em condições consideradas mais saudáveis pelos consumidores. Essas condições envolvem ração sem produtos de origem animal, bem-estar animal, não-utilização de antibióticos e promotores de crescimento em qualquer fase da produção. Assim, as empresas de criação animal ainda estão buscando saber a real viabilidade econômica desse segmento de produtos diferenciados, como o orgânico e o caipira, para a realização de mais investimentos na área. Palavras chave: ovos, bem-estar animal, orgânicos, caipira, mercado. ABSTRACT 1

2 This paper aims to study the viability of the production of laying hens in Brazil, in three different systems: the conventional one, the free-range system and the organic one. It is observed that, currently, consumers are more demanding in relation to the quality of animal products. After the uprising of serious problems as dioxin-contaminated chicken, Bovine Spongiform Encephalopathy (BSE) or mad cow disease and, recently, the bird flu disease, the concern about animal products increased. As a result, new products have expanded their market-share, since they are produced under healthier conditions. These conditions involve animal products-free diet, animal welfare, and the non-utilization of antibiotics and growth promoters in any phase of production. Therefore, the producing hens companies have tried to know the real economical viability of this segment of different products, like organics and free-range ones, for investments in this area. Key Words: eggs, animal welfare, organics, free range, market 1. INTRODUÇÃO A pressão dos mercados consumidores, primeiramente da Europa e, mais recentemente de vários países emergentes, por alimentos mais saudáveis, com menores concentrações de resíduos químicos, fez com que o modelo tradicional de produção de ovos fosse repensado em determinados aspectos. No caso das poedeiras, a preocupação com as condições em que esses animais vivem nos sistemas convencionais de criação é tão grande que a União Européia criou uma série de medidas em relação ao bem-estar, como a proibição do uso de gaiolas convencionais, que serão aplicadas entre 2006 e As poedeiras, juntamente com os bezerros criados para carne de vitela e os gansos para o patê de Fois Gras foram julgados os animais que precisavam de mudanças mais urgentes em termos de bemestar nos sistemas de criação (COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS, 2006, a,b). No caso das aves de postura, surgiram outros modelos de produção, como alternativa ao sistema convencional. Esses modelos diferem entre si, porém todos dão uma atenção maior ao bem-estar animal, utilizam alimentos apenas de origem vegetal na ração e produzem produtos com um maior valor agregado. No entanto esse é ainda um mercado incipiente no Brasil e, com isso, enfrenta dificuldades como falta de informação, tanto de produtores que querem ir para essa área como dos consumidores, que não sabem quais são os diferenciais de cada produto e porque os preços variam tanto de um para o outro. O estudo em questão, que tem o financiamento da FAPESP, irá fazer uma análise do mercado e da viabilidade econômica para os sistemas alternativos de maior expressividade no Brasil, que são o sistema caipira e o orgânico, comparando-os com o convencional. Além disso irá procurar estabelecer definições mais universais acerca dos termos e sistemas de criação caipira e orgânico para as criações de galinhas poedeiras. Segundo o Instituto Biodinâmico (IBD), uma das instituições que certificam alimentos orgânicos no Brasil, o consumo de orgânicos em todo o mundo aumenta 30% anualmente, movimentando cerca de US$ 26,5 bilhões, apesar de eles serem até 50% mais caros que os 2

3 alimentos não orgânicos. Nos últimos anos, o mercado brasileiro desse tipo de alimentos teve taxas de crescimento de 30% a 50% ao ano e, atualmente, o Brasil detém a segunda maior área de agricultura orgânica do mundo, que exporta para vários países. Cerca de 75% da produção nacional de orgânicos é exportada, principalmente para a Europa, Estados Unidos e Japão. O desempenho do mercado de orgânicos no Brasil em 2004, quando as exportações chegaram a US$ 115 milhões, deu projeção ao País, eleito para ser o tema central da Biofach 2005, a maior feira de negócios de produtos orgânicos, realizada em Nuremberg (INSTITUTO BIODINÂMICO, 2006). Outro aspecto positivo para o desenvolvimento da produção orgânica brasileira tem sido a realização no país da BioFach América Latina, que fez em 2006, em São Paulo, a sua quarta versão. Trata-se da maior feira de produtos orgânicos do mundo, iniciada na Alemanha. Já os ovos denominados caipiras são produzidos em condições menos rígidas que os orgânicos e por isso apresentam custos de produção e preços de venda supostamente menores que os primeiros, além de apresentarem mais opções de marcas. Assim, o que ocorre é uma venda maior de ovos denominados caipiras, porque o consumidor não sabe exatamente quais são as diferenças entre os dois tipos de produtos (caipira e orgânico). Sabe no máximo que ambos são produzidos de alguma forma diferenciada. Como o ovo caipira tem um custo de produção mais baixo e é bem aceito no mercado, existem mais produtores que decidem investir nesse sistema de produção. Muitos deles, inclusive, continuam a produzir ovos convencionais paralelamente à uma linha de ovos caipiras. É o caso dos ovos das marcas ITO e Qualitty eggs, que produzem além dos seus ovos comuns, os produtos ITO caipira e Quallity eggs caipira (PASIAN, 2006). Uma das imagens mais fortes associadas a criações denominadas caipiras e orgânicas é o fato dos animais terem acesso a uma área verde. Isto tem uma grande contribuição no marketing, baseado na preocupação com o bem-estar animal e na redução do estresse dos animais. Sem dúvida o manejo de aves em sistema de semiconfinamento corresponde melhor às expectativas dos consumidores com relação a sua percepção de qualidade psicosocial, preocupada com o manejo adotado durante a criação dos animais (ZANUSSO & DIONELLO, 2003). Desta forma é extremamente oportuno realizar pesquisas na área de sistemas de produção animal diferenciada, pois é um nicho de mercado que está em franco crescimento. Além disso, provavelmente muitas das diferenças que esses sistemas apresentam em relação ao sistema convencional terão que ser aplicadas para criações no Brasil se quiserem continuar exportando produtos de origem animal para a Europa, o principal comprador para grande parte desses produtos, e que ultimamente vem criando uma série de leis que visam melhorar os sistemas de criação em diversos aspectos. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Breve histórico da avicultura no Brasil A galinha foi um dos primeiros animais domésticos que chegou ao Brasil, junto com Pedro Álvares Cabral, conforme descrito na carta do escrivão Pero Vaz de Caminha, enviada ao governo português na ocasião do descobrimento. 3

