PROJETO DE HÉLICES PELO MÉTODO DE ADKINS PARA UMA AERONAVE EM ESCALA REDUZIDA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PROJETO DE HÉLICES PELO MÉTODO DE ADKINS PARA UMA AERONAVE EM ESCALA REDUZIDA"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA PROJETO DE HÉLICES PELO MÉTODO DE ADKINS PARA UMA AERONAVE EM ESCALA REDUZIDA HENRIQUE OLIVEIRA GALVÃO NATAL- RN, 2018

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA PROJETO DE HÉLICES PELO MÉTODO DE ADKINS PARA UMA AERONAVE EM ESCALA REDUZIDA HENRIQUE OLIVEIRA GALVÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Mecânico, orientado pelo Prof. Dr. Sandi Itamar Schafer de Souza. NATAL - RN 2018

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA PROJETO DE HÉLICES PELO MÉTODO DE ADKINS PARA UMA AERONAVE EM ESCALA REDUZIDA HENRIQUE OLIVEIRA GALVÃO Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso Prof. Dr. Sandi Itamar Schafer de Souza Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Orientador Prof. Dr. Raimundo Carlos Silvério Freire Júnior Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Avaliador Interno Prof. Dr. Gabriel Ivan Medina Tapia Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Avaliador Interno NATAL, 28 de novembro de 2018.

4 i Dedicatória desse curso. Dedico este trabalho aos meus pais e amigos que me ajudaram ao longo

5 ii Agradecimentos Este trabalho não poderia ser concluído sem a ajuda de diversas pessoas dentre as quais presto minha homenagem a equipe de aerodesign Car-kará.

6 iii Galvão, H. O. Projeto de hélices pelo método de Adkins para uma aeronave em escala reduzida p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal- RN, Resumo Esse trabalho é um estudo de aerodinâmica aplicada, com enfoque no desenvolvimento e análise de hélices utilizado a metodologia de Adkins como principal fonte bibliográfica. Foi desenvolvido dois códigos um de design e outro de análise, o primeiro fornece a geometria e alguns dados de desempenho, enquanto o segundo avalia de forma mais abrangente a performance da hélice projetada, ou de uma hélice qualquer caso seja fornecido os dados de construção. Houve colaboração da equipe do Car-kará Aerodesign, através de transferência de conhecimentos e dados, como rotações, potências, velocidades de decolagem e dimensões utilizados com mais frequência em seus projetos. Em posse dessas estimativas foi estudado a influência de parâmetros para desenvolvimento de modelos de hélices, por fim, a melhor proposta de hélice foi projetada em um software CAD. Concluiu-se que em projetos de hélices com perfis diferentes, ocorrem problemas de construção, na maioria das vezes, com soluções que possivelmente diminuiam a precisão dos resultados calculados. Apesar disso, é um excelente método para comparar diferentes projetos de hélice. Palavras-chave: aerodinâmica, hélice, método de Adkins

7 iv Galvão, H. O. Design of propellers by Adkins method for a reduced scale aircraft p. Conclusion work project (Graduate in Mechanical Engineering) - Federal University of Rio Grande do Norte, Natal-RN, Abstract. This work is an applied aerodynamic study, focusing on the development and analysis of propellers, using the Adkins methodology as the main bibliographic source. Two codes have been developed for design and analysis, the first one provides the geometry and some performance data, while the second one evaluates widely the performance of the projected propeller or any propeller if the construction data is provided. There was a collaboration with the Car-kará Aerodesign team, through exchanging knowledge and data, such as rotational speed, powers, take-off and freight rates used more frequently in their projects. Acting in collaboration with the Car-kará Aerodesign team, data of rotations, powers, take-off speeds and geometry often chosen on their projects. Handing those estimates, a study related parameters and results on developing propeller models. Finally, the best propeller proposal was designed in CAD software. It was achieved that designing propellers with different profiles, usually leads to construction problems, with solutions that possibly decrease the accuracy of the calculated results. Although it is a excellent way to compare different projects. Keywords: aerodynamics, propeller, method of Adkins

8 v Lista de Ilustrações Figura 1.1 Aeronave ATR Figura 1.2 Envelope de voo 2 Figura 1.3 Partes de uma hélice 3 Figura 1.4 Hélices de passo fixo 3 Figura 1.5 Mecanismo de hélice de passo variável 4 Figura 2.1 Exemplo de desempenho de hélice 7 Figura 2.2 Perfil de velocidade 8 Figura 2.3 Anel de integração 9 Figura 2.4 Análise unidimensional 10 Figura 2.5 Formação da esteira em helicoide 12 Figura 2.6 Fluxo entre placas semi-infinitas 12 Figura 2.7 Variação do fator de Prandtl 13 Figura 2.8 Formação de esteira 14 Figura 2.9 Componentes de velocidade da esteira 14 Figura 2.10 Decomposição do carregamento no perfil 16 Figura 2.11 Estudo da acuracidade em função de a 22 Figura 3.1 Fluxograma de design 25 Figura 3.2 Fluxograma de análise 27 Figura 5.1 Comparativo entre desenho de hélices 30 Figura 5.2 Relação sustentação-arrasto em perfil Clark Y 31 Figura 5.3 Variação do ângulo de ataque ao longo da hélice 32 Figura 5.4 Divisão da pá 32 Figura 5.5 Alteração do ângulo de ataque 33 Figura 5.6 Comparativo entre projetos I 34

9 vi Figura 5.7 Divisão da nova pá 34 Figura 5.8 Nova variação do ângulo de ataque 35 Figura 5.9 Comparativo entre projetos II 35 Figura 5.10 Estudo da geometria da hélice 36 Figura 5.11 Hélice resultante, vistas inferior e frontal. 36 Figura 5.12 Hélice resultante, vista lateral. 37 Figura 5.13 Curva potência e empuxo 37 Figura 7.1 Integração de função por simpson convencional e 3/8 43

10 vii Lista de Tabelas Tabela 1 Verificação do empuxo 28 Tabela 2 Verificação de dados 29 Tabela 3 Verificação dos fatores de interferência 39 Tabela 4 - Dados do projeto (Perfil Clark Y) 38

11 viii Lista de símbolos a = fator de interferência axial a' = fator de interferência rotacional B = número de pás C d = coeficiente de arrasto C l = coeficiente de sustentação C p = coeficiente de potência C t = coeficiente de empuxo C x = coeficiente de torque C y = coeficiente de empuxo c = corda da hélice D = arrasto por unidade de raio F = fator de Prandlt f = fator de espaçamento do vórtice G = distribuição da circulação radial I 1, I 2 = fator de integração de empuxo J 1, J 2 = fator de integração de potência J = razão de avanço L = sustentação por unidade de raio n = rotação da hélice P = potência consumida pela hélice P c = coeficiente de potência para potência p = pressão ( Pa ) Q = torque R = raio total da hélice r = raio em um ponto da hélice T = empuxo T c = coeficiente de empuxo para design V 0 = velocidade de incidência no rotor

12 ix v = velocidade aparente da vórtex = viscosidade cinemática (Pa.s) W = velocidade relativa W t = componente tangencial da velocidade no perfil W n = componente normal da velocidade no perfil x = razão de velocidade α = ângulo de ataque β = ângulo de twist Γ = circulação ε = razão de arrasto-sustentação ζ = razão de velocidade aparente η = eficiência λ = razão de velocidade de ponta ξ = razão de raio ρ = densidade do fluido σ = solidez ϕ = ângulo de hélice ϕ t = ângulo de hélice na ponta Ω = velocidade angular do rotor

13 x Sumário Dedicatória... i Agradecimentos... ii Resumo... iii Abstract... iv Lista de Ilustrações... v Lista de Tabelas... vii Lista de símbolos...viii Sumário... x 1 Introdução Referencial Técnico Aerodinâmica da Hélice Aerofólio Equações de quantidade de movimento Circulação Fator de interferência Condição de Betz Equações de carregamento Geometria da Lâmina Método de análise Metodologia Desenvolvimento dos códigos Algoritmo de Design Fluxograma de design Algoritmo de análise Fluxograma de análise Verificação dos códigos... 27

14 xi 4 Resultados e Discussões Projeto de hélice Verificação do código Projeto Conclusões Referências Anexos ANEXO A Regra 3/8 de Simpson ANEXO B Código de design ANEXO C Código de análise... 46

15 1 1 Introdução Durante décadas a utilização de hélices era a única forma de propulsão de aeronaves, porém com o surgimento de outros sistemas mais potentes, as aeronaves foram substituindo os sistemas de propulsão a hélice por turbofans, motores a jato, entre outros, apesar disso, existem ramos da aviação em que a utilização de turboélices são inquestionáveis, como em aeronaves de pequeno porte e alguns tipos de aviões militares. Aeronaves a jato são excelentes para grandes distâncias, mas para deslocamentos regionais, aviões movidos a hélice apresentam grande vantagem, pois apresenta menor consumo de combustível, requer pouco investimento na infraestrutura de aeroportos e opera em pistas de tamanho reduzidas, pode-se usar como exemplo desse tipo de aeronave o C-130 Hercules de uso militar e o ATR 72 de uso comercial, visto na Fig Figura 1.1 Aeronave ATR Fonte: atraircraft.com (2018)

16 2 Em embarcações marítimas, esse sistema permanece sendo utilizado na maiorias das aplicações. Além disso, nos últimos anos, houve um crescimento na utilização de drones em diversas funções, que em grande parte utiliza propulsores a hélice, portanto essa tecnologia continua bastante presente nos projetos de engenharia. O estudo do desempenho da hélice é fundamental no projeto de aeronaves, a tração produzida pela hélice limita o envelope de voo, ou seja, definirá os limites máximos e mínimos de velocidade de voo da aeronave, conforme a Fig Também utiliza-se o empuxo, para definir outras condições de projeto, como a escolha da empenagem e o tamanho mínimo de pista para decolagem e pouso, tendo sua teoria tratado em Miranda (2009). Figura 1.2 Envelope de voo Fonte: Miranda (2009) A geometria de uma hélice básica, consiste em uma região da pá que incide o fluido, chamada de bordo de ataque e outra por onde o fluido sai, chamada de bordo de fuga. Uma de suas extremidade é chamada de ponta e a outra de cubo, conforme a Fig. 1.3.

17 3 Figura 1.3 Partes de uma hélice Fonte: Barros (2018), modificado As hélices podem ser divididas em de passo fixo e de passo variável, também conhecida por hélice de velocidade constante, as de passo fixo são mais limitadas, pois operam na maior parte do tempo fora de seu ponto ótimo de sustentação-arrasto. Pode-se encontrar esse tipo de hélice em aviões antigos, por ter surgido primeiro, a exemplo da Fig Figura Hélices de passo fixo Fonte: Hitchens (2015)

18 4 As hélices de passo variável, utiliza de um mecanismo capaz de alterar a angulação das pás, melhorando seu rendimento e por isso consegue operar em velocidades maiores. Um desses mecanismos é visto na Fig Figura 1.5 Mecanismo de hélice de passo variável Fonte: Barros (2018) OBJETIVOS Deseja-se obter uma hélice para aeronaves de escala reduzida de competição (aerodesign), para que se alcance esse objetivo, deve-se concluir as seguintes etapas: Desenvolver as equações de aerodinâmica em uma rotina que faça a geometria e analise seu desempenho. Avaliar diferentes desenhos de hélice, estudando a interferência dos parâmetros nas condições de projeto. Escolher o modelo a ser construído segundo as necessidades de projeto envolvidas Modelar a geometria em um software CAD

19 5 ESTRUTURA DO TRABALHO Inicialmente é feito a fundamentação teórica, desenvolvendo todos os conceitos, argumentando sobre aplicação de correções e valores empíricos. Em seguida é discutido a metodologia, propondo melhores métodos de como atingir os objetivos do trabalho, somente então inicia-se a realizar cálculos, propor soluções e avaliando resultados do projeto. Por fim temos as conclusões, unindo cada etapa do trabalho desenvolvido, em uma argumentação lógica.

