Avaliação do Instrumento de Apoio a Políticas Económicas (PSI)
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- Adriano Ximenes Paixão
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1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Avaliação do Instrumento de Apoio a Políticas Económicas (PSI) Elaborado Por: Ministério das Finanças Ministério da Planificação e Desenvolvimento Banco de Moçambique Maputo, Marco de
2 Estrutura da Apresentação I. Introdução II. Desempenho do Programa III. Avaliação do Desempenho das Política Macroeconómicas IV. Desempenho das Politicas Macroeconómicas Medidas de Reforma Estrutural V. Considerações Finais VI. Desafios 2
3 I. Introdução Moçambi que é membro do FMI Acordo de Facilidade de Ajustamento Estrutural (reformas económicas e formação de quadros) Inicio da recepção de assistência financeira Acordo de Facilidade de Ajustamento Estrutural Melhorado (ESAF1- política monetária e cambial) ESAF2- redução da inflação, aumento da poupança e redução da dependência externa ESAF3- processo de reformas da economia PRGF - promoção do cresciment o económico e redução dos índices da pobreza absoluta PSI criado em 2005, para assessoria, monitoria e garante de credibilidade às políticas dos Governos, sem a componente de financiamento Set/84 Jun/87-Jun/90 Jun/90-Dez/95 Jun/96-Ago/99 Jun/99 Jun/04- Ago/03 Jun/07 3
4 I. Introdução (Cont) A presente avaliação tem como objecto o segundo PSI (Junho de 2010 a Junho de 2013), que tem como objectivos: i. promover um crescimento económico robusto e mais inclusivo; ii. iii. manter a estabilidade macro-económica; capacitar o Governo para o desenho e monitoria de programas de crescimento e estabilidade macroeconómica, incluindo o respectivo pacote de reformas estruturais; e iv. reduzir a pobreza, em linha com os objectivos definidos no PARP para o período de
5 I. Introdução (Cont) Para o alcance destes objectivos foi previsto um conjunto de políticas macro-económicas visando: i. Incrementar de forma gradual e prudente o investimento público para reduzir o diferencial entre a infra-estrutura de transporte e de electricidade e contribuir para elevar o potencial de crescimento; ii. Encorajar o investimento nacional e directo estrangeiro no sector de exportação de recursos naturais; iii. Assegurar a sustentabilidade da dívida externa; iv. Conter as pressões inflacionárias; v. Criar espaço para outras fontes de financiamento, incluindo o financiamento não-concessional. 5
6 II. Desempenho do Programa i). Crescimento Económico Robusto e Inclusivo 1. Crescimento Económico Robusto Indicadores PIB Nominal (Mil Milhões de MT) PIB Nominal (Milhões de USD) Crescimento Nominal do PIB (%) Crescimento Real do PIB (%) Obj. Real. Obj. Real Obj. Real s/d s/d s/d PIB per capita (USD)
7 II. Desempenho do Programa (Cont) i). Crescimento Económico Robusto e Inclusivo 2. Crescimento Económico Inclusivo Para a promoção do crescimento económico inclusivo, foram formulados os seguintes instrumentos de política: Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA); Plano Nacional de Investimento do Sector Agrário (PNISA); Plano Estratégico para a Redução da Pobreza Urbana PERPU); Estratégia de Emprego e Formação Profissional; Programa Pró-Jovem; Programa de Apoio às Iniciativas Juvenis; e Projectos do Millennium Challenge Account, com intervenções nos sectores de abastecimento de água e saneamento, reabilitação de estradas, melhoria de acesso seguro à terra, e apoio ao rendimento dos agricultores.. 7
8 ii) II. Desempenho do Programa (Cont) Estabilidade Macroeconomica 1. Inflação: A desaceleração dos preços resultou das medidas de política monetária e fiscal, e da conjuntura internacional, sendo de destacar: a relativa estabilidade do metical face ao dólar americano e ao rand; a manutenção dos preços administrados; o aumento da oferta de produtos alimentares; e a redução dos preços internacionais de mercadorias. Em 2010 assistiu-se a pressões inflacionárias devido ao aumento dos preços internacionais de alimentos e petróleo, conjugado com uma ligeira actualização do preço dos combustíveis; depreciação do metical face ao Rand e Dólar americano. Evolução da Inflação Indicadores Macroeconómic os Inflação Média Anual (%) Inflação do fim de período (%) Real Obj. Obj. Est. Obj. Est