4 No período entre 1900 e 1930 a avicultura passou por um período chamado colonial, no qual as aves eram criadas totalmente soltas e sem nenhum critério específico de produção. Durante os anos de 1930 a 1940 foi a vez do período denominado Romântico, em que os criadores valorizavam características relacionadas a beleza da ave, como a variação das cores das penas, tamanho da ave, forma das cristas e barbelas. Entre os anos de 1940 a 1960, em plena época de escassez de alimentos provocada pela segunda guerra mundial ocorreu o período da Aptidões Mistas, onde as aves para a produção de carne e ovos passaram a ser criadas no sistema de parques com acesso livre a áreas de pasto e também dentro de galpões. Já nos anos de 1960 a 1970 começou a se moldar o que seria os princípios da criação industrial, tão amplamente utilizada nos dias atuais. Nessa época é que se começou a Especialização de Raças e as aves passaram a ser criadas dentro de galpões, surgindo então o confinamento. Daí para frente cada vez mais foi intensificando esse sistema de criação. Entre 1970 e 1975 deu-se origem ao período Super Industrial, onde as linhagens comerciais, no sistema confinado, passaram a dominar o mercado com excelentes resultados de produção. No período de 1975 a 1988 surgiu o período de Exportação em que o frango inteiro foi o principal produto e, a partir de 1988, com as mudanças das exigências no mercado consumidor nacional e internacional, deu-se início ao período de Processamento, onde os mais variados tipos de produtos produzidos a partir a carne do frango e ovos tomaram conta do mercado (HELLMEISTER FILHO, 2003). Atualmente, o sistema intensivo de criação de poedeiras apresenta excelentes resultados de produção, de rendimento e preços acessíveis ao consumidor, porém outros sistema de criação diferenciados estão chamando a atenção de um nicho de consumidores e assim surge a necessidade de novas pesquisas de mercado, de sistemas de produção e propriedades organolépticas de produtos produzidos nesses sistemas O sistema de criação convencional O sistema de criação convencional é atualmente o mais difundido, por apresentar altos índices de produção e custos relativamente baixos. A adoção desse padrão tecnológico estava fortemente relacionada à conjuntura mundial no período pós-segunda guerra, onde a preocupação maior era produzir alimentos em grande escala para a população. Várias são as técnicas desenvolvidas para se alcançar maior produtividade ao menor custo possível. Dessa forma, a alimentação, nutrição, sanidade, ambiente e manejo devem estar harmonizados para poder propiciar a expressão de todo o potencial das poedeiras comerciais (PASIAN, 2006). Embora tais condições da criação industrial tenham proporcionado ganhos econômicos, também têm resultado em problemas quanto ao bem-estar das aves, dada a utilização de certas práticas de criação e de manejo. As práticas de manejo que atualmente são muito utilizadas e que ferem o bem estar animal são: debicagem, muda forçada, alta densidade populacional, gaiolas pequenas e com chão que machuca as patas ao longo do tempo e restrição de muitos dos comportamentos naturais do animal (PASIAN, 2006). Apesar da produção convencional ter ainda muitos problemas relacionados ao bemestar, ela ainda é quem garante que a população de mais baixa renda tenha acesso a fontes de proteína animal, tendo uma grande importância social. 4

5 2.3. O sistema de criação caipira A velha galinha conhecida como pé duro ou caipira dos terreiros com potencial produtivo de apenas 50 a 80 ovos por ano existe em mais de 80% das propriedades rurais e tem contribuído para melhorar a alimentação das famílias e muitas vezes auxiliando como parte da renda na economia familiar (ARGOLO & LIMA, 2006). No entanto, a chamada galinha caipira ou seus ovos que são vendidos em supermercados não são criadas da mesma forma caseira que uma boa parcela da população do meio rural cria. Os ovos do tipo caipira vendidos em supermercados são produzidos em um sistema de criação regulamentado por lei federal, que é chamado de caipira ou colonial e que apresenta um controle de doenças, da alimentação e do desenvolvimento do animal. Além disso, atualmente já existem linhagens que foram desenvolvidas visando auxiliar nesse tipo específico de criação, às quais os criadores de subsistência têm mais difícil acesso. Assim, segundo Silva (2004), pode-se dividir a criação de galinha caipira em basicamente dois tipos: O produto caipira propriamente dito, que é o produzido pela galinha caipira ou pelo frango caipira. Produtos de aves que não sofreram processo algum de melhoramento genético apresentando, portanto, produtividade muito baixa em comparação com a ave industrial moderna. Além disso, esse tipo de produção é o que normalmente se observa nas criações no quintal das casas, sem normalmente algum esquema de produção que garanta maior produtividade; e O produto tipo caipira ou tipo colonial, que é o resultado da galinha industrial ou frango de corte de aptidão mista, criados no sistema semi-intensivo ou caipira de criação. Cabe lembrar que este é um sistema de criação, assim como existem o sistema convencional e o orgânico e não se trata de uma criação completamente desorganizada, como muitos costumam confundir com a criação caipira propriamente dita, de fundo de quintal e subsistência. O programa de seleção das aves para serem criadas em sistema caipira, procurou encontrar um ponto de equilíbrio entre o passado e o futuro e entre a rusticidade e a produtividade, apresentando aves com potencial de produção de 270 a 300 ovos ao ano e também aves especializadas para produção de carne com a vantagem da comercialização de um produto diferenciado com melhor remuneração por parte do mercado consumidor. Para o sistema caipira, tecnicamente são considerados sinônimos os termos descritos no Ofício do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A denominação reconhecida no Ofício 060 é a de Ovos Caipira ou Ovos Tipo ou Estilo Caipira ou Ovos Colonial ou Ovos Tipo ou Estilo Colonial (MAPA,1999b). Um dos maiores problemas observados atualmente na relação à produção caipira é que não há uma supervisão que controle os produtos químicos e nem tampouco sobre esses animais estarem livres ou não, apenas o cuidado é genético e alimentício, pois o consumidor exige ovos de casca firme e vermelha com gema escura (ARENALES, 2001). 5