20 6 2 Referencial Técnico Remetem a Arquimedes e Leonardo da Vinci como os primeiros a teorizar o funcionamento de hélices, no qual o conceito de parafuso de Arquimedes ficou muito famoso e bastante utilizado no século XIX, ele entendia que a hélice funcionava como um parafuso jogando fluido para trás, provocando o deslocamento. Enquanto isso Leonardo da Vinci propõe um formato de pá semelhante aos usados em coolers. Em 1681 Hooke apresentou a Real Sociedade de Londres seu projeto de moinho de vento, que apresentava uma geometria simples de placas planas, após dois anos, foi realizada modificações nesse projeto, sendo aplicado no funcionamento de propulsores de navios. A partir de meados do séc. XVIII surgiram grandes contribuições no estudo de hélices, com destaque à premiação de Bernoulli pela Académie des Sciences de Paris, que competia com grandes nomes como d Alembert e Euler. Os modelos matemáticos começaram a surgir a partir de meados do séc XIX, com a aplicação da teoria de quantidade de movimento por Rankine e o método de elementos de pá de W. Froude, fornecendo embasamento necessário para a criação dos diversos modelos matemáticos do séc. XX. Existem diversas formas de abordar um projeto de hélice, havendo vários algoritmos, teorias e argumentos que podem ser unificados para a produção de uma hélice. Portanto a escolha da abordagem vai influenciar nos resultados, havendo metodologias que produzem resultados analíticos mais acurados ou geometrias mais eficientes. Capitao (2017), tenta fazer um comparativo entre as metodologias de Adkins e Liebeck (1994), Larrabee (1979) e Drela (2006), apresentado suas particularidades e resultados obtidos, facilitando na decisão da metodologia a ser aplicada. Além desse trabalho, as anotações da palestra de Gall (2018), as notas de aula de Barros (2018) e o artigo de Wald (2006) foram decisivos na introdução das diferentes metodologias e posteriormente na seleção da metodologia de Adkins para construção dos códigos.

21 7 2.1 Aerodinâmica da Hélice Para se projetar uma hélice é necessário relacionar diversos conceitos da mecânica dos fluidos em um algoritmo, havendo duas abordagens, design e análise. Adkins e Liebeck (1994) desenvolve uma metodologia para design, no qual o autor tem como objetivo produzir os valores de construção, corda e ângulo de twist, otimizados para um ponto na curva de potência, ou seja, ele projeta a hélice para um determinado valor de razão de avanço,, tendo como ponto de partida um valor de potência consumida ou de empuxo desejado nesse ponto. A fim de obter o restante dos dados da curva de potência, o autor elaborou seu método de análise, que utiliza dos dados de construção obtidos no design para submetê-los a variação da razão de avanço, construindo as curvas de potência e empuxo. Podemos ver uma de suas análises na Fig. 2.1, no qual ele graficou as curvas de coeficiente de empuxo e potência, e, assim como a eficiência dessa hélice,, em função da razão de avanço, J. Figura Exemplo de desempenho de hélice Fonte: Adkins e Liebeck (1994) Outros métodos foram desenvolvidos anteriormente, com destaque em Larrabee e Theodorsen (1948), porém, o seu trabalho foi o primeiro a apresentar concordância entre resultados das duas abordagens.

22 8 2.2 Aerofólio Um aerofólio submetido a um fluido em movimento apresenta três ângulos principais, ângulo de ataque ( α), ângulo de twist ( β) e ângulo de hélice ( ϕ). O ângulo de ataque ( α) é a inclinação do perfil em relação à velocidade relativa W no bordo de ataque. Portanto é fundamental sua obtenção para calcular os coeficientes de sustentação e arrasto, C l e C d. O ângulo de twist ( β) é importante para a construção da lâmina, pois relaciona a posição do perfil com o plano de rotação. Para decompor as forças aplicadas no aerofólio, utiliza-se o ângulo de hélice ( ϕ), que relaciona a velocidade relativa W com o plano de rotação. Pode-se verificar na Fig. 2.2 a representação desses ângulos e as componentes de velocidade. Figura Perfil de velocidade Fonte: Adkins e Liebeck (1994), modificado seguintes relações: A partir do triângulo de velocidade apresentado pode-se encontrar as (1) (2) (3) No qual é a velocidade do fluido, tangencial ao plano de rotação, Ω é a rotação da hélice em rad/s. Os fatores de interferência axial e tangencial, e, corrigem o cálculo da velocidade e serão discutidos posteriormente.

23 9 2.3 Equações de quantidade de movimento Considerando um disco fino, permeável, sem interferência axial no fluxo, sem perda por atrito ou vorticidades na esteira e de raio R, podemos deduzir o empuxo produzido pela hélice, através da equação de quantidade de movimento (4) No qual dm é uma partícula infinitesimal de massa, a uma velocidade atravessando um anel de raio dr, da figura abaixo. (5) Figura 2.3 Anel de integração Fonte: Autor A variação de velocidade ΔV, entre os pontos anteriores e posteriores do disco ideal proposto é obtida através de análise unidimensional do fluxo, apresentada em Fig. 2.4.

24 10 Figura Análise unidimensional Fonte: Carlton (2012), modificado obtemos : Realizando análise por Bernoulli, após o disco, nos pontos B e C, ( ) (6) De mesma forma, anterior ao disco, nos pontos A e B, temos: ( ) (7) disco. Combinando as duas equações, obtemos a variação de pressão no

25 11 ( ) (8) Igualando a eq. 4, obtida por análise em uma dimensão do fluxo, com, obtemos uma relação da velocidade, localizada longe do disco, com a velocidade, que representa a velocidade incidente no rotor. ( ) (9) Como, temos: (10) Também podemos definir a velocidade no rotor, com a velocidade incidente e um fator de interferência. relacionando-a (11) Igualando das equações anteriores, temos: (12) Portanto a variação de velocidade ao longo do fluxo é dado por: (13) Adquirido os termos da eq. 4, poderia-se obter o empuxo, mas devido a consideração de disco ideal, deve ser aplicada o fator de perda de carga de Prandtl. Existem fatores de perda de carga mais precisos, elaborados por Goldstein (1929) e por Lock (1932), porém Prandtl oferece uma solução mais simples, além de ser adotado por Adkins e pelo seu predecessor Larrabee (1979). Prandtl percebeu que o fluxo entre as esteiras helicoidais, se moviam em uma fração F da velocidade da esteira (Larrabee, 1979). Essa esteira em

26 12 formato helicoidal pode ser representada pela Fig. 3.5 e a variação de velocidade pela Fig Figura 2.5 Formação da esteira em helicoide Autor: Wald (2006) Figura 2.6 Fluxo entre placas semi-infinitas Autor: Wald (2006) Através de um modelo análogo, no qual, considera várias placas semi-infinitas se movimentando a uma velocidade v, em que o fluxo escapa pela extremidade da placa formando vórtices, segundo a Fig Assim, Prandtl obteve as seguintes equações: (14)

27 13 (15) Percebe-se que F varia ao longo da pá, em função da razão do raio,, que se anula na ponta e maximiza no cubo da lâmina, conforme a Fig O fator de espaçamento do vórtice f tem esse nome devido a sua relação com a distância entre as placas, representada no eixo x da Fig. 2.7, e a distância da extremidade ao longo da placa, denominada s. Figura Variação do fator de Prandtl Fonte: Larrabee (1978) A utilização de ao invés de, que é o ângulo de hélice na ponta da pá, na eq. 15, foi recomendação de Glauert (1935), seguida por Adkins na composição de seus métodos. Por fim, podemos expressar o empuxo por unidade de comprimento a partir das equações 4, 5, 13 e 14. (16) Aplicando Bernoulli de maneira semelhante a deduzida neste tópico para o empuxo, deve-se chegar a expressão de torque, que terá sua importância nas expressões de potência: (17) 2.4 Circulação A movimentação de hélice ao redor de seu eixo produz vórtices e a medida em que o avião se desloca, essa esteira forma um helicóide com a mesma inclinação do ângulo de hélice, como mostrado na Fig. 12. Um elemento de vórtice se desloca ao longo do fluxo, perpendicularmente ao helicoide, com

28 14 velocidade W n, permitindo calcular suas componentes em função do ângulo de hélice. Ignorando o deslocamento dessa partícula e focando apenas no helicoide, percebemos ele se movimentando na longitudinal com uma velocidade aparente v, de acordo com a Fig. 2.8, apresentando efeito semelhante a um parafuso girando, que mesmo sem sofrer deslocamento, aparenta que a rosca se move ao longo de seu eixo. Figura Formação de esteira Fonte: Larrabee (1978), modificado Utilizando a Fig. 2.9 pode-se decompor a vetor velocidade W n do elemento de fluido mencionado e relacioná-lo com a velocidade aparente v, obtendo as seguintes equações: (18) (19) Figura Componentes de velocidade da esteira Fonte: Adkins (1994), modificado

29 15 Adkins utiliza a razão de velocidade aparente, =, como termo principal no seu método iterativo de design, portanto as equações se tornam: (20) (21) A inserção da condição de Betz (1919), de perda mínima de quantidade de movimento, é adotada por Adkins, requerendo que a superfície formada pelos vórtices apresente uma superfície regular de um parafuso. Essa condição ignora a expansão e distorção da esteira, além de definir a expressão constante ao longo da lâmina. Posteriormente a Betz, Theodorsen (1948) percebeu que a expansão da esteira, representada na Fig. 2.6, tinha pouca influência na condição de Betz. A sustentação por unidade de comprimento atuando em um corpo bidimensional, causado por um fluido invíscido, pode ser expresso pelo Teorema de Kutta-Joukowski: (22) Sendo a circulação na esteira, no anel correspondente (23) Substituindo por uma componente mais usual, temos: (24) Reajustando a equação 24, obtemos a constante de Goldstein (1929), que funciona como o carregamento elíptico de asa em hélices, ou seja, é responsável pela distribuição da sustentação ao longo da hélice. (25) No qual B é o número de pás e x é a razão de velocidade

30 16 (26) 2.5 Fator de interferência As equações de empuxo e torque no elemento da lâmina podem ser descritas em função da sustentação e arrasto no aerofólio, conforme a Fig Figura Decomposição do carregamento no perfil Fonte: Adkins (1994), modificado Portanto: (27) (28) No qual é a razão arrasto-sustentação no elemento,. Igualando o empuxo e torque proveniente da equação de quantidade de movimento, eqs.16 e 17, com a obtida pela decomposição da sustentação e arrasto, eqs 27 e 28, resultando nos fatores de interferência, necessário para determinar a velocidade sobre o perfil. (29) (30)

