Paulo Freire. A escola é
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- Aparecida Garrau Camelo
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1 Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão MEC/SECADI
2 Paulo Freire A escola é "um processo ativo e dinâmico de discussão e construção. Não será construída com facilidade porque terá que trabalhar com interesses divergentes e através do conflito.
3 Premissas... Todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e dignidade (ONU) A educação é direito de todos e dever do estado e da família, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF,1988)
4 CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Compromissos Que as pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob alegação de deficiência; Que as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem. ONU, 2006 Dec.nº6949/2009
5 Educação para todos 98% das crianças de 7 a 14 anos na escola (PNAD/2009); 2% são oriundas de populações vulneráveis, como negras, indígenas,quilombolas, com risco de exploração e violência e com deficiência; A Escola reflete as desigualdades da sociedade brasileira; Desafio: garantia do direito de aprender.
6 Educação Inclusiva Fundamenta se na concepção de direitos humanos, para além da igualdade de oportunidades, mas no desenvolvimento de uma postura ética de não hierarquizar as diferenças e entender que nenhum grupo humano e social é melhor ou pior do que os outros só diferentes; Define se pela garantia do direito de todos à educação e pela valorização das diferenças sociais, culturais, étnicas, raciais, sexuais, físicas, intelectuais, emocionais, lingüísticas e outras; Tem como objetivo alterar a estrutura tradicional da escola fundamentada em padrões de ensino homogêneo e critérios de seleção e classificação, que naturalizam e inferiorizam as diferenças, tratado as de forma desigual e discriminatória. (MEC,2008)
7 Reflexões... A escola dos diferentes ou a escola das diferenças? Como é que se pode justificar uma escola para todos, democrática e cidadã, que não admite a inclusão? Como fazer o espaço da sala de aula comum, um espaço de todos os estudantes, sem exceção?
8 Escola dos diferentes ou Escola das diferenças Concepção de identidade e de diferença distintas Espaços educacionais para uma identidade distinta e a diferença está no outro, que é aceito no ambiente desde que... Espaços em que as relações entre identidade e diferença não se ordenam em oposições binárias
9 Escola dos diferentes Precisamos DO OUTRO para nomear o fracasso escolar, a deficiência, as dificuldades, a falta de concentração, as dificuldades de escrita e de leitura. Tematização do outro. Quando tematizamos o outro, exigimos uma didática para o outro. Ex. O outro TDHA, o outro disléxico, o outro com deficiência,...
10 Escola das Diferenças Conceito de educação: uma prática contextualizada em devir constante Conceito de aprendizagem um processo individual a partir de um bom ensino para todos Avaliação: processual
11 Política na escola das DIFERENÇAS Gestão Democrática PPP em construção coletiva Conteúdos em construção e na perspectiva interdisciplinar Currículos enriquecidos multiculturalmente Ensino de boa qualidade para todos Classes heterogêneas Inclusão como um processo da escola;
12 PPP na escola das diferenças O PPP numa escola inclusiva ganha outro significado. Ele vai estar fazendo parte de uma escola viva, em movimento que valoriza as diferenças, na perspectiva de construção de cidadania no dia a dia, faz acontecer a participação do aluno, da família e da comunidade e que tem um rumo, sabe o que quer e lhe dá significado constante. Com isso, a escola estará de fato, vivendo um PPP. (Santos, Maria Therezinha, 2010)
13 Implicações na escola A escola das diferenças não é aquela que insiste em buscar receitas para que os alunos alcancem os mesmos resultados. A escola das diferenças é aquela que se preocupa em oferecer o melhor do ensino e sabe que a capacidade de aprender é ponto de partida, mas o que cada um aprende, como aprende, o que deseja aprender é de cada um.
14 Escola das diferenças reconhece a dívida social que temos com crianças ao qual não permitimos o acesso, a permanência e a continuidade nos estudos em função de sua condição física, social, cultural, etnica, racial e deficiência ou dificuldade de aprendizagem. Reconhece as dificuldade do ensino que provocam as dificuldade de aprendizagem. Não esta interessada no fim, mas no percurso.
15 Concluindo... Escola das diferenças é apoiada no seu projeto político pedagógico que garante a participação e responsabilidade coletiva de gestores, professores e comunidade escolar em geral. Escola das diferenças não culpa o professor da sala de aula comum como único responsável pela transformação do ensino, mas envolve, principalmente, os gestores porque a transformação da escola exige o empenho, a dedicação, o conhecimento por parte dos gestores. (Machado, 2010)
16 A construção de uma nova prática... Supõe, sobretudo, uma mudança em nós, em nosso trabalho, das estratégias que utilizamos, dos objetos e do modo como organizamos o espaço e o tempo na sala de aula. Temos que rever as estratégias para ensinar matemática e língua portuguesa. Temos que rever a grade curricular, os critérios de promoção ou de avaliação. Temos que rever nossa posição ou lugar frente a esses outros, outrora excluídos, que agora fazem parte do todo ao qual pertencemos. Incluir significa aprender, reorganizar grupos, classes; significa promover a interação entre crianças de um outro modo. Lino de Macedo
17 Indicadores Educação Básica Estudantes Indígenas Quilombolas Campo EJA Brasil Alfabetizado Educação especial PBF (34%) Escolas Indígenas Quilombolas Campo EJA Turmas/PBA Comuns/Educação Especial Com beneficiários PBF Professores Indígenas (90%) Quilombolas Campo EJA Alfabetizadores/PBA Educação Especial Desafios Analfabetos: população15 anos ou mais 9,7% Geral; 22,8% Campo;13,4 Negros 64,6 % Mulheres/negras/idosas/campo 7,5 média de anos de estudos 480 mil PBF mil tem baixa freqüência 28% escolas com acessibilidade 4,25% escolas ações/lei / mil domicílios chefiados (10 a 14 anos) 5,7 milhões + 18 anos não tem EF e não freqüentam
18 Tolerar a existência do outro, e permitir que ele seja diferente, ainda é muito pouco. Quando se tolera, apenas se concede e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro. Deveríamos criar uma relação entre as pessoas,da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância. José Saramago
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