RELATÓRIO DE ACTIVIDADES. Lutando contra a doença, promovendo o desenvolvimento
|
|
- Filipe Coradelli Bayer
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Lutando contra a doença, promovendo o desenvolvimento
2
3 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES Ministério da Saúde MISAU INS Instituto Nacional de Saúde
4 Desenho gráfico: Xavier Aguiló Maquetização: Aguiló Gràfic SL Centro de Investigação em Saúde de Manhiça Rua 12 Manhiça Moçambique Depósito legal B-50000/0 2 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
5 ÍNDICE Prefácio Introdução Secção 1: Investigação Malária HIV/SIDA e tuberculose Doenças diarreicas Pneumonias e outras doenças bacterianas invasivas Saúde materna e reprodutiva Antropologia médica e demografia Outras doenças Secção 2: Serviços Departamento de Demografia Departamento de Clínica Departamento de Ciências Sociais Departamento de Laboratório Departamento de Gestão de Dados e Tecnologias da Informação Secção 3: Formação Formação Secção 4: Administração e finanças Administração e finanças Notícias Anexo 1: Pessoal do CISM Anexo 2: Instituições colaboradoras Anexo 3: Financiadores Anexo 4: Publicações do CISM Anexo 5: Cursos Relatório de actividades
6 PREFÁCIO Carta do Presidente do Conselho de Patronos da Fundação Manhiça Dr. Pascoal M. Mocumbi Presidente e Fundador Honorário Fundação Manhiça Em nome do Conselho de Patronos da Fundação Manhiça saúdo efusivamente ao Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM) pelos resultados alcançados no biénio Estes anos passaram muito rapidamente, mas graças ao trabalho abnegado da sua equipa, o CISM pôde levar a cabo a sua missão científica e ao mesmo tempo realizar a transformação institucional que levou ao estabelecimento da Fundação Manhiça. A Fundação Manhiça, com sede na Vila da Manhiça, tem por fim realizar e promover actividades no campo da saúde e desenvolvimento científico e tecnológico visando atender as necessidades de Moçambique e desenvolver a capacitação nacional nessas áreas. Para o efeito, a Fundação pode prestar assistência sanitária, dar formação em matérias relacionadas com as ciências da saúde e desenvolver actividades de investigação biomédica, sempre com o estrito cumprimento das normas e dos princípios deontológicos que regem as referidas áreas. A Fundação Manhiça orienta-se no exercício das suas actividades exclusivamente por fins de utilidade publica. A Fundação deve seguir, como norma permanente de actuação, a cooperação com os departamentos científicos e educacionais das Administrações central, provincial e local do Estado e com outras pessoas colectivas de utilidade publica, designadamente universidades e instituições científicas, procurando sempre a máxima rentabilização social do emprego dos seus recursos próprios. As actividades de investigação relatadas ilustram como a Fundação contribuiu para catalisar o CISM na realização da sua missão e a preparar-se para enfrentar com determinação os desafios que tem pela frente. Entre as inumeráveis actividades científicas descritas no relatório, destaca-se o primeiro ensaio clínico para avaliar a segurança, imunogenicidade e teste de conceito de eficácia da vacina de malária RTS,S/AS02D em crianças menores de um ano, que mostrou a segurança, tolerância e eficácia contra infecção. De imediato, o principal desafio do Centro é finalizar o plano estratégico enquanto conclui as actividades de pesquisa em curso, e iniciar novos projectos como o ensaio clínico de fase III da vacina RTS,S/AS01E, previsto para começar no segundo semestre de Mas quero chamar a atenção de todos os parceiros para o maior desafio que a Fundação tem: o do desenvolvimento dos recursos humanos sem os quais a realização do ambicioso programa que temos não poderá ser possível. Finalmente, quero agradecer a todos os que no passado e no presente estiveram duma maneira ou doutra associados e apoiando à Fundação Manhiça. Uma especial apreciação vai para todos os que participam nas suas actividades. 4 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
7 PREFÁCIO Carta do Presidente do Conselho de Administração da Fundação Manhiça e o Director do CISM Prof. Pedro L. Alonso Presidente do Conselho de Administração Fundação Manhiça Dr. Eusébio V. Macete Director Centro de Investigação em Saúde de Manhiça O Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) foi criado em 1996 com o objectivo de impulsionar e conduzir investigação biomédica em áreas prioritárias de saúde. Desde a sua criação, o Centro desenvolveu-se seguindo a orientação de um Programa de Cooperação Bilateral entre os Governos de Moçambique e de Espanha e com o apoio do Hospital Clínic da Universitat de Barcelona (por via da Fundació Clínic per a la Recerca Biomèdica). Este modelo permitiu o crescimento e desenvolvimento do CISM durante 12 anos. Nos últimos anos identificou-se a necessidade de dotar o CISM de uma estrutura legal moçambicana, que permitisse a sua sustentabilidade e autonomia a longo prazo, mantendo, ao mesmo tempo, o envolvimento e compromisso dos parceiros que o formam. Como resposta a esta necessidade foi criada em Fevereiro de 2008 a Fundação Manhiça (FM). Esta Fundação é uma instituição sem fins lucrativos, criada pelos Governos Moçambicano e Espanhol, o Instituo Nacional de Saúde de Moçambique (INS) e a Fundació Clínic per a la Recerca Biomèdica. A FM é dirigida pelo Conselho de Patronos, presidido pelo Dr. Pascoal Mocumbi, Membro Fundador Honorário, e pelo Conselho de Administração, que são assessorados pelo Conselho Científico. A criação da Fundação foi um dos marcos mais importantes no desenvolvimento do Centro. O CISM iniciou a finais de 2008 a elaboração do seu Plano Estratégico que vai definir os principais objectivos do Centro para os próximos 5 anos. Para alcançar estes objectivos, o Centro dispõe de uma equipa de trabalho multinacional, onde trabalham pesquisadores moçambicanos formados no CISM e em outros centros. Neste sentido, o crescente número de pesquisadores nacionais formados no Centro é uma demonstração de como os esforços de formação durante os últimos 13 anos estão a reverter em um benefício para o Centro e para o país. A esta equipa jovem, dinâmica e comprometida, somam-se as parcerias estratégicas do CISM com outros centros de pesquisa. Em um mundo aberto, multicultural, competitivo e inter-conectado de forma crescente, o êxito no cumprimento das metas traçadas pelo CISM vai depender da nossa capacidade de manter um ambiente de trabalho e troca de conhecimento estimulante, fortalecer as nossas parcerias e continuar com a formação de futuros investigadores. O presente relatório apresenta as actividades realizadas durante o biénio Durante este período o Centro continuou a contribuir para a melhoria do conhecimento das doenças prioritárias em Moçambique e em outros países da África Subsariana. Além das actividades mais conhecidas no âmbito do desenvolvimento de ferramentas de tratamento e prevenção da malária, o Centro tem vindo a fazer nos últimos anos um trabalho de pesquisa crescente em outras doenças prioritárias como as infecções respiratórias, as diarreias ou o HIV/SIDA. Este incremento da actividade de pesquisa tem sido acompanhado de um fortalecimento da área de formação, que é chave para a sustentabilidade do Centro. Por último, a nossa actividade assistencial é o reflexo do nosso compromisso com a me- Relatório de actividades
8 lhoria da saúde da população do Distrito de Manhiça e a nossa colaboração e parceria com as autoridades sanitárias quer a nível distrital quer nacional. O trabalho desenvolvido foi possível graças à dedicação e esforço do nosso pessoal, à colaboração dos nossos parceiros, à confiança e suporte dos nossos financiadores e, sobretudo, à colaboração e participação da população do Distrito de Manhiça nas nossas actividades. O Centro agradece a todos estes, por tornarem possível o seu desenvolvimento e a melhoria da saúde da população. Olhando para o futuro, há grandes desafios da saúde que vão precisar do esforço conjunto da comunidade internacional. Arraigado em Manhiça, uma pequena área rural no sul de Moçambique, o Centro vai continuar a trabalhar e contribuir para o cumprimento da agenda da saúde global. 6 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
9 INTRODUÇÃO Entrada do CISM. O Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) é um Centro de pesquisa, que tem como missão impulsionar e conduzir investigação biomédica em áreas prioritárias de saúde para promover e salvaguardar a saúde da população. O CISM está localizado em Manhiça, uma vila que dista cerca de 80km da cidade capital Maputo, ao norte da província com o mesmo nome (no sul de Moçambique). Esta vila encontra-se numa zona de pequeno planalto em volta do rio Inkomati. O Distrito de Manhiça conta com uma superfície de km 2 na qual vivem perto de habitantes. PESQUISA A agenda de pesquisa do CISM está dirigida aos problemas prioritários de saúde em Moçambique, que são representativos de outros países da África Subsariana. No Centro trabalham pesquisadores de distintas áreas de conhecimento e fomenta-se um enfoque multidisciplinar com o objectivo de maximizar a translação dos resultados obtidos no laboratório à pesquisa clínica e desenvolvimento de ferramentas de controlo e tratamento das doenças. Como resultado, os projectos de pesquisa são desenvolvidos normalmente por equipas que incluem áreas como a imunologia, a biologia molecular, a epidemiologia ou as ciências sociais. O Centro mantém colaborações estáveis de pesquisa com centros nacionais e internacionais. Neste contexto, o Centro tem uma associação estratégica com o Hospital Clínic / Universitat de Barcelona e o Centre de Recerca en Salut Internacional de Barcelona (CRESIB), instituições que contribuíram para a criação e desenvolvimento do Centro nos últimos anos. Como resultado, muitos projectos de pesquisa são realizados em colaboração com estas instituições. Relatório de actividades