31 17 Inserindo a sustentação pelo Teorema de Kutta-Joukowski, com as eqs. 22 e 24, e após alguns ajustes, obtemos o fator de interferência axial e radial. (31) (32) 2.6 Condição de Betz No procedimento de análise de Adkins, os fatores de interferência é essencial no cálculo do ϕ, porém para o procedimento de design do mesmo autor, utiliza-se a condição de perda mínima de momentum, chegando a um valor de ϕ que respeite a já mencionada relação. Isso pode ser demonstrado ao igualar a razão arrasto-sustentação entre os fatores de interferência axial e radial. ( ) ( ) (33) Após ajustes: (34) Inserindo a relação trigonométrica, onde está definido na eq. 26, que com alguns ajustes fica: (35) Obtemos a relação de Betz, que para se manter verdadeira, é considerado constante ao longo da hélice. Além disso pode-se obter o ângulo de twist, a partir do ϕ obtido. ( ) (36)

32 Equações de carregamento Para o procedimento de design de Adkins é necessário especificar a potência aplicada à hélice ou o empuxo desejado, para uma determinada razão de avanço. Para tal usa-se os seguintes coeficientes de potência e empuxo na dedução das eq. 39 e 40, além de serem inseridos como valor nas eq. 45 e 47. (37) (38) Inserindo as equações de empuxo e torque, provenientes da sustentação e arrasto no perfil, das eqs. 25 e 26, obtemos os coeficientes de empuxo e potência por unidade de raio, que para simplificar o cálculo foi segmentada nos fatores de integração de empuxo e potência das eqs. 38 a 41. No qual: (39) (40) ) (41) (42) ) (43) (44) As equações anteriores (eq ) podem ser facilmente integradas numericamente ao longo da pá, variando de a, sendo, obtendo o desempenho da hélice em uma razão de avanço, conforme explicado no início do capítulo. Nesse trabalho, foi utilizado o método de integração simpson 3/8 (Anexo A), pela sua capacidade de gerar resultados precisos, sem precisar acumular muitos dados. Se for especificado o empuxo, teremos a seguinte razão de velocidade aparente e coeficiente de potência:

33 19 ( ) ( ) (45) (46) No caso de obter-se a potência, teremos outra fórmula para razão de velocidade aparente e obtemos o coeficiente de empuxo: ( ) ( ) (47) (48) 2.8 Geometria da Lâmina Para uma seção da hélice, a uma distância r do eixo e com corda c, temos que o coeficiente de sustentação pode ser relacionado com o Teorema de Kutta-Joukowski, da eq. 22. (49) Após alguns ajustes e a inserção da eq. 24, temos: (50) dividido pela viscosidade cinemática, encontra-se o Reynolds no elemento, permitindo aprimorar o cálculo dos coeficiente de sustentação e arrasto do perfil escolhido. Adkins recomenda a escolha de ângulos de ataque que minimizem ε, a fim de maximizar a eficiência da hélice. Encontrando o valor da velocidade relativa, pela eq., obtém-se o valor da corda com a eq. 50.

34 Método de análise Parte dos conceitos aplicados neste método, já foi tratado, restando apenas algumas explicações e deduções. Os fatores de interferências são obtidos de forma parecida, só que ao invés de utilizar as equações de circulação para sustentação, aplica-se a equação de coeficiente de sustentação, podendo ser descrito em componentes tangenciais e normais, e. (51) (52) No qual: (53) (54) Igualando o empuxos e o torques das equações equações 16 e 17, obtemos: 27 e 28 com (55) (56) No qual: (57) (58) A solidez, que representa a proporção de circunferência construída por disponível no rotor, é expressa por :

35 21 (59) Para análise, os coeficientes de potência, empuxo e eficiência são: (60) (61) (62) Tratando de forma diferencial as constantes acima, com as eq de T e P, obtemos: (63) [ ] (64) Percebe-se a semelhança entre o trabalho de Adkins com o método de elemento de pá clássico, no qual, Adkins corrige dois problemas no trabalho de Glauert, a inserção do fator de Prandtl, sugerido em Larrabee; a outra alteração é ao invés de substituir por, na equação 14, insere-se a relação, para que os valores sejam iguais aos de design, nas mesmas condições de especificação. Dados empíricos mostram que os valores de e calculados perdem precisão, portanto Adkins utiliza o argumento de Viterna e Janetzke (1982), limitando os fatores em 0,7, como mostra a Fig Ele também indica o trabalho de Wilson e Lissaman (1974), como alternativa, realizando relações empíricas para resolver a questão.

36 22 Figura Estudo da acuracidade em função de a Fonte: Viterna e Janetzke (1982), modificado

37 23 3 Metodologia 3.1 Desenvolvimento dos códigos Foi desenvolvido os códigos na plataforma scilab (ver anexos B e C), segundo os algoritmos a serem apresentados, esse software foi escolhido por apresentar uma linguagem de programação fácil, com possibilidade de gerar gráficos, para uma avaliação preliminar. O método de integração utilizado foi o de Simpson 3/8, que permite a obtenção de valores precisos, sem precisar guardar muitos valores na memória. A descrição deste método está no Anexo A. Os valores das constantes de sustentação e arrasto é calculado usando uma interpolação obtida pelo software CurveExpert, com os dados de aerofólio do site airfoiltools.com, que armazena os resultados do xfoil, programa bastante utilizado na simulação de perfis aerodinâmicos. 3.2 Algoritmo de Design 1. Faça uma escolha de valor inicial para a razão de velocidade aparente, ζ, podendo ser zero. 2. Calcule: a. O Fator de Prandtl com as equações 14 e 15. b. O ângulo de hélice com equação 36. ( ) c. O coeficiente de Goldstein, G equação 25. d. O número de Reynolds..

38 24 3. Calcule o coeficiente de arrasto e sustentação, escolhendo o ângulo de ataque, que minimize a razão arrasto-sustentação. 4. Calcule a e a, pelas equações 31 e 32, obtendo a velocidade absoluta na equação Calcule a corda e ângulo de twist pelas equações 50 e Integre numericamente I e J, pelas equações e encontre ζ pela equação 45 ou Compare o valor inicial de ζ com o novo e faça iterar o algoritmo até a convergência de ζ. 8. Calcule os coeficientes de potência, empuxo e em seguida a potência ou empuxo, pelas equações 46, 48, 37 e 38.

39 Fluxograma de design A Fig. 4.1 apresenta o fluxograma para a execução da abordagem de design de Adkins. Figura 3.1 Fluxograma de design Fonte: autor 3.4 Algoritmo de análise 1. Escolha um valor inicial para ângulo de hélice. A expressão pode ser usado para tal. 2. O valor de β foi obtido usando o método de design e ϕ pelo algoritmo, pode-se calcular o ângulo de ataque com.

40 3. Calcule os coeficientes de sustentação e arrasto, e, para em seguida calcular os coeficientes de empuxo e torque, e, pelas eqs 53 e Encontre o fator de Prandtl, pela equação Calcule os fatores de interferência, pelas eqs. 55 e 56, que podem ser usados para obter W, pela eq. 2, e por consequência Reynolds. 7. Calcule o novo ângulo de hélice, pela eq. 1: convergência. 8. Insira o ângulo de hélice de forma amortecida para facilitar a 9. Retorne ao ponto 2 até convergir um valor de 10. Integre os coeficientes de potência e empuxo, pelas eqs. 63 e Calcule a potência, empuxo e eficiência, pelas equações 60 a 61.

41 Fluxograma de análise A Fig. 4.2 apresenta um fluxograma para a execução da abordagem de análise de Adkins. Figura 3.2 Fluxograma de análise Fonte: autor 3.6 Verificação dos códigos Elaborado o código é necessário verificar se o mesmo reproduz valores já conhecidos, para isso utiliza-se os dados fornecidos por Adkins e compara-se as variações entre os resultados obtidos pelo autor com os calculados a partir dos mesmos dados iniciais dentro do possível.

42 28 4 Resultados e Discussões 4.1 Projeto de hélice Tomando como base um motor de potência máxima 3hp, de aproximadamente 2237 W, funcionando a rotação máxima de rpm, foi submetido a avaliação algumas variações de geometria e desenhos preliminares de hélice. Escolhido a melhor opção foi feito um modelo em 3d no software Creo Parametrics, a fim de realizar considerações sobre a construção do protótipo. 4.2 Verificação do código Como pode ser observado na tab. 1, teve uma leve variação entre o valor teórico e o calculado, menos que 1%, isso pode ser explicado por dois motivos, Adkins não informa o método de integração aplicado e o outro é inconsistências no método de aplicação dos coeficientes de sustentação, ele afirma um valor para C l, mas utiliza valores de ângulo de ataque variando ao longo da hélice. Pode-se perceber que, em relação aos valores calculados, os dois métodos desenvolvidos retornam valores iguais. Tabela 1 Verificação do empuxo T_adkins T_design T_análise 923,5 N 932,8 N 932,9 N Na tab. 2, percebe-se pouca variação nos valores da corda, na ordem de poucos milímetros, o ângulo de hélice também apresentou baixa variação, dentro do previsto, com valores entre os método de design e análise iguais. Em relação ao ângulo de twist houve valores que se distanciaram dos dados da literatura, mas como β = ϕ + α, e ϕ apresentou valores próximos, o responsável dessa variação é o ângulo de ataque que é inserido manualmente no programa.

43 29 Tabela 2 - Verificação de dados R c (Adkins) c β (Adkins) β ϕ (Adkins) ϕ analise (Adkins) ϕ ϕ design 0,1524 0,104 0,102 58, , , , , ,4958 0,2730 0,140 0,139 41, , , , , ,0730 0,3937 0,130 0,129 32, , , , , ,3828 0,5143 0,109 0,108 22, , , , , ,3152 0,6350 0,085 0,085 18, , , , , ,2444 0,7556 0,058 0,058 15, , , , , ,3496 Os valores obtidos da tab. 3 podem parecer que estão muito distantes da literatura, porém esses valores estão sempre associados as seguintes relações e, tornando a maior variação muito pequena em frente a velocidade de 49 m/s e rotação de 2400 rpm. Mesmo desconsiderando a velocidade, a diferença continua baixa, no máximo 1,6%. Tabela 3 Verificação dos fatores de interferência R a (Adkins) a_analise (Adkins) a_design a_analise a' (Adkins) a'_analise (Adkins) a'_design a'_analise 0,1524 0,0348 0,0348 0,0421 0,0421 0,0633 0,0633 0,0805 0,0805 0,2730 0,0644 0,0644 0,0797 0,0797 0,0365 0,0365 0,0474 0,0474 0,3937 0,0804 0,0804 0,1007 0,1007 0,0219 0,0219 0,0289 0,0289 0,5143 0,089 0,089 0,1120 0,1120 0,0142 0,0142 0,0189 0,0189 0,6350 0,0938 0,0938 0,1185 0,1185 0,0098 0,0098 0,0132 0,0132 0,7556 0,0968 0,0968 0,1224 0,1224 0,0072 0,0072 0,0097 0, Projeto O primeiro valor a ser escolhido é a velocidade no qual a aeronave será projetada. Em um determinada velocidade A, o projeto que utilizar esse ponto terá melhor desempenho em A, que se projetado em outras velocidades. Portanto é uma escolha bem particular para cada projeto, o objetivo deste projeto é para uma hélice usada em aeronaves de escala reduzida de competição, que carregando muito peso e apresentam velocidades baixas.

