Responsabilidades compartilhadas pelos órgãos de controle de alimentos no Brasil

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1 IX Congresso Latino-Americano e XV Congresso Brasileiro de Higienistas de Alimentos VII Encontro do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal Responsabilidades compartilhadas pelos órgãos de controle de alimentos no Brasil CAROLINE FLEURY CANESIN Médica Veterinária Maceió, 2019

2 O controle e fiscalização de alimentos no Brasil é uma responsabilidade compartilhada entre órgãos e entidades da administração pública: MAPA SUS (Ministério da Saúde) ANVISA Órgãos Estaduais (ADEAL, ADAB, SEAGRI, AGRODEFESA etc.) Municípios INMETRO VISA

3 Sistema Nacional de Vigilância Sanitária MS VISA municipal INMETRO MAPA ANVISA Gerência- Geral de Alim. (GGALI) VISA Estadual LACEN FIOCRUZ Inst. Nacional de Cont. de Qual. de saúde (INCQS) SIM SIE

4 FIOCRUZ Instituto Nacional de Controle de qualidade de saúde (INCQS) Identificar, minimizar ou evitar possíveis riscos dos alimentos Participa de programas de monitoramento de aditivos, contaminantes e resíduos (respectivamente, os conservantes, as toxinas liberadas por micro-organismos e os excessos de agrotóxicos e antibióticos são alguns exemplos), Programas para detecção de organismos geneticamente modificados. Fonte:

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6 MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) Inspeção dos alimentos exclusivamente de origem animal (carnes, leite, ovos, mel, pescados e seus derivados). Inspeção bebidas em geral (não alcoólicas, alcoólicas e fermentadas). Inspeção de vegetais in natura.

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9 MAPA - Legislações DECRETO Nº 9.013, DE 29 DE MARÇO DE 2017 Dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Art. 2º Comércio interestadual SIF Comércio Internacional

10 MAPA - Legislações DECRETO Nº 9.013, DE 29 DE MARÇO DE 2017 Art. 2. Inciso 2º Equivalente ao MAPA Comércio interestadual SIM SIE

11 MAPA - Legislações DECRETO Nº 9.013, DE 29 DE MARÇO DE 2017 Art. 6º A inspeção e a fiscalização de que trata este Decreto serão realizadas:

14 MAPA - Legislações DECRETO Nº 9.013, DE 29 DE MARÇO DE 2017 Art. 7º A execução da inspeção e da fiscalização pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal isenta o estabelecimento de qualquer outra fiscalização industrial ou sanitária federal, estadual ou municipal, para produtos de origem animal.

15 ANVISA - Legislações LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE Art. 6º 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: o controle de bens de consumo e prestação de serviço que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde

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17 ANVISA - Legislações RDC Nº 207, DE 3 DE JANEIRO DE 2018 Art. 17 Compete aos Municípios a fiscalização de estabelecimentos, produtos, substâncias, veículos destinados a transporte de produtos e serviços, de baixo risco sanitário. Art. 18 A União poderá assessorar, complementar ou suplementar as fiscalizações de competência de Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 19 Os Estados poderão assessorar, complementar ou suplementar as fiscalizações de competência dos Municípios.

18 ANVISA - Legislações LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE São alvo da sua competência: Controle e a fiscalização de produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública tais como:

19 ANVISA - Legislações LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE São alvo da sua competência: Controle e a fiscalização de produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública tais como:

20 ANVISA - Legislações LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE São alvo da sua competência: Controle e a fiscalização de produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública tais como: 1. limites de contaminantes orgânicos, 2. resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários

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22 ANVISA Legislações Os produtos alimentícios de competência da Vigilância Sanitária são divididos em três grupos: 1. Alimentos com registro obrigatório prévio à comercialização (anexo II da RDC 27/2010); 2. Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro (anexo I da RDC 27/2010); e 3. Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro e dispensados de comunicação de início de fabricação (item da Resolução 23/2000).

23 ANVISA Legislações Alimentos com registro obrigatório prévio à comercialização (anexo II da RDC 27/2010); Alimentos com alegações de propriedade funcional e ou de saúde Alimentos infantis Alimentos para nutrição enteral Embalagens com novas tecnologias (recicladas) Novos alimentos e novos ingredientes Substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de propriedades funcional e ou de saúde

24 ANVISA Legislações Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro (anexo I da RDC 27/2010); Açúcares e produtos para adoçar Sal Suplemento vitamínico Cereais, amidos, farinhas Gelo Frutas Temperos Café Balas Água

25 ANVISA Legislações Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro (anexo I da RDC 27/2010);

26 ANVISA Legislações Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro (anexo I da RDC 27/2010);

27 ANVISA Legislações Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro (anexo I da RDC 27/2010); Misturas para o preparo de alimentos e alimentos prontos para o consumo Alimentos para atletas, idosos, controle de peso Adoçantes dietéticos

28 ANVISA Legislações Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro e dispensados de comunicação de início de fabricação. Os produtos alimentícios usados como ingredientes alimentares, destinados ao emprego na preparação de alimentos industrializados

29 ANVISA Legislações Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro e dispensados de comunicação de início de fabricação. Os produtos de panificação, de pastifício, de pastelaria, de confeitaria,

30 ANVISA Legislações Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro e dispensados de comunicação de início de fabricação. de doceria, de rotisseria e de sorveteria, Quando exclusivamente destinados à venda direta ao CONSUMIDOR, efetuada em balcão do próprio PRODUTOR, mesmo quando acondicionados em recipientes ou embalagens com a finalidade de facilitar sua comercialização.