6 2.4. O sistema de criação orgânico Ao contrário do que normalmente se pensa, o alimento orgânico é muito mais que um produto sem agrotóxicos. É o resultado de um sistema de produção agrícola e/ou agropecuária que busca manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais (água, plantas, animais, insetos etc.), conservando-os a longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos. Deste modo, para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário administrar conhecimentos de diversas ciências (agronomia, ecologia, sociologia, economia, entre outras) para que o produtor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, possa ofertar ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta como um todo (PLANETA ORGÂNICO, 2006). Segundo a Lei /2003 os sistemas de produção orgânica devem seguir os seguintes princípios (MAPA, 2003): I a oferta de produtos saudáveis, isentos de contaminantes, oriundos do emprego intencional de produtos e processos que possam gerá-los, e que ponham em risco a saúde do produtor, do trabalhador, do consumidor e do meio ambiente; II - a contribuição da rede de produção orgânica no desenvolvimento local, social e econômico sustentáveis; III - o incentivo à integração da rede de produção orgânica e à regionalização da produção e comércio dos produtos, estimulando a relação direta entre o produtor e o consumidor final; IV a inclusão de práticas sustentáveis em todo o seu processo, desde a escolha do produto a ser cultivado até sua colocação no mercado, incluindo o manejo dos sistemas de produção e dos resíduos gerados; V - as relações de trabalho baseadas no tratamento com justiça, dignidade e eqüidade, independentemente das formas de contrato de trabalho; VI o consumo responsável, comércio justo e solidário baseados em procedimentos éticos; VII o uso de boas práticas de manuseio e processamento com o propósito de manter a integridade orgânica e as qualidades vitais do produto em todas as etapas; VIII o emprego de produtos e processos que mantenham ou incrementem a fertilidade e a atividade biológica do solo em longo prazo; IX a reciclagem de resíduos de origem orgânica, reduzindo ao mínimo o emprego de recursos não-renováveis; XI a utilização de práticas de manejo produtivo que preservem as condições de bem estar dos animais. Um dos grandes diferenciais do produto orgânico é, além das diferenças no sistema de produção, a certificação. Enquanto a produção caipira não tem qualquer organismo que realmente fiscalize e represente os interesses dos produtores, a produção orgânica pode ser fiscalizada por várias certificadoras. Segundo Zylbersztajn (2000), o consumidor é o ponto focal para onde converge o fluxo dos produtos de um sistema agroindustrial (SAG). O produto final é adquirido pelo consumidor para satisfazer as suas necessidades alimentares, que variam de acordo com a renda, preferências, faixa etária e expectativas entre outros aspectos. O autor salienta que o 6

7 consumidor moderno vem apresentando algumas mudanças que são fruto da globalização dos hábitos e padrões, preocupação com a qualidade e aspectos de saúde, valorização do seu tempo, o que tem implicações na valorização dos atributos que caracterizam um certo produto e que determine a decisão final do consumidor. Os consumidores de ovos geralmente estão distantes das etapas de produção, uma vez que boa parte das grandes redes de supermercados se abastece nacionalmente. Assim, a informação deve estar plenamente coordenada, caso ela seja demandada pelo consumidor final. Isto pode exigir relações muito complexas entre os agentes produtivos, que extrapolam aquelas transações típicas de mercado, onde apenas preços e quantidades são as variáveis de decisão (ZYLBERSZTAJN, 2000). Um dos principais problemas do comércio de alimentos prende-se a assimetria de informações entre os consumidores e os produtores do alimento. Esta assimetria causa um problema de falhas de mercado, uma vez que o consumidor tende a não premiar a alta qualidade dos produtos, por não poder distingui-los dos produtos de pior qualidade. A certificação passa a ser uma importante ferramenta para tratar com o problema da assimetria de informações. A certificação pode impactar o negócio de duas formas distintas. Por um lado, o produtor tende a melhorar a sua produtividade, pois o sistema de certificação o obriga a conhecer detalhadamente a sua atividade, regularizando o uso de insumos e melhor compreendendo a resposta dentro do processo produtivo. Por outro lado, consegue sinalizar os supermercados e conseqüentemente, os consumidores com relação à qualidade do seu produto (ZYLBERSZTAJN, 2000). A certificação tem como objetivo oferecer garantias aos consumidores quanto a qualidade e idoneidade do produto comprado, a fim de justificar seu preço elevado, mas que apresenta características específicas, homogêneas e constantes (segurança alimentar, produto oriundo de técnicas artesanais, tradicionais ou que respeitam o bem-estar animal e possuem qualidade organoléptica satisfatória). Assim verifica-se que esse é um diferencial na produção orgânica, embora ainda existam alguns problemas relativos a fiscalização, como altos custos para os produtores. 3. METODOLOGIA 3.1. Análise da legislação vigente e informações contidas na bibliografia A partir da leitura especializada, acrescentada de informações obtidas das certificadoras e também de produtores, foi possível perceber que há certas discrepâncias nas informações fornecidas por cada uma das fontes. Além disso, foi estudada a legislação a respeito do assunto, verificando-se que a mesma ainda é bastante incompleta, principalmente quando se trata das especificações da produção caipira Pesquisa de Preços Foi realizada mensalmente uma coleta de dados no setor de ovos de cinco supermercados no município de São Paulo (SP) durante o período de junho a dezembro de Os supermercados escolhidos para a pesquisa foram: Pão-de-Açúcar, Santa Luzia, Extra, Futurama e Carrefour. Esses supermercados foram selecionados para a pesquisa porque abrangem um grande número de consumidores e apresentam várias filiais no município de São Paulo (com exceção 7