44 T(N) 30 O segundo valor a ser estudado é o diâmetro do rotor, portanto foi avaliado o desempenho de rotores de três diâmetros diferentes, em duas velocidades 16m/s e 18m/s, todos com 2 lâminas e perfil Clark Y. A Fig.5.1 mostra esse comparativo em função de curvas de empuxo, produzida pelo código de análise. Figura 5.1 Comparativo entre desenho de hélices R10cm V16m/s R10cm V18m/s R15cm V16m/s R15cm V18m/s R22.2cm V16m/s R22.2cm V18m/s V(m/s) Fonte: Autor Estima-se que um protótipo de competição decole a uma velocidade de 14m/s, portanto seria natural escolher esse ponto crítico, para o projeto, tornando-o otimizado para essa velocidade, porém um dos problemas da metodologia de Adkins é a imprecisão para baixa razões de avanço, principalmente quando apresenta alto carregamento, por isso foi escolhido realizar os cálculos em 16m/s e 18m/s, conforme a Fig Foi escolhido a hélice de 16, ou seja a de 22.2 cm, devido a sua alta força de empuxo em baixas velocidades, que é de muita importância para mover aeronaves muito pesadas em uma pista de decolagem limitada. O resultado da hélice de 10 cm é característico em hélice com alta porcentagem de stall na lâmina, que somente consegue ganhar sustentação a partir uma certa velocidade. Em relação a escolha da velocidade, fica evidente que o projeto de 16m/s é superior ao de 18m/s em todos os casos.

45 Cl/Cd 31 Os projetos feitos até agora foi utilizado um perfil Clark Y, para ângulo de ataque que maximize a relação C l /C d. Busca-se em seguida entender a influência da escolha do ângulo de ataque na velocidade projetada, no desempenho da hélice em em sua geometria. A Fig. 5.3 mostra um gráfico da distribuição do ângulo de ataque ao longo da hélice, no qual cada curva representa esses valores em diferentes velocidades incidentes no rotor, estudando assim a influência da velocidade de voo nos valores de ângulo de ataque. Percebe-se que em baixas velocidades a hélice fica no máximo com 45% em stall. Com o aumento da velocidade as seções se aproximam do ângulo de ataque ótimo, produzindo melhor relação de sustentação-arrasto, até que se passe da velocidade de projeto, V=16m/s, no qual essa relação volta a diminuir conforme a fig 5.2. Figura 5.2 Relação sustentação-arrasto em perfil Clark Y α( ) Fonte: Autor

46 α ( ) 32 Figura 5.3 Variação do ângulo de ataque ao longo da hélice r/r STALL V0=2m/s V0=4m/s V0=6m/s V0=8m/s V0=10m/s V0=12m/s V0=14m/s V0=16m/s V0=18m/s V0=20m/s V0=22m/s V0=24m/s Fonte: Autor Em seguida foi desenvolvido algumas alternativas de escolha de perfis e ângulo de ataque. A escolha dos ângulos de ataque, teve o intuito de verificar se era possível melhorar os valores de empuxo, portanto modificar valores de α, a fim de aproximar as curvas para a região que apresenta altos valores de C l /C d do perfil. Nesse sentido a escolha de um perfil deve ser baseada no intervalo de ângulo de ataque em que ele operará, no seu valor de C l /C d e se sua geometria permite sua construção na hélice. A primeira modificação foi dividir a pá em três partes, cortando-a em 30% e em 60% do raio, aumentando o α próximo ao cubo e diminuindo na ponta, conforme a Fig Figura 5.4 Divisão da pá Fonte: Autor

47 α( ) 33 Foi verificado na Fig. 5.5, que a curva de 18m/s se aproxima do seu ponto ótimo no cubo e que as curvas de baixa velocidade obtiveram melhores valores na ponta, conforme o esperado. Figura 5.5 Alteração do ângulo de ataque r/r V0=2m/s V0=4m/s V=6m/s V0=8m/s V0=10m/s V0=12m/s V0=14m/s V0=16m/s V0=18m/s V0=20m/s V0=22m/s P. ótimo STALL Fonte: Autor A melhora do desempenho pode ser verificado na Fig.5.6, principalmente em baixas e médias velocidades, com leve piora a partir de 15m/s.

48 T(N) Figura 5.6 Comparativo entre projetos I Novo Anterior v(m/s) Fonte: Autor Outras tentativas foram feitas, com perfis Onera, NACA, Eppler e Selig, um desses estudos feitos descrito nas Figs. 5.7 e 5.8, sendo dividido em seções, em 30%, 50% e 80% da hélice, cada qual com um perfil diferente. Os resultados foram insatisfatórios, por serem inferiores ao resultado anteriores, conforme a fig. 23. Figura 5.7 Divisão da nova pá Fonte: Autor O objetivo da escolha desses valores era melhorar os valores de empuxo e média velocidade, portanto a Fig. 5.8 mostra exatamente isso, tentar

49 T(N) α( ) 35 puxar as curvas de médias velocidades para a região ótima da relação sustentação-arrasto, em cada seção. Figura 5.8 Nova variação do ângulo de ataque r/r Fonte: Autor V0=2m/s V0=4m/s V0=6m/s V0=8m/s V0=10m/s V0=12m/s V0=14m/s V0=16m/s V0=18m/s O comparativo entre esses três desenhos pode ser verificado na Fig. 5.9 sendo escolhido o modelo de perfil Clark Y com modificações de ângulo de ataque, para realizar o desenho. 120 Figura 5.9 Comparativo entre projetos II Novo Clark Y modificado Clark Y v(m/s) Fonte: Autor Escolhido o desenho mais eficiente, procurou-se realizar o desenho e percebeu-se que as modificações no ângulo de ataque produziram irregularidades em demasia nos valores de corda, mostrado na Fig

50 C(mm) 36 Figura 5.10 Estudo da geometria da hélice r(mm) Fonte: Autor Como não foi possível unir essas geometrias o perfil a ser modelado em é o Clark Y, com 202 mm de raio, projetado à velocidade de 16m/s. O resultado de seu desenho pode ser visto nas Figs e Figura 5.11 Hélice resultante, vistas inferior e frontal. Fonte: Autor

51 T(N) P(W) 37 Figura 5.12 Hélice resultante, vista lateral. Fonte: Autor As curvas de potência e empuxo fornecidas pela análise da geometria dessa hélice é dada na Fig Figura 5.13 Curva potência e empuxo T P v(m/s) 0

52 38 Fonte: Autor Os dados de construção estão na Tab. 4, junto com dados de análise na velocidade de projeto. Tabela 4 - Dados do projeto (Perfil Clark Y) r/r r(mm) c(mm) β( ) ϕ( ) a a' Re , , , , , , , , , , , , ,

53 39 5 Conclusões Após diversas análises usando o código elaborado nesse trabalho, pôde-se perceber as limitações e qualidades do método de Adkins. A primeira desvantagem é a imprecisão entre a abordagem de design e análise, em baixas razões de avanço, quando a hélice apresenta alto carregamento, ou seja, Tc > 1. Isso pode ser contornado projetando uma hélice para uma velocidade maior. O segundo problema é uma desvantagem comum a qualquer método interativo que seccione a hélice em elementos, que é a dificuldade de unir perfis diferentes em geometria e em ângulo de twist. A fim de solucionar isso, existem alguns trabalhos que interpolam perfis, suavizando irregularidades e garantido um valor mais acurado, pois o software calcula a partir dessa geometria obtida. A maior vantagem desse método é a rapidez com que se pode propor propor projetos, avaliá-los e aperfeiçoá-los, basta ter um banco de dados dos perfis usados, que se pode realizar dezenas de análises, mudando perfil, diâmetro, velocidade de projeto, ângulo de ataque entre outros. Em relação aos resultados obtidos, é perceptível a dificuldade de obter uma melhora significativa apenas alterando perfil e ângulo de ataque no projeto, sendo que na maioria das vezes sacrifica-se muito do desempenho em uma velocidade para melhorar pouco em outra e por isso foi escolhido um desenho sem muitas alterações. Portanto caso não seja introduzido na rotina desenvolvida algum método de interpolação de perfis, não é recomendável misturar perfis em uma mesma hélice

54 40 6 Referências CAPITAO PATRAO, A. Implementation of Blade Element Momentum/Vortex Methods for the Design of Aero Engine Propellers. Research report-department of Mechanics and Maritime Sciences 2017: 06, Chalmers University of Technology, Gothenburg, ADKINS, Charles N.; LIEBECK, Robert H. Design of optimum propellers. Journal of Propulsion and Power, v. 10, n. 5, p , LARRABEE, E. Eugene. Design of propellers for motorsoarers LARRABEE, E. Eugene. Practical design of minimum induced loss propellers. SAE Technical Paper, LARRABEE, E. Eugene. Design of propellers for motorsoarers DRELA, Mark. QPROP formulation. Massachusetts Inst. of Technology Aeronautics and Astronautics, Cambridge, MA, VITERNA, Larry A.; JANETZKE, David C. Theoretical and experimental power from large horizontal-axis wind turbines THEODORSEN, Theodore. Theory of propellers. McGraw-Hill Book Company, WALL, David. Optimum propeller design for electric UAVs Tese de Doutorado. GOLDSTEIN, Sydney. On the vortex theory of screw propellers. Proc. R. Soc. Lond. A, v. 123, n. 792, p , LOCK, Christopher Noel Hunter. Application of Goldstein's Airscrew Theory to Design. HM Stationery Office, LOCK, Christopher Noel Hunter. An application of Prandtl theory to an airscrew. HM Stationery Office, GLAUERT, H. Airplane Propellers, Aerodynamic Theory, edited by WF Durand, J BETZ, A. with appendix by Prandtl. L.," Screw propellers with Minimum Energy Loss," Göttingen Reports, p , WILSON, Robert E.; LISSAMAN, Peter BS. Applied aerodynamics of wind power machines. NASA STI/Recon Technical Report N, v. 75, VITERNA, Larry A.; JANETZKE, David C. Theoretical and experimental power from large horizontal-axis wind turbines

55 MIRANDA, L. Fundamentos da Engenharia Aeronáutica: Aplicações ao Projeto SAE AeroDesign Gall, David J. propellerdesignworkshop.com, 29 out Disponível em: < > Barros, J. E. M out Disponível em: < CARLTON, John. Marine propellers and propulsion. Butterworth-Heinemann, HITCHENS, Frank. Propeller aerodynamics: the history, aerodynamics & operation of aircraft propellers. Andrews UK Limited, CHAPRA, Steven C.; CANALE, Raymond P. Métodos numéricos para engenharia. McGraw-Hill, WALD, Quentin R. The aerodynamics of propellers. Progress in Aerospace Sciences, v. 42, n. 2, p , 2006.