10 FORMAÇÃO A formação é um dos principais eixos de actividade do CISM. Moçambique, como outros países africanos, tem um déficit estratégico de recursos humanos com qualificação alta, também na área de investigação. O CISM está localizado no Distrito de Manhiça, no sul de Moçambique. O CISM contribui para o fortalecimento do capital humano no país mediante a formação de pesquisadores e outro pessoal técnico que possam garantir o esforço continuado na luta contra as doenças. Assim, mais de 10 licenciados estão em distintas fases de formação, que normalmente finalizam com um doutoramento. ASSISTÊNCIA SANITÁRIA Para o desenvolvimento da sua actividade científica, o Centro dispõe de três plataformas (demográfica, geográfica e de morbilidade) numa área de 500 km 2 onde habitam cerca de pessoas. Nesta área de estudo, as casas estão geoposicionadas e a população recenseada. O sistema de vigilância de morbilidade recolhe, de forma contínua, informação de todas as visitas e internamentos de crianças menores de 15 anos nos centros sanitários da área de estudo. Nos últimos anos, o Centro tem contribuído para o desenvolvimento de ferramentas de tratamento e prevenção da malária e, de forma crescente, tem ampliado as suas actividades a outras doenças prioritárias. Actualmente a agenda de pesquisa do Centro inclui uma grande parte das causas principais de morte e doença em crianças e mulheres grávidas. Os projectos de pesquisa no período apresentam-se neste relatório agrupados nas seguintes áreas: Malária. HIV/SIDA e tuberculose. Doenças diarreicas. Pneumonias e outras doenças bacterianas invasivas. Saúde materna e reprodutiva. Antropologia médica e demografia. Outras doenças. A melhoria da assistência no distrito de Manhiça é outra das prioridades do CISM. O Centro trabalha em estreita colaboração com o Centro de Saúde da Manhiça, o Hospital Distrital de Manhiça e as autoridades sanitárias de Moçambique (a Direcção Distrital de Saúde, a Direcção Provincial de Saúde e o Ministério da Saúde), com o objectivo de beneficiar à comunidade com a presença de pessoal sanitário do Centro e avanços da pesquisa desenvolvida. ESTRUTURA DO CENTRO O CISM está organizado em 4 áreas, nomeadamente: investigação, serviços, formação e administração e finanças. A área de investigação engloba as actividades científicas do Centro e é responsável pela coordenação e seguimento dos projectos. A área de serviços inclui os departamentos que providenciam serviços aos projectos de pesquisa, da qual fazem parte: O Departamento de Demografia, responsável pela gestão da plataforma geográfica e de vigilância demográfica. O Departamento de Ciências Sociais, que gere as relações do Centro com a comunidade e apoia os projectos de pesquisa que têm implicações sociológicas e antropológicas. 8 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
11 A área de formação desenvolve as actividades e programas de formação do Centro, assim como as relações do CISM com instituições académicas. A área de administração e finanças garante o correcto funcionamento geral e a gestão económico-financeira do Centro e dos seus projectos de investigação. É igualmente responsável pela gestão dos recursos humanos e materiais do Centro. Esta área é gerida pelo Director Económico- Financeiro. FUNDAÇÃO MANHIÇA O CISM foi criado no ano de 1996 sob um programa de colaboração entre os governos de Moçambique e Espanha. Durante os últimos anos foi identificada a necessidade de dotar o Centro de uma estrutura jurídico-legal moçambicana, para garantir a sustentabilidade do Centro a longo prazo e a sua projecção quer a nível nacional quer internacional. Distrito de Manhiça com a área de estudo. O Departamento de Clínica, que gere a plataforma de vigilância de morbilidade e coordena as actividades de assistência médica que o Centro realiza nos centros de saúde da área de estudo, em colaboração com a Direcção Distrital de Saúde. O Departamento de Laboratório, responsável por gerir o funcionamento do laboratório e prestar serviços de diagnóstico aos projectos do CISM e ao Hospital Distrital de Manhiça. O Departamento de Gestão de Dados e Tecnologias da Informação, que gere os dados provenientes da plataforma de morbilidade e os distintos projectos de pesquisa do Centro. Este também administra a rede e os equipamentos informáticos e de telecomunicações do Centro. Para dar resposta a esta necessidade foi criada a 25 de Fevereiro de 2008 a Fundação Manhiça (FM), que é actualmente a instituição proprietária do CISM e responsável pela sua gestão. A FM é uma fundação de direito moçambicano, de utilidade pública, criada pela República de Moçambique, o Reino de Espanha, o Instituto Nacional de Saúde, a Fundació Clínic per a la Recerca Biomèdica e o Dr. Pascoal Mocumbi como membro fundador honorário. A FM tem por fim realizar e promover actividades no campo da saúde e desenvolvimento científico e tecnológico, visando atender às necessidades do país e desenvolver a capacitação nacional nessas áreas. Os órgãos de governo da FM são o Conselho de Patronos e o Conselho de Administração, nos quais estão actualmente representados os fundadores da FM. A FM tem ainda um Conselho Científico Externo, que é um órgão consultivo do Conselho de Administração e do Conselho de Patronos. Relatório de actividades
12 Conselho de Patronos Presidente: Dr. Pascoal M. Mocumbi Conselho de Administração Presidente: Prof. Pedro L. Alonso Director Dr. Eusébio V. Macete Área científica Área de serviços Área de Formação Área de Administração e Finanças CISM Organograma da Fundação Manhiça e o CISM. Membros do Conselho de Patronos DR. PASCOAL M. MOCUMBI (Presidente) Fundador Honorário Fundação Manhiça DR. JOÃO DE CARVALHO FUMANE Director Instituto Nacional de Saúde Moçambique DR. RAIMON BELENES I JUÁREZ* Conselheiro Delegado Hospital Clínic de Barcelona Espanha DRA. AIDA LIBOMBO Vice-ministra de Saúde Ministério da Saúde Governo de Moçambique SR. JUAN MANUEL MOLINA LAMOTHE Embaixador de Espanha em Moçambique Governo de Espanha PROF. DÍDAC RAMÍREZ* Rector Universitat de Barcelona Espanha *O representante da Fundació Clínic pode ser quer o Prof. Ramírez quer o Dr. Belenes. Membros do Conselho de Administração PROF. PEDRO L. ALONSO (Presidente) Director Centre de Recerca en Salut Internacional de Barcelona Espanha DRA. GERTRUDES JOSÉ MACHATINE Directora Nacional de Planificação e Cooperação Ministério da Saúde Governo de Moçambique SR. SERGIO MARTÍN MORENO Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo Governo de Espanha DR. ILESH JANI Instituto Nacional de Saúde Moçambique PROF. LIDIA BRITO Universidade Eduardo Mondlane Moçambique 10 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
13 SECÇÃO 1 Investigação
14 MALÁRIA Segundo o World Malaria Report 2008 da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a malária causa aproximadamente 250 milhões de casos e 1 milhão de mortes por ano no mundo. A África Subsariana é a região mais afectada pela doença, onde acontecem cerca de 85% dos casos e 90% das mortes por malária. As crianças menores de 5 anos e as mulheres grávidas são os grupos mais vulneráveis e a malária continua a ser a primeira causa de morte em crianças africanas nesta faixa etária. Actualmente, o controlo da malária baseia-se em três estratégias básicas: (i) tratamento rápido e eficaz dos casos com combinados de artemisininas e Tratamento Intermitente Presuntivo (TIP) na gravidez, (ii) controlo vectorial com pulverização intra-domiciliária com insecticidas e (iii) diminuição do contacto homem-vector com redes mosquiteiras impregnadas de insecticida. A malária constitui uma das principais linhas de investigação do CISM, que tem contribuído nos últimos anos para o desenvolvimento e avaliação de novas estratégias de controlo, como o TIP infantil e na gravidez, a vacina RTS,S/AS e novos tratamentos combinados com artemisininas. O Centro também está a trabalhar em aspectos imunológicos e moleculares da malária, como o estudo do desenvolvimento da imunidade natural adquirida à malária em crianças e os mecanismos patogénicos envolvidos na malária grave e na malária placentária. CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E CLÍNICA DA MALÁRIA O CISM tem vindo a contribuir na caracterização epidemiológica e clínica da malária desde o início das suas actividades. Trabalhos anteriores incluíram um estudo da incidência da malária em crianças no Distrito de Manhiça (Saúte et al., Trans R Soc Trop Med Hyg 2003;97) e dos indicadores malariométricos nessa área (Saúte et al., Trans R Soc Trop Med Hyg 2003;97). Durante o período o Centro continuou a contribuir com resultados sobre a epidemiologia da malária em Moçambique e caracterização da malária em crianças, adultos e mulheres grávidas. Epidemiologia da malária em Moçambique Tradicionalmente, a estimativa do peso da malária baseia-se primariamente em informação de mortalidade e morbilidade recolhida pelos sistemas de informação de saúde, e na maioria dos países da África Subsariana a fonte de informação costuma ser só dos serviços sanitários. Mesmo assim, o sistema de saúde não cobre muitas zonas rurais onde grande parte dos casos de malária acontecem. Em Moçambique, a última estimativa da prevalência de malária no país foi feita durante a década de O Centro, em colaboração com o Programa Nacional de Controlo da Malária (PNCM), fez uma avaliação da situação epidemiológica da malária no país para estabelecer a prevalência e intensidade da infecção em crianças menores de 10 anos. O estudo fez parte dos inquéritos de rotina do PNCM do Ministério da Saúde. Este inquérito foi realizado entre Fevereiro 2002 e Abril 2003, tendo envolvido 24 distritos do país e as respectivas casas. Um total de crianças foram recrutadas, e tomou-se a temperatura axilar e uma amostra de sangue de cada uma delas para determinar a presença de parasitas em sangue mediante microscopia e o hematócrito. A prevalência média de parasitas em sangue foi de 58,9%, a maioria dos casos por P. falciparum (89%). A prevalência de gametócitos foi de 5,6%. O peso da malária foi maior nas regiões costeiras e do norte do país. O pico de infecção registou-se durante o segundo ano de vida das crianças e decresceu com a idade. A prevalência média de anemia foi de 69,8% e, das crianças anémicas, 11,5% tinham uma anemia grave. Os níveis mais altos de anemia foram registados na região norte e central do país (77,9% e 79,4% respectivamente). Estes resultados confirmam que a malária, principalmente a causada pelo P. falciparum, é endémica em todo o país. Com estes resultados pode-se estimar que 2,6 milhões de crianças menores de 10 anos no país têm parasitas no sangue, e que 3,8 milhões estão anémicas. O peso da malária e da anemia relacionada com a malária nas crianças consti- 12 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