8 do Santa Luzia), sendo representativos no varejo do município em questão. Foi visitada para a coleta de dados apenas uma filial por mês de cada supermercado e nas proximidades do Bairro Jardins, pois o público-alvo desses estabelecimentos é de classe média-alta e portanto existem mais produtos diferenciados. Nas visitas a esses supermercados, as principais características observadas foram: classificação do ovo, sistema de produção utilizado, preço, embalagem, localização na gôndola e local onde o produto é produzido. Assim, buscou-se acompanhar a evolução do mercado de ovos, o lançamento de novos produtos, as principais regiões de produção, o sistema de distribuição e a acessibilidade ao consumidor Visita a granjas Foram agendadas visitas com produtores de ovos em sistemas diferenciados para a realização de perguntas a respeito dos mesmos, primeiro para entender melhor o que realmente é cada sistema, com suas complicações e soluções adotadas, e depois também para se começar a ter idéia dos custos de produção. O modelo do questionário aplicado se encontra na Tabela 1. No entanto algumas granjas não aceitaram que serem visitadas, o que diminuiu o número de visitas realizadas. Outro problema foi tratar sobre a parte financeira da produção, a qual os produtores não forneciam informações muito precisas ou então não explicavam detalhadamente de onde surgiam os números fornecidos. Tabela 1. Modelo de questionário para produtores de ovos. Nome da granja: Cidade em que a granja está localizada: Qual o sistema de produção utilizado? Há quanto tempo a empresa está no mercado? Houve alguma barreira para a entrada no mercado? Qual? Qual a quantidade de animais existente na granja? Qual(is) a(s) linhagem(s) utilizada(s)? Qual é o índice de mortalidade dos animais? Qual é a conversão alimentar (kg de ração/dúzia)? Qual é o índice de produtividade máxima? Qual é o índice de produtividade mínima? Qual é o índice de produtividade médio? Há produção própria de ração? Qual é o custo de produção da ração na granja ou qual o custo de compra (R$/ ton)? Quais são os principais componentes da ração? Consumo médio de ração (g) por ave/por dia? Custo da fêmea? Idade de compra da fêmea (dias)? Há produção própria dos animais? Há necessidade de machos? Qual é o custo do macho? Qual é a idade de compra do macho? Há algum programa de melhoramento genético? Número de fêmeas por macho? Programa de vacinação: Dia e vacinas Dose: Via de aplicação: Cepa vacinal: 8

9 A granja já sofreu problemas sanitários? Se sim, quais? Quais são as medidas de biossegurança aplicadas? Qual é o gasto médio com medicamentos, vermífugos, promotores de crescimento por ave? Qual é a idade de início da postura? Qual é a idade de descarte do animal? Existem quantos lotes atualmente na granja? Qual é a freqüência de reposição do plantel? Qual é a capacidade máxima de lotes? Há utilização da técnica da muda forçada? Se sim, com qual idade (em semanas) é realizada esta prática? A criação é feita em piso ou em gaiolas? A cria, recria e produção são realizadas em locais diferentes? Área total ocupada por animal? Qual é a certificadora que certifica a produção em questão? Qual foi o custo inicial para a certificação? Qual a taxa de manutenção da certificadora? A granja comercializa os seus produtos para que cidades ou estados? A granja comercializa com atacadista, varejista ou diretamente com o consumidor final? Qual é o destino do esterco? A produção chega e ser maior que a demanda e os ovos tem que ser vendidos como normais? De que material é feita a embalagem? Qual o custo da embalagem? A granja considera a possibilidade de exportação? Fonte: elaborado pelo autor Análise de embalagens e posição dos ovos nas gôndolas Foram coletadas algumas embalagens de ovos nos supermercados juntamente com a pesquisa de preços e também avaliada a posição dos ovos nas gôndolas. Procurou-se verificar o apelo e o material utilizado nas embalagens para atrair os consumidores. 4. RESULTADOS PARCIAIS Análise da legislação vigente e informações contidas na bibliografia Foram encontradas algumas divergências quando se tratava dos conceitos que envolviam a criação dos animais no sistema caipira e no orgânico. i) Definições e características dos produtos caipiras Segundo Silva (2004) algumas das características dos produtos caipiras seriam: Provirem de pequenas granjas, onde a avicultura semi-intensiva é geralmente praticada por pequenos e médios produtores; Serem de comercialização direta ou por necessitarem no máximo de apenas uma intermediação antes de chegarem ao consumidor final; Serem de preços mais altos que os produtos avícolas industriais. Como a oferta dos produtos avícolas tipo caipira é geralmente menor em relação a 1 Este trabalho refere-se à iniciação científica da primeira autora sob orientação do segundo autor, financiada pela FAPESP. Por ocasião do envio deste texto ao Congresso da SOBER (2007), estava-se na metade do período da pesquisa que, no total, será desenvolvida em 12 meses. Por esse motivo, os resultados apresentados ainda são parciais e preliminares. 9