56 42 7 Anexos ANEXO A Regra 3/8 de Simpson Seja f(x) uma função qualquer, a que se quer integrar em x, de, conforme a eq. abaixo. até Representando por um polinômio de Lagrange de ordem quatro, pode-se ajustar a curva em quatro pontos e integrá-la: [ ] No qual h é o intervalo entre cada ponto Figura 7.1 Integração de função por simpson convencional e 3/8 Fonte: Chapra e Canale (2008)

57 43 ANEXO B Código de design function [J1, J2, I1, I2, c, betta, Re, fi, F, a, a1]=f1(radratio, B, lambda, R, velratio, v) // cálculo realizado em uma seção ro = 1.221; mi = 17.2*10^(-6); r = radratio*r; x = radratio/lambda; fit = atan((1+velratio /2)*lambda); fi = atan((1+velratio /2)*lambda/radratio); f = B/2*(1-r /R)/sin(fit);//2 F = 2/%pi*acos(exp(-f ));//2 G = F *x *cos(fi )*sin(fi ); alphag=4.75 [cl,cd] = perfil_clark_y_re200k(alphag) alpha = alphag*%pi/180; e = cd /cl ;//4 cy = cl *cos(fi ) - cd *sin(fi ); cx = cl *sin(fi ) + cd *cos(fi ); Wc = 4*%pi*lambda*G*v*R*velratio/(cL*B); Re = Wc*ro/mi; a = velratio/2*cos(fi)^2*(1-e*tan(fi)); a1 = velratio/(2*x)*cos(fi)*sin(fi)*(1 + e/tan(fi)); if(a1>0.7) a1=0.7; end if(a<-1.0) a=0.7; elseif(a>0.7) a=0.7; end W = v*(1+a)/sin(fi); c = Wc/W; betta = alpha +fi ; J1 =4*radratio *G *(1+e/tan(fi) ); J2 =J1/2*(1-e/tan(fi))*cos(fi)^2; I1 =4*radratio *G *(1-e *tan(fi)); I2 =lambda*(i1/(2*radratio))*(1+e/tan(fi))*sin(fi)*cos(fi); sigma = B*c/(%pi*2*r); endfunction function [J1, J2, I1, I2, cf, bettaf, Ref, fif, Ff, aaf, a1f]=simpson380(a0, bf, n, B, lambda, R, velratio, v)//método de integ. n=n/3; h=(bf-a0)/n; J1 = 0; J2 = 0; I1 = 0; I2 = 0; for i = 1:n a = a0+h*(i-1);

58 44 b = a0+h*(i); [J1a,J2a,I1a,I2a, c1, betta1, Re1,fi,F,aa,a1] = f1(a,b, lambda, R, velratio,v); [J1b,J2b,I1b,I2b, c, betta, Re] = f1((2*a+b)/3,b, lambda, R, velratio,v); [J1c,J2c,I1c,I2c, c, betta, Re] = f1((a+2*b)/3,b, lambda, R, velratio,v); [J1d,J2d,I1d,I2d, c, betta, Re] = f1(b,b, lambda, R, velratio,v); J1 = J1 + (3/8)*((b-a)/3)*(J1a + 3*J1b + 3*J1c + J1d); J2 = J2 + (3/8)*((b-a)/3)*(J2a + 3*J2b + 3*J2c + J2d); I1 = I1 + (3/8)*((b-a)/3)*(I1a + 3*I1b + 3*I1c + I1d); I2 = I2 + (3/8)*((b-a)/3)*(I2a + 3*I2b + 3*I2c + I2d); if(i==1) cf = c1; bettaf = betta1; Ref = Re1; fif =fi; aaf = aa; a1f = a1; Ff = F; end end endfunction function [passo, Pc, Tc, T, velratio, bettar, lambda, radratio, r, c, B, v, n, omega, fi, F, a, a1, rpm, Re]=Design() rpm = 14200; B = 2; omega = rpm*%pi/30; n = 14; R = ; [ r, radratio, P, rpm,ro] = inicializar(r,n); velratio = 0; inter = 0; y = 0; velaux = 0; rps = rpm/60; v = 16; lambda = v/(omega*r); Pc = 2*P/(ro*v^3*%pi*R^2); y=0; while(y<>n)// laço de convergência I1tot = 0; I2tot = 0; J1tot = 0; J2tot = 0; if(inter>50) disp(inter); break end for(i=1:n-1)// obtenção dos fatores de integração e dados da geometria

59 45 [J1(i), J2(i), I1(i), I2(i), c(i), betta(i), Re(i),fi(i),F(i),a(i),a1(i)] = simpson380(radratio(i), radratio(i+1), 6, B, lambda, R, velratio,v); end I1tot = I1tot + I1(i); I2tot = I2tot + I2(i); J1tot = J1tot + J1(i); J2tot = J2tot + J2(i); bettar(i) = betta(i); velratio = J1tot /(2*J2tot )*(sqrt(1+4*pc *J2tot /J1tot ^2) -1); Tc = I1tot *velratio - I2tot *velratio^2; inter = inter +1 if((abs((velaux-velratio)/velratio)<0.001)) y=n; end velaux = velratio; end [ J1(n), J2(n), I1(n), I2(n), c(n), betta(n), Re(n),fi(n),F(n),a(n),a1(n)] = f1(radratio(n),b,lambda,r,velratio,v) [ Jn, Jn, In, In, cn, betta75] = f1(0.75,b,lambda,r,velratio,v) passo = 0.75*%pi*R*2*tan(betta75)* ;//pol bettar(n)=bettar(n-1); T = Tc*(ro*v^2*%pi*R^2)/2; endfunction

60 46 ANEXO C Código de análise function [cttot, cptot, rendimento, j, T, P, F, fi, alpha, a, a1, solidez, w, Re, ct, cp]=analysis_projeto(radratio, r, B, v, n, rpm, v_design, velratio) R = r(n); omega = rpm*%pi/30; rps = rpm/60; lambda = v/(omega*r); j=v/(rps*2*r(n)); ro = 1.221; cttot=0; cptot=0; for i=1:n-1 //Nesse caso a convergencia foi realizado no cálculo da seção, dentro da função f3() [ct(i),cp(i),c(i),betta(i),re(i),fi(i),a(i),a1(i),f(i),w(i),solidez(i),alpha(i)] = simpson38( radratio(i), radratio(i+1), 6, omega,b,r,v,v_design,velratio) cttot = ct(i) + cttot; cptot = cp(i) + cptot; end alpha(n)=alpha(n-1); ct(n)=0; cp(n)=0 rendimento = cttot*j/cptot; T = cttot*(ro*rps^2*(2*r(n))^4); P = cptot*(ro*rps^3*(2*r(n))^5); endfunction function [ct, cp, cf, bettaf, Ref, fif, aaf, a1f, Ff, wf, solidezf, alphaf]=simpson38(a0, bf, n, omega, B, R, v, v_design, velratio) n=n/3; h=(bf-a0)/n; ct = 0; cp = 0; for i = 1:n a = a0+h*(i-1); b = a0+h*(i); [cta,cpa,f,fi,alpha,bettar,aa,a1,solidez,w,c,re] = f3(a,omega,b,r,v,v_design,velratio) [ctb,cpb] = f3((2*a+b)/3,omega,b,r,v,v_design,velratio) [ctc,cpc] = f3((a+2*b)/3,omega,b,r,v,v_design,velratio) [ctd,cpd] = f3(b,omega,b,r,v,v_design,velratio) ct = ct + (3/8)*((b-a)/3)*(cTa + 3*cTb + 3*cTc + ctd); cp = cp + (3/8)*((b-a)/3)*(cPa + 3*cPb + 3*cPc + cpd); if(i==1) cf = c; bettaf = bettar; Ref = Re; fif =fi; aaf = aa; a1f = a1;

61 47 Ff = F; wf=w; solidezf=solidez; alphaf=alpha; end end endfunction function [ct, cp, F, fi, alpha, bettar, a, a1, solidez, w, c, Re]=f3(radratio, omega, B, R, v, v_design, velratio)//calculo em uma seção ro = 1.221; mi = 17.2*10^(-6); passo = 0.9; ro = 1.221; [c, bettar] = f2(radratio,b,omega, R, velratio,v_design); calculo da geometria usando abordagem de design inte=1; chave = 0; r = radratio*r; solidez= B*c/(2*%pi*r); while(chave <> 1) if(inte==1) x = omega*r/v fi = atan(1/x); end fit=atan(tan(fi)*radratio); if(inte > 1000) break; //condição de parada end alpha= real(bettar-fi); alphag = alpha*180/%pi; [cl,cd] = perfil_clark_y_re200k(alphag) Cy= cl*cos(fi)-cd*sin(fi); Cx= cl*sin(fi)+cd*cos(fi); f= B/2*(1-radratio)/sin(fit); F= (2/%pi)*acos(exp(-f)); k= Cy/(4*sin(fi)^2); k1= Cx/(4*cos(fi)*sin(fi)); a= solidez*k/(f-solidez*k); a1= solidez*k1/(f+solidez*k1); if(a1>0.7) a1=0.7; end if(a<-1.0) a=0.7; elseif(a>0.7) a=0.7; end fi_novo=atan((v*(1+a))/(omega*r*(1-a1))); if(isnan(fi_novo)==%t) pfi_novo = 0.0 ; end

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 11 Distribuição de Sustentação, Arrasto e Efeito Solo

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 11 Distribuição de Sustentação, Arrasto e Efeito Solo Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 11 Distribuição de Sustentação, Arrasto e Efeito Solo Tópicos Abordados Distribuição Elíptica de Sustentação. Aproximação de Schrenk para Asas com Forma Geométrica

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 8 Características Aerodinâmicas dos Perfis

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 8 Características Aerodinâmicas dos Perfis Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 8 Características Aerodinâmicas dos Perfis Tópicos Abordados Forças aerodinâmicas e momentos em perfis. Centro de pressão do perfil. Centro aerodinâmico do perfil.

Leia mais

2 a experiência Sustentação em um aerofólio

2 a experiência Sustentação em um aerofólio 2 a experiência Sustentação em um aerofólio 1) Introdução A explicação relativa à forma como um aerofólio gera sustentação tem sido motivo de polêmica ao longo dos últimos anos. Devido à complexidade matemática

Leia mais

PROJETO AERODINÂMICO DE HÉLICES

PROJETO AERODINÂMICO DE HÉLICES PROJETO AERODINÂMICO DE HÉLICES Prof. Dr. José Eduardo Mautone Barros UFMG Propulsão Departamento de Engenharia Mecânica Curso de Engenharia Aeroespacial Apoio técnico Marco Gabaldo Frederico Vieira de

Leia mais

PROJETO DE AERONAVES Uma abordagem teórica sobre os conceitos de aerodinâmica, desempenho e estabilidade Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J.