9 II. Desempenho do Programa (Cont) ii) Estabilidade Macroeconomica 2. Taxa de Cambio: A taxa de câmbio efectiva real evoluiu favoravelmente, depois de uma apreciação considerável em 2011 voltou ao nível compatível com os seus fundamentos macroeconómicos. Em 2010 a taxa de câmbio efectiva real depreciou em 7,06%, seguido de uma apreciação em 2011 em cerca de 37,5%, reflectindo a apreciação nominal do metical face as moedas dos principais parceiros comerciais. Entretanto, esta tendência foi corrigida em 2012, tendo a variação se situado em 7,96%. 9
10 II. Desempenho do Programa (Cont) iii) Capacitação Institucional No que diz respeito a capacitação institucional do Governo no desenho de programas de estabilidade macroeconómica tiveram lugar 49 acções que permitiram: O fortalecimento do quadro de formulação e implementação da política monetária, traduzindo-se na melhoria do quadro operacional de análise e previsão macroeconómica; da comunicação e transparência na tomada de decisões de política monetária; Melhoria da previsibilidade na programação dos indicadores fiscais, monitoria da gestão orçamental e na avaliação do impacto dos choques externos na implementação da política tributaria e fiscal; e Melhoria dos instrumentos de gestão de finanças públicas observando as práticas internacionais, contribuindo para maior transparência e Boa Governação. 10
11 II. Desempenho do Programa (Cont) iv) Redução da Pobreza No período, por conta das medidas de política adoptadas em linha com as metas operacionais e estruturais, registou-se: melhoria relativa das condições de vida das populações, tendo o consumo final das famílias crescido de 5,3% para 12,5% em 2010 e 2012; aumento da população com acesso a água em 79,9% de 2010 para 2012; Aumento da população com acesso a energia eléctrica de 14,9% em 2010 para 38% em Foram ainda fortificadas medidas tendentes a melhorar o impacto da carestia de vida nas populações de baixa renda, tendo sido aumentado o espaço fiscal para o programa de protecção social. 11
12 III. Desempenho das Politicas Macroeconomicas No dominio da Politica Fiscal a meta da receita foi de mil milhões de MT, tendo sido cobrados o mil milhões MT reflectindo-se num superavit de 4.4 mil milhões de Meticais; a execução da despesa nos sectores prioritários foi de 99,9% ( ,00 milhões de MT), em relação a metas do programa, ,00milhões de MT, exceptuando o ano de 2010, como resultado da crise financeira internacional. os níveis de CLG estiveram em linha com o programa, não obstante em Dezembro de 2011 e 2012 ter se situado fora das metas pelo facto de o Estado ter assumido uma divida duma empresa publica em 2011 e, em 2012 o desempenho da receita ter se situado abaixo do programado e ter se registado uma concentração do pagamento de despesas do Estado no final do ano. 12
13 III. Desempenho das Politicas Macroeconómicas (Cont) No dominio da Politica Fiscal o limite estabelecido para a contratação de empréstimos externos não-concessionais, foi revisto durante o período, e actualmente fixado em USD 1.600,00 milhões, foi observado em todo o período em análise, e o Governo ainda dispõe de uma margem de cerca de USD 471,8 por contratar até ao final do programa. 13
14 III. Desempenho das Politicas Macroeconómicas (Cont) No Domínio da Politica Monetária No que concerne às Reservas Internacionais Líquidas, todas as metas do período foram observadas, com um excesso médio de cerca de USD 184 milhões; reflectindo, entre outros factores, a entrada regular de ajuda externa, exportações e do Investimento Directo Estrangeiro e do impacto implementação do regulamento da nova Lei Cambial. O saldo da Base Monetária situou-se acima das metas definidas, excepto em Dezembro de 2011 e Junho de 2012 onde se registou cumprimentos com uma margem de milhões de Meticais e milhões de Meticais, respectivamente, devido a forte procura das Notas e Moedas em Circulação, explicada por: aumento dos activos externos líquidos acima do previsto; e programação ter sido mais conservadora. 14