10 demanda, os preços geralmente são maiores que os da avicultura industrial. Além disso, o custo da sua produção é na maioria dos casos mais alto que os dos produtos industriais; Atenderem uma pequena faixa da população. O volume da produção é muito pequeno em relação ao volume da produção industrial e só atende uma pequena parcela da população; Não possuírem embalagem padronizada. As embalagens dos ovos tipo caipira variam desde saquinhos de papel com casca de arroz até os embrulhados individualmente em palha de milho. Atualmente, já se utilizam as embalagens do tipo industrial, tais como: isopor, polpa, plástico etc.; Serem de alta qualidade sanitária e culinária, porém, na maioria das vezes não seguirem classificação oficial de peso; e Serem ovos galados ou férteis. No entanto essa visão de produto caipira obtida neste livro-referência é muito mais válida para produtores em pequeníssima escala e que têm criação de fundo de quintal para comercialização diretamente com os consumidores. Muitas das definições listadas acima não se aplicam às criações caipiras comerciais. A comercialização não é direta ao consumidor e a forma mais comum de distribuição desses ovos é via varejista. Os preços de fato são mais elevados que os dos ovos convencionais, porém nem sempre a demanda acompanha a produção de ovos, pois todos os produtores entrevistados afirmaram que algumas vezes no ano eles tem que vender o excedente como ovos comuns, sem qualquer diferenciação de preços, apenas para não ter muito prejuízo. A Granja Yamaguishi manda os seus ovos excedentes para o CEASA, e a Label Rouge os utiliza em outra linha de produtos que ela tem como ovos comuns para não ter prejuízo. A Korin vende para consumidores da região ou distribui para os funcionários. De fato, tanto a produção caipira como a orgânica atingem uma parcela muito pequena da população e pelo menos por enquanto não há como expandir esses tipos de sistema de produção para atender grande parcela da população. As embalagens dos ovos das criações comerciais não só são padronizadas como também utilizam apelos muito interessantes para atrair o consumidor. Os ovos caipiras assim como qualquer ovo comercializado deve seguir a classificação oficial de peso. Como será visto no próximo item Utilização de galo na criação os ovos não precisam ser férteis para serem considerados caipiras. Assim pode-se perceber que a própria literatura se confunde um pouco a respeito dos conceitos, ficando muito difícil às vezes entender o que realmente ocorre nesse sistema de criação. No estudo que está sendo realizado é apenas considerado para as análises o sistema caipira de criação comercial e não o sistema caipira denominado de fundo de quintal ou criação doméstica. Isso porque o intuito do estudo em questão é comparar sistemas de criação comerciais e portanto não engloba os sistemas para a subsistência. ii) Utilização de galo na criação 10

11 Esta foi marcadamente a questão em que houve maior divergência das informações, pois alguns produtores e livros afirmavam, com convicção, que para a criação caipira e orgânica era obrigatória a presença do galo, enquanto que outros diziam que não se deveria usar e outros diziam que era uma opção do produtor. Das granjas visitadas, a Granja Yamaguishi (criação orgânica) é a única que utiliza machos na sua criação e com orgulho apresenta o resultado de ter 95% dos ovos fertilizados. O fato dos ovos serem fertilizados é colocado com um diferencial inclusive na embalagem em que se observa a frase Ovos vermelhos fertilizados. No site da empresa encontra-se a explicação de que os ovos da felicidade, que são fertilizados, teriam uma energia maior que poderia trazer maior felicidade para as pessoas que os consomem já que contém consigo a energia da vida. Tanto a Granja Korin como a Label Rouge afirmam que não só não é necessário, como não se deve utilizar galo na produção, seja ela caipira, alternativa ou orgânica. Os motivos citados são vários: como o galo consome muito alimento e não produz ovos, o galo se torna um fator de stress para as galinhas, ovos galados tem menor durabilidade, ovos galados devem ser armazenados com maior cuidado em ambientes mais frescos para não haver desenvolvimento embrionário. Em relação ao desenvolvimento do embrião Silva (2004) afirma que em temperaturas acima de 28ºC ele começa a se desenvolver podendo atingir o estágio de anel de sangue, facilmente visível a olho nu e provocando rejeição imediata pelo consumidor. Os livros Criação de Frango e Galinha Caipira de Luiz Fernando Albino e Sistema Caipira de Criação de Galinhas de Roberto Dias de M e Silva afirmam que deve ser utilizado machos na criação. As divergências de informação encontradas na bibliografia a respeito da utilização de galo nas criações podem ter sido causadas pela visão que alguns livros passam de ser uma criação extremamente pequena, como se seguisse ainda muitos preceitos da criação de fundo de quintal e também devido a recentes mudanças na legislação a cerca desse assunto. Em relação a legislação foi encontrado no Oficio Circular DOI//DIPOA nº 008/99 a seguinte obrigatoriedade Na criação destas aves devem ser utilizados machos na proporção de 1:10 ( 1 macho para 10 fêmeas) e no Oficio Circular /DIPOA Nº 60/99, que revoga o Oficio Circular DOI//DIPOA nº 008/99, não foi encontrada mais nenhuma informação a respeito da utilização ou não de galo. Sendo assim, pelos regulamentos oficiais, a utilização ou não de galo é de opção e responsabilidade do proprietário da granja, porém antes de se realizar essa escolha devem ser pesados os prós e contras da mesma Pesquisa de Preço Foi utilizada como medida padrão para as análises, o preço por ovo, já que se trata de uma maneira mais precisa para se analisar os resultados. Foram pesquisados os preços dos ovos em cincos supermercados no município de São Paulo, conforme descrito na metodologia. A partir dos dados obtidos foram elaboradas várias figuras e tabelas para acompanhar a evolução do mercado. i) Evolução mensal dos preços por ovo nos supermercados pesquisados 11