PROJETO DE AERONAVES Uma abordagem teórica sobre os conceitos de aerodinâmica, desempenho e estabilidade Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. PROJETO DE AERONAVES Uma abordagem teórica sobre os conceitos de aerodinâmica, desempenho e estabilidade Conceitos Fundamentais Fundamentos do Projeto Projeto conceitual Aerodinâmica Desempenho Estabilidade

Leia mais

ENG03366 INTRODUÇÃO À ENGENHARIA MECÂNICA. ENG INTRODUÇÃO À ENGENHARIA MECÂNICA Aula No. 4 Modelo Francis H. R. França

ENG03366 INTRODUÇÃO À ENGENHARIA MECÂNICA. ENG INTRODUÇÃO À ENGENHARIA MECÂNICA Aula No. 4 Modelo Francis H. R. França ENG03366 INTRODUÇÃO À ENGENHARIA MECÂNICA ENG 03363 INTRODUÇÃO À ENGENHARIA MECÂNICA Aula No. 4 Modelo Francis H. R. França Modelo Em geral, é impraticável a solução de um problema de engenharia considerando

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 12 Empenagem, Polar de Arrasto e Aerodinâmica de Biplanos

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 12 Empenagem, Polar de Arrasto e Aerodinâmica de Biplanos Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 12 Empenagem, Polar de Arrasto e Aerodinâmica de Biplanos Tópicos Abordados Aerodinâmica da Empenagem. Polar de Arrasto da Aeronave. Considerações sobre a Aerodinâmica

Leia mais

8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007

8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007 8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 3 a 5 de Outubro de 007 MODELAGEM DINÂMICA DE CONVERSÃO EÓLICO-MECÂNICA EM TURBINAS EÓLICAS DE EIXO HORIZONTAL Leite, G. N. P., Araújo, A. M. UFPE,

Leia mais

INTRODUÇÃO À AERODINÂMICA DA AERONAVE

INTRODUÇÃO À AERODINÂMICA DA AERONAVE INTRODUÇÃO À AERODINÂMICA DA AERONAVE Kamal A. R. Ismail Fátima A. M. Lino 2011 Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP kamal@fem.unicamp.br fatimalino@fem.unicamp.br ii INTRODUÇÃO À AERODINÂMICA DA

Leia mais

TEORIA UNIDIMENSIONAL DAS MÁQUINAS DE FLUÍDO

TEORIA UNIDIMENSIONAL DAS MÁQUINAS DE FLUÍDO Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087 M.Sc. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br INTRODUÇÃO: O conhecimento das velocidades do fluxo

Leia mais

Capítulo 10. Rotação. Copyright 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved.

Capítulo 10. Rotação. Copyright 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Capítulo 10 Rotação Copyright 10-1 Variáveis Rotacionais Agora estudaremos o movimento de rotação Aplicam-se as mesmas leis Mas precisamos de novas variáveis para expressá-las o o Torque Inércia rotacional

Leia mais

Escoamentos Externos

Escoamentos Externos Escoamentos Externos O estudo de escoamentos externos é de particular importância para a engenharia aeronáutica, na análise do escoamento do ar em torno dos vários componentes de uma aeronave Entretanto,

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação

Leia mais

Detecção de Esteira de Vórtice em um Escoamento Laminar em Torno de uma Esfera, Utilizando Método de Galerkin.

Detecção de Esteira de Vórtice em um Escoamento Laminar em Torno de uma Esfera, Utilizando Método de Galerkin. Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Mecânica Pós Graduação em Engenharia Mecânica IM458 - Tópicos em Métodos Numéricos: Métodos Numéricos em Mecânica dos Fluidos Alfredo Hugo Valença

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO DOS PAINÉIS PARA O ESTUDO DE PROPRIEDADES AERODINÂMICAS DE AEROFÓLIOS

IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO DOS PAINÉIS PARA O ESTUDO DE PROPRIEDADES AERODINÂMICAS DE AEROFÓLIOS IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO DOS PAINÉIS PARA O ESTUDO DE PROPRIEDADES AERODINÂMICAS DE AEROFÓLIOS João de Sá Brasil Lima joaobrasil.lima@gmail.com Resumo. Este artigo trata da implementação computacional do

Leia mais

Halliday & Resnick Fundamentos de Física

Halliday & Resnick Fundamentos de Física Halliday & Resnick Fundamentos de Física Mecânica Volume 1 www.grupogen.com.br http://gen-io.grupogen.com.br O GEN Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, AC Farmacêutica,

Leia mais

ESTUDO EXPERIMENTAL DE UM NOVO PERFIL AERODINÂMICO VOLTADO PARA A COMPETIÇÃO SAE BRASIL AERODESIGN

ESTUDO EXPERIMENTAL DE UM NOVO PERFIL AERODINÂMICO VOLTADO PARA A COMPETIÇÃO SAE BRASIL AERODESIGN ESTUDO EXPERIMENTAL DE UM NOVO PERFIL AERODINÂMICO VOLTADO PARA A COMPETIÇÃO SAE BRASIL AERODESIGN Iago A. Souza iago_araujo@hotmail.com Universidade Federal do Pará, Faculdade de Engenharia Mecânica Av.

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 18 Tempo para a Missão e Metodologia para o Gráfico de Carga Útil

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 18 Tempo para a Missão e Metodologia para o Gráfico de Carga Útil Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 18 Tempo para a Missão e Metodologia para o Gráfico de Carga Útil Tópicos Abordados Tempo Estimado para a Missão. Traçado do Gráfico de Carga Útil. Dicas para Análise

Leia mais

de maior força, tanto na direção normal quanto na direção tangencial, está em uma posição no

de maior força, tanto na direção normal quanto na direção tangencial, está em uma posição no 66 (a) Velocidade resultante V (b) Ângulo de ataque α Figura 5.13 Velocidade resultante e ângulo de ataque em função de r/r para vários valores de tsr. A Fig. 5.14 mostra os diferenciais de força que atuam

Leia mais

Adimensionalizando a expressão acima utilizando mais uma vês a velocidade da ponta da pá e o comprimento da pá: 4 1.3

Adimensionalizando a expressão acima utilizando mais uma vês a velocidade da ponta da pá e o comprimento da pá: 4 1.3 1 Teoria conjunta elementos de pá e momento linear A teoria de elementos de pá parte de um determinado número de simplificações sendo que a maior (e pior) é que a velocidade induzida é uniforme. Na realidade

Leia mais

Ponto de Separação e Esteira

Ponto de Separação e Esteira Ponto de Separação e Esteira p/ x=0 p/ x0 Escoamento separado O fluido é desacelerado devido aos efeitos viscosos. Se o gradiente de pressão é nulo, p/x=0, não há influência no escoamento. Na região

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2015/16

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2015/16 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica º Semestre 05/6 Exame de ª época, 5 de Janeiro de 06 Nome : Hora : :30 Número: Duração : 3 horas ª Parte : Sem consulta ª Parte : Consulta limitada

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13 Exame de 3ª época, 19 de Julho de 2013 Nome : Hora : 15:00 Número: Duração : 3 horas 1ª Parte : Sem consulta 2ª Parte : Consulta

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2014/15

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2014/15 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica º Semestre 4/5 Exame de ª época, 3 de Janeiro de 5 Nome : Hora : 8: Número: Duração : 3 horas ª Parte : Sem consulta ª Parte : onsulta limitada a

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2015/16

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2015/16 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica º Semestre 5/6 Exame de ª época, 9 de Julho de 6 Nome : Hora : 4: Número: Duração : horas ª Parte : Sem consulta ª Parte : Consulta limitada a livros

Leia mais

Superfícies Sustentadoras

Superfícies Sustentadoras Uma superfície sustentadora gera uma força perpendicular ao escoamento não perturado, força de sustentação, astante superior à força na direcção do escoamento não perturado, força de resistência. Sustentação

Leia mais

GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila. Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila

GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila. Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila GERAÇÃO EÓLICA Aerogeradores, O Terreno e o Vento PhD. Eng. Clodomiro Unsihuay Vila Prof. Dr. Clodomiro Unsihuay-Vila Vila Turbinas Eólicas FORÇAS AERODINÂMICAS: Arrasto : força na direção do vento Sustentação

Leia mais

Aula 13 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões

Aula 13 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões Universidade Federal do ABC Aula 13 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões AESTS002 AERONÁUTICA I-A Suporte ao aluno Site do prof. Annibal: https://sites.google.com/site/annibalhetem/aes ts002-aeronautica-i-a

Leia mais

4 Configurações estudadas

4 Configurações estudadas 4 Configurações estudadas Neste capítulo são descritas as diferentes configurações geométricas estudadas no presente trabalho, i.e., a entrada NACA convencional, o gerador de vórtices isolado e também

Leia mais

1 Teoria de elementos de pá

1 Teoria de elementos de pá 1 Teoria de elementos de pá A teoria do momento linear é um método simples e rápido para estimar a potência e a velocidade induzida no rotor, baseando apenas na área total do rotor, no peso do helicóptero

Leia mais

Palavras-chave Desempenho, Decolagem, AeroDesign.

Palavras-chave Desempenho, Decolagem, AeroDesign. 1 Modelo analítico para se estimar o comprimento de pista necessário para a decolagem de uma aeronave destinada a participar da competição SAE-Aerodesign. uiz Eduardo Miranda José Rodrigues Professor MSc.

Leia mais

AA-220 AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA

AA-220 AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA AA-220 AERODINÂMICA NÃO ESTACIONÁRIA Aerofólio fino em regime incompressível não estacionário (baseado nas Notas de Aula do Prof Donizeti de Andrade) Prof. Roberto GIL Email: gil@ita.br Ramal: 6482 1 Relembrando

Leia mais

Aula 09. Turbinas Eólicas

Aula 09. Turbinas Eólicas Aula 09 Turbinas Eólicas Prof. Heverton Augusto Pereira Universidade Federal de Viçosa - UFV Departamento de Engenharia Elétrica - DEL Gerência de Especialistas em Sistemas Elétricos de Potência Gesep

Leia mais

Superfícies Sustentadoras

Superfícies Sustentadoras Superfícies Sustentadoras Uma superfície sustentadora gera uma força perpendicular ao escoamento não perturado, força de sustentação, astante superior à força na direcção do escoamento não perturado, força

Leia mais

Projeto Preliminar de Rotor de Cauda

Projeto Preliminar de Rotor de Cauda Anais do 14 O Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação do ITA XV ENCITA / 009 Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, SP, Brasil, Outubro, 19 a, 009. Projeto Preliminar de Rotor

Leia mais

Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica

Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica Exercícios 2ª Parte Prof. Fernando Porto Exercício 3 Uma chaminé com 3m de diâmetro na base, m de diâmetro no topo, e 25m de altura está exposta a um vento uniforme

Leia mais

-Semelhança geométrica. -Semelhança cinemática. Semelhança hidrodinámica. - Semelhança dinámica.

-Semelhança geométrica. -Semelhança cinemática. Semelhança hidrodinámica. - Semelhança dinámica. -Semelhança geométrica. Semelhança hidrodinámica. -Semelhança cinemática. - Semelhança dinámica. Semelhança geométrica Semelhança geométrica é cumprida quando são iguais os ângulos semelhantes das máquinas

Leia mais

Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais

Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais Classificação dos Ventiladores São geralmente classificados em centrífugos, hélico-centrífugos e axiais Quanto ao nível energético de pressão: Baixa pressão: até 0,0 kgf/cm (00 mmca) Média pressão: de

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas de Fluxo: Ventiladores

LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas de Fluxo: Ventiladores LISTA DE EXERCÍCIOS Máquinas de Fluxo: Ventiladores 1) Os ventiladores atendem uma vasta faixa de condições de operação, desta forma é possível classificá-los quanto ao seu nível energético de pressão.