15 MALÁRIA tui um dos problemas de saúde pública mais importantes e justifica a implementação de intervenções integradas e de colaboração para o seu controlo. Malária nas crianças visitadas no Hospital Distrital de Manhiça Em Moçambique, como na maior parte da África Subsariana, os escassos sistemas de informação sanitária são um desafio para o estabelecimento de políticas sanitárias. Além da informação sobre a epidemiologia da malária obtida através de inquéritos nas casas (ver estudo descrito anteriormente), é também importante para a definição e avaliação dos programas de controlo ter dados sobre a incidência, distribuição etária e caracterização clínica da malária e da malária grave. Contudo, há poucos estudos publicados sobre a epidemiologia da malária no país e não existe nenhuma descrição detalhada das diferentes síndromes de malária grave. Os dados de vigilância hospitalar, apesar de estarem influenciados pela acessibilidade e uso que a população faz das unidades sanitárias, são uma fonte importante às vezes a única de informação sobre os problemas de saúde mais prevalentes numa comunidade e a sua epidemiologia. O CISM publicou dois artigos sobre malária e malária grave em crianças, usando dados recolhidos através do Sistema de Vigilância Hospitalar em aplicação no Hospital Distrital de Manhiça (HDM) e no Posto de Saúde de Maragra. Estas são análises retrospectivas dos dados recolhidos entre Junho de 2003 e Maio de 2005, das crianças que foram atendidas na triagem e das que foram internadas no hospital. Os dados indicam que foram atendidas crianças nas triagens durante estes dois anos, das quais 30,5% tinham malária. As crianças menores de 3 anos de idade representaram quase a metade dos casos e as crianças de 5 ou mais anos, mais de um terço dos casos. Das crianças que apresentavam febre ou história de febre, 37% tinham malária e 13% dos casos de malária tinham anemia (hematócrito <25%). As incidências comunitárias mínimas por criança-ano a risco foram de 394 em crianças menores de um ano, 630 em crianças de 1 a <5 anos e de 237 em crianças de 5 ou mais anos de idade. Estes resultados mostraram que as medidas preventivas de controlo da malária deveriam dirigir-se às crianças menores de 3 anos, dado que estas são as mais afectadas pela doença. Contudo, as crianças de 5 a 15 anos de idade representam mais de um terço dos casos e também deveriam estar incluídas nos programas de controlo. Estes resultados mostram que o tratamento presuntivo dos casos de febre implica que muitas crianças recebam tratamento desnecessariamente. Durante os dois anos em que o estudo decorreu, quase a metade dos pacientes pediátricos que foram interna- Prevalências de infecção por Plasmodium em Moçambique. dos no HDM tinham malária e 13% tinham malária grave. As crianças menores de 2 anos representaram quase 60% do total de casos. A taxa de letalidade da malária foi de 1,6% e da malária grave de 4,4%. Quase 19% do total de mortes intra-hospitalares foram por malária. Os sinais mais prevalentes entre os casos de malária grave foram prostração (55%), distress respiratório (41%) e anemia grave (17%). A anemia grave e a impossibilidade de buscar o mamilo da mãe foram factores de risco independentes para morte em crianças menores de 8 meses de idade. Em crianças de 8 meses a 4 anos de idade, os factores de risco foram malnutrição, hipoglicémia, tiragem, impossibilidade de se sentar e história de vómitos. As incidências comunitárias mínimas para malária grave por criança-ano a risco foram de 27 em crianças menores de um ano, 23 em crianças de 1 a <5 anos e de 2 em crianças de 5 anos ou mais. Estes resultados confirmam que a malária continua sendo a primeira causa de internamento na área de Manhiça, afectando predominantemente crianças pequenas, que também são as que têm maior risco de morrer. As medidas dirigidas à protecção das crianças durante os primeiros dois anos de vida são fundamentais para atingir um impacto significativo na redução desta tendência. Malária em adultos Existem poucos estudos epidemiológicos em adultos que vivem em áreas endémicas de malária. Pelo que se Relatório de actividades INVESTIGAÇÃO 13
16 MALÁRIA faz necessário ter mais informação da história natural da malária quando afecta a camada adulta, para perceber a dinâmica da infecção da malária e a sua interacção com o sistema imunitário. Para isso, o CISM fez um estudo para avaliar o status clínico, parasitológico e hematológico de adultos que estão expostos à malária e caracterizar as parasitas destes indivíduos que adquirem progressivamente uma imunidade protectora contra a malária. Um estudo transversal envolvendo 249 adultos foi feito na área de estudo. Foi colhida informação referente ao estado clínico, parasitológico e hematológico. As infecções submicroscópicas e múltiplas também foram analisadas por Polymerase Chain Reaction (PCR). Do estudo efectuado constata-se que a prevalência da infecção por P. falciparum por microscopia foi de 14% e por PCR de 42%, decrescendo progressivamente com a idade. As infecções sub-microscópicas aumentavam com a idade e a multiplicidade de infecção decrescia. A anemia só esteve relacionada com a parasitemia detectada por PCR. Os dados sugerem que os adultos desenvolvem uma imunidade protectora não esterilizadora. Viu-se que há pouca especificidade nos sinais e sintomas da malária em adultos (nenhum dos adultos tinha febre mesmo tendo parasitemia), o que indica que deveria ser desenvolvida uma definição de malária mais sensível para adultos, incluindo, além da parasitemia, outros sinais e sintomas como diarreia ou cefaleia. Malária na gravidez Ver secção Saúde materna e reprodutiva. DESENVOLVIMENTO CLÍNICO DE FÁRMACOS, VACINAS E OUTRAS FERRAMENTAS DE CONTROLO Desenvolvimento clínico da vacina RTS,S A vacina RTS,S formulada com adjuvantes da família AS0 de GlaxoSmithKline (GSK) é actualmente o candidato mais prometedor. Esta é uma vacina pre-eritrocítica contra P. falciparum que contém uma proteína recombinante do circumsporozoito e o antígeno de superfície da hepatite B. O CISM está a trabalhar desde o ano de 2002 no desenvolvimento clínico desta vacina, em colaboração com PATH Malaria Vaccine Initiative (MVI) e GSK Biologicals. Durante este período o Centro tem feito diversos ensaios de fase I, I/IIb e IIb. Em 2003 o Centro fez o primeiro ensaio de fase IIb em crianças de 1 a 4 anos de idade que mostrou que a RTS,S reduz o risco de infecção pelo P. falciparum, os episódios de malária não complicada (35,3%) e de malária grave (48,6%) durante um período de 18 meses após a última dose de vacina. Desenvolvimento de estratégias de prevenção da malária no CISM O CISM tem tido desde a sua criação uma actividade intensa no desenvolvimento de novas estratégias de prevenção e tratamento da malária em crianças e mulheres grávidas. Entre os resultados mais importantes do Centro estão: Primeira prova de conceito feita em crianças de 1 a 4 anos da vacina de malária RTS,S/AS02A. O ensaio mostrou uma eficácia contra malária clínica (35,3%) e malária grave (48,6%) durante pelo menos 18 meses (Alonso et al., Lancet 2004; 364, Alonso et al., Lancet 2005; 366) Desenvolvimento do Tratamento Intermitente Presuntivo (TIP) como estratégia de controlo da malária em crianças, que mostrou uma redução na incidência de malária clínica de 22,2% e dos internamentos de 19% durante o primeiro ano de vida (Macete et al., J Infect Dis. 2006; 194). Primeiro ensaio da vacina de malária RTS,S/AS02D em recém nascidos. O ensaio mostrou uma eficácia contra infecção de 65,9%, sendo a primeira vez que se mostra que se pode proteger os recém nascidos com uma vacina de malária (Aponte et al., Lancet 2007; 370). Primeiro ensaio para avaliar a eficácia combinada de duas estratégias de controlo da malária em mulheres grávidas: as redes mosquiteiras e o TIP (Menéndez et al., PLoS ONE 2008; 3). Contribuição ao registo da formulação solúvel do Coartem para uso pediátrico (Abdulla et al., Lancet 2008; 372) O Centro prevê, durante o ano de 2009, iniciar novos estudos de desenvolvimento de estratégias de controlo da malária, nomeadamente a fase III da vacina de malária RTS,S/AS01E e o ensaio para avaliar o uso de novos fármacos para a prevenção da malária em mulheres grávidas a través do TIP. As crianças menores de um ano são as que têm maior risco de malária grave e, por outro lado, o Programa Ampliado de Vacinação (PAV) tem sido chave no incremento da cobertura das vacinações. Por estas razões, o objectivo do 14 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
17 MALÁRIA Tenda utilizada nos estudos de desenvolvimento clínico de fármacos. desenvolvimento clínico da RTS,S é fazer o registo da vacina para ser usada em bebes, juntamente com o resto de vacinas do PAV. O CISM fez o primeiro ensaio clínico para avaliar a segurança, imunogenicidade e teste de conceito de eficácia da RTS,S/AS02D em crianças menores de um ano. Os resultados deste ensaio clínico de fase I/IIb, publicados em 2007, mostraram que a RTS,S/AS02D é segura e bem tolerada. O candidato também induziu títulos altos de anticorpos contra o circumsporozoito e a eficácia ajustada da vacina contra infecção foi de 65,9% (95% CI 42,6 79,8%, p<0,0001). Outro ensaio realizado na Tanzânia com a mesma vacina confirmou estes resultados de segurança, imunogenicidade e eficácia. Todos estes estudos geraram evidências suficientes para poder seguir com o desenvolvimento clínico na fase III. Eficácia e segurança da formulação pediátrica solúvel do Artemeter-Lumefantrina O Coartem (Artemeter-Lumefantrina) é actualmente o tratamento de segunda linha contra a malária em Moçambique. Os comprimidos que existem actualmente são difíceis de administrar em crianças e precisam ser esmagados. O Centro esteve envolvido num ensaio clínico aleatorizado de não inferioridade para avaliar a eficácia, a segurança, a tolerância e a farmacocinética da formulação pediátrica do Coartem em comprimidos solúveis para suspensão oral, em comparação com os comprimidos amassados em crianças com pesos entre 5 e 35 kg com malária não complicada por P. falciparum. O Centro também está a desenvolver estudos para avaliar os marcadores imunológicos das fases pré-eritrocítica e sanguínea assexuada do P. falciparum que possam estar associados a uma protecção sustentada em crianças vacinadas com a RTS,S/AS02A. Para 2009 está previsto o início de um ensaio multicêntrico de fase III da vacina RTS,S/AS01E, onde o CISM continuará a contribuir para o desenvolvimento desta. Com vista a preparação deste ensaio, o Centro fez estudos para avaliar e melhorar o Sistema de Vigilância Hospitalar com o objectivo de detectar a malária grave e outras patologias em crianças do mesmo grupo de idade que vai ser utilizado no próximo ensaio. Também avaliaram-se diferentes métodos para quantificar as densidades de P. falciparum em sangue periférico e outras ferramentas diagnosticas. Curvas de Kaplan-Meier que mostram as percentagens acumuladas de participantes, com pelo menos um episódio de infecção de malária durante o ensaio de fase I/IIb da RTS,S/AS02D. Relatório de actividades INVESTIGAÇÃO 15