12 A Figura 1 e a Tabela 2 representam a evolução da média dos preços dos ovos em cada supermercado e em cada mês do período pesquisado. A média dos preços dos ovos em cada mês se manteve relativamente estável, mas com uma tendência de diminuição de preços ao longo do período pesquisado, pois em julho de 2006 era de R$ 0,32 e em dezembro era de R$ 0,28. O supermercado que apresenta médias de preços mais elevados é o Santa Luzia, porém isso se deve muito a maior variedade de ovos orgânicos e caipiras, que apresentam maior valor econômicos que os convencionais. O supermercado que apresenta médias de preços mais baixos é o Futurama, porém deve-se levar em conta que era o supermercado em que havia a menos variedade de ovos. Foi possível encontrar ovos caipira em todos os supermercados, porém ovos orgânicos foram apenas encontrados nos supermercados Pão-de-Açúcar e Santa Luzia. 0,45 Evolução mensal de preços por ovo nos supermercados pesquisados R$ 0,40 0,35 0,30 0,40 0,36 0,34 0,32 0,28 0,40 0,39 0,38 0,38 0,38 0,37 0,37 0,34 0,33 0,30 0,31 0,30 0,39 0,36 0,36 0,32 0,31 0,28 0,28 Carrefour Extra Futurama 0,25 0,24 Pao de Açucar 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,19 0,18 0,19 0,20 0,19 Santa Luzia Média total supermecados 0,15 0,15 0,10 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06 Mês Figura 1. Evolução mensal de preços por ovo nos supermercados pesquisados durante o período de julho a dezembro de 2006 (Fonte: dados da pesquisa). Tabela 2. Valores da evolução mensal de preços por ovo nos supermercados pesquisados durante o período de julho a dezembro de Supermercado jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06 Carrefour 0,20 0,20 0,20 0,20 0,19 0,20 Extra 0,34 0,37 0,34 0,33 0,32 0,31 Futurama 0,28 0,18 0,19 0,24 0,15 0,19 Pao de Açucar 0,36 0,38 0,38 0,38 0,36 0,36 Santa Luzia 0,40 0,39 0,37 0,40 0,39 0,36 Média total supermecados 0,32 0,30 0,30 0,31 0,28 0,28 Fonte: dados da pesquisa. ii) Variação dos preços conforme a categoria: 12

13 A Figura 2 e a Tabela 4 representam a evolução da média dos preços dos ovos em relação à categoria em que se encontram e em cada mês do período pesquisado. A média do preço por ovo dos ovos orgânicos chega a ser até R$ 0,60 mais alta que a dos ovos convencionais o sendo os ovos orgânicos até 4 vezes mais altos que os convencionais. Essa diferença de preços representa o prêmio que o consumidor chega a pagar para garantir um produto que julga de maior qualidade e segurança. Em geral, os preços dos ovos em cada categoria se mantiveram estáveis, as alterações observadas nos preços ocorreram na grande maioria das vezes por falta de determinados produtos, que normalmente eram ou muito altos ou muito baixos, alterando a média final obtida. Normalmente o que se observava nos supermercados eram quase sempre os mesmos preços dos obtidos no mês anterior. Em relação médias de preço durante o período pesquisado (Tabela 3) os ovos caipira, alternativo, orgânico, saúde e função específica são respectivamente 115,8% 136,8%, 405%, 200%, 4,8% mais elevados que os ovos convencionais. Isso mostra que a diferenciação e valorização do produto garante um prêmio maior a ser pago pelo consumidor. Pode-se perceber que a média obtida para a categoria (na Figura 2) é diferente da obtida para os preços gerais no supermercado (Figura 1). Isso ocorre porque na Figura 2 a média foi feita em valores das categorias, considerando-se a categoria e não se aplicando pesos por quantidade de marcas em cada uma para a divisão. Assim o que se avaliou foi a diferença de preços entre categorias e a média de cada categoria e não a média de preço por ovo em geral. 0,9 Variação do preço dos ovos de jun 06 a dez 06 0,8 0,79 0,76 0,79 0,79 0,79 CONVENCIONAL 0,7 0,67 CAIPIRA 0,6 ALTERNATIVO R$ 0,5 0,4 0,45 0,46 0,46 0,46 0,46 0,42 0,41 0,42 0,43 0,41 0,40 0,40 0,41 0,41 0,40 0,41 0,38 0,38 0,37 0,38 0,37 ORGÂNICO SAÚDE 0,3 0,2 0,23 0,20 0,32 0,25 0,23 0,23 0,23 0,18 0,19 0,19 0,19 0,19 FUNÇÃO ESPECÍFICA Média preço mensal de todos os ovos 0,1 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06 Figura 2. Variação da média dos preços dos ovos conforme o grupo durante o período de julho a dezembro de

14 Tabela 3. Variação da média dos preços dos ovos conforme o grupo durante o período de julho a dezembro de Grupo jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06 Média preço de cada categoria Convencional 0,20 0,18 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 Caipira 0,42 0,41 0,40 0,42 0,41 0,40 0,41 Alternativo 0,45 0,46 0,46 0,46 0,43 0,46 0,45 Orgânico 0,79 0,67 0,76 0,79 0,79 0,79 0,77 Saúde 0,38 0,38 0,37 0,38 0,41 0,37 0,38 Função Específica 0,23 0,32 0,23 0,23 0,23 0,25 0,25 Média 0,41 0,40 0,40 0,41 0,41 0,41 0,41 Fonte: dados da pesquisa. iii) Variedade de marcas, grupos de ovos e tipos de produção A Figura 3 e a Tabela 4 mostram a quantidade de marcas diferentes de ovos conforme a classificação de tipos de ovos de acordo com a forma de produção. Foram consideradas marcas diferentes aquelas que eram de proprietários diferentes. Por exemplo: os Ovos Colonial e Ovos Caipira Label Rouge são pertencentes da mesma granja, embora com embalagens diferentes que os fazem parecer de granjas distintas. Assim nesse caso, essas duas variações são consideradas da mesma marca, mas de duas linhas diferentes (ver Figura 5 e Tabela 5). Na Figura 3 a classificação de uma marca em um determinado tipo, como por exemplo, convencional só ocorreu se essa marca não possuísse mais nenhuma forma de produção. Todas as marcas que apresentavam mais de um tipo de produção foram classificadas como mista ou a marca produz mais de um tipo de ovo. A partir da Figura 3 é possível perceber que ainda há a predominância de marcas que utilizam apenas o sistema convencional na sua produção. Isso ocorre devido a grande demanda que há por ovos convencionais, pois são produtos que oferecem proteína animal a baixo custo. Também é possível observar que uma boa parte (30%) das marcas não aposta apenas em um determinado tipo de produção e sim em pelo menos uma forma de diferenciação no mercado. Em menor quantidade (4%) aparecem as marcas que investem exclusivamente na criação caipira ou orgânica. 14

