Análise Semanal de Mercado. EURUSD: Falta de reacção à subida de taxas de juro sugere exaustão dos compradores

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1 EURUSD: Falta de reacção à subida de taxas de juro sugere exaustão dos compradores Apesar de termos referido o par na última análise semanal, os desenvolvimentos desta semana justificam nova referência. Ao longo dos últimos dias têm vindo a ser divulgados indicadores de inflação dos principais países da Zona Euro, que mostraram robustez da inflação na região e surpreenderam pela positiva nalguns casos. Destaque principalmente para o caso espanhol, onde os primeiros indicadores de inflação para o mês de Janeiro apontam para uma subida dos preços de 3% face ao período homólogo, bem acima dos 2,4% esperados. Em conjunto com indicadores de inflação robustos, e em parte por causa deles, também as taxas de juro subiram significativamente por toda a região. Estes seriam dois factores mais que suficientes para despoletar novas subidas do par EURUSD, por isso o facto deste ter estado lateral durante a semana sugere que os compradores podem estar a chegar a um ponto de exaustão no curto prazo. Isto reforça a análise que fizemos na última semana, onde sugerimos que o par podia estar a chegar a uma zona de resistência relevante. Só nas últimas horas é que o par reagiu em alta a comentários de Peter Navarro, um conselheiro de Trump, no entanto não achamos que seja suficiente para quebrar a resistência em alta. Referência Técnica: Reforçamos a nossa visão de que a zona entre os 1,08 e os 1,085 representa uma resistência relevante.

2 Apple: Em dia de resultados, fazemos um update É provavelmente a divulgação de resultados que atrai mais atenção no mundo, e por isso vale a pena fazer uma actualização da análise. Da última vez que olhámos para a Apple, 16 Novembro 2016, a acção estava a fazer um retracement técnico que considerámos ser um bom ponto de suporte. Desde então, a Apple subiu mais de 10%, o que faz questionar se esta subida tem pernas para continuar. A divulgação de resultados de hoje pode ser um gatilho, tanto positivo como negativo, para o que a acção vai fazer ao longo das próximas semanas. O foco principal continua a ser as vendas de iphones (estimativas de 77 milhões de unidades vendidas), mas o guidance para o próximo trimestre também está a gerar alguma ansiedade. Apesar da subida nos últimos meses, as expectativas não são altas, com vários analistas já a anteceder um mau guidance para o próximo trimestre. O facto das expectativas não serem altas, dá folga para que o título continue a subir. Do nosso ponto de vista, o segmento de Serviços também vai ser um ponto crucial, visto que é esse segmento que promete mais crescimento persistente. Referência Técnica: Se o suporte nos USD 118,70 for quebrado nos dias após a divulgação, podemos assistir a quedas mais expressivas. Se não for, a tendência ascendente deve continuar.

3 US Crude Oil (WTI): Acordo da OPEP sustenta lateralização, mas com riscos significativos para o downside No dia 10 de Dezembro de 2016, o primeiro acordo para corte de produção alcançado pelos membros da OPEP e países produtores de petróleo não- OPEP, desde 2001, deu um novo fulgor ao crude. Segundo o ministro da energia da Arábia Saudita, até à semana passada, o objectivo global foi cumprindo em cerca de 80%. Esta observância expressiva tem mantido a matéria-prima sustentada, apesar das sequenciais surpresas negativas nos inventários de crude, que também têm contribuído para a criação de um tecto na apreciação desta commodity. Apesar do momentum proporcionado pelo acordo histórico, há factores que ainda podem motivar um excesso de oferta no mercado. Segundo dados da Baker Hughes, em 12 das últimas 13 semanas, o número de poços de petróleo nos EUA aumentou, atingindo actualmente o máximo desde Novembro de 2015: 566. Os produtores de shale oil têm retomado a sua produção, beneficiando agora de um nível de breakeven consideravelmente inferior. A potencial reactivação dos dois oleodutos de Dakota e Keystone XL, promovida por Trump, poderá também conduzir a uma expansão da produção. Referência Técnica: Num momento em que as posições líquidas longas dos money managers no WTI atingiram níveis máximos de 2014, o crude lateraliza dentro de um triângulo ascendente. Tendo falhado várias tentativas de o quebrar em alta, acreditamos que divulgações negativas para o ouro negro poderão exercer uma relevante pressão vendedora.

4 ASX 200: Índice accionista australiano está a reagir positivamente no suporte O principal índice da bolsa da Austrália está ligeiramente negativo desde o início do ano (-0,80%), consolidando dos ganhos registados depois da vitória de Trump. Afinal, algumas das maiores empresas constituintes pertencem ao sector de materiais (BHP Billiton, AGL Energy e South32). Olhando para o calendário económico, os indicadores oficiais de PMI da China (quarta-feira de madrugada) e o PMI da China na manufactura elaborado pela agência noticiosa Caixin (sexta-feira de madrugada) são os acontecimentos mais relevantes para o ASX 200. Com os mercados chineses fechados para as festividades do Novo Ano Lunar, os investidores poderão negociar estes dados económicos no ASX 200 e no AUD. Referência Técnica: O índice accionista da Austrália está próximo do suporte horizontal e está a consolidar-se dentro de uma bandeira ascendente, figura associada à continuidade da tendência de subida. A média móvel simples de 50 dias tem sido respeitada como suporte.

5 NZDJPY: Dólar neo-zelandês negoceia em zona crítica antes da publicação dos dados de emprego Dentro das maiores divisas mundiais, o dólar neo-zelandês foi a que mais subiu em 2016, apesar de dois cortes na taxa de juro de referência. Do ponto de vista técnico, o NZDJPY negoceia numa zona crítica: tentou quebrar em alta uma linha de tendência descendente que remonta a Dezembro de 2014 mas sem sucesso. Num contexto de menor apetência pelo risco, a média móvel simples de 50 dias poderá criar suporte para este par asiático. No calendário económico, o acontecimento mais importante são os dados de emprego da Nova Zelândia no 4º trimestre, que saem hoje às 21h45. Espera-se um aumento de 0,8% face ao resultado anterior de 1,4%. Os dados económicos e de inflação da Nova Zelândia no 4º trimestre têm sido fortes e superado os da vizinha Austrália. O número de turistas e imigrantes a fixar-se na Nova Zelândia atingiu um máximo histórico em Referência Técnica: Embora seja prematuro considerar um possível duplo topo, devemos estar preparados para uma eventual correcção em baixa.

6 DISCLAIMER Este documento foi preparado exclusivamente para fins informativos, baseando-se em informações disponíveis para o público em geral e recolhida de fontes consideradas de confiança. O BiG não assume qualquer responsabilidade pela correcção integral da informação disponibilizada, nem deve entender-se nada do aqui é constante como indicador de que quaisquer resultados serão alcançados. Chama-se particularmente a atenção para o facto de que os resultados previstos são susceptíveis de alteração em função de modificações que se venham a verificar nos pressupostos que serviram de base à informação agora disponibilizada. Adverte-se igualmente que o comportamento anterior de qualquer valor mobiliário não é indicativo de manutenção de comportamento idêntico no futuro, bem como que o preço de quaisquer valores pode ser alterado sem qualquer aviso prévio. Alterações nas taxas de câmbio de investimentos não denominados na moeda local do investidor poderão gerar um efeito adverso no seu valor, preço ou rendimento. Este documento não foi preparado com nenhum objectivo específico de investimento. Na sua elaboração, não foram consideradas necessidades específicas de nenhuma pessoa ou entidade. O BiG, ou seus colaboradores, poderão deter, a qualquer momento, uma posição, sujeita a alterações, em quaisquer dos títulos referenciados nesta nota. O BiG poderá disponibilizar informação adicional, caso tal lhe seja expressamente solicitado. Este documento não consubstancia uma proposta de venda, nem uma solicitação de compra para a subscrição de quaisquer valores mobiliários. BiG. O Banco que entende os seus valores.

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