18 MALÁRIA Kim Manresa Este ensaio clínico faz parte do plano de desenvolvimento clínico desta formulação para uso em crianças, e foi financiado por Medicines for Malaria Venture (MMV) e Novartis. O estudo foi feito em 5 países (Benin, Quénia, Mali, Tanzânia e Moçambique) e envolveu 899 crianças. Os resultados mostraram que o Coartem administrado em seis doses com a nova formulação pediátrica é mais eficaz do que os comprimidos amassados que actualmente se estão a utilizar. Desenvolvimento clínico do DHA+PPQ O CISM participou num ensaio clínico multicêntrico para o desenvolvimento clínico do Eurartesim (Dihidroartemisinina (DHA) + Piperaquina (PPQ)). O ensaio de fase III envolveu 5 centros africanos (Burkina Faso, Moçambique, Quénia, Uganda e Zâmbia) e um total de participantes de 6 a 59 meses de idade com malária por P. falciparum não complicada, que foram seguidos até 42 dias depois do tratamento. Durante o ensaio, as crianças foram seleccionadas de forma aleatorizada a receber Eurartesim ou Coartem, com o objectivo principal de demonstrar a não inferioridade do Artekin (com uma margem de 5%). Os dados estão em análise e os resultados estão a ser preparados para a devida publicação e envio às autoridades reguladoras durante o ano de Microscopistas no laboratório do CISM. Estudo para comparar a eficácia de 4 possíveis combinações de fármacos baseadas em artemisininas O CISM está a participar num estudo multicêntrico de fase IV, aleatório, não cego e de múltiplos braços, desenhado para comparar a eficácia de 4 possíveis combinações antimaláricas, todas elas com derivados das artemisininas, no tratamento da malária não complicada. O estudo conta com o financiamento da EDCTP e está a ser feito em 10 centros localizados em 7 países africanos (Burkina Faso, Gabão, Moçambique, Nigéria, Ruanda, Uganda e Zâmbia), sendo a East African Network (EANMAT) a entidade responsável pela monitorização. O estudo tem como objectivo estabelecer a segurança e a eficácia destas novas combinações durante 28 dias pós tratamento e determinar a taxa de re-infecção durante os 6 meses seguintes. O CISM recrutou 500 crianças com idades compreendidas entre os 6 meses e os 5 anos e com malária não complicada, as quais foram tratadas com uma das combinações. Depois estas crianças tiveram um acompanhamento clínico através de uma detecção activa durante 28 dias e por detecção passiva até 6 meses após o tratamento. Prevenção da malária em mulheres grávidas Ver secção Saúde materna e reprodutiva. IMUNIDADE CONTRA A MALÁRIA Exposição ao P. falciparum e desenvolvimento da imunidade contra a malária em crianças menores de 1 ano Pessoas vivendo em regiões da África Subsariana onde a malária é endémica e que estão repetidamente expostas à infecções por P. falciparum, desde o nascimento desenvolvem uma Imunidade Natural Adquirida (INA) contra o parasita. Em áreas com transmissão anual e estável, quase não ocorrem casos de malária grave nem mortes associadas a malária depois de cerca de 5 anos de idade, e a incidência de malária clínica e a prevalência e a densidade de infecção decrescem com a idade. Em áreas com uma transmissão muito intensa, a transição para esta fase de imunidade contra a malária ocorre ainda mais cedo. A aquisição da INA depende tanto da idade como da intensidade da transmissão, mas até hoje tem sido difícil medir, de forma independente, a contribuição feita por estas duas variáveis. O desenvolvimento da INA contra o P. falciparum é ainda pouco conhecido. Estudos anteriores sobre tratamento profiláctico contínuo ou intermitente contra a malária em crianças menores de um ano sugerem que a idade da primeira exposição ao P. falciparum durante o primeiro ano de vida pode ser importante para determinar o desenvolvimento da INA. Aprofundar conhecimentos nesta área tem uma importância primordial para futuras estratégias de controlo de malária e, especificamente, de vacinação. O CISM está a realizar um estudo para avaliar o efeito da idade de exposição ao P. falciparum no desenvolvimento da imunidade natural adquirida em crianças menores de 1 16 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
19 MALÁRIA ano. O estudo é parte do consórcio AgeMal financiado pela União Europeia. O estudo é um ensaio clínico aleatorizado com 3 braços nos quais a idade de exposição ao P. falciparum é controlada administrando quimioprofilaxia nas crianças durante diferentes períodos do primeiro ano de vida. O risco de malária clínica e anemia durante o segundo ano de vida e o tipo e a qualidade das respostas imunitárias serão comparados entre os diferentes grupos. Também será avaliado o papel do stress oxidativo e dos factores genéticos do hospedeiro no desenvolvimento da imunidade natural adquirida. O estudo vai ser finalizado e analisado durante o ano de Efeito do TIP infantil no desenvolvimento da imunidade Em áreas com uma alta transmissão da malária, as crianças menores de um ano são as que sofrem mais desta doença. Por isso, este grupo etário é um dos principais alvos das estratégias de prevenção. O Tratamento Intermitente Presuntivo (TIP) infantil consiste na administração de antimaláricos através do PAV e tem demonstrado eficácia na prevenção da malária em crianças. Uma das questões importantes na implementação de estratégias de prevenção da malária, como o TIP infantil, é avaliar o impacto no desenvolvimento da Imunidade Natural Adquirida (INA). Estudos recentes mostraram que o uso de quimioprofilaxia em crianças pode impedir o desenvolvimento desta imunidade. No entanto, estudos de TIP infantil realizados na Tanzânia e em Moçambique indicam que o tratamento intermitente não só reduz o risco de malária sem interferir no desenvolvimento da INA, como pode mesmo melhorar o desenvolvimento desta. Contudo, não existiam estudos para avaliar as respostas imunes ao P. falciparum no contexto do TIP infantil. O CISM realizou um estudo para avaliar o desenvolvimento da imunidade contra P. falciparum no contexto de um ensaio clínico aleatorizado, duplo cego, para avaliar a efectividade do TIP infantil com Sulfadoxina-Pirimetamina (SP) administrado aos 3, 4 e 9 meses de idade através do PAV. O estudo mostrou que o TIP infantil teve uma eficácia contra a malária clínica de 22,2% durante o primeiro ano. Utilizaram-se os anticorpos contra os antígenos da fase eritrocítica do P. falciparum MSP-1, AMA-1 e EBA-175 para medir as respostas imunes. Estes antígenos jogam um papel crítico durante a invasão dos eritrócitos e são utilizados para o desenvolvimento de candidatos a vacinas. O estudo mostrou que o TIP infantil com SP não modifica os níveis de anticorpos contra antígenos da fase eritrocítica do P. falciparum durante os dois primeiros anos de vida, Participante do estudo AgeMal recebendo a intervenção. indicando que a intervenção não afecta negativamente a aquisição de anticorpos contra a malária. Estes resultados contrastam com os encontrados no contexto do uso de profilaxia de forma continuada, onde há um efeito clínico negativo e imunológico. As análises indicam que os anticorpos do grupo que recebeu o placebo não foram mais altos que no grupo que recebeu SP. Os resultados foram obtidos através de análises que tiveram em conta os efeitos de confusão de variáveis, como os episódios prévios de malária clínica ou a parasitemia no momento das visitas. Neste momento, estão em curso análises para investigar os efeitos do TIP infantil com SP em outras respostas de anticorpos que se pensa estarem envolvidas na adquisição da imunidade, como os antígenos variáveis de superfície (VSA) e os anticorpos inibidores do crescimento. Efeito do TIP na gravidez no desenvolvimento da imunidade Dentro do ensaio clínico do Tratamento Intermitente Presuntivo (TIP) na gravidez com Sulfadoxina-Pirimetamina (SP) que foi feito no CISM (ver secção Saúde materna e reprodutiva), iniciou-se um estudo para avaliar o impacto do TIP na gravidez com SP no status imunológico das mães no momento do parto e das crianças durante o primeiro ano de vida. Participaram deste estudo um subgrupo de 300 mulheres com as suas respectivas crianças, durante o qual foram analisadas amostras de sangue das mães e das crianças para determinar o tipo e o nível de diferentes anticorpos contra vários antígenos do parasita. Para o ano de 2009 está prevista a finalização da análise dos dados. Relatório de actividades INVESTIGAÇÃO 17