15 Quantidade de marcas diferentes de ovos conforme classificaçao de tipos de ovos de acordo com a forma de produção Convencional 30% 0% Caipira Orgânico Alternativo 0% 4% 4% 11% 51% Especialdidade Saúde A marca produz mais de um tipo Figura 3. Quantidade de marcas diferentes de ovos conforme classificação de tipos de ovos de acordo com a forma de produção (Fonte: dados da pesquisa). Tabela 4. Quantidade de marcas diferentes de ovos conforme classificação de tipos de ovos de acordo com a forma de produção. Tipo de ovo Quantidade de marcas diferentes Convencional 14 Caipira 3 Orgânico 1 Alternativo 1 Especialidade 0 Saúde 0 A marca produz mais de um tipo 8 Total de marcas pesquisadas 27 Fonte: dados da pesquisa. Conforme a Figura 4, das marcas que possuíam mais de um tipo de sistema de produção a maioria (28%) dispunha de um tipo de ovo que o apelo para o consumidor era ser mais saudável. Logo depois (22%) vem o ovo caipira e o convencional, depois, ovos que servem para funções específicas (17%) e por último (11%) os ovos orgânicos. 15

16 Distribuiçao dos sistemas de produção das marcas que apresentam mais de um tipo de ovo 17% 22% 22% 11% 28% Caipira Orgânico Saúde Convencional Especialidade Figura 4. Distribuição dos sistemas de produção das marcas que apresentam mais de um tipo de ovo (Fonte: dados da pesquisa). Tabela 5. Distribuição dos sistemas de produção das marcas que apresentam mais de um tipo de ovo. Marcas que apresentam mais de uma forma de produção Caipira Orgânico Saúde Convencional Especialidade ITO X X Label Rouge X X Moreto X X Mr. Valley X X Naturovos X X X Pufa X X Quality eggs X X Shiro X X Total de marcas com cada sistema de produção Fonte: dados da pesquisa. Assim, juntando as Figuras 3 e 4 anteriores pode-se obter o total das linhas de produtos disponíveis no mercado de ovos conforme mostra a Figura 5. A partir da Figura 5 pode-se observar que logo após os ovos convencionais vêm os ovos caipiras, indicando a grande importância que esse sistema de produção vem adquirindo ultimamente. Os ovos que têm apelo para a saúde do consumidor também representam um porção significativa da quantidade de linha de produtos, no entanto nenhuma marca apresenta apenas esse sistema de produção, conforme mostrou a Figura 3. Os ovos especiais para determinadas funções ainda estão entrando no mercado e ainda representam uma porção 16

17 menor do mercado, tanto que algumas vezes durante as pesquisa de preço em supermercados não era possível encontrá-los. Os ovos orgânicos, por além de serem uma novidade, também apresentarem preços bem mais elevados que qualquer um de seus concorrentes ainda representam uma fatia menor do mercado. Já os ovos alternativos representam uma porção tão pequena do mercado porque apenas uma marca, a Korin os produz. Esses ovos não podem ser considerados nem sistema caipira e nem no orgânico, eles são mais um intermédio entre esses dois sistemas. Em breve, espera-se que esse sistema de produção cresça com o estabelecimento da AVAL (Associação de Avicultura Alternativa). Quantidade de linha de produtos 3% 8% 19% 8% 48% 14% Caipira Orgânico Saúde Convencional Alternativo Especialidade Figura 5. Quantidade de linhas de produtos conforme o tipo de ovo (Fonte: dados da pesquisa). Em relação ao bem-estar animal, os sistemas de produção que apresentam alguma mudança são o caipira, alternativo e o orgânico. Destes, o caipira é o mais difundido representando 60% das marcas que tem alguma forma de aumentar o bem-estar dos animais, conforme mostra a Figura 6. O orgânico, que é o sistema que mais aumenta os níveis de bemestar dos animais, ainda é menos difundido, devido a questões de custo dos produtos e por ainda estar no processo de aceitação pelos consumidores. O alternativo, como, por enquanto, é representado por apenas uma marca também tem uma fatia menor do mercado. Ovos diferenciados - sistemas que levam em conta em bem-estar animal 10% Caipira 30% 60% Organico Alternativo Figura 6. Sistemas que levam em conta o bem-estar animal (Fonte: dados da pesquisa) 17