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 1 Apresentação do Curso e dos Conteúdos

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 1 Apresentação do Curso e dos Conteúdos Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 1 Apresentação do Curso e dos Conteúdos Tópicos Abordados Apresentação do Curso. Conteúdos do Curso. Divisão dos Módulos de Estudo. Apresentação do Curso O curso

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação

Leia mais

ANÁLISE ESTRUTURAL DA ASA DA AERONAVE A320 A PARTIR DO CARREGAMENTO AERODINÂMICO

ANÁLISE ESTRUTURAL DA ASA DA AERONAVE A320 A PARTIR DO CARREGAMENTO AERODINÂMICO ANÁLISE ESTRUTURAL DA ASA DA AERONAVE A320 A PARTIR DO CARREGAMENTO AERODINÂMICO Carlos Alberto de Souza Veloso Débora Costa Martins Raphael Alves Costa Pedro Américo Almeida Magalhães Júnior carlosvelosomct@gmail.com

Leia mais

Aula 11 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões

Aula 11 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões Universidade Federal do ABC Aula 11 Conhecimentos Técnicos sobre Aviões AESTS002 AERONÁUTICA I-A Suporte ao aluno Site do prof. Annibal: https://sites.google.com/site/annibalhetem/aes ts002-aeronautica-i-a

Leia mais

Projeto de pesquisa realizado no curso de Engenharia Elétrica da Unijuí, junto ao GAIC (Grupo de Automação Industrial e Controle) 2

Projeto de pesquisa realizado no curso de Engenharia Elétrica da Unijuí, junto ao GAIC (Grupo de Automação Industrial e Controle) 2 MODELAGEM MATEMÁTICA DE PLATAFORMA EXPERIMENTAL PARA SIMULAÇÃO DE AERONAVE MULTIRROTORA 1 MATHEMATICAL MODELLING OF EXPERIMENTAL PLATFORM FOR SIMULATION OF MULTIROTOR AIRCRAFT Christopher Sauer 2, Manuel

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2017/18

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2017/18 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 217/18 Exame de 1ª época, 2 de Janeiro de 218 Nome : Hora : 8: Número: Duração : 3 horas 1ª Parte : Sem consulta 2ª Parte : Consulta livre

Leia mais

UMA PROPOSTA PARA DETERMINAR A INFLUÊNCIA DOS DADOS DE POSICIONAMENTO DOS TRENS DE POUSO NO ALINHAMENTO DIRECIONAL DE UMA AERONAVE GILSON S.

UMA PROPOSTA PARA DETERMINAR A INFLUÊNCIA DOS DADOS DE POSICIONAMENTO DOS TRENS DE POUSO NO ALINHAMENTO DIRECIONAL DE UMA AERONAVE GILSON S. UMA PROPOSTA PARA DETERMINAR A INFLUÊNCIA DOS DADOS DE POSICIONAMENTO DOS TRENS DE POUSO NO ALINHAMENTO DIRECIONAL DE UMA AERONAVE GILSON S. GOMES 1. Instituto Tecnológico de Aeronáutica Pós- Graduação

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 16 Vôo de Planeio, Desempenho de Decolagem e de pouso

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 16 Vôo de Planeio, Desempenho de Decolagem e de pouso Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 16 Vôo de Planeio, Desempenho de Decolagem e de pouso Tópicos Abordados Vôo de Planeio (descida não tracionada). Desempenho na Decolagem. Desempenho no Pouso. Vôo

Leia mais

1 03 Ge G om o etr t i r a i do o A v A iã i o, o, Fo F r o ç r as A e A ro r d o in i â n mic i as Prof. Diego Pablo

1 03 Ge G om o etr t i r a i do o A v A iã i o, o, Fo F r o ç r as A e A ro r d o in i â n mic i as Prof. Diego Pablo 1 03 Geometria do Avião, Forças Aerodinâmicas Prof. Diego Pablo 2 - Asa - Hélice - Spinner - Carenagem da Roda - Roda - Trem de Pouso do Nariz / Bequilha - Trem de Pouso Principal - Trem de pouso - Fuselagem

Leia mais

Física I Prova 2 20/02/2016

Física I Prova 2 20/02/2016 Física I Prova 2 20/02/2016 NOME MATRÍCULA TURMA PROF. Lembrete: A prova consta de 3 questões discursivas (que deverão ter respostas justificadas, desenvolvidas e demonstradas matematicamente) e 10 questões

Leia mais

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Análise de Turbomáquinas 1ª Parte

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Análise de Turbomáquinas 1ª Parte Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos Análise de Turbomáquinas 1ª Parte Análise de Turbomáquinas O método empregado para a análise de turbomáquinas depende essencialmente dos dados a serem obtidos. Volume

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2012/13 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 212/13 Exame de 2ª época, 2 de Fevereiro de 213 Nome : Hora : 8: Número: Duração : 3 horas 1ª Parte : Sem consulta 2ª Parte : Consulta

Leia mais

PROJETO AERODINÂMICO DE HÉLICES

PROJETO AERODINÂMICO DE HÉLICES PROJETO AERODINÂMICO DE HÉLICES Prof. Dr. José Eduardo Mautone Barros UFMG Propulsão Departamento de Engenharia Mecânica Curso de Engenharia Aeroespacial Apoio técnico Marco Gabaldo Frederico Vieira de

Leia mais

Rotor Não Axissimétrico

Rotor Não Axissimétrico 104 6 Vídeo e simulação Neste Capítulo comparam-se os resultados numéricos em um ambiente virtual e os vídeos do giroscópio que foram gravados no laboratório. É um método qualitativo de avaliação do modelo

Leia mais

DESEMPENHO DE AERONAVES

DESEMPENHO DE AERONAVES DESEMPENHO DE AERONAVES Kamal A. R. Ismail Professor Titular Prof. Dr. Kamal A. R. Ismail DETF FEM UNICAMP Caixa Postal: 6122 CEP: 13083-970 Campinas São Paulo Brasil Tel. (019) 3788-3376 E-mail: kamal@fem.unicamp.br

Leia mais

Figura 9.1: Corpo que pode ser simplificado pelo estado plano de tensões (a), estado de tensões no interior do corpo (b).

Figura 9.1: Corpo que pode ser simplificado pelo estado plano de tensões (a), estado de tensões no interior do corpo (b). 9 ESTADO PLANO DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES As tensões e deformações em um ponto, no interior de um corpo no espaço tridimensional referenciado por um sistema cartesiano de coordenadas, consistem de três componentes

Leia mais

MVO-11: Dinâmica de Veículos Aeroespaciais

MVO-11: Dinâmica de Veículos Aeroespaciais (carga horária: 64 horas) Departamento de Mecânica do Voo Divisão de Engenharia Aeronáutica Instituto Tecnológico de Aeronáutica 2014 PARTE II Modelo Aerodinâmico resultante aerodinâmica sustentação velocidade

Leia mais

Segundo Exercício de Modelagem e Simulação Computacional Maio 2012 EMSC#2 - MECÂNICA B PME 2200

Segundo Exercício de Modelagem e Simulação Computacional Maio 2012 EMSC#2 - MECÂNICA B PME 2200 Segundo Exercício de Modelagem e Simulação Computacional Maio 01 EMSC# - MECÂNICA B PME 00 1. ENUNCIADO DO PROBLEMA Um planador (vide Fig. 1) se aproxima da pista do aeroporto para pouso com ângulo de

Leia mais

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Equação da Quantidade de Movimento para Regime Permanente

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Equação da Quantidade de Movimento para Regime Permanente Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos Equação da Quantidade de Movimento para Regime Permanente Introdução A revisão de Mecânica dos Fluidos discorreu, entre outros tópicos, sobre como é realizado o balanceamento

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2016/17

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2016/17 Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica º Semestre 6/ Exame de ª época, 4 de Janeiro de Nome : Hora : 8: Número: Duração : 3 horas ª Parte : Sem consulta ª Parte : Consulta limitada a livros

Leia mais

Escoamento potencial

Escoamento potencial Escoamento potencial J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v.1 Escoamento potencial 1 / 26 Sumário 1 Propriedades matemáticas 2 Escoamento potencial bidimensional

Leia mais

Aerodinâmica I. Cálculo Numérico do Escoamento em Torno de Perfis Método dos paineis Γ S

Aerodinâmica I. Cálculo Numérico do Escoamento em Torno de Perfis Método dos paineis Γ S ( P) σ Aerodinâmica I [ ln( r( P, q) )] σ ( q) ds + ( V ) + γ ov np = vwp + Γ S π np O método dos paineis transforma a equação integral de Fredholm da segunda espécie num sistema de equações algébrico,

Leia mais

Dinâmica do Movimento de Rotação

Dinâmica do Movimento de Rotação www.engenhariafacil.net Resumo com exercícios resolvidos do assunto: Dinâmica do Movimento de Rotação (1)- TORQUE, CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Já estudamos que a atuação de forças em um corpo altera o movimento

Leia mais

Bacharelado Engenharia Civil

Bacharelado Engenharia Civil Bacharelado Engenharia Civil Física Geral e Experimental I Prof.a: Érica Muniz 1 Período Lançamentos Movimento Circular Uniforme Movimento de Projéteis Vamos considerar a seguir, um caso especial de movimento

Leia mais

Escoamentos externos. PME2230 Mecânica dos Fluidos I

Escoamentos externos. PME2230 Mecânica dos Fluidos I Escoamentos externos PME2230 Mecânica dos Fluidos I Aplicações Aeronaves Veículos terrestres Embarcações e submarinos Edificações Camada limite Camada limite: região delgada próxima à parede, onde as tensões

Leia mais

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO II GRUPO DE ESTUDO DE PRODUÇÃO TÉRMICA E FONTES NÃO CONVENCIONAIS

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO II GRUPO DE ESTUDO DE PRODUÇÃO TÉRMICA E FONTES NÃO CONVENCIONAIS SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GPT 5 4 a 7 Outubro de 007 Rio de Janeiro - RJ GRUPO II GRUPO DE ESTUDO DE PRODUÇÃO TÉRMICA E FONTES NÃO CONENCIONAIS MODELAGEM DO

Leia mais

Utilização de Métodos de Cálculo Numérico em Aerodinâmica

Utilização de Métodos de Cálculo Numérico em Aerodinâmica Cálculo Numérico em Erro vs Incerteza - Um erro define-se como a diferença entre uma determinada solução e a verdade ou solução exacta. Tem um sinal e requer o conhecimento da solução exacta ou verdade

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTE

FENÔMENOS DE TRANSPORTE Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Disciplina: FENÔMENOS DE TRANSPORTE Aula 8 Análise Dimensional e Semelhança Prof.: Gabriel Nascimento (Dep. de Eng. Agrícola e Meio Ambiente) Elson

Leia mais

AERODINÂMICA Ramo da física que trata dos fenômenos que acompanham todo movimento relativo entre um corpo e o ar que o envolve.

AERODINÂMICA Ramo da física que trata dos fenômenos que acompanham todo movimento relativo entre um corpo e o ar que o envolve. AERODINÂMICA Ramo da física que trata dos fenômenos que acompanham todo movimento relativo entre um corpo e o ar que o envolve. CONCEITOS 1. Massa: Quantidade de matéria que forma um corpo ; Invariável.