20 MALÁRIA mulheres grávidas do que nas mesmas mulheres antes de engravidar ou em outras mulheres não grávidas. A susceptibilidade à infecção e a gravidade das manifestações clínicas são determinadas pelo nível de imunidade antes da gravidez, o qual depende fundamentalmente da intensidade e estabilidade da transmissão de malária. Assim, verifica-se que em áreas onde a transmissão é estável e o nível de imunidade adquirida contra a malária é alto, as primíparas são mais afectadas pela malária do que as multíparas. Activação de células T induzida por eritrócitos infectados por P. falciparum. BIOLOGIA MOLECULAR Fenótipos de adesividade nos eritrócitos infectados por P. falciparum Só 1 a 2% dos casos de malária por P. falciparum acabam em doença grave, que pode apresentar-se através de diferentes síndromes, incluindo coma profundo (malária cerebral), anemia grave, dificuldade respiratória com acidose metabólica e, menos frequentemente, falência multi-orgânica. Todas estas síndromes poderão ser fatais, como levar à recuperação podendo deixar ou não sequelas. Contudo, a relação causal entre os sintomas e o processo patogénico existente não está bem estabelecida e permanece um tema de debate, em parte devido às escassas correlações clínicopatológicas da malária grave. Assim, o Centro está a estudar se os isolados do P. falciparum têm propriedades intrínsecas de citoaderência que se correlacionam com a gravidade clínica, e qual é a contribuição dos receptores humanos específicos no fenótipo de adesão dos parasitas. Para o efeito, serão comparadas as propriedades de citoaderência, a formação de rosetas e a aglutinação dos parasitas de P. falciparum isolados de crianças com malária leve com os isolados de crianças com malária grave. Está ainda prevista a avaliação do papel dos receptores gc1qr, CD36 e ICAM1 no perfil da citoaderência in vitro dos parasitas isolados de crianças com malária leve e grave, para determinar se a adesão às células endoteliais ou aglutinação mediada por plaquetas via gc1qr está associada à malária grave. Caracterização fenotípica, antigénica e transcricional de isolados placentários de P. falciparum Em zonas endémicas de malária, a prevalência, densidade e gravidade da infecção por P. falciparum são maiores nas No entanto, os mecanismos envolvidos na susceptibilidade das mulheres à malária durante a gravidez são ainda desconhecidos. Foi levantada a hipótese de que a sobreposição de citoquinas pró-inflamatórias (IFN-g, IL-2 e TNF-a) pode induzir a complicações associadas de malária durante a gravidez. A hipótese mecânica assume que os órgãos estão afectados em função do número de eritrócitos infectados (EI) sequestrados nos tecidos, o que induz à concepção de que durante a gravidez o sequestro de EIs na placenta afecta de forma adversa as funções deste órgão, interferindo no intercâmbio materno-fetal ao gerar alterações hemodinâmicas, hipoxia e reacções inflamatórias como a intervilosite crónica. Neste contexto, o Centro está a investigar os mecanismos moleculares implicados na adesão do P. falciparum à placenta, para identificar antígenos que poderiam ser usados para o desenvolvimento de vacinas contra a malária durante a gravidez. Para o efeito, está em curso o estudo sobre as características fenotípicas, antigénicas e transcricionais dos parasitas que sequestram na placenta, comparando-os com os parasitas isolados do sangue periférico de homens adultos, de mulheres adultas não grávidas e de puérperas. A correlação do fenótipo de adesão destas populações parasitárias com o seu perfil antigénico e com o padrão de transcrição permitirá identificar as proteínas do parasita implicadas na adesão à placenta e avaliar, deste modo, os potenciais mecanismos para reduzir os efeitos adversos da malária durante a gravidez. Marcadores moleculares de resistência no contexto do TIP infantil e TIP na gravidez com SP O Tratamento Intermitente Presuntivo (TIP) infantil e na gravidez com Sulfadoxina-Pirimetamina (SP) é uma estratégia potencial para o controlo da malária. Entretanto, existe uma preocupação em termos do possível impacto que o TIP infantil e o TIP na gravidez poderiam ter no incremento da resistência do P. falciparum a SP, assim como o impacto destas resistências na eficácia do TIP. Os parasitas que estão seleccionadas por SP in vitro tendem a ter mutações nos genes, codificando as enzimas dihidrofolato reductasa (dhfr) e dihidropteroato sintasa (dhps). 18 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
21 MALÁRIA Eritrócitos infectados por trofozoitos do P. falciparum. Contudo, existem estudos que demonstram que estas mutações não permitem predizer bem os níveis de eficácia deste fármaco em zonas com alta transmissão de malária. O CISM realizou um estudo para avaliar os níveis de resistência ao SP no contexto de estudos aleatorizados, duplo cegos, para avaliar a eficácia do TIP infantil e o TIP na gravidez. Em relação ao TIP infantil, comparou-se a frequência dos episódios clínicos de malária com mutações em dhfr e dhps entre as crianças que receberam SP ou placebo. As mutações analisadas foram as pontuais nos codones 108, 51, 59 e 164 em dhfr e 437 e 540 em dhps. Tendo-se, igualmente, analisado o codon 76 do pfcrt (associado a resistência à cloroquina) e o codon 86 do pfmdr1 (associado a multi-resistência). O estudo mostrou que o TIP infantil está associado a mudanças na prevalência de genótipos envolvidos na resistência contra SP. Por outro lado, o SP mostrou um alto nível de eficácia na prevenção dos episódios de malária em crianças, indicando que a prevalência de mutações pode não ser um indicador fiável para predizer a eficácia do SP em estratégias de prevenção. O estudo das mutações no contexto do TIP na gravidez está em fase de análise. Recolha de mosquitos na área de estudo. Pesquisadores Ruth Aguilar 1, 2 Pedro Aide 1, 3 Pedro L. Alonso 1, 2 John J. Aponte 1, 2 Arnoldo Barbosa 1, 2 Quique Bassat 1, 2 Joseph Campo 2 Carlota Dobaño 2 Raquel González 2 Caterina Guinovart 2 Eusébio V. Macete 1, 4 Sónia Machevo 1, 5 Alda Mariano 5 Maria Nélia Manaca 1 Alfredo G. Mayor 2 Clara Menéndez 1, 2 Augusto Nhabomba 1 Diana Quelhas 1 Montse Renom 1 Mauricio Rodríguez 1, 2 Eduard Rovira 2 Jahit Sacarlal 1, 5 Elisa Serra 2 Esperança Sevene 5 Elisa Sicuri 2 Kim Manresa 1 Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM) 2 Centre de Recerca en Salut Internacional de Barcelona (CRESIB), Hospital Clínic/IDIBAPS, Universitat de Barcelona, Espanha 3 Instituto Nacional de Saúde (INS), Moçambique 4 Ministério da Saúde, Moçambique 5 Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique Perfil genotípico de isolados de P. falciparum obtidos na área de estudo. Relatório de actividades INVESTIGAÇÃO 19
22 MALÁRIA PUBLICAÇÕES Abdullah S, Adazu K, Masanja H, Diallo D, Hodgson A, Ilboudo-Sanogo E, Nhacolo A, Owusu-Agyei S, Thompson R, Smith T, Binka FN (2007) Patterns of age-specific mortality in children in endemic areas of sub-saharan Africa. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 77(6 Suppl): Abdulla S, Sagara I, Borrmann S, D'Alessandro U, Gonzalez R, Hamel M, Ogutu B, Martensson A, Lyimo J, Maiga H, Sasi P, Nahum A, Bassat Q, Juma E, Otieno L, Bjorkman A, Beck HP, Andriano K, Cousin M, Lefevre G, Ubben D, Premji Z (2008) Efficacy and safety of artemether-lumefantrine dispersible tablets compared with crushed commercial tablets in African infants and children with uncomplicated malaria: a randomised, single-blind, multicentre trial. Lancet 372(9652): Abellana R, Ascaso C, Aponte J, Saute F, Nhalungo D, Nhacolo A, Alonso P (2008) Spatio-seasonal modeling of the incidence rate of malaria in Mozambique. Malar J 7:228 Aide P, Bassat Q, Alonso PL (2007) Towards an effective malaria vaccine. Archives of Disease in Childhood 92: Aponte JJ, Aide P, Renom M, Mandomando I, Bassat Q, Sacarlal J, Manaca MN, Lafuente S, Barbosa A, Leach A, Lievens M, Vekemans J, Sigauque B, Dubois M-C, Demoitie M-A, Sillman M, Savarese B, McNeil JG, Macete E, Ballou WR, Cohen J, Alonso PL (2007) Safety of the RTS,S/AS02D candidate malaria vaccine in infants living in a highly endemic area of Mozambique: a double blind randomised controlled phase I/IIb trial. Lancet 370: Aponte JJ, Menendez C, Schellenberg D, Kahigwa E, Mshinda H, Vountasou P, Tanner M, Alonso PL (2007) Age interactions in the development of naturally acquired immunity to Plasmodium falciparum and its clinical presentation. PLoS Medicine 4:242 Bassat Q, Guinovart C, Sigauque B, Aide P, Sacarlal J, Nhampossa T, Bardaji A, Nhacolo A, Macete E, Mandomando I, Aponte JJ, Menendez C, Alonso PL (2008) Malaria in rural Mozambique. Part II: children admitted to hospital. Malaria Journal 7:37 Guinovart C, Alonso PL (2007) Methods for determining vaccine efficacy and effectiveness and the main barriers to developing a fully deployable malaria vaccine. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 77: Guinovart C, Bassat Q, Sigauque B, Aide P, Sacarlal J, Nhampossa T, Bardaji A, Nhacolo A, Macete E, Mandomando I, Aponte JJ, Menendez C, Alonso PL (2008) Malaria in rural Mozambique. Part I: children attending the outpatient clinic. Malaria Journal 7:36 Mabunda S, Casimiro S, Quinto L, Alonso P (2008) A country-wide malaria survey in Mozambique. I. Plasmodium falciparum infection in children in different epidemiological settings. Malar J 7(1):216 Macete E, Aponte JJ, Guinovart C, Sacarlal J, Ofori-Anyinam O, Mandomando I, Espasa M, Bevilacqua C, Leach A, Dubois MC, Heppner DG, Tello L, Milman J, Cohen J, Dubovsky F, Tornieporth N, Thompson R, Alonso PL (2007) Safety and immunogenicity of the RTS,S/AS02A candidate malaria vaccine in children aged 1-4 in Mozambique. Tropical Medicine & International Health: TM & IH 12:37 46 Macete EV, Sacarlal J, Aponte JJ, Leach A, Navia MM, Milman J, Guinovart C, Mandomando I, Lopez-Pua Y, Lievens M, Owusu-Ofori A, Dubois M- C, Cahill CP, Koutsoukos M, Sillman M, Thompson R, Dubovsky F, Ballou WR, Cohen J, Alonso PL (2007) Evaluation of two formulations of adjuvanted RTS, S malaria vaccine in children aged 3 to 5 years living in a malaria-endemic region of Mozambique: a Phase I/IIb randomized double-blind bridging trial. Trials 8:11 Mayor A, Aponte JJ, Fogg C, Saute F, Greenwood B, Dgedge M, Menendez C, Alonso PL (2007) The epidemiology of malaria in adults in a rural area of southern Mozambique. Malaria Journal 6:3 Mayor A, Serra-Casas E, Sanz S, Aponte JJ, Macete E, Mandomando I, Puyol L, Berzosa P, Dobano C, Aide P, Sacarlal J, Benito A, Alonso P, Menendez C (2008) Molecular markers of resistance to sulfadoxinepyrimethamine during intermittent preventive treatment for malaria in Mozambican infants. The Journal of Infectious Diseases 197: Menendez C, Schellenberg D, Macete E, Aide P, Kahigwa E, Sanz S, Aponte JJ, Sacarlal J, Mshinda H, Tanner M, Alonso PL (2007) Varying efficacy of intermittent preventive treatment for malaria in infants in two similar trials: public health implications. Malaria Journal 6:132 Quelhas D, Puyol L, Quinto L, Serra-Casas E, Nhampossa T, Macete E, Aide P, Mayor A, Mandomando I, Sanz S, Aponte JJ, Chauhan VS, Chitnis CE, Alonso PL, Menendez C, Dobano C (2008) Impact of Intermittent Preventive Treatment with Sulfadoxine-Pyrimethamine on Antibody Responses to Erythrocytic-Stage Plasmodium falciparum Antigens in Infants in Mozambique. Clinical and Vaccine Immunology: CVI 15: Sacarlal J, Aponte JJ, Aide P, Mandomando I, Bassat Q, Guinovart C, Leach A, Milman J, Macete E, Espasa M, Ofori-Anyinam O, Thonnard J, Corachan S, Dubois M-C, Lievens M, Dubovsky F, Ballou WR, Cohen J, Alonso PL (2008) Safety of the RTS,S/AS02A malaria vaccine in Mozambican children during a Phase IIb trial. Vaccine 26: Sikora M, Ferrer-Admetlla A, Mayor A, Bertranpetit J, Casals F (2008) Evolutionary analysis of genes of two pathways involved in placental malaria infection. Hum Genet 123(4): Centro de Investigação em Saúde de Manhiça