31 ANVISA Legislações Alimentos isentos da obrigatoriedade de registro e dispensados de comunicação de início de fabricação. Matérias-primas alimentares e os alimentos "in natura"; Os aditivos alimentares (intencionais) inscritos na Farmacopéia Brasileira

32 ANVISA Legislações A solicitação de registro dos produtos Deve ser efetuada pela empresa interessada, junto ao órgão de Vigilância Sanitária do Estado, do Distrito Federal ou do Município onde uma das unidades fabris da empresa esteja localizada.

33 Importante Cabe a Vigilância Sanitária a fiscalização de todos os produtos no mercado. Mesmo que um alimento (ex: manteiga, leite, mel) seja de competência do MAPA, quando estiver no mercado a fiscalização é feita pela Vigilância Sanitária, cabendo a ela notificar e/ou apreender quando houver não conformidades com a legislação brasileira.

34 Importante Obs.: Prazo de validade dos alimentos não cabe a ANVISA. Cabe ao próprio fabricante sua determinação (resolução CISA/MA/MS nº10, 31 de julho de 1984)

35 Aditivos e coadjuvantes RIISPOA Art A utilização de aditivos ou coadjuvantes de tecnologia deve atender aos limites estabelecidos pelo órgão regulador da saúde e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observado o que segue: I - o órgão regulador da saúde definirá os aditivos e coadjuvantes de tecnologia autorizados para uso em alimentos e seus limites máximos de adição; e

36 Aditivos e coadjuvantes II - o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal estabelecerá, dentre os aditivos e coadjuvantes de tecnologia autorizados para uso em alimentos, aqueles que possam ser utilizados nos produtos de origem animal e seus limites máximos, quando couber.

37 ANVISA ROTULAGEM Determina alergênicos Contém glúten Contém lactose/ contem derivados do leite Conter declaração nutricional (tabela) Este alimento se manuseado incorretamente e ou consumido cru pode causar danos à saúde

38 ANVISA ROTULAGEM Para sua segurança, siga as instruções abaixo: Mantenha resfriado ou congelado. Descongele somente no refrigerador ou no micro-ondas. Mantenha o produto cru separado dos outros alimentos. Lave com água e sabão as superfícies de trabalho (incluindo as tábuas de corte), utensílios e mãos depois de manusear o produto cru. Consuma somente após cozido, frito ou assado completamente.

39 ANVISA ROTULAGEM RIISPOA Art 439 1º O rótulo quando em contato direto com o produto, o material utilizado em sua confecção deve ser previamente autorizado pelo órgão regulador da saúde. Art º O uso de alegações de propriedade funcional ou de saúde em produtos de origem animal deve ser previamente aprovado pelo órgão regulador da saúde, atendendo aos critérios estabelecidos em legislação específica.

40 INMETRO ROTULAGEM Constar como unidade de medidas: Unidades Legais de massa: Peso líquido; conteúdo líquido; Peso líquido; unidades legais de volume: conteúdo, ou volume líquido; Número de unidades: contém, ou conteúdo; Quando apresentam duas fases (sólido e líquido): peso líquido e peso drenado; Constar na embalagem primária a quantidade líquida;

41 MAPA ROTULAGEM RIISPOA Art Os rótulos devem conter, de forma clara e legível: 1. nome do produto; 2. nome empresarial e endereço do estabelecimento produtor; 3. nome empresarial e endereço do importador, no caso de produto de origem animal importado; 4. carimbo oficial do SIF; 5. CNPJ ou CPF, nos casos em que couber;

42 ROTULAGEM MAPA RIISPOA Art Os rótulos devem conter, de forma clara e legível: marca comercial do produto, quando houver; data de fabricação, prazo de validade e identificação do lote; lista de ingredientes e aditivos; indicação do número de registro do produto no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal;

43 ROTULAGEM MAPA RIISPOA Art Os rótulos devem conter, de forma clara e legível: identificação do país de origem; instruções sobre a conservação do produto; indicação quantitativa, conforme legislação do órgão competente; instruções sobre o preparo e o uso do produto, quando necessário.

44 Órgãos Estaduais e Municipal LEI Nº 1.283, DE 18 DE DEZEMBRO DE Art. 4º São competentes para realizar a fiscalização: As Secretarias de Agricultura dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, nos estabelecimentos que façam comércio intermunicipal; Art 2º São sujeitos à fiscalização prevista nesta lei: a) os animais destinados à matança, seus produtos e subprodutos e matérias primas; b) o pescado e seus derivados; c) o leite e seus derivados; d) o ovo e seus derivados; e) o mel e cera de abelhas e seus derivados.

45 IX Congresso Latino-Americano e XV Congresso Brasileiro de Higienistas de Alimentos VII Encontro do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal Caroline Fleury Canesin Consultora Veterinária Tel: (82) carolinecanesin@hotmail.com