15 III. Desempenho das Politicas Macroeconómicas (Cont) No Domínio das Politica Sectoriais Os resultados alcançados reflectem ainda o desempenho de outras medidas e acções sectoriais, que foram determinantes para a criação do ambiente macroeconómico e propício para a expansão da actividade produtiva no país, bem assim, para a aceleração da redução da pobreza. As medidas de reforma estrutural tiveram uma realização de 85%, sendo que algumas dentro e outras fora do prazo, as restantes correspondem a 15% e estão em curso com previsão de término no I semestre de No quadro da reforma estrutural destaque vai para: (i) Actualização da Estratégia Anti-corrupção; (ii) Adesão de Moçambique a Iniciativa de Transparência da Industria Extractiva (EITI); (iv) Aprovação do plano de acção para acelerar as reformas do clima de negócios; (v) Aprovação do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA); (v) Aprovação da Lei de Combate ao Branqueamento de Capitais; e (vi) Aprovação do Decreto do Programa de Acção Social Produtiva (PASP). 15
16 V. Consideracoes Finais A economia continua a registar um crescimento robusto num contexto de estabilidade macroeconómica, factor fundamental para a manutenção do investimento privado e prosseguimento dos esforços tendentes a reduzir os níveis de pobreza; Registaram-se progressos assinaláveis no melhoramento do quadro de formulação e implementação das políticas macroeconómicas, incluindo a introdução de novos instrumentos de gestão da divida publica e de acções de capacitação institucional nesta área: O alargamento do espaço orçamental através da contratação de créditos externos não concessionais permitiu acelerar a implantação de infraestruturas públicas de transporte e energia; Criação de maior espaço fiscal para apoiar o alargamento das redes de Protecção Social de modo a estimular o crescimento inclusivo em consonância com a estratégia de redução da pobreza (PARP) para o quadriénio
17 V. Consideracoes Finais (cont) Fortalecimento do quadro operacional de política monetária (melhoria de capacidade de previsão, aprimoramento da estratégia de comunicação das decisões de política monetária e melhoria da gestão de liquidez). Aprofundamento do Sistema Financeiro (melhoria do acompanhamento da solidez e vulnerabilidade do sistema bancário); Redução da dependência externa, em resultado do alargamento da base tributária e o consequente aumento da arrecadação interna de receitas fiscais; Maior flexibilidade do programa em relação ao anterior permitiu às autoridades a selecção de prioridades e conjugação de políticas mais apropriadas para a conjuntura económica e social; e O forte desempenho do Governo da gestão da políticas macroeconómicas durante a vigência do programa, permitiu fortalecer a imagem e credibilidade do Pais junto dos parceiros internacionais que tem contribuído para a implementação da agenda de 17 desenvolvimento do País.
18 VI. Desafios O desempenho do programa criou condições para fortalecer a imagem e credibilidade do Pais perante a comunidade internacional. Contudo, constituem principais desafios : Necessidade de dar continuidade ao processo de capacitação dos técnicos nacionais para a formulação, avaliação e monitoria de políticas macroeconómicas; Consolidacao da estabilidade macroeconómica num contexto de início de exploração de recursos naturais; Fortalecimento da coordenação das políticas fiscais, monetária e outras sectoriais; e Definição de políticas macroeconómicas que promovam um reforço do processo de inclusão económica. 18
19 Obrigada pela atenção 19
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