18 4.3. Visita a Granjas Foi possível realizar visitas em três granjas: Granja Yamaguishi, Granja Label Rouge e Granja da Korin. 5. DISCUSSÃO A partir dos resultados obtidos foi possível perceber que os sistemas caipira e orgânico, justamente por estarem começando a serem desenvolvidos no Brasil em escala comercial, ainda apresentam não só deficiência de informações, mas também conflito entre as mesmas. Na legislação existem ainda muitas partes da criação que não estão elucidadas como devem realmente ser e com o agravante de a criação caipira não ter algum órgão ou entidade que realmente as fiscalize. A bibliografia também apresenta informações conflitantes, o que ressalta a importância de se juntar todos os dados e se chegar a uma conclusão final. Um exemplo bem forte a respeito desse conflito de informações foi justamente a questão da presença ou não do galo. A partir da análise de todas as bibliografias consultadas e mais as entrevistas com as granjas chegou-se a conclusão que o uso ou não de machos na criação é de opção exclusiva do proprietário, não estando este obrigado ou proibido a utilizálos, ao contrário do que foi encontrado em algumas fontes. Deve-se optar para essa escolha conhecendo os prós e contras da mesma, seja em relação a produção e custo quanto a aceitação do produto pelo consumidor. Os preços são realmente diferenciados conforme o sistema de produção utilizado e os custos da mesma e também de acordo com a demanda do consumidor. A análise de custos de produção será contemplada na segunda fase desta pesquisa, prevista para o primeiro semestre de Percebe-se que os ovos caipiras estão avançado no mercado justamente porque ele atende duas expectativas do consumidor: não é tão industrializado como o ovo convencional, e não é tão caro como o ovo orgânico. Assim como o consumidor normalmente não tem idéia sobre qual é a diferença entre um ovo orgânico e um caipira passa a comprar mais o ovo caipira por acreditar ter uma melhor relação custo-benefício. Cada vez mais as empresas estão investindo em mais de um tipo de produção seja ela para ovo caipira, saúde, função específica ou orgânico: parece que o que importa é a diversificação. O sistema convencional ainda é de extrema importância para a população, pois atualmente somente ele consegue oferecer proteína de origem animal com qualidade e baixos custos. Assim pelo menos por enquanto é praticamente impossível descartar a utilização do mesmo, ainda que traga problemas para o meio ambiente e as condições de bem-estar animal sejam precárias. Porém deve-se, aos poucos, tentar desenvolver outras formas de criação que não agridam tanto o meio ambiente e os animais. As embalagens dos ovos caipiras têm uma tendência muito forte de retratar cenas do campo, em que as galinhas ciscam e se vê os ovos (sempre de coloração vermelha). Isso ocorre justamente porque, segundo Silva (2004) os habitantes das grandes metrópoles, sufocados pela rotina urbana, iniciam a procura de uma vida mais saudável por meio da volta 18

19 à vida do campo e às coisas naturais. Assim o apelo na embalagem de que naquele produto irá se resgatar um pouco da vida calma e saudável do campo é muito útil para a venda do produto. As entrevistas, embora poucas, foram muito proveitosas para se aprender a respeito dos sistemas de criação utilizados, já que muitas das coisas não foram encontradas na bibliografia. Está-se procurando manter um contato mais próximo com os produtores que já foram visitados para desenvolver um laço maior de confiança, afim de conseguir maiores informações da parte econômica das criações, que muitas vezes os produtores evitam comentar. Essa primeira parte do projeto pode ser considerada bastante satisfatória, pois foi possível delimitar melhor o que seria cada sistema de criação além de começar a entender a complexidade, vantagens e desvantagens de cada um. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGRA CEAS CONSULTING LTD. Study on the socio-economic implications of the various systems to keep laying hens, Relatório final para a Comissão Européia. Dezembro 2004 ALBINO, L.F.T. Criação de Frango e Galinha Caipira, p. CPT: Viçosa MG. ALBINO, L.F.T. Criação de Frango e Galinha Caipira, p Aprenda Fácil Editora: Viçosa MG. APPLEBY M. C. The relationship between food prices and animal welfare, Journal of Animal Science. v. 83 (E. Suppl.):E9 E12, 2005 ARENALES, M. C. Criação Orgânica de Frangos de Corte e Aves de Postura, p. CPT: Viçosa MG. ARGOLO G. R.; LIMA D. J. Criação de aves (galinhas) para produção de ovos e carne em sistema de caipira, disponível em Acesso em 02/04/06. COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS. Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre um Plano de Acção Comunitário relativo à Protecção e ao Bem-Estar dos Animais , Bruxelas, COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS. Documento de Trabalho da Comissão sobre um Plano de Acção Comunitário relativo à Protecção e ao Bem-Estar dos Animais , Base estratégica das acções propostas; Bruxelas, COTTA, T. Galinha, Produção de ovos, p. Editora Aprenda Fácil: Viçosa MG. GESSULI O.P. Avicultura Alternativa Caipira. Porto Feliz: OPG Editores Ltda, 1999 HELLMEISTER FILHO, P. Efeitos de Fatores Genéticos e do Sistema de Criação Sobre o Desempenho e o Rendimento de Carcaça de Frangos Tipo Caipira; Tese de Doutorado da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 77 p INSTITUTO BIODINÂMICO. Disponível em Acessado em 02/04/06. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Ofício circular 007/ a. 2p. 19

20 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Ofício circular DOI/DIPOA no Nº 60/99 de 04/11/ b. 2p. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Lei nº , de 23 de dezembro de PASIAN, I.M.D.L. Bem estar em aves poedeiras. Trabalho realizado na Disciplina de Comportamento e Bem-estar animal, Pirassununga, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo (não publicado). PENTEADO, S.R. Criação animal orgânica, Procedimentos para a conversão orgânica, Editora Agrorganica: Campinas SP, p. PLANETA ORGÂNICO. Relatórios de Mercado. Disponível em acessado em 05/04/06. REYNNELLS R. D. Bioethical Considerations in Animal Production. Poultry Science 83: , SILVA, R.D.M. Sistema Caipira de Criação de Galinhas. Piracicaba SP, p. ZANUSSO, J.; DIONELLO, N. Produção Avícola Alternativa: Análise dos Fatores Qualitativos da Carne de Frangos de Corte Tipo Caipira, Revista Brasileira de Agrociência, v. 9, n. 3, p , jul-set, ZYLBERSZTAJN, D. Conceitos gerais, evolução e apresentação do sistema agroindustrial. Capítulo 1. In: Zylbersztajn, D.; Neves, M.F. Economia e Gestão dos Negócios Agroalimentares. Ed. Pioneira,

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