Leia mais

Comprimento de pista STT0618 Transporte Aéreo. Lucas Assirati

Comprimento de pista STT0618 Transporte Aéreo. Lucas Assirati Comprimento de pista STT0618 Transporte Aéreo Lucas Assirati http://beth.stt.eesc.usp.br/~la Programa - STT0618 Histórico Transporte aéreo Transporte aéreo comercial internacional e nacional Componentes

Leia mais

Cap.12: Rotação de um Corpo Rígido

Cap.12: Rotação de um Corpo Rígido Cap.12: Rotação de um Corpo Rígido Do professor para o aluno ajudando na avaliação de compreensão do capítulo. Fundamental que o aluno tenha lido o capítulo. Introdução: Produto vetorial Ilustração da

Leia mais

OTIMIZAÇÃO DE PERFIS POR SOLUÇÃO NUMÉRICA DA EQUAÇÃO DE EULER

OTIMIZAÇÃO DE PERFIS POR SOLUÇÃO NUMÉRICA DA EQUAÇÃO DE EULER OTIMIZAÇÃO DE PERFIS POR SOLUÇÃO NUMÉRICA DA EQUAÇÃO DE EULER Bruno Quadros Rodrigues IC br_quadros@yahoo.com.br Nide Geraldo do Couto R. F. Jr. PQ nide@ita.br Instituto Tecnológico de Aeronáutica Praça

Leia mais

FENÔMENOS DE TRANSPORTES

FENÔMENOS DE TRANSPORTES FENÔMENOS DE TRANSPORTES AULA 6 CINEMÁTICA DOS FLUIDOS PROF.: KAIO DUTRA Conservação da Massa O primeiro princípio físico para o qual nós aplicamos a relação entre as formulações de sistema e de volume

Leia mais

Caso 1 - Pás Voltadas para Trás

Caso 1 - Pás Voltadas para Trás Caso 1 - Pás Voltadas para Trás Considerando que β 2 é menor que 90 0 e na situação limite em a componente periférica da velocidade absoluta seja nula (V u2 =0). Para satisfazer esta condição α 2 =90 0.

Leia mais

RESUMO MECFLU P3. REVER A MATÉRIA DA P2!!!!! Equação da continuidade Equação da energia 1. TEOREMA DO TRANSPORTE DE REYNOLDS

RESUMO MECFLU P3. REVER A MATÉRIA DA P2!!!!! Equação da continuidade Equação da energia 1. TEOREMA DO TRANSPORTE DE REYNOLDS RESUMO MECFLU P3 REVER A MATÉRIA DA P2!!!!! Equação da continuidade Equação da energia 1. TEOREMA DO TRANSPORTE DE REYNOLDS Equação do Teorema do Transporte de Reynolds: : variação temporal da propriedade

Leia mais

Solução do problema aeroelástico Instituto Tecnológico de Aeronáutica ITA/IEA

Solução do problema aeroelástico Instituto Tecnológico de Aeronáutica ITA/IEA AE-249 - AEROELASTICIDADE Solução do problema aeroelástico Instituto Tecnológico de Aeronáutica ITA/IEA Interconexão Fluido-Estrutura [ G] Modelo em elementos finitos Modelo em paineis (DLM) { ( )} [ ]

Leia mais

Lançamento Balístico

Lançamento Balístico Lançamento Balístico O estudo de sistemas, principalmente, sistemas naturais, trouxe grandes desafios para a ciência. Em um primeiro momento, o desafio era a representação desses sistemas por meio de modelagem.

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 19 Introdução ao estudo de Estabilidade Estática

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 19 Introdução ao estudo de Estabilidade Estática Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 19 Introdução ao estudo de Estabilidade Estática Tópicos Abordados Introdução à Estabilidade Estática. Definição de Estabilidade. Determinação da Posição do Centro

Leia mais

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Análise de Turbomáquinas

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Análise de Turbomáquinas Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos Análise de Turbomáquinas Análise de Turbomáquinas O método empregado para a análise de turbomáquinas depende essencialmente dos dados a serem obtidos. Volume de controle

Leia mais

Prof. Juan Avila

Prof. Juan Avila Prof. Juan Avila http://professor.ufabc.edu.br/~juan.avila Que é a mecânica dos fluidos? É um ramo da mecânica que estuda o comportamento dos líquidos e gases tanto em repouso quanto em movimento. Existem

Leia mais

Utilização de Métodos de Cálculo Numérico em Aerodinâmica

Utilização de Métodos de Cálculo Numérico em Aerodinâmica Erro Numérico: - Erro de arredondamento - Erro iterativo - Erro de discretização Três componentes do erro numérico têm comportamentos diferentes com o aumento do número de graus de liberdade (refinamento

Leia mais

CAPITULO 9 - TRANSPORTADOR HELICOIDAL (TH)

CAPITULO 9 - TRANSPORTADOR HELICOIDAL (TH) CAPITULO 9 - TRANSPORTADOR HELICOIDAL (TH) Da análise das características dos transportadores mecânicos podemos encontrar um aspecto de diferenciação entre eles, no que se refere ao movimento relativo.

Leia mais

MVO-10 Desempenho de Aeronaves

MVO-10 Desempenho de Aeronaves MVO-10 Desempenho de Aeronaves (carga horária: 64 horas) Flávio Silvestre / Maurício Morales Departamento de Mecânica do Vôo Divisão de Engenharia Aeronáutica Instituto Tecnológico de Aeronáutica 2012

Leia mais

as forças na mesa relacionadas às interações com os blocos.

as forças na mesa relacionadas às interações com os blocos. FAP151-Fundamentos de Mecânica. Junho de 2007 9 a. Lista de Exercícios. Aplicações das Leis de Newton em sistemas sem atrito. Para entregar: exercícios 13 e 20. Vínculos e a 3º lei de Newton 1. (Força

Leia mais

PME Análise Dimensional, Semelhança e Modelos

PME Análise Dimensional, Semelhança e Modelos PME 3230 Análise Dimensional, Semelhança e Modelos Alberto Hernandez Neto PME 3230 - MECÂNICA DOS FLUIDOS I - Alberto Hernandez Neto Análise Dimensional /53 Aplicação da análise dimensional: Desenvolvimento

Leia mais

Dinâmica de gases. Capítulo 04 Choques oblíquos e ondas de expansão

Dinâmica de gases. Capítulo 04 Choques oblíquos e ondas de expansão Dinâmica de gases Capítulo 04 Choques oblíquos e ondas de expansão 4. Introdução Choques normais são um caso especial de uma família de ondas oblíquas que ocorrem em escoamentos supersônicos. Choques oblíquos

Leia mais

AJUSTE DE CURVAS EM CONCEITOS FÍSICOS DE EQUILÍBRIO 1 CURVE ADJUSTMENT IN PHYSICAL BALANCE CONCEPTS

AJUSTE DE CURVAS EM CONCEITOS FÍSICOS DE EQUILÍBRIO 1 CURVE ADJUSTMENT IN PHYSICAL BALANCE CONCEPTS AJUSTE DE CURVAS EM CONCEITOS FÍSICOS DE EQUILÍBRIO 1 CURVE ADJUSTMENT IN PHYSICAL BALANCE CONCEPTS Daniela Poloni Chrysosthemos 2, Marcos Bressan Guimarães 3, Maiquel Juliano Rodrigues De Oliveira 4,

Leia mais

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração. φ(x k ) ψ(x k ).

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração. φ(x k ) ψ(x k ). MAP 22 - CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Interpolação e Integração : Sejam x =, x =, x 2 = 2 e x 3 = 3. (a) Determine os polinômios de Lagrange L i (x) correspondentes a estes pontos

Leia mais

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1 Resumo de exercícios de bombas Exercício 1 Considere uma bomba centrífuga cuja geometria e condições de escoamento são : Raio de entrada do rotor = 37,5 mm, raio de saída = 150 mm, largura do rotor = 12,7

Leia mais

Capítulo 5. Torção Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados.

Capítulo 5. Torção Pearson Prentice Hall. Todos os direitos reservados. Capítulo 5 Torção slide 1 Deformação por torção de um eixo circular Torque é um momento que tende a torcer um elemento em torno de seu eixo longitudinal. Se o ângulo de rotação for pequeno, o comprimento

Leia mais

6 Métodos de solução Modelo para regime permanente

6 Métodos de solução Modelo para regime permanente 6 Métodos de solução 6.1. Modelo para regime permanente O conjunto de equações descritas no capítulo 4 forma um sistema não-linear de equações algébricas. Nesta seção descrevem-se a abordagem utilizada

Leia mais

PROJETO DE HÉLICES. Fernando Romagnoli Tarik Hadura Orra Ivan Caliu Candiani José Roberto Canhisares

PROJETO DE HÉLICES. Fernando Romagnoli Tarik Hadura Orra Ivan Caliu Candiani José Roberto Canhisares PROJETO DE HÉLICES Fernando Romagnoli Tarik Hadura Orra Ivan Caliu Candiani José Roberto Canhisares DEFINIÇÃO A hélice é um dispositivo que fornece força de impulso às custas da potência gerada pelo motor.

Leia mais

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino*

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino* ROTAÇÃO Física Geral I (1108030) - Capítulo 07 I. Paulino* *UAF/CCT/UFCG - Brasil 2012.2 1 / 25 Translação e Rotação Sumário Definições, variáveis da rotação e notação vetorial Rotação com aceleração angular

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Máquinas de Fluxo

LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Máquinas de Fluxo LISTA DE EXERCÍCIOS 1 Máquinas de Fluxo 1- Água escoa em uma tubulação de 50 mm de diâmetro a uma vazão de 5 L/s. Determine o número de Reynolds nestas condições, informe se o escoamento é laminar ou turbulento.

Leia mais

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 10 Características do Estol e Utilização de Flapes na Aeronave

Introdução ao Projeto de Aeronaves. Aula 10 Características do Estol e Utilização de Flapes na Aeronave Introdução ao Projeto de Aeronaves Aula 10 Características do Estol e Utilização de Flapes na Aeronave Tópicos Abordados O Estol e suas Características. Influência da Forma Geométrica da Asa na Propagação

Leia mais

Física I Prova 1 29/03/2014

Física I Prova 1 29/03/2014 Posição na sala Física I Prova 1 9/03/014 NOME MATRÍCULA TURMA PROF. Lembrete: Todas as questões discursivas deverão ter respostas justificadas, desenvolvidas e demonstradas matematicamente. BOA PROVA

Leia mais

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2013/14

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 2013/14 Mestrado Integrado em Engenhia Mecânica Aerodinâmica 1º Semestre 13/14 Exame de ª época, 9 de Janeiro de 14 Nome : Hora : 8: Número: Duração : 3 horas 1ª Pte : Sem consulta ª Pte : onsulta limitada a livros

Leia mais

Tubo de Pitot. Usado para medir a vazão; Vantagem: Menor interferência no fluxo; Empregados sem a necessidade de parada;

Tubo de Pitot. Usado para medir a vazão; Vantagem: Menor interferência no fluxo; Empregados sem a necessidade de parada; Tubo de Pitot Usado para medir a vazão; Vantagem: Menor interferência no fluxo; Empregados sem a necessidade de parada; Desvantagem: Diversas tecnologias, o que dificulta a calibração do equipamento (de

Leia mais

4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados

4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados 4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados Com o objetivo de avaliar e complementar a análise das equações matemáticas desenvolvidas no capítulo 2, faz-se necessário realizar práticas experimentais. Com

Leia mais

ENGENHARIA BIOLÓGICA INTEGRADA II

ENGENHARIA BIOLÓGICA INTEGRADA II ENGENHARIA BIOLÓGICA INTEGRADA II AGITAÇÃO EM TANQUES INDUSTRIAIS Helena Pinheiro Torre Sul, Piso 8, Gabinete 8.6.19 Ext. 3125 helena.pinheiro@tecnico.ulisboa.pt & Luis Fonseca ENGENHARIA BIOLÓGICA INTEGRADA

Leia mais

Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica

Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica Prof. Fernando Porto Disciplina: Camada Limite Fluidodinâmica Camada Limite Incompressível Laminar 1ª Parte Introdução Alguns fenômenos que ocorrem quando um fluxo externo é aplicado sobre um corpo: U

Leia mais