VIDAS EM PERIGO: MALÁRIA DURANTE A GRAVIDEZ
VIDAS EM PERIGO: MALÁRIA DURANTE A GRAVIDEZ Em qualquer lugar onde existe malária, mulheres grávidas estão em perigo. As áreas com tonalidade mais forte no mapa, indicam zonas de maior prevalência da malária
Leia maisCentro de Investigação em Saúde de Manhiça
Centro de Investigação em Saúde de Manhiça Fundação Manhiça XI Reunião Cientifica Anual da Rede INDEPTH Dr Eusebio Macete 24 deoutubro de2011 Historial do Centro Plataformas de investigação Agenda de pesquisa
Leia maisÁrea de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso
Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para
Leia maisPROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA
Coordenação do Internato Médico de Saúde Pública PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA (Aprovado pela Portaria 47/2011, de 26 de Janeiro) Internato 2012/2016 ÍNDICE GERAL INTRODUÇÃO 1 1. DURAÇÃO
Leia maisRepública de Moçambique Ministério da Saúde Direcção Nacional de Saúde Pública
República de Moçambique Ministério da Saúde Direcção Nacional de Saúde Pública Processo para o Reconhecimento do Desempenho dos Serviços de Saúde Materna e Neonatal, de Planeamento Familiar e de Prevenção
Leia maisINTERVENÇÃO DA PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE (FDC), NO III PARLAMENTO INFANTIL NACIONAL
INTERVENÇÃO DA PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE (FDC), NO III PARLAMENTO INFANTIL NACIONAL Sra. Presidente da Assembleia da República, Excelência Sra. Ministra da Mulher e da
Leia maisAnexo I: Termos de Referencia
Anexo I: Termos de Referencia República de Angola Governo Provincial de Luanda Administração Municipal de Viana Repartição Municipal de Saúde de Viana TERMOS DE REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO FINAL EXTERNA
Leia maisMudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008
Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 José Cechin Superintendente Executivo Carina Martins Francine Leite Nos últimos meses, vários relatórios publicados por diferentes instituições
Leia maisFEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO
relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Leia maisInstituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de Lisboa Sector da Rede Social
REDE SOCIAL Instituto da Segurança Social, I.P. Centro Distrital de Lisboa Sector da Rede Social REDE SOCIAL A Rede Social pretende constituir um novo tipo de parceria entre entidades públicas e privadas
Leia maisPROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE. PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE)
PROGRAMA DE ACÇÃO COMUNITÁRIO RELATIVO À VIGILÂNCIA DA SAÚDE VERSION FINALE PROGRAMA DE TRABALHO PARA 2000 (Nº 2, alínea b), do artigo 5º da Decisão nº 1400/97/CE) 1. INTRODUÇÃO As actividades da União
Leia maisPrograma para a Reabilitação de Pessoas com Comportamentos Adictos
Programa para a Reabilitação de Pessoas com Comportamentos Adictos Introdução Os comportamentos adictos têm vindo a aumentar na nossa sociedade. Os problemas, ao nível do local e das relações no trabalho,
Leia maisRELATÓRIO INTERCALAR (nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE)
(nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE) Comissão Europeia Direcção-Geral da Justiça, da Liberdade e da Segurança Unidade B/4 Fundo Europeu para os Refugiados B-1049 Bruxelas Estado-Membro: PORTUGAL
Leia maisPerguntas e Respostas: O Pacote ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio) da Comissão
MEMO/05/124 Bruxelas, 12 de Abril de 2005 Perguntas e Respostas: O Pacote ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio) da Comissão 1. Em que consiste este pacote? A Comissão aprovou hoje 3 comunicações
Leia maisINOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA
INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
Leia maisPrioridades da presidência portuguesa na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Prioridades da presidência portuguesa na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Prioridades da presidência portuguesa da União Europeia na área de Ciência e Tecnologia Construir o futuro da Ciência e da
Leia mais1. SUMÁRIO EXECUTIVO 2. GERAÇÃO BIZ
1. SUMÁRIO EXECUTIVO O Programa Geração Biz (PGB) é um programa de promoção de Saúde Sexual e Reprodutiva e prevenção do HIV que teve o seu inicio em 1999, como um projectopiloto na Cidade de Maputo e
Leia maisAnálise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT
Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT A análise do quadro jurídico para a ratificação da Convenção 102 da OIT por Cabo Verde, inscreve-se no quadro geral da cooperação técnica prestada
Leia maisInovação aberta na indústria de software: Avaliação do perfil de inovação de empresas
: Avaliação do perfil de inovação de empresas Prof. Paulo Henrique S. Bermejo, Dr. Prof. André Luiz Zambalde, Dr. Adriano Olímpio Tonelli, MSc. Pamela A. Santos Priscila Rosa LabGTI Laboratório de Governança
Leia maisSíntese da Conferência
Síntese da Conferência Sob o lema Saneamento para Todos, Responsabilidade de Todos realizou-se de 14 a 16 de Maio de 2014, a Conferência Nacional de Saneamento, no Centro de Conferências Joaquim Chissano,
Leia maisACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE
ACEF/1112/14972 Relatório preliminar da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Instituto Politécnico De Leiria A.1.a. Identificação
Leia maisFICHA DE CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO
CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO Estudo da Sustentabilidade das Empresas Recém Criadas Produção apoiada pelo Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo Estado
Leia maisÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA - SESI/SC
ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA - SESI/SC SUMÁRIO EXECUTIVO 2015 Apresentação Integrando a agenda mundial para a promoção da saúde e produtividade, o SESI Santa Catarina realizou
Leia maisSeminário Energia e Cidadania 23 de Abril de 2009 Auditório CIUL
Seminário Energia e Cidadania 23 de Abril de 2009 Auditório CIUL Começo por agradecer a todos terem vindo a este seminário. Em especial à Senhora Secretária de Estado que muito nos honra com a sua presença
Leia maisTERMOS DE REFERÊNCIA DE UM ASSISTENTE TÉCNICO PARA O TARV PEDIÁTRICO NA REGIÃO DE NAMPULA MOÇAMBIQUE
TERMOS DE REFERÊNCIA DE UM ASSISTENTE TÉCNICO PARA O TARV PEDIÁTRICO NA REGIÃO DE NAMPULA MOÇAMBIQUE Moçambique é um dos dez países no mundo mais atingido pelo HIV/SIDA com uma prevalência de 16.2%. Devido
Leia maisLeishmaniose visceral: vacina europeia traz fórmula inovadora
Leishmaniose visceral: vacina europeia traz fórmula inovadora Em entrevista à Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Dr. Javier Moreno fala sobre a vacina contra leishmanioses (http://www.ideal.es/jaen/20140212/mas-actualidad/ciencia/europaimpulsa-vacuna-contra-201402121152.html)
Leia maisITIL v3 - Operação de Serviço - Parte 1
ITIL v3 - Operação de Serviço - Parte 1 É na Operação de Serviço que se coordena e realiza as atividades e processos necessários para fornecer e gerenciar serviços em níveis acordados com o usuário e clientes
Leia maisPlanejamento estratégico 2016-2019
Planejamento estratégico 2016-2019 Fortalecer as instituições e a qualidade dos serviços públicos para fortalecer a democracia e a competitividade. www.agendapublica.org.br 2 GOVERNANÇA PARA UM FUTURO
Leia maisCONFERÊNCIA DOS MINISTROS DO TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL E DOS ASSUNTOS SOCIAIS DA CPLP
CONFERÊNCIA DOS MINISTROS DO TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL E DOS ASSUNTOS SOCIAIS DA CPLP INTERVENÇÃO DO SENHOR EMBAIXADOR DOMINGOS DIAS PEREIRA MASCARENHAS, CHEFE DA DELEGAÇÃO, SOBRE O TEMA CENTRAL OS DESAFIOS
Leia maisACEF/1112/20967 Relatório final da CAE
ACEF/1112/20967 Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Fundação Minerva - Cultura - Ensino E Investigação
Leia maisO bairro. A urbanização
Trabalho e desemprego entre jovens de um bairro social Alexandre Silva - Novembro de 2009 O bairro A urbanização Casal da Boba é uma urbanização criada por iniciativa da C.M. Amadora com o objectivo de
Leia maisOMS: ACTUALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 10 de Outubro de 2014
OMS: ACTUALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE RESPOSTA AO ÉBOLA 10 de Outubro de 2014 Até ao final do dia 8 de Outubro, foi notificado um total de 8399 casos confirmados, prováveis e suspeitos da doença do vírus do
Leia maisRegulamento do Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora (CIEP-UE)
Regulamento do Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora (CIEP-UE) Sob proposta da Directora do CIEP-UE, com parecer favorável da Assembleia de Representantes da Escola de
Leia maisEste documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições
1980L0155 PT 31.07.2001 002.001 1 Este documento constitui um instrumento de documentação e não vincula as instituições B DIRECTIVA DO CONSELHO de 21 de Janeiro de 1980 que tem por objectivo a coordenação
Leia maisNORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952
NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 Bureau Internacional do Trabalho 1 Ratificação Como são utilizadas as Normas Internacionais do Trabalho?
Leia maisEngIQ. em Engenharia da Refinação, Petroquímica e Química. Uma colaboração:
EngIQ Programa de Doutoramento em Engenharia da Refinação, Petroquímica e Química Uma colaboração: Associação das Indústrias da Petroquímica, Química e Refinação (AIPQR) Universidade de Aveiro Universidade
Leia maisInstituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento
Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente Regulamento Artigo 1.º Objecto O presente regulamento define o processo de avaliação do desempenho do pessoal docente a
Leia maisEFICIÊNCIA HÍDRICA. Relatório de experiência realizada no Colégio xxxxxxxxx de Campo de Ourique. Experiência de 13/09 a 09/11 de 2010
EFICIÊNCIA HÍDRICA Relatório de experiência realizada no Colégio xxxxxxxxx de Campo de Ourique Experiência de 13/09 a 09/11 de 2010 Novembro de 2010 1. Introdução A água é um bem essencial à vida e indispensável
Leia maisREPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE INTERVENÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA, IOLANDA CINTURA SEUANE, MINISTRA DA MULHER E DA ACÇÃO SOCIAL DE MOÇAMBIQUE SOBRE O TEMA DESAFIOS DA PROTECÇÃO SOCIAL PARA ALCANÇAR A SEGURANÇA ALIMENTAR
Leia maisResultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004
Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Por Zilda Knoploch, presidente da Enfoque Pesquisa de Marketing Este material foi elaborado pela Enfoque Pesquisa de Marketing, empresa
Leia maisMulheres grávidas ou a amamentar*
Doença pelo novo vírus da gripe A(H1N1) Fase Pandémica 6 OMS Mulheres grávidas ou a amamentar* Destaques: A análise dos casos ocorridos, a nível global, confirma que as grávidas constituem um grupo de
Leia maisDIMENSÃO DE CONSTRUÍDO
Ano letivo 2013-2014 Programa de Apoio à Avaliação do Sucesso Académico DIMENSÃO DE CONSTRUÍDO (Avaliação Formativa) REFERENCIAL IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR Agrupamento de Escolas D. Sancho I
Leia maisPosição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves 1. Introdução A energia eólica é a fonte de energia que regista maior crescimento em todo o mundo. A percentagem
Leia maisPROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE
PROTOCOLO ENERGIA POSITIVA CONTRA A OBESIDADE A incidência e a prevalência quer da pré-obesidade quer da obesidade têm vindo a aumentar na União Europeia e, também, em Portugal, constituindo um importante
Leia maisConsulta pública. Sistema de Cobertura do Risco de Fenómenos Sísmicos
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Consulta pública Sistema de Cobertura do Risco de Fenómenos Sísmicos - Fundo Sísmico - Fundo de Solidariedade Outubro de 2010 1 ÍNDICE 1. Enquadramento
Leia maisINVESTIR EM I&D - PLANO DE ACÇÃO PARA PORTUGAL ATÉ 2010 CIÊNCIA E INOVAÇÃO -PLANO PLANO DE ACÇÃO PARA PORTUGAL ATÉ 2010 - NOVA TIPOLOGIA DE PROJECTOS
CIÊNCIA E INOVAÇÃO -PLANO PLANO DE ACÇÃO PARA PORTUGAL ATÉ 2010 - NOVA TIPOLOGIA DE PROJECTOS 1 ENQUADRAMENTO - I - Os objectivos delineados na Estratégia de Lisboa e as conclusões do Conselho de Barcelona,
Leia maisSESSÃO TÉCNICA SOBRE O VALE I&DT E VALE INOVAÇÃO NOS SISTEMAS DE INCENTIVOS ÀS EMPRESAS
SI À INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO SI À QUALIFICAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DE PME SESSÃO TÉCNICA SOBRE O VALE I&DT E VALE INOVAÇÃO NOS SISTEMAS DE INCENTIVOS ÀS EMPRESAS Data: 13 de Outubro
Leia maisLIPOR. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE AMBIENTE Preparar o Porto para um futuro sustentável EMPRESA
LIPOR IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE AMBIENTE Preparar o Porto para um futuro sustentável EMPRESA A LIPOR Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto é a entidade responsável
Leia maisPrograma para o Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro Mário Guerreiro Silva Ferreira
Programa para o Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro Mário Guerreiro Silva Ferreira. 2011-2014 1 Programa de acção Um programa de acção para qualquer unidade orgânica deve atender aos objectivos
Leia maisEVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL
EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões
Leia mais7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso
7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso Saiba como colocar o PINS em prática no agronegócio e explore suas melhores opções de atuação em rede. Quando uma empresa
Leia maisTrês exemplos de sistematização de experiências
Três exemplos de sistematização de experiências Neste anexo, apresentamos alguns exemplos de propostas de sistematização. Estes exemplos não são reais; foram criados com propósitos puramente didáticos.
Leia maisACEF/1415/17827 Relatório preliminar da CAE
ACEF/1415/17827 Relatório preliminar da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Universidade De Lisboa A.1.a. Outras Instituições
Leia maisREPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE MINISTÉRIO DAS FINANÇAS GABINETE DA MINISTRA. Diploma Ministerial Nº 5/2009, De 30 de Abril
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE MINISTÉRIO DAS FINANÇAS GABINETE DA MINISTRA Diploma Ministerial Nº 5/2009, De 30 de Abril Estatuto Orgânico da Direcção de Eficácia da Assistência Externa O Estatuto
Leia maisMESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO DOS ESTÁGIOS
INSTI INSTUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO
Leia maisGOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES Decreto Regulamentar Regional n.º 26/2007/A de 19 de Novembro de 2007 Regulamenta o Subsistema de Apoio ao Desenvolvimento da Qualidade e Inovação O Decreto Legislativo Regional
Leia maisAvaliação do Instrumento de Apoio a Políticas Económicas (PSI) 2010-2012
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Avaliação do Instrumento de Apoio a Políticas Económicas (PSI) 2010-2012 Elaborado Por: Ministério das Finanças Ministério da Planificação e Desenvolvimento Banco de Moçambique
Leia maisCÁTEDRA DE PORTUGUÊS LÍNGUA SEGUNDA E ESTRANGEIRA. FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS (UEM) e INSTITUTO CAMÕES
CÁTEDRA DE PORTUGUÊS LÍNGUA SEGUNDA E ESTRANGEIRA FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS (UEM) e INSTITUTO CAMÕES COLÓQUIO PORTUGUÊS EM CONTEXTO AFRICANO MULTILINGUE: EM BUSCA DE CONSENSOS SESSÃO DE ABERTURA
Leia mais4. PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS
4. PRINCÍPIOS DE PLANEAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS A abordagem estratégica que se pretende implementar com o Plano Regional da Água deverá ser baseada num conjunto de princípios nucleares que, sendo unanimemente
Leia maisNOTA DE APRESENTAÇÃO
NOTA DE APRESENTAÇÃO 1. O presente estudo dá continuidade ao trabalho de natureza estatística relativo às liquidações das declarações do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares iniciado e divulgado
Leia maisNCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos
NCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Instituto Politécnico De Setúbal
Leia maisSINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES. Direcção Regional de Faro ESTADO DA SAÚDE PÚBLICA NO CONCELHO DE LOULÉ
ESTADO DA SAÚDE PÚBLICA NO CONCELHO DE LOULÉ Este documento retrata o estado dos serviços públicos de saúde, sobretudo no que concerne aos cuidados de enfermagem e pretende descrever as dificuldades com
Leia maisDivisão de Assuntos Sociais
Divisão de Assuntos Sociais Programa de Apoio às Entidades Sociais de Odivelas (PAESO) Índice Pág. Preâmbulo 1 1. Objectivos 2 2. Destinatários 2 3. Modalidades de Apoio 2 3.1. Subprograma A - Apoio à
Leia maisRegulamento de Estágio do Mestrado em Desporto 2009
Instituto Politécnico de Santarém ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR MESTRADO EM DESPORTO REGULAMENTO DE ESTÁGIO Este regulamento enquadra-se no âmbito do artigo 21.º do regulamento específico do
Leia maisFilosofia de trabalho e missões
Filosofia de trabalho e missões As atividades de ensino e assistência na UTI Neonatal do Hospital São Paulo, Hospital Universitário da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (HPS-EPM/Unifesp),
Leia maisObjectivos de Desenvolvimento do Milénio
Em 2000, 189 chefes de Estado e de Governo assinaram a Declaração do Milénio que levou à formulação de 8 objectivos de desenvolvimento, a alcançar entre 1990 e 2015. Os ODM - Objectivos de Desenvolvimento
Leia mais3 de Julho 2007 Centro Cultural de Belém, Lisboa
Intervenção do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago na abertura da Sessão pública de apresentação das actividades do Conselho Europeu de Investigação (ERC) 3 de Julho 2007
Leia maisPARECER N.º 175/CITE/2009
PARECER N.º 175/CITE/2009 Assunto: Parecer prévio nos termos do n.º 1 e da alínea b) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro Despedimento colectivo
Leia maisO IEFP e o INE divulgam os dados do Inquérito ao Emprego 2006 Desemprego em Queda
O IEFP e o INE divulgam os dados do Inquérito ao Emprego 2006 Desemprego em Queda O emprego em Cabo Verde entrou definitivamente na agenda do desenvolvimento. Os resultados que agora se divulgam visam
Leia maisYOUR LOGO. Investir na mulher pode ser uma etapa importante na prevenção e combate ao HIV/SIDA. Nome do participante: Boaventura Mandlhate
YOUR LOGO PLEASE FEEL FREE TO ADD YOUR OWN BACKGROUND Investir na mulher pode ser uma etapa importante na prevenção e combate ao HIV/SIDA. Nome do participante: Boaventura Mandlhate Categoria: MEDIA, saúde
Leia maisA 3ª EDIÇÃO DO FÓRUM DA CIDADANIA
A 3ª EDIÇÃO DO FÓRUM DA CIDADANIA Depois da sua segunda edição em 2015, o Fórum da Cidadania está de volta no dia 28 de Maio de 2016, em local a anunciar. Esta iniciativa, promovida pelo Pelouro dos Direitos
Leia maisRegulamento de Apoio ao Movimento Associativo
Regulamento de Apoio ao Movimento Associativo As associações são a expressão do dinamismo e interesse das populações que entusiasticamente se dedicam e disponibilizam em prol da causa pública. As associações
Leia maisEXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais
EXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP), associação civil sem fins lucrativos
Leia maisParte 1: Mainstreaming do HIV: O que é que isso significa?
Parte 1: Mainstreaming do HIV: O que é que isso significa? 1 1.1 UMA RESPOSTA BI-DIMENSIONAL PARA O HIV O programa da CAFOD e as respostas para o HIV no local de trabalho se enquadram em dois tipos, que
Leia maisProjecto de Lei n.º 54/X
Projecto de Lei n.º 54/X Regula a organização de atribuição de graus académicos no Ensino Superior, em conformidade com o Processo de Bolonha, incluindo o Sistema Europeu de Créditos. Exposição de motivos
Leia maisConselho Nacional de Supervisores Financeiros. Better regulation do sector financeiro
Conselho Nacional de Supervisores Financeiros Better regulation do sector financeiro Relatório da Consulta Pública do CNSF n.º 1/2007 1 CONSELHO NACIONAL DE SUPERVISORES FINANCEIROS RELATÓRIO DA CONSULTA
Leia maisGripe A. Dr. Basil Ribeiro. Prof. Doutor Manuel Teixeira Veríssimo. Faculdade de Medicina de Coimbra Medicina Interna e Medicina Desportiva
Gripe A Dr. Basil Ribeiro Medicina Desportiva Prof. Doutor Manuel Teixeira Veríssimo Faculdade de Medicina de Coimbra Medicina Interna e Medicina Desportiva Vírus H1N1 - Introdução Gripe dos porcos altamente
Leia maisPrograma Horizon 2020. Algumas Regras de Participação. Disposições Gerais
Programa Horizon 2020 Fonte: Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece as Regras de Participação e Difusão relativas ao «Horizonte 2020 Programa-Quadro de Investigação
Leia maisCursos de Doutoramento
PROSPECTO FACULDADE DE ECONOMIA Cursos de Doutoramento CONTACTOS FACULDADE DE ECONOMIA Av. Julius Nyerere, Campus Universitário, 3453 Tel: +258 21 496301 Fax. +258 21 496301 1 MENSAGEM DO DIRECTOR Sejam
Leia maisO que esperar do SVE KIT INFORMATIVO PARTE 1 O QUE ESPERAR DO SVE. Programa Juventude em Acção
O QUE ESPERAR DO SVE Programa Juventude em Acção KIT INFORMATIVO Parte 1 Maio de 2011 Introdução Este documento destina-se a voluntários e promotores envolvidos no SVE. Fornece informações claras a voluntários
Leia maisMestrados em Fisioterapia MÚSCULO-ESQUELÉTICA E SAÚDE PUBLICA 2013-2015
Mestrados em Fisioterapia MÚSCULO-ESQUELÉTICA E SAÚDE PUBLICA 2013-2015 INDICE Competências a Desenvolver 5 Área de Especialização Músculo-Esquelética 5 Área de Especialização Saúde Pública 6 Condições
Leia maisREGULAMENTO INTERNO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS
REGULAMENTO INTERNO Preâmbulo A Rede Social assenta numa estratégia participada de planeamento, que procura racionalizar e conferir maior eficácia, quer à intervenção dos agentes na aplicação das medidas,
Leia maisOrganização. Trabalho realizado por: André Palma nº 31093. Daniel Jesus nº 28571. Fábio Bota nº 25874. Stephane Fernandes nº 28591
Organização Trabalho realizado por: André Palma nº 31093 Daniel Jesus nº 28571 Fábio Bota nº 25874 Stephane Fernandes nº 28591 Índice Introdução...3 Conceitos.6 Princípios de uma organização. 7 Posição
Leia maisPortaria nº 1102/97. DR. Nº 254 I-B de 3 de Novembro
1 Portaria nº 1102/97 DR. Nº 254 I-B de 3 de Novembro As cooperativas e associações de ensino especial sem fins lucrativos corporizam uma importante experiência educativa e podem constituir um recurso
Leia maisMINISTÉRIOS DA EDUCAÇÃO, DA SAÚDE E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE
MINISTÉRIOS DA EDUCAÇÃO, DA SAÚDE E DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE Despacho Conjunto n.º 891/99 No domínio da intervenção precoce para crianças com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento,
Leia maisBilinguismo, aprendizagem do Português L2 e sucesso educativo na Escola Portuguesa
Bilinguismo, aprendizagem do Português L2 e sucesso educativo na Escola Portuguesa Projecto-piloto em desenvolvimento no ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional) com financiamento e apoio
Leia maisDescrição de Tarefas para a Posição de Director de Programas, Políticas e Comunicação da AAMOZ
Descrição de Tarefas para a Posição de Director de Programas, Políticas e Comunicação da AAMOZ ActionAid é uma federação internacional trabalhando para erradicar a pobreza e a injustiça. A ActionAid foi
Leia maisSíntese dos conteúdos mais relevantes
Síntese dos conteúdos mais relevantes Nos últimos Censos de 2001, o Concelho da Lourinhã contabilizou 23 265 habitantes, reflectindo uma evolução de + 7,7% face a 1991. Em termos demográficos, no Concelho
Leia maisCom a publicação dos novos Estatutos da Escola -Diário da República, 2ª série, nº 164, 25 de Agosto de 2009, por iniciativa do Conselho de Direcção,
Com a publicação dos novos Estatutos da Escola -Diário da República, 2ª série, nº 164, 25 de Agosto de 2009, por iniciativa do Conselho de Direcção, iniciou-se um trabalho de reflexão e discussão, tendo
Leia maisArtigo 1.º. Âmbito e objeto
PROJETO DE REGULAMENTO DO CONCURSO PÚBLICO PARA A SELEÇÃO DE INFRAESTRUTURAS DE INVESTIGAÇÃO E SUA INTEGRAÇÃO NO ROTEIRO NACIONAL DE INFRAESTRUTURAS DE INVESTIGAÇÃO DE INTERESSE ESTRATÉGICO Artigo 1.º
Leia maisinhemaco S.A. is a pre-eminent provider of Cross-border Medical Risk Management Solutions Traveller s MALARIA www.inhemaco.com
inhemaco S.A. is a pre-eminent provider of Cross-border Medical Risk Management Solutions Traveller s MALARIA www.inhemaco.com PO MALÁRIA: A DOENÇA A malária é a mais importante de todas as doenças parasíticas
Leia maisPrograma de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020
Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 2 CONHECIMENTO Ação 2.2 ACONSELHAMENTO Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento
Leia maisA DEMANDA POR SAÚDE PÚBLICA EM GOIÁS
Título: A DEMANDA POR SAÚDE PÚBLICA EM GOIÁS Projeto de pesquisa: ANÁLISE REGIONAL DA OFERTA E DA DEMANDA POR SERVIÇOS DE SAÚDE NOS MUNICÍPIOS GOIANOS: GESTÃO E EFICIÊNCIA 35434 Autores: Sandro Eduardo
Leia maisEixos Estratégicos Objectivos Estratégicos Objectivos Operacionais Acções. 1.1.1.Aumentar a oferta formativa nas áreas das artes e das tecnologias
1. Oferta Formativa 1.1. Dinamizar e consolidar a oferta formativa 1.1.1.Aumentar a oferta formativa nas áreas das artes e das tecnologias 1.1.2. Promover o funcionamento de ciclos de estudos em regime
Leia maisParte 4 Recursos e Serviços públicos
Parte 4 Recursos e Serviços públicos GOVERNAÇÃO LOCAL E MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS PARA FINANCIAR SERVIÇOS BÁSICOS. ESTUDOS DE CASO: ÁGUA E SAÚDE Introdução e resumo Descentralização e governação local têm
Leia mais7. A Formação e as Escolas
7. A Formação e as Escolas Depois de definir as áreas alvo para orientar os 3ºs ciclos, a parte superior da nossa pirâmide de formação, importa progressivamente estabelecer formações intermédias, de 2º
